“A Igreja não pode parar”, afirma dom Majella. Secretários e coordenadores do Sínodo são anunciados
“Entramos na terceira fase do Plano de Retomada litúrgico-pastoral da nossa Arquidiocese de Pouso Alegre. Com este passo importante para as nossas comunidades cristãs, nesta pandemia, as lideranças leigas, os agentes de pastoral e todo o clero, precisamos “estar atentos a quem precisa, a quem está à espera de Cristo”. Amados irmãos e irmãs, olha à sua volta e esteja atento para que quando alguém precisar, diga: “Estou aqui, conta comigo”. Na atual realidade das nossas comunidades cristãs é necessário estar atentos a quem precisa, a quem está à espera de Cristo, a quem está de mãos estendidas e vazias. Deus chama vocês, líderes da comunidade de fé, atentos, que se desafiam constantemente e que são construtores de uma Igreja viva e de um mundo melhor. Encontramos comunidades rurais com a presença de todos os fiéis no grupo de risco da covid-19, dificultando a abertura para a celebração eucarística por falta de voluntários para a higienização da igreja. Estar atento significa as comunidades vizinhas serem solidárias com a ajuda de voluntários para higienizar à igreja de outra comunidade.
Agradeço o trabalho que as comunidades cristãs veem desempenhando com a aplicação da primeira fase do Plano de Retomada litúrgico-pastoral da Arquidiocese. Aceitaram o desafio: ouviram Jesus que os chamava e foram ao encontro dele. Assim hoje vislumbramos inúmeros voluntários nas paróquias assumindo o compromisso de servir à comunidade, principalmente na atividade da higienização do templo. É um compromisso de toda a Igreja, que está dizendo que é uma Igreja atenta. Sim, a nossa Igreja particular de Pouso Alegre está atenta. Agradeço o trabalho e empenho de todos os leigos e leigas, voluntários e dos padres, durante este período de retomada. Reconheço que não está sendo fácil e que requer muita paciência e caridade da parte de cada um.
Queremos que a dinâmica do primeiro Sínodo diocesano interrompida, em março deste ano, seja retomada em fevereiro de 2021, com o propósito da abertura do Sínodo na solenidade de Cristo Rei, em 21 de novembro.
Podemos afirmar que a sinodalidade é a única maneira na Igreja de sermos capazes de crescer e construir juntos. Sempre que não formos sinodais não vamos conseguir envolver as pessoas. A Igreja se quiser ser coerente com a sua metodologia, só pode ser sinodal. Reconhecemos sinais de sinodalidade na nossa Arquidiocese, mas ainda temos pouca coragem para gestos diferentes. No caminho conjunto que estamos construindo necessitamos de propor “gestos proféticos”. Pequenos gestos. Pequenos gestos fazem a diferença na relação e o Papa Francisco tem sido protagonista de pequenos gestos que podem mudar o mundo. Temos pouca coragem para gestos diferentes. A vontade de reconfigurar aspectos pastorais na Arquidiocese pede coragem, por isso significa fidelidade ao evangelho. A sinodalidade é hoje mais fácil e mais possível, mais desejável. O caminho da conversão pastoral que estamos construindo a partir da 9ª Assembleia de Pastoral não é possível voltar atrás, porque ele mostra a perfeição, a beleza e a santidade, não pessoal, mas que nasce do que Deus projeta em cada um de nós, nas nossas comunidades eclesiais. A esperança não está na perfeição, está no dar-se. É preciso que as novas gerações das nossas paróquias se configurem como protagonistas da ação evangelizadora. Sonho com estes semeadores para assegurar o futuro da Igreja particular de Pousos Alegre. Quem semeia dá o melhor de si.
O Sínodo irá nos desinstalar para que possamos fazer a diferença. Iremos, das palavras à ação, com a profecia dos pequenos gestos.
Estou nomeando para a secretaria do Sínodo:
1º Secretário: Pe. Mauro Ricardo de Freitas
2º Secretário: Pe. Tiago da Silva Vilela
Coordenadores:
Pe. Edson Aparecido da Silva
Pe. Eduardo Rodrigues da Silva
Pe. Dirlei Abérico da Rosa.
A Igreja não pode parar. A pastoral é uma nobre e necessária atividade em prol das comunidades de fé, da humanidade, tem de fazer parte do arriscar, com competência e criatividade. A pandemia está nos provocando, mesmo que não esteja sendo fácil. É o desafio. Temos que viver como verdadeiros discípulos, de sair, ir e ensinar, com a força do Espírito Santo.
No momento vejo a importância da formação para a vida cristã no ambiente digital. Peço à PASCOM que chegue às comunidades cristãs com um projeto: “o digital nas paróquias”. O objetivo é formar sobre o uso dos meios digitais no trabalho pastoral para as paróquias, da utilização das redes e recursos às plataformas de viodeoconferência. Assim criaremos a “pastoral digital”. Sugiro que se realize no próximo COSEPA ou, ao iniciarmos o ano pastoral/2021.
Não podemos esquecer que a Igreja ficou incumbida de anunciar a todos os povos, sempre com novo vigor, novo entusiasmo, nova linguagem, novas formas de ação, com criatividade, humildade, alegria, em sinodalidade.
A confiança em Deus e a prudência cristã exortam-nos a ter um agir consciente, livre e responsável, apoiado na benignidade pastoral. As exigências provocadas por esta pandemia, tornaram-se para todos nós uma exigência ética, um desafio para saber fazer da pastoral o maior bem em benefício da salvação que nos vem de Deus. Que o Espírito Santo inflame e anime a nossa missão”.