Relíquias de São Pio de Pietrelcina visitam paróquias e instituições da arquidiocese
Durante cinco dias fiéis de paróquias da Arquidiocese de Pouso Alegre tiveram a oportunidade de contemplar de perto as relíquias de São Pio.
Na quinta-feira, 16 de janeiro, ocorreu a visita ao Carmelo Sagrada Família, Asilo Nossa Senhoras Auxiliadora e Comunidade Católica Sagrada Família (Renovação Carismática/Paróquia Nossa Senhora de Fátima), em Pouso Alegre.
No dia seguinte, as relíquias foram acolhidas no Santuário do Imaculado Coração de Maria, onde foram celebradas duas missas, às 6h30 e 17h30.
Às 12 horas do sábado, dia 18, seguiram para a Catedral Metropolitana, onde permaneceram até as 15h30, quando foram conduzidas à matriz da Paróquia Nossa Senhora de Fátima.
No domingo, dia 19, às 10 horas foi a vez da Paróquia Santo Antônio acolher as relíquias na comunidade Nossa Senhora Aparecida e São Francisco. Às 19 horas, seguiram para a matriz da Paróquia São Cristóvão.
Nesta segunda-feira, dia 20, está ocorrendo a visita ao Santuário São Francisco e Nossa Senhora de Fátima, na cidade de Ouro Fino. No início da noite as relíquias retornam a Pouso Alegre, passando pela comunidade Santa Rita de Cássia, pertencente a Área Pastoral São João Paulo II, finalizando a programação.
As relíquias de primeiro grau foram trazidas pelo missionário Rogério Melo, do Movimento Nacional dos Filhos e Filhas Espirituais de São Pio de Pietrelcina, que deixou a seguinte mensagem aos fiéis:
“Que o exemplo de São Padre Pio, com sua vida de oração, entrega e amor ao próximo, nos motive a buscar cada vez mais a santidade no dia a dia. Ele nos ensina que, com fé, tudo é possível.”
Conheça um pouco da vida de São Pio de Pietrelcina: “Um pobre frade que reza”
Padre Pio nasceu no seio de uma família de camponeses e, desde criança, sempre foi animado pelo desejo de “ser frade”. Aos 16 anos, entrou para o Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, adotando o nome de Frei Pio. Em 1910, recebeu a ordenação sacerdotal.
Seis anos depois, entrou para o Convento de Santa Maria das Graças, em San Giovanni Rotondo, onde dedicava muitas horas do dia ao sacramento da Confissão. O cume das suas atividades pastorais era a celebração da Santa Missa. Ele se definia “um pobre frade que reza”. “A oração – afirmava – é a melhor arma que temos; é a chave que abre o coração de Deus”.
Encontro extraordinário
Em 1948, Padre Pio confessou um jovem sacerdote polonês, Padre Karol Wojtyła, que, 30 anos depois, se tornou Sucessor de Pedro, com o nome de João Paulo II. No humilde frade – realçou o Pontífice, em 1999, durante o rito de beatificação de Padre Pio – pode-se contemplar a imagem de Cristo sofredor e ressuscitado: “Seu corpo, marcado pelos ‘estigmas’, indicava a íntima ligação entre a morte e a ressurreição”.
“Não menos dolorosas e, humanamente, talvez ainda mais torturantes, – recordou o Papa na sua homilia – foram as provações que ele teve que suportar, por causa, – se assim pudermos dizer – dos seus carismas particulares”.
Para Padre Pio, “sofrer com Jesus” é um dom: “ao contemplar a cruz sobre os ombros de Jesus, sinto-me mais fortalecido e exulto com santa alegria”. “Tudo o que Jesus sofreu na sua Paixão – revelou – eu também sofro, indignamente, segundo as possibilidades de uma criatura humana”.
“Alívio do Sofrimento”
A vida do Padre Pio foi também reflexo de um incessante compromisso para aliviar as dores e as misérias de tantas famílias. Em 1956, foi inaugurada a “Casa Alívio do Sofrimento”, uma obra hospitalar de vanguarda. É a “pupila dos meus olhos”, afirmava o frade, que, por ocasião do seu discurso inaugural, acrescentou: “Esta é uma criatura que a Providência gerou, com a ajuda de vocês. Ei-la aqui! Admirem-na! Louvemos, juntos, ao Senhor Deus. Nesta terra foi plantada uma semente, que o Senhor fará germinar com os seus raios de amor”.
Morte do Padre Pio
Padre Pio faleceu na noite do dia 23 de setembro de 1968, com a idade de 81 anos. Em 16 de junho de 2002, foi proclamado Santo pelo Papa João Paulo II, que afirmou na sua homilia: “A vida e a missão do Padre Pio são um testemunho das dificuldades e dores, que, se aceitos por amor, se transformam em um caminho privilegiado de santidade, que se abre ainda mais rumo a perspectivas de um bem muito maior, aceitável somente pelo Senhor”.
Fonte: www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/09/23/s–pio-de-pietrelcina–presbitero.html
Texto: Luiz Gonzaga da Rosa, com colaboração de Eder Couto e Giuliano Beraldo
Imagens: Lucas Silveira/Pascom Catedral (foto destacada); Maria Júlia Ataíde e Maria Luiza Ataíde/Pascom Fátima (foto da matéria)