Santuário Nossa Senhora da Agonia – Itajubá

Reitor: Padre Rodrigo Carneiro Paiva Mendes

Informações gerais
Av. Nossa Senhora da Agonia, S/N
Bairro Nossa Senhora da Agonia
37550-970 – Itajubá – MG
(35) 3623-2512
pascom@nsagonia.com.br
www.nsagonia.com.br

Um pouco de história

O início de tudo se deu em agosto de 1990, quando os primeiros membros da comunidade se interessaram em construir um templo no bairro em que moravam. Foi então que começaram a pedir para algumas pessoas que possuíam terras nas proximidades, que doassem um terreno para isso.

Não demorou muito, e logo receberam com muita alegria a notícia de que um português, chamado Antônio de Lima Costa, radicado no Brasil há muitos anos, estava querendo doar um terreno no alto de uma colina, para que nela se construísse um templo.

A princípio, as pessoas envolvidas nesta operação não aprovaram muito o lugar, por achá-lo de difícil acesso, mas a vontade de Deus falou mais alto, e entre um e outro fato, foi ali mesmo que tudo se concretizou. A doação foi feita, e perguntado ao Sr. Antônio de Lima Costa se havia algum padroeiro escolhido por ele ou por sua família, ao que ele respondeu: “É a Senhora da Agonia. Já mandei entalhar sua imagem em Portugal”. Esse título dado à Maria surgiu em Portugal, por volta do ano 1700. A professora Ana Heloisa Rennó Guimarães acompanhou esse processo.

“Tomamos este fato como um sinal do Céu ou coincidência divina para que o lugar escolhido fosse no alto do monte. O português impôs uma condição para doar a quantia necessária: trazer a devoção à “Nossa Senhora da Agonia” de sua terra natal, a cidade “Viana do Castelo” em Portugal para que fosse difundida e perpetuada em nossas terras brasileiras. No início ficamos assustados com este título, pois “Agonia” soava algo muito triste em nosso coração, mas iniciamos nossa maratona com muita força de vontade e grande desejo de ver nosso sonho se tornar realidade”, contou.

Com a chegada da imagem de Nossa Senhora da Agonia, o Pe. Tarcísio, um dos sacerdotes da Matriz de Nossa Senhora da Soledade na época, passou a celebrar Missas nas garagens das casas dos bairros que ficavam próximos da colina doada. Por sua vez, enquanto isso, a comunidade se mobilizava no sentido de levar avante a construção do tão almejado santuário.
“Eu acompanhei toda a história da construção deste Santuário. Lembro-me dos primeiros terços (Vias-Sacras) que eram realizadas pelo grupo de mulheres, quando ainda era um barranco e estrada de terra. Sempre faltavam pessoas, mas eu estava sempre presente. Vivíamos em constante oração, que se iniciava de madrugada, às 5h”, lembrou a aposentada Maria Regina Ribeiro Silva.

De 1994 até meados de 1996, a imagem de Nossa Senhora ficou guardada na Matriz de Nossa Senhora da Soledade, presa permanentemente a um andor, e só saia de lá para as já mencionadas celebrações nas garagens.

Em maio de 1996 a imagem de Nossa Senhora da Agonia foi entronizada. Por cerca de três anos, todas as atividades religiosas eram realizadas neste barracão, mas a cada ano que passava, por ocasião dos festejos da padroeira, uma missa era celebrada no alto da colina junto à obra do Santuário. A primeira missa celebrada e a colocação da pedra fundamental se deram em 24 de agosto de 1997.

A finalização da Igreja se deu em outubro de 2004, quando a Capela para o culto de Adoração Perpétua recebeu o Santíssimo Sacramento. A dedicação do Templo ocorreu pelas mãos do então Arcebispo Metropolitano, Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho – Opraem, em 08 de agosto de 2005, enquanto a elevação à Santuário foi no dia 05 de maio de 2013.

“Somos o Santuário de Nossa Senhora da Agonia, o segundo do mundo. Que herança incrível e poderosa para nossa terra de Itajubá. Obra difícil pela grandiosidade e custos e que nunca parou, pois as bênçãos de Deus eram palpáveis em toda a prestação de contas no final de cada mês”, finaliza Ana Heloísa.

Segundo o atual reitor e pároco da Paróquia Nossa Senhora das Graças, padre Jésus Andrade Guimarães, o Santuário é um local do encontro com Deus.

“Minha visão é bem positiva, tendo em vista que é uma procura diária e de fé. Percebe-se uma participação bem devocional, mas de profunda fé e crença no poder de Nossa Senhora. Graças são alcançadas, relatadas e gratidão é manifestada à Virgem da Agonia. Sua localização no alto da colina, seu silêncio, sua arquitetura e suas missas diárias trazem variados fiéis, devotos e curiosos ao seu interior”, conta.

E se no início de tudo, o título de Nossa Senhora da Agonia trouxe alguma dúvida, hoje isso já não ocorre mais, conforme conta o vice-reitor e vigário paroquial, padre Lucas da Silva Crispim.

“As pessoas se identificam com o título de Nossa Senhora da Agonia, diante das suas inúmeras agonias e, ao pisarem no solo sagrado dessa alta colina, sempre voltam trazendo outros para também fazerem a visitação. É um carinho filial, de interesse e de cuidados, bem como de necessidades diante dos problemas da vida”, afirmou.