"Nossas paróquias devem ser o lugar da misericórdia", diz dom Majella

O arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado-C.Ss.R., presidiu nesta segunda-feira (24), a festa da padroeira do seminário arquidiocesano: Nossa Senhora Auxiliadora. Por causa de todas as medidas preventivas contra o avanço da Covid-19, estavam presentes apenas os seminaristas, padres formadores e os padres coordenadores dos setores pastorais.

Durante a celebração, os seminaristas Dioni Acássio da Silva, Tainan Francisco de Paula e Valter Virgínio Pereira foram admitidos às Ordens Sacras. O seminarista Cristian Diego da Rosa foi instituído ao ministério do leitorado.

Em sua homilia, dom Majella destacou a imagem da "acolhida", presente tanto no Evangelho proclamado na memória litúrgica do dia, o discípulo amado que acolhe Maria, como na figura de São José, que acolhe a mensagem do anjo.

"O gesto de acolhida do discípulo amado aos pés da Cruz, e o acolhimento de São José, convidam-nos também a abrirmos o coração. Somos convidados a colaborar na edificação de uma Igreja mais acolhedora, não uma Igreja cheia de medo que faz um muro à volta para selecionar seus membros, 'os bons', 'os puros'. As nossas comunidades paroquiais devem ser 'o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida boa do Evangelho' (EG, 114). O Papa Francisco afirma na Evangelli Gaudium que a 'Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai. E um dos sinais concretos desta abertura é ter, por todo o lado, igrejas com as portas abertas' (EG 47) para que ninguém seja impedido de entrar na casa de Deus pela 'frieza de uma porta fechada' (EG 47). A casa aberta não só simboliza a abertura para receber os outros, mas é também o logotipo de uma 'Igreja missionária em saída'" (EG 24), disse.

As nossas comunidades paroquiais devem ser 'o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida boa do Evangelho'

Leia a homilia do arcebispo na íntegra:

Caros irmãos e irmãs, sacerdotes, seminaristas, colaboradores deste Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora e, em especial, o Reitor desta casa, Pe. Heraldo José e equipe de formadores, estou grato a cada um de vocês, por desejar participar nesta Liturgia que, se distingue por um especial clima de ação de graças pelo nosso Seminário.

Acolho também com firme esperança os seminaristas Dioni Acássio da Silva, Tainan Francisco de Paula e Valter Virgínio Pereira pela admissão as Ordens Sacras, candidatos comprovados em preparação à ordenação e exercício do presbiterado; o seminarista Cristian Diego da Rosa pela instituição do ministério de Leitor, onde se vivencia a missão de anunciar e viver de forma mais comprometida, a Palavra de Deus, revelada nas Sagradas Escrituras.

Ainda vivendo o impacto da pandemia, com as devidas restrições, celebramos a festa deste Seminário sob a proteção da Virgem Maria com o título de Nossa Senhora Auxiliadora, com a liturgia da memória da Bem-aventurada Virgem, Mae da Igreja, neste Ano Especial de São José, convocado pelo Papa Francisco.

A memória mariana foi instituída no calendário universal da Igreja recentemente pelo Papa Francisco, para ser celebrada todos os anos na Segunda-feira depois de Pentecostes. Conforme as palavras do Papa, “esta celebração ajudará a lembrar que a vida cristã, para crescer, deve ser ancorada no mistério de Cruz, na oblação de Cristo no convite eucarístico e na Virgem oferente, Mãe do Redentor e dos redimidos” (Decreto “Ecclesia Mater”).

As leituras bíblicas que acabamos de ouvir nos oferecem cenas nas quais aparece Maria. Na primeira leitura Maria ora com perseverança, em união com os apóstolos, quando se torna difícil aceitar a ressurreição e ascensão de seu Filho. No evangelho, Maria Mãe, ajuda-nos a orientar nosso olhar, que busca salvação, para a cruz de Jesus. Aos pés da cruz de Jesus o discípulo amado acolheu Maria em sua casa. Do mesmo modo que aquele que acolhe a Palavra recebe o poder de ser filho de Deus (Jo 1,12) e os que aceitam as Palavras do Mestre creem em quem o enviou (Jo 17,8), assim o discípulo acolhe Maria como expressão de aceitação de Jesus e de sua Palavra. Maria passa a ser a mãe do discípulo, de todo discípulo, da comunidade de fé.

Precedido de um tríduo celebrativo para esta festa, destacando o ano Josefino, a comunidade do Seminário refletiu a figura de São José como “alguém que nos entende”. José acolheu a mensagem do anjo e “recebeu Maria com o Filho que havia de vir ao mundo, por obra do Espírito Santo: demonstrou deste modo uma disponibilidade de vontade, semelhante à disponibilidade de Maria, em ordem àquilo que Deus lhe pedia por meio do seu mensageiro” (Redemptoris Custos, 3).

O gesto de acolhida do discípulo amado aos pés da Cruz, e o acolhimento de São José, convidam-nos também a abrirmos o coração. Somos convidados a colaborar na edificação de uma Igreja mais acolhedora, não uma Igreja cheia de medo que faz um muro à volta para selecionar seus membros, “os bons”, “os puros”.

As nossas comunidades paroquiais devem ser “o lugar da misericórdia gratuita, onde todos possam sentir-se acolhidos, amados, perdoados e animados a viverem segundo a vida boa do Evangelho” (EG, 114). O Papa Francisco afirma na Evangelli Gaudium que a “Igreja é chamada a ser sempre a casa aberta do Pai. E um dos “sinais concretos desta abertura é ter, por todo o lado, igrejas com as portas abertas” (EG 47) para que ninguém seja impedido de entrar na casa de Deus pela “frieza de uma porta fechada” (EG 47). A casa aberta não só simboliza a abertura para receber os outros, mas é também o logotipo de uma “Igreja missionária em saída” (EG 24).

A formação do nosso Seminário é um tempo de dar o primeiro passo, que é o de se aproximar e de se deixar impressionar pelo que se vê e agir concretamente Para que os seminaristas possam alcançar a própria configuração a Cristo é lhes oferecidos uma formação integral acerca da identidade do presbítero. É para operacionalizar esta “saída missionária”. Sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias da nossa Arquidiocese. Todo o processo formativo do nosso Seminário tem como eixo norteador, a pastoral. A pastoral que os nossos seminaristas realizam nas comunidades paroquiais é um tempo de provação, um tempo para distinguir os caminhos do bem – que nos conduzem ao futuro – de outros caminhos que não levam a lugar algum ou os fazem retroceder. A pastoral é um passo essencial para discernir e escolher.

A pastoral é uma escola, onde todos, sacerdotes, seminaristas e leigos, empenhados no anúncio do Reino, aprendem a arte de conviver, a arte de acompanhar, a arte de escutar, a arte de acolher, “para que todos aprendam a descalçar sempre as sandálias diante da terra sagrada do outro (cf. Ex 3,5) (EG, 169). Uma pastoral assim vivida impede de cultivar um cuidado exibicionista da liturgia, da doutrina e do prestigio da Igreja (cf. EG 95).

O acolhimento de José convida a receber os outros, sem exclusões. É preciso confiar e ter capacidade de acolhimento. Na história da nossa Igreja temos uma dimensão profética no que diz respeito ao acolhimento e à fraternidade da sociedade. Essa é a nossa experiência há dois mil anos. Já nos basta o medo da pandemia, os medos sociais, os muros sociais.

Nestes tempos de pandemia é notório que as pessoas se sentem abandonadas E aí é que nós temos de aparecer, não apenas para estarmos próximos das pessoas e para lhes dizer algumas palavras, que são as habituais, mas para acolher e dizer-lhes que há solução para essas lágrimas e para essa dor.

Deixemo-nos guiar pelo Espírito do Senhor ressuscitado, inspirados pela atitude de Nossa Senhora, Mãe da Igreja. Que ela nos ensine a fazer a caminhada sinodal – caminhar juntos – como irmãos e irmãs, membros da família do Pai do Céu, solidários e próximos de quem sofre, como ela, junto à cruz de Jesus e levantando-nos para levar a todos a alegria do Evangelho que nos dá vida. Amém.


"Pacto pela Vida e pelo Brasil" é apresentado aos setores pastorais

Em abril do ano passado, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e outras cinco instituições (Ordem dos Advogados do Brasil-OAB, Comissão Arns, Academia Brasileira de Ciências, Associação Brasileira de Imprensa e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) assinaram o Pacto pela Vida e pelo Brasil.

Naquela época, o documento já reconhecia que o Brasil vivia uma grave crise – sanitária, econômica, social e política – e que todos, especialmente de governantes e representantes do povo, precisariam agir em favor do exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis.

A partir deste documento e de outros questionamentos levantados pelos bispos do Brasil, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), órgão ligado à CNBB, criou um grupo de trabalho do laicato (GT) para dinamizar o conhecimento e as ações para que se enfrente essa realidade à luz do Evangelho e do ensino social da Igreja.

"A Missão do Grupo de Trabalho do CNLB para o Pacto pela Vida e pelo Brasil é colaborar com a CNBB e as demais entidades que assinam a colocar em prática o Pacto pela Vida e pelo Brasil, gerando consciência crítica nas pessoas em geral, mas especialmente, entre cristãos leigos e leigas, a fim de mobilizar a sociedade brasileira na busca de soluções imediatas e a curto e médio prazo para a crise social e humanitária que se instalou em nosso país", explicou um dos representantes da arquidiocese de Pouso Alegre junto ao GT. Também participa, pela arquidiocese, Patrícia Oliveira.

As atividades do GT foram apresentados ao Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) e, posteriormente, aos setores pastorais.

Composição do GT

O grupo de trabalho é composto por cristãos leigos, voluntários, indicados por 18 regionais da CNBB.

"É uma iniciativa do Laicato aberta a todas as vocações da Igreja, assim os bispos, padres, diáconos, religiosas e religiosos podem participar", continuou Marcelo.

A estratégia de trabalho engloba três etapas:

  • União (mobilização de 6.480 mobilizadores por todo o brasil. Cada mobilizador, usando suas redes sociais deve conquistar outras 12 lideranças, que vão organizar grupos de reflexão. Há um cadastro de mobilizadores;
  • Anúncio (divulgação, via rede de mobilizadores, de formações e informações seguras que gerem debate e consciência crítica sobre os temas do Pacto);
  • Profecia:Coleta de um milhão de assinaturas virtuais num abaixo assinado. Resultado a ser entregue às autoridades públicas, pedindo providências imediatas;

Entre os ítens desse abaixo assinado estão: vacina pelo SUS contra a COVID-19 e Oxigênio para todos; auxílio Emergencial continuado no valor de R$ 600,00 mensais até o fim da pandemia, como forma de enfrentamento à fome, à miséria e ao desemprego; investigação dos crimes cometidos, com afastamento das autoridades públicas envolvidas e sua responsabilização pelas ações e omissões contra o povo brasileiro; liberação de recursos para financiamento da Economia Popular Solidária, das Micro, Pequenas e Médias Empresas e para Agricultura Familiar Agroecológica; defesa, fortalecimento e investimento no SUS – Sistema Único de Saúde.

Objetivos específicos do GT

  • Promover a formação do laicato nos temas que são campos de atuação do Pacto pela vida e pelo Brasil, para melhor compreensão da situação atual, em colaboração com as Comissões Nacionais do CNLB: fé e política, comunicação, colegiado nacional e presidência, entre outras;
  • Gestar uma rede de mobilizadores e mobilizadoras em nível de cada Regional do CNLB para desenvolvimento de uma comunicação estratégica e para transformação social.
  • Contribuir com o GT da CNBB para o Pacto pela Vida e pelo Brasil.
  • Animar a criação de Comitês Populares em nível dos municípios e estados para contribuírem no despertar pacífico do povo brasileiro para que possamos mudar essa realidade de morte atual em condições de vida e dignidade de nosso povo.
  • Fortalecer a presença do CNLB e do laicato Brasileiro em espaços para construção de Unidade Nacional em torno de bandeiras de lutas comuns e que sejam assumidas por todos e todas.

Outras informações, pelo telefone: (35)99180-1081 - Marcelo

 


"ComPartilhANDO": Podcasts para formação da Pastoral do Dízimo

Há mais de um ano, por causa da pandemia, os encontros formativos das pastorais e movimentos não estão sendo realizados. Mas isso não impediu a evangelização e a formação dos agentes pastorais. Foi preciso se reinventar. E os meios de comunicação, principalmente as redes sociais, se tornaram importantes instrumentos.

E o padre Thiago Raymundo, assessor eclesiástico para a Pastoral do Dízimo no setor pastoral Mandú, abraçou a ideia e criou o projeto "ComPartilhANDO", com o objetivo de oferece um material periódico aos agentes da pastoral. Já são 19 episódios, com temas como: "o que é dízimo para você?", "o que o dízimo me ensina?" e "embasamentos bíblicos do dízimo".

Ouça os programas aqui! 


Comissão apresenta propostas para os 60 anos de arquidiocese

A Igreja Particular de Pouso Alegre é criada, enquanto diocese, no 4 de agosto de 1900, tendo sido celebrado 120 anos no ano passado. Mas outra data importante para a história é a elevação à arquidiocese, que ocorreu no dia 23 de setembro de 1962. Portanto, em 2022, a arquidiocese celebra seus 60 anos de criação.

Para celebrar a data, o arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado-C.Ss.R., constitui uma comissão para pensar as comemorações desta data.

"Nesta ocasião, queremos agradecer pelos 60 anos de vida missionária e evangelizadora da arquidiocese de Pouso Alegre, em comunhão com as dioceses da Campanha e Guaxupé. Queremos, também, aprofundar as raízes, fazer um resgate das ações pastorais nesses 60 anos de evangelização na arquidiocese, da caminhada dos setores pastorais, das pastorais e movimentos; da caminhada vocacional; das assembleias; das 29 paróquias que foram criadas nesse período", explicou Dalva Rangel, que participa desta comissão, ao Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP).

Após as primeiras reuniões, o tema e lema foram definidos, sendo:
Tema: Tempo de celebrar e agradecer os frutos colhidos
Lema: “Firme como a árvore plantada à beira do rio, dá fruto no tempo devido.”
(Sl 1,3)

As atividades foram divididas em dois eixos: celebrativo e histórico. O primeiro eixo vai planejar as celebrações para o período jubilar, entre 23 de setembro de 2021 e 23 de setembro de 2022, sendo que no dia 23 de cada mês propostas serão apresentadas às paróquias.

"As propostas serão: abertura e o encerramento do ano jubilar será na Catedral Metropolitana; participação de representantes dos setores, na Catedral, a cada mês; todo dia 23, em todas as paróquias, as missas deverão ser na intenção da arquidiocese e haverá uma prece especial; nas paróquias jubilares, aquelas que foram criadas a partir de 1962, será rezada uma novena", explicou.

O segundo eixo, o histórico, produzirá e divulgará vídeos curtos, a cada mês do período jubilar, sobre a história da arquidiocese, com testemunhos e mensagens dos padres mais velhos, dos padres diocesanos que se tornaram bispos, dos religiosos e religiosas, e dos leigos; elaborarão uma revista comemorativa, além de organizarem uma Sessão extraordinária na Câmara dos Vereadores de Pouso Alegre.

Membros da Comissão

1- Dalva Rangel da Veiga Nery (Conselhos dos Leigos)
2- Eder do Couto Nora (PASCOM)
3- Fernando Henrique do Vale (Historiador)
4- Giovana Costa Carvalho (CAL)
5- Iracema Kiam Dantas (Liturgia)
6- Pe. José Francisco Ferreira (Paróquia N. Sra. de Fátima – Sta. Rita do Sapucaí)
7- Lucimara do Carmo Aparecido (Secretaria de pastoral)
8- Maria Cristina de Souza Faria (catequese e arquivo arquidiocesano)
9- Suzana Coutinho (Catequese – comissão de vida plena)

Elevação à arquidiocese

A notícia chegou às mãos de Dom José D’Ângelo Neto em junho de 1962. A carta emitida pela Nunciatura Apostólica no Brasil revelava que o Papa João XXIII elevara, através da bula Qui tamquam Petrus, de 14 de abril, o Bispado de Pouso Alegre à categoria de arquidiocese e a promoção de Dom José à condição de primeiro arcebispo da nova sede Arquiepiscopal Metropolitana de Pouso Alegre, a qual teria como sufragâneas as Dioceses de Guaxupé e Campanha.

A boa nova chegou ao conhecimento de todos através da edição do dia 10 de junho de 1962 do jornal Semana Religiosa.

Em carta circular de agosto do mesmo ano, o primeiro arcebispo assim escreveu: “Seja a presente distinção da Santa Sé interpretada por todos como um convite a um zelo mais ardente pela causa de Jesus Cristo e como um apelo (…) para um contribuição valiosa ao esforço da Igreja em estabelecer para os homens um mundo melhor, iluminado pela fé, pacificado pela justiça e unido pela caridade”.

A instalação canônica da Arquidiocese se deu no dia 23 de setembro de 1962. Após a leitura da bula da criação e do decreto de execução, Dom José toma posse perante o Cabido, com a presença dos bispos sufragâneos Dom Othon Motta (Campanha) e Dom Inácio Dal Monte (Guaxupé). Na sequencia, a missa oficial é presidida pelo borda-matense Dom João Resende Costa, bispo coadjutor de Belo Horizonte e delegado especial do núncio apostólico naquele ato.

 

 


Arquidiocese lança boletim informativo do padre Alderigi

No dia em que a Igreja celebra o 55º Dia Mundial das Comunicações Sociais, a arquidiocese lançou o Boletim Informativo da causa de Beatificação do Servo de Deus Alderigi Torriani. Por causa da pandemia e das restrições em nossas igrejas, optou-se pelo formato apenas digital.

Nesta edição você poderá conferir a história do bebê que se engasgou com um alfinete. Os médicos diziam que apenas uma cirurgia de alto risco poderia salvar o menino. A família confiou na medicina do céu e levou a criança até o padre Alderigi. Após benzer a criança, o bom padre disse que em alguns dias a criança estaria bem, sem necessidade de cirurgia. E tudo aconteceu como ele disse.

Você também poderá conhecer o belo testemunho de humildade de padre Alderigi ao recusar e agradecer a ajuda financeira oferecida pela Prefeitura de Santa Rita de Caldas, quando da sua aposentadoria. O fato demonstrou sua confiança em Deus, que nunca desampara, e seu compromisso com a missão de sacerdote.

Leia e compartilhe para mais pessoas! Faça o download aqui!

Acesse também o site da causa de beatificação: www.alderigi.com.br

 


Missa do Crisma é celebrada na Catedral Metropolitana

Foto: Fernanda Gomes

A arquidiocese de Pouso Alegre celebrou na manhã deste sábado (15), a Missa do Crisma, tradicionalmente celebrada na Quinta-feira Santa e que pelo segundo ano consecutivo foi adiada por causa da pandemia. A Eucaristia foi presidida pelo arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado-C.Ss.R., concelebrara por representantes do clero e do laicato das comunidades paroquiais. Foram cumpridas todas as exigências sanitárias do município de Pouso Alegre.

Todas as vítimas da Covid-19 foram colocadas em oração pelo arcebispo.

"Em nossas celebrações cotidianas recordamos todas as vítimas desta pandemia. Queremos hoje, com o significado próprio desta concelebração arquidiocesana, que anualmente a missa Crismal nos proporciona, ter presente quantos foram atingidos diretamente pela pandemia: os doentes e os que deles cuidam, os falecidos e seus familiares que choram a partida dos seus entes queridos, por vezes, sem poder dizer-lhes o último adeus". Dom Majella também fez essa oração:

"O Senhor da vida acolha no seu Reino os falecidos, dê conforto e esperança aos que ainda se encontram atravessando esta provação, não falte com o necessário aos que sofrem as consequências sociais desta pandemia e desperte em todos nós sentimentos mobilizadores de apoio fraterno e solidário".

Em sua homilia, ao dirigir-se ao presbitério, o arcebispo lembrou que padre é pai, por isso é preciso ter como exemplo São José. A alegria e a responsabilidade de ser pai na Igreja perante um contexto tão conturbado. 

"Padre significa fidelidade à vocação, de modo contínuo, sem parênteses nem interrupções. No ser padre tudo é importante. Adicionar-lhe o coração especifica o modo de servir e viver o ministério. Com coração de pai, de padre, mostra o caminho a percorrer. O ministério é exigente. Necessita da nossa inteligência, investida com tudo o que temos, e não de um modo parcial. O sacerdócio, para ser útil e compreendido, necessita de ser exercido com coração". 

Hoje, o sacerdócio, à imagem de São José, deve ser exercido com o coração no sentido da compaixão: proximidade, dedicação, capacidade de se deixar comover pelos dramas e dores, ternura, carinho, solicitude, presença. Um coração que não deve ser de pedra, mas de carne".

Foto: Fernanda Gomes

Dom Majella também lembrou do desafio da Igreja, hoje, que são os jovens. A Igreja precisa ajudar os jovens a redescobrir os valores e recuperar seus sonhos, tornando-se protagonistas na evangelização.

"A juventude precisa ser protagonista da ação evangelizadora. Onde estão os nossos jovens neste tempo nefasto da pandemia? Percebemos a diminuição de presenças nas comunidades cristãs. Os sonhos dos jovens estão sendo destruídos. Como ajudá-los na reconstrução dos sonhos? Quantos que abandonaram os estudos? Estão perdidos, sem rumos. Como padres, pais, não podemos ficar olhando para os nossos jovens e esperar por alguma oportunidade. O tempo é agora. Vamos criar juntos com eles um espaço seguro de partilha de experiências e aprendizagens, onde são convidados a pensar em conjunto em propostas e soluções diante do novo mundo que se apresenta nesta pandemia. Vamos incentivá-los a arriscar ter sonhos. Precisamos incrementar nos jovens emoções positivas como a esperança, a alegria e a vontade de fazer algo pelos outros. É urgente criar uma cultura do encontro, se aproximando dos jovens e aproximando os jovens".

Renovação das promessas sacerdotais

A reforma litúrgica do Vaticano II, manteve uma antiga cerimônia e acrescentou o rito da Renovação das Promessas Sacerdotais, que antecede a Bênção dos Óleos e a Confecção do Crisma. Jesus, junto com a eucaristia, instituiu também o sacerdócio, dizendo aos apóstolos: “Fazei isto em memória de mim”. Por isso, nesta missa, os sacerdotes das dioceses concelebram com seu Bispo, como sinal de unidade e de comunhão sacerdotal.

O bispo, os sacerdotes e diáconos participam do mesmo sacerdócio de Jesus Cristo, embora em graus diferentes. O clero renova as promessas sacerdotais pronunciadas no dia da ordenação, expressando a comunhão diocesana em torno do Mistério Pascal de Cristo, constituindo um momento forte de comunhão eclesial, de participação intensa das comunidades e de valorização dos sacramentos da vida da Igreja.

Os Santos Óleos

Foto: Fernanda Gomes

Durante a celebração, se abençoa o óleo dos catecúmenos e dos enfermos e se consagra o Santo Crisma, daí, a celebração ser também chamada ‘Missa dos Santos Óleos’. Depois da missa, os padres voltam para suas comunidades levam a porção dos óleos para que possa ocorrer a prática dos sacramentos dos seus fiéis.

Óleo dos Catecúmenos: Concede a força do Espírito Santo aqueles que serão batizados para que possam ser lutadores de Deus, ao lado de Cristo, contra o Espírito do mal.

Óleo dos Enfermos: É um sinal utilizado pelo sacramento da Unção dos Enfermos, que traz o conforto e a força do Espírito Santo para o doente no momento de seu sofrimento. O doente é ungido na fronte e na palma das mãos.

Santo Crisma: É um óleo utilizado nas unções consacratórias dos seguintes sacramentos: depois da imersão nas águas do batismo, o batizado é ungido na fronte; na Confirmação é o símbolo principal da consagração, também na fronte; depois da Ordenação Episcopal, sobre a cabeça do novo bispo; depois da ordenação sacerdotal, na palma das mãos do néo-sacerdote.

Leia a homilia do arcebispo

Este ano, novamente por causa da pandemia, não nos foi possível reunir-se na manhã da Quinta-feira Santa para a concelebração Crismal. Recordo que no ano passado, também por causa da Covid-19, só foi possível fazê-lo no mês de aposto, na proximidade do dia do padre e da data dos 120 anos do decreto de fundação da diocese de Pouso Alegre. Na ocasião, escolhemos para concelebrar na capela do Carmelo da Sagrada Família, com a restrição presencial das Irmãs carmelitas e dos padres.

Estamos, mesmo assim, gratos a Deus que, apesar das exigências que nos sentimos obrigados por causa da pandemia que ainda está assolando o Brasil e o mundo, nos permite este ano concelebrar esta Eucaristia, ainda no tempo Pascal, aqui na Catedral, com fiéis representando as nossas comunidades paroquiais.

Foto: Fernanda Gomes

Em nossas celebrações cotidianas recordamos todas as vítimas desta pandemia. Queremos hoje, com o significado próprio desta concelebração arquidiocesana, que anualmente a missa Crismal nos proporciona, ter presente quantos foram atingidos diretamente pela pandemia: os doentes e os que deles cuidam, os falecidos e seus familiares que choram a partida dos seus entes queridos, por vezes, sem poder dizer-lhes o último adeus.

O Senhor da vida acolha no seu Reino os falecidos, dê conforto e esperança aos que ainda se encontram atravessando esta provação, não falte com o necessário aos que sofrem as consequências sociais desta pandemia e desperte em todos nós sentimentos mobilizadores de apoio fraterno e solidário.

No Evangelho que ouvimos, Jesus se apresenta como o ungido de Deus, como Cristo, então isto quer dizer precisamente que Ele age por missão do Pai e na unidade com o Espírito Santo e que, desta forma, entrega ao mundo uma nova realeza, um novo sacerdócio, um renovado modo de ser profeta que não busca a si mesmo, mas vive para Aquele em vista de quem o mundo foi criado. Hoje, voltemos a colocar as nossas mãos ungidas, essas mãos que no dia da nossa ordenação sacerdotal foram ungidas com o óleo, que é o sinal do Espírito Santo e da sua força, à disposição de Jesus e peçamos-lhe que nos tome novamente pelas mãos e que nos oriente. 

O Papa Francisco, por ocasião do 150º aniversário da declaração de São José como padroeiro Universal da Igreja, ofereceu-nos uma Carta Apostólica a que deu o nome de “Patris Corte”- Com o Coração do Pai. O objetivo era claro: “aumentar o amor por este grande Santo, para nos sentirmos impelidos a implorar a sua intercessão e para imitarmos as suas virtudes e o seu desvelo”. 

Por ocasião da 58ª Jornada Mundial de orações pelas vocações, o Papa Francisco apresentou um tema ligado a São José, colocando-o como figura central de modelo para as vocações.

“(…) Ele não era famoso e nem se fazia notar. Contudo, através de sua vida normal, realizou algo de extraordinário aos olhos de Deus: tinha um coração de pai, capaz de dar e gerar vida no dia a dia. E é isto que as vocações tendem a fazer: gerar e regenerar vidas todos os dias”, afirma o papa. 

Recordo que no meu tempo de seminário a devoção a São José era alimentada na formação e celebrávamos o 19 de março como um dia festivo, Eucaristia e sessão solene. Com São José aprendíamos a ser padres. Também, na minha família, a devoção a São José sempre foi um destaque. Precioso legado recebido de meus pais. Quando estou diante de alguma dificuldade, digo em meu coração: “São José, vai lá”. Sinto-me amparado.

Com São José e como ele, todos nós somos “pai”, padre, e precisamos de interpretar e de reconhecer que não se trata de uma simples palavra usada pela tradição, como poderiam ter sido outras. Possui uma inequívoca densidade de conteúdo que dispensa grandes atributos. Bastaria que parássemos aqui. A alegria e a responsabilidade de ser pai na Igreja perante um contexto tão conturbado. 

Padre significa fidelidade à vocação, de modo contínuo, sem parênteses nem interrupções. No ser padre tudo é importante. Adicionar-lhe o coração especifica o modo de servir e viver o ministério. Com coração de pai, de padre, mostra o caminho a percorrer. O ministério é exigente. Necessita da nossa inteligência, investida com tudo o que temos, e não de um modo parcial. O sacerdócio, para ser útil e compreendido, necessita de ser exercido com coração. 

Hoje, o sacerdócio, à imagem de São José, deve ser exercido com o coração no sentido da compaixão: proximidade, dedicação, capacidade de se deixar comover pelos dramas e dores, ternura, carinho, solicitude, presença. Um coração que não deve ser de pedra, mas de carne. 

O coração assinala a lógica do acolhimento e este exige dois comportamentos muito concretos. Caminhando com os outros, teremos de saber acolher, na variedade das situações, nunca excluindo ninguém, mas atendendo com coração aberto. Todos e tudo tem espaço num coração sacerdotal que não se fecha a ninguém. Como São José, um pai amado por Jesus e Maria, mas também pelo povo Cristão. Nunca seremos esquecidos pelo cuidado prestado ao próximo. 

O coração de pai tem diversos atributos. Enumerá-los mostra a vontade de um sacerdócio à imagem de São José. José ofereceu ternura com todas as atitudes e palavras que poderemos imaginar. Não precisamos de grandes coisas. Os pequenos gestos falam muito quando estão carregados de amor. Custa um pouco, mas valem muito. 

Como padres temo que ser um pai trabalhador. O trabalho, no ministério sacerdotal, não é uma questão laboral. Entregues, por escolha em adesão a um chamado à causa do Reino, sabemos que Deus Pai trabalha dia e noite e sabemos que a missão é para todas as horas. Nunca tivemos nem nunca teremos horário de trabalho. Temos orgulho de ser colaboradores de Deus na tarefa de recriar a humanidade. 

São José trabalhou com Jesus. O trabalho do sacerdote ja foi muito solitário. Cada um na sua paróquia. Hoje terá de ser sempre com outros, sacerdotes e leigos. Estes não são meros executores de ordens. Enriquecemo-nos com eles e a Igreja será sempre um projeto comum. É por isso que a nossa arquidiocese vive neste momento a sua caminhada pré-sinodal. A pandemia não está ofuscando o horizonte da nossa missão evangelizadora. Precisamos escutar uns aos outros, para isso o Sínodo diocesano. O mais importante nas nossas comunidades paroquiais é o caminhar juntos, lendo os sinais dos tempos e nos mantendo abertos à novidades do Espírito. Nesta etapa de formação dos animadores sinodais já estamos tirando lições da sinuosidade. Acreditemos na nossa unidade.

Nos dias de hoje, temos um enorme desafio de criar juntos um espaço nas comunidades paroquiais para os jovens. A juventude precisa ser protagonista da ação evangelizadora. Onde estão os nossos jovens neste tempo nefasto da pandemia? Percebemos a diminuição de presenças nas comunidades cristãs. Os sonhos dos jovens estão sendo destruídos. Como ajudá-los na reconstrução dos sonhos? Quantos que abandonaram os estudos? Estão perdidos, sem rumos. Como padres, pais, não podemos ficar olhando para os nossos jovens e esperar por alguma oportunidade. O tempo é agora. Vamos criar juntos com eles um espaço seguro de partilha de experiências e aprendizagens, onde são convidados a pensar em conjunto em propostas e soluções diante do novo mundo que se apresenta nesta pandemia. Vamos incentivá-los a arriscar ter sonhos. Precisamos incrementar nos jovens emoções positivas como a esperança, a alegria e a vontade de fazer algo pelos outros. É urgente criar uma cultura do encontro, se aproximando dos jovens e aproximando os jovens. 

Que São José se torne para todos um mestre singular no serviço da missão salvífico de Cristo, que, na Igreja, compete a cada um e a todos. 

Queridos padres, hoje, dou graças a Deus por cada um de vocês, pelo chamado que Deus dirigiu a você e ao qual respondeu, pelo esforço no serviço dos irmãos, pelas dores aliviadas e pela coragem e esperança infundida em nome de Deus, particularmente nestes tempos difíceis da pandemia. Coragem, caros padres! O Senhor não nos faltará com a sua Graça. Unidos a Ele e entre nós, seremos sinais e portadores do seu amor que cura, unifica, fortifica e salva. É com estes sentimentos que vos convido, caros padres, a renovar as promessas sacerdotais, ao serviço dos irmãos e irmãs aos quais o Senhor nos enviou. 

Porque trabalhamos juntos por uma Igreja sinodal e samaritana, caminhando juntos e oferecendo as nossas mãos para cuidar do próximo, peçamos a Jesus para nos atrair cada vez mais para dentro d’Ele, a fim de nos tornarmos verdadeiramente sacerdotes. 

Outras fotos da Missa do Crisma

 

 

 

 

 


Dom Majella fala sobre o Sínodo ao Conselho Arquidiocesano de Pastoral

Trecho da Carta Pastoral do Arcebispo Metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado-C.Ss.R., ao Povo de Deus da arquidiocese de Pouso Alegre

"Com a aprovação do tema “Igreja: caminho de comunhão para a missão” e o lema: “aproximando-se, pôs-se a caminhar com eles” (Lc 24,15), queremos caminhar juntos em Cristo para a celebração do 1º Sínodo Arquidiocesano.

Dado o contexto de pandemia que vivemos e que afetou a realização da programação em 2020 e obrigou-nos a retardar a celebração de abertura do Sínodo, pretendemos iniciá-lo oficialmente em toda a Arquidiocese neste ano, no domingo da solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo, em 21 de novembro.

Continuamos a caminhada de conscientização sinodal fazendo caminho em conjunto, isto é, convocando todos os batizados para a sua participação ativa na comunidade cristã e para o seu necessário testemunho cristão na evangelização do mundo contemporâneo. O núcleo central das atividades pastorais deverá ser orientado pela reflexão e atuação dos fiéis no contexto de caminhada de comunhão e participação das nossas comunidades cristãs.

Resolvemos não produzir um material mais específico ou um calendário de atividades para o Sínodo. Reconhecemos que a planificação sinodal, nestes tempos, permanece aberta a contínuas adaptações que nos vão sendo exigidas, segundo o que as circunstâncias em permanente mudança aconselham ou permitem.

Este é o momento de os diferentes serviços de pastoral exercerem a sua responsabilidade para discernir os procedimentos mais adaptados à evolução da situação social que estamos vivendo, sempre favorecendo aos fiéis viverem a fé com esperança nos novos contextos impostos pela pandemia.