Voluntários da Fazenda da Esperança falam sobre os trabalhos realizados ao clero

30 de agosto de 2019

Na última reunião de atualização do clero, dia 28 de agosto, dois representantes da Fazenda da Esperança puderam partilhar um pouco da vivência e trabalhos e realizados nessas comunidades. Na Arquidiocese de Pouso Alegre já existe uma unidade que acolhe 22 homens, localizada no bairro do Cervo em Pouso Alegre, e uma outra unidade para mulheres que vem se estruturando em Santa Rita do Sapucaí. A Fazenda da Esperança é como se intitulam as comunidades terapêuticas que abrigam jovens dependentes químicos. Ela está localizada em 22 países, com 130 unidades, e atua em diversos campos sociais, mas o principal é direcionado aos que desejam se ver livre das drogas e do álcool.

Conheça a história da Fazenda da Esperança

O sucesso da Fazenda da Esperança, se deve ao programa de recuperação, o qual se baseia em processos pedagógicos que elevam a autoestima e resgatam a dignidade dos seus acolhidos, que em 2017 assistiu em média três mil jovens e suas famílias. Esse programa de recuperação é baseado em um tripé que consiste basicamente no trabalho, na espiritualidade e na convivência. Tanto que todos os acolhidos vivem numa irmandade que de tão unida é capaz de devolver aos acolhidos o real sentido da vida, do amor a si e ao próximo, bem como da importância da comunhão. Além disso, a Fazenda da Esperança também trabalha junto à família, pois ela é uma das peças fundamentais para o sucesso da recuperação do jovem acolhido, através do Grupo Esperança Viva (GEV). O objetivo da ação é estruturar a família, mas mesmo quando ela não atende a esse convite – que não tem caráter obrigatório – o tratamento continua e o jovem recuperado tem a oportunidade de amar a sua gente como ela é.

“A importância desse trabalho com os jovens e com toda a sociedade e sua familia. Temos esse problema dentro de casa e nao sabemos como lhe dar com esse problema. Fazemos a acolhida dessa pessoa que enfrenta o problema e também trabalhamos com a família, para que a familia interaja na recuperação da pessoa, pois a familia está doente também e não sabe como lhe dar com essa situação”, explicou um dos responsáveis pela unidade Pouso Alegre, Jamil Alves de Souza.

Paulo Sérgio Vicentin é voluntário da instituição há três anos. Segundo ele, essa é a oportundiade de praticar o amor que o Evangelho tanto ensina, pede e cobra.

“A palavra é confiança. Por traz de cada ser humano existe um ser Divino. Eu me apaixonei por esse projeto porque em cada ser humano que está lá eu vejo Jesus abandonado. Na igreja, muitas vezes, falamos muito de deus, mas pouco faz. Lá a gente tem a graça de fazer, de ter uma ação, uma atitude de amor. Na Fazenda da Esperança não existe dinheiro que nos segura, apenas amor. Isso serve para cada voluntário, vivemos da Providência de Deus. Não é fácil, a gente convive com pessoas que na sociedade são complicadas, por causa das dificuldades que tiveram que viver em certos tipos de problema e não conseguiram conviver com esses problemas. A droga e o álcool são apenas a ‘cereja do bolo’. No meu coração é um presente de Deus conviver nesse projeto, onde vivo o amor. A Fazenda da Esperança é um ato de amor”, emocionou-se.

Como resultado, a Fazenda da Esperança é responsável pela recuperação de centenas de milhares de pessoas, que em sua grande maioria se voluntariam para ajudar outros que necessitem de ajuda. Em 2007, durante uma visita a sede em Guaratinguetá-SP, o então Papa Bento XVI destacou a importância e a missão das Fazendas da Esperança: Levar a esperança, que é Jesus Cristo, ao maior número de pessoas possível.