Arcebispo cria Comissão para proteção de menores e pessoas em situação de vulnerabilidade
O arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado – C.Ss.R., anunciou na tarde desta quarta-feira (24), através de Decreto, a criação da Comissão arquidiocesana para a aplicação do Motu Proprio Vos Estis Lux Mundi, sobre a proteção dos menores e pessoas em situação de vulnerabilidade.
A comissão está anexada ao Tribunal Eclesiástico Arquidiocesano, e será a responsável por receber reclamações e outras informações sobre possíveis abusos sexuais cometidos por clérigos e professos de vida consagrada, repassando tudo ao arcebispo.
“Além disso, esta Comissão Arquidiocesana garantirá que todas as instituições católicas e áreas eclesiais que realizam seu trabalho pastoral no território da Arquidiocese de Pouso Alegre sejam um lugar seguro e livre de abuso sexual, principalmente para menores e pessoas vulneráveis que participam de qualquer uma de suas atividades”, traz o Decreto.
A Comissão terá tempo indeterminado e é composta pelos seguintes membros: padre Ronne Peterson de Faria Oliveira (presbítero, promotor de justiça do Tribunal e presidente da Comissão), padre Vanildo de Paiva (presbítero, pastoralista e psicólogo), Maria Aparecida Tosta Fagundes (psicóloga clínica), Maristela Tenório Dionísio Casalechi (pedagoga e advogada) e Marco Aurélio de Oliveira Silvestre (advogado).
A indicação destas comissões nas dioceses partiu do próprio Papa Francisco, através da Carta Apostólica em forma de Motu Proprio Vos Estis Lex Mundi, em 9 de maio de 2019. Ele determinou regras estabelecem novos mecanismos para a proteção dos menores e pessoas em situação de vulnerabilidade contra delitos sexuais de clérigos e de membros de Institutos de Vida Consagrada e de Sociedade de Vida Apostólica, bem como contra o abuso de autoridades dos mesmos.
O objetivo dessas regras é facilitar às pessoas cientes desses abusos que os informe às autoridades eclesiais, “de modo a garantir que as informações recebidas sejam convenientemente estudadas e que as medidas necessárias sejam tomadas em tempo hábil, evitando o silêncio e a ocultação desses crimes quando ocorram”.
por Pe. Andrey Nicioli