Saiba como será o retorno das celebrações da Santa Missa com a presença dos fiéis

3 de julho de 2020

O arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado – C.Ss.R., divulgou na manhã desta sexta-feira (3), o Plano de retomada gradual das atividades litúrgicas e pastorais da arquidiocese em tempos de pandemia da COVI-19. É preciso ressaltar que se trata de uma transição que será feita em fases e que sua aplicação depende das condições sanitárias do momento e também das orientações da Secretaria de Saúde e Vigilância sanitária de cada município. Dentro do planejamento, o retorno das celebrações da Santa Missa retornarão em agosto, sendo a primeira missa celebrada na Catedral Metropolitana no dia 1º de agosto. Nas paróquias, as missas retornam no dia 2 de agosto.

“Aproxima-se o momento tão esperado por nós todos de retornarmos às atividades litúrgicas e pastorais em nossas comunidades paroquiais da arquidiocese. Unidos ao povo que festejava a volta do exílio (Sl 126[125]) e, convictos de que ‘Deus foi grande conosco! (v. 3), fazemos ressoar nossa alegria de também, em breve, estarmos reunidos como assembleia orante para as nossas celebrações, e nosso entusiasmo para a retomada das atividades de evangelização”, escreveu dom Majella.

É importante que as transmissões de missas, como vêm acontecendo em cada paróquia, continuem, já que muitos fiéis não poderão participar presencialmente.

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Nessa fase, as missas com a presença de fiéis podem ser celebradas na Catedral e na igreja matriz de cada paróquia, mas, a critério do pároco, se houver na paróquia outros templos proporcionais ou maiores que a matriz, pode-se também utilizá-los, “desde que com a referida autorização. Sempre buscando o diálogo com o município, nunca sem ele, caso necessário, solicite-se a visita prévia das autoridades sanitárias para avaliação do local, antes de iniciar qualquer atividade, evitando-se, de antemão, quaisquer contratempos”.
Quanto ao número de missas dominicais e feriais, o indicado é que se conserve, preferencialmente, o costume paroquial, mas o pároco poderá escolher. Em casos de mais de uma missa, observe-se o intervalo de duas horas entre o final de uma e o início da outra, para limpeza e higienização do espaço.

Sobre os fiéis

As missas acontecerão com número reduzido de fiéis, conforme orientações da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e das autoridades sanitárias.
“Para cada celebração, admita-se o número de participantes de acordo com as legislações próprias de cada município, lembrando que, nesse número, são contados todos os que estiverem dentro do templo, sem exceção, incluindo o ministro ordenado e a equipe de celebração”.

Os fiéis que fazem parte dos grupos de risco, como os doentes e idosos acima de 60 anos, sejam orientados a permanecerem em suas casas, nutrindo a fé como indicado inicialmente. Sugere-se, também, que as crianças que não fizeram a primeira eucaristia fiquem em casa. Para participarem da celebração, será necessário que cada pessoa faça um cadastro, conforme meio adotado e orientado por cada paróquia, como retirada de senhas, inscrição em plataformas digitais etc. É de suma importância que todas as informações se concentrem na secretaria paroquial para facilitar o gerenciamento do processo e a comunicação.

“Que cada paróquia seja rigorosa no respeito ao número permitido de fiéis para a celebração, incluídas as pessoas dos ministérios litúrgicos, de acordo com as normas sanitárias municipais. Reforçamos que, para fins de fiscalização, é contado o número total de pessoas que se encontram dentro do templo, sem exceção”.

Os fiéis, sem excessão, devem higienizar as mãos logo na entrada da igreja com álcool em gel ou outro produto desinfetante, conforme orientações sanitárias. Assim, também, todos deve estar usando máscara de proteção, a qual deve ser retirada, apenas, para a recepção da Comunhão Eucarística, sendo recolocada logo em seguida.

Na chegada, enquanto os procedimentos de acolhida, higienização e encaminhamento dos fiéis acontece, cuide-se para que seja respeitado o distanciamento de 2 metros. Assim também será dentro do templo, já que o fiel deverá sentar especificamente no lugar indicado pela equipe de acolhida. Esse espaço obedece as normas de segurança sanitária, ou seja, 4 metros quadrados.

A Comunhão Eucarística poderá ocorrer de duas formas, sendo o pároco o responsável por escolher umas delas. A primeira é a mais comum, em que o fiel forma a fila. Aqui, que se obedeça o distanciamento conforme as indicações no piso. Na segunda forma, o padre ou o Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão se dirige até o local onde o fiel esteja sentado. Nos dois casos, “a Eucaristia será distribuída exclusivamente nas mãos, devendo todos comungar na frente do ministro. A forma mais segura de colocar a hóstia na mão do fiel será com os braços em extensão máxima, sejam os braços de quem entrega a hóstia, sejam os braços da pessoa que a recebe, favorecendo assim a distância de dois metros entre elas, em fila, com sinalização adequada no piso. O fiel, na hora de comungar, deverá retirar momentaneamente a máscara, receber a hóstia na mão e coloca-la na boca, e recolocar a máscara. Comunhões sob duas espécies estão suspensas até segunda ordem”.

O diálogo individual da Comunhão (“Corpo de Cristo” – “Amém”) será realizado uma única vez por quem preside e de forma coletiva depois da resposta “Senhor, eu não sou digno…”, distribuindo-se, portanto, a Eucaristia em silêncio.

As ofertas deverão ser feitas ao final da celebração, onde urnas para esse fim estarão à disposição nas portas de saída. Os fiéis devem ser orientados a deixar a igreja, seguindo uma ordem, respeitando as regras de distanciamento e não se aglomerando diante da igreja.

Sobre a organização do templo

Sempre que possível, as portas de entrada sejam distintas das de saída e que haja indicadores de percursos de sentido único, de modo a evitar que as pessoas se cruzem. Para a entrada na igreja, deve ser respeitado o distanciamento de dois metros entre as pessoas, em fila, para realização dos protocolos. Não haja distribuição de folhetos litúrgicos, folhas de canto ou qualquer outro impresso aos fieis;

“Deve-se respeitar a distância mínima de segurança de dois metros entre os fiéis (o que equivale a quatro metros quadrados por pessoa). Para isso, garanta-se a organização prévia do espaço com medidas e sinalização adequadas (por ex.: fechando-se o acesso a alguns bancos ou alterando filas, afastando cadeiras; marcando os lugares com cores ou outros sinais). O fiel só poderá sentar no local demarcado e indicado pela equipe. Onde for possível, sugere-se a substituição dos bancos por cadeiras, para facilitar a organização do ambiente e a higienização”.

As portas e janelas das igrejas devem estar bem abertas para uma adequada ventilação, mas os ventiladores ou aparelhos similares devem ficar desligados. É preciso ter cuidado para que os fiéis não toquem ou tenham qualquer tipo de contato com puxadores e maçanetas.

O plano de retomada também cuidado quanto aos recipientes de água benta e as imagens que ficam para veneração dos fiéis.

“Os recipientes de água benta junto às entradas da igreja devem estar vazios. Recomenda-se colocar, em torno das imagens populares e acessíveis ao público, uma fita de isolamento, para que os devotos não toquem ou beijem as mesmas”.

O uso dos banheiros ou bebedouros que existem nas igrejas ou outros espaços da paróquia devem ser proibidos. Caso o fiel precise tomar água, que ele leve sua garrafinha com água de casa.

 

por Pe. Andrey Nicioli