2ª turma de padres da arquidiocese realiza retiro espiritual
O retiro espiritual da 2ª turma do clero arquidiocesano foi realizado nos dias 20 a 23 de setembro, na Vila Dom Bosco, em Campos do Jordão (SP).
O pregador do retiro foi o arcebispo emérito de São Salvador (BA), dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ. As meditações tiveram como tema o versículo do salmo 27/26, 8: “A tua face, Senhor, eu busco”.
O evento foi organizado pela Pastoral Presbiteral sob a coordenação do padre Heraldo José dos Reis. O arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., esteve presente no retiro. Ele permaneceu até a manhã da quinta-feira (22), retornando no período da tarde à sede da arquidiocese para acompanhar a conclusão das celebrações do jubileu de diamante da arquidiocese.
Os padres desta segunda turma tiveram momentos intensos de meditação da Palavra de Deus, oração, celebrações litúrgicas, todas orientadas por dom Murilo. A primeira turma do clero arquidiocesano realizou o retiro espiritual com a pregação de dom frei Carlos Alberto, O.F.M., nos dias 12 a 15 de setembro, na mesma casa de retiros.
Dom Murilo enfatizou que “o que fica de um retiro é aquilo que é fruto da oração”. Ele explicou que a pergunta que deve estar presente na vida e ministério sacerdotal é: “Senhor, o que queres que eu faça?”. O arcebispo emérito de São Salvador refletiu que o sacerdote deve se fazer sempre ouvinte do Senhor, quer lhe falar, e deixar-se transformar pela força transformadora do Evangelho. Para isso acontecer, segundo dom Murilo, o sacerdote precisa estar convencido de que é amado por Deus. O padre é um ser humano que vive momentos alegres e difíceis, que enfrenta os riscos e medos com confiança naquele que o chamou, salientou o pregador. Falando sobre o mistério do chamado de Deus, dom Murilo exortou que ninguém foi chamado por engano: “Deus não olhou para as fraquezas e imperfeições de cada um, simplesmente, ‘chamou os que Ele quis’”.
O pregador ressaltou também que, neste período de pós-pandemia, diante do sofrimento do povo e da indiferença na fé, faz-se cada vez mais necessário configurar-se a Cristo, buscando viver integralmente a consagração.
Segundo o padre Rafael Gouvêa, pároco da paróquia Nossa Senhora da Consolação, em Consolação (MG), o retiro foi um momento oportuno para permanecer com o Senhor e conviver com os membros do clero.
“O retiro deste ano possibilitou a alegria de nos encontrarmos presencialmente enquanto presbitério, após três anos sem o fazer devido à pandemia. Foram dias para escutar mais de perto a Voz do Senhor, que nos chama à fidelidade em Seu discipulado. Antes do apostolado, há essencialmente o discipulado que, em uma de suas definições, significa estar, permanecer com Jesus Cristo, escutando Sua Palavra, aprendendo e aprofundando, no mistério de Seu Sumo Sacerdócio, a como ser Seus ministros ordenados hoje. O sacerdócio não é nosso, mas de Cristo, de quem o recebemos gratuitamente, nossa vocação. Por amor generoso da parte do Senhor, apesar de sermos pecadores, somos chamados por Ele e enviados em missão. O testemunho de vida, a sabedoria, a experiência e o entusiasmo do pregador do retiro, dom Murilo, seguramente, muito colaborou conosco, presbíteros, nesses dias, nos ajudando a crescer na comunhão com Cristo, amando-o cada vez mais, a fim de sermos fiéis ao Senhor em Sua Igreja!”, comentou o padre Rafael.
Texto e imagens: padre Nailton José Gonçalves