São Martinho de Tours, homem da palavra, da caridade e da oração

3 de novembro de 2023

Martinho nasceu na Panônia, hoje Hungria, em 316; era filho de um oficial romano e foi educado na cidade de Pavia, onde passou a infância até ser alistado na guarda imperial aos quinze anos.

Na escola, Martino teve o primeiro contato com os cristãos e, sem o conhecimento dos pais, tornou-se catecúmeno e passou a frequentar assiduamente as assembleias cristãs.

Tendo obtido do imperador a isenção do serviço militar, Martinho dirigiu-se a Poitiers ao bispo Santo Hilário, que completou a sua instrução religiosa, batizou-o e ordenou-o sacerdote. Ele voltou para a Panônia, onde converteu sua mãe, depois lutou contra os arianos em Milão, mas de lá foi expulso.

Mais tarde, ele se retirou para a Ligúria e finalmente voltou para sua terra natal. Amante da vida austera e do silêncio, construiu o mosteiro de Ligugè, o mais antigo da Europa, e o de Marmontier, que ainda existe.

Vaga a diocese de Tours, em 372, foi consagrado bispo por consentimento unânime do povo. Aceitou o cargo com grande relutância, mas dedicou-se com zelo ao cumprimento dos seus deveres episcopais, continuando a sua vida ascética de orações e renúncias e trazendo o rigor dos costumes monásticos à sua nova missão, sempre próximo do povo, especialmente dos mais camponeses pobres.

Ele governou a diocese por vinte e sete anos em meio a muitos conflitos, até mesmo por parte de seu próprio clero. Um certo padre Brizio chegou ao ponto de processá-lo; mas o bispo perdoou-o, dizendo: “Se Cristo tolerou Judas, por que não deveria eu suportar Brizio?”.

Exausto pelo cansaço e pela penitência, rezou ao Senhor dizendo: “Se ainda sou necessário, não me recuso a sofrer, caso contrário a morte virá”.

Morreu em Candes e quis ser deitado no chão, salpicado de cinzas e rodeado de saco: era 11 de novembro de 397.

Seu funeral foi celebrado alguns dias depois para dar tempo de seus monges chegarem: cerca de duzentos deles estavam presentes.

Sepultado na Catedral de Tours, a sua fama espalhou-se por toda a França, onde ainda é invocado como o primeiro padroeiro da nação. Seu túmulo é destino de contínuas peregrinações de todo o mundo.

Na arte, São Martinho é retratado montado em seu cavalo cortando sua capa; na França, nas igrejas a ele dedicadas, é representado como um bispo que distribui esmolas aos pobres.

“Ó Deus, que fostes glorificado pela vida e morte do bispo São Martinho, renovai em nossos corações as maravilhas da vossa graça, de modo que nem a morte nem a vida nos possam separar do vosso amor. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo”. (Oração de Coleta da Missa em memória de São Martinho de Tours).

 

Fonte de pesquisa:

https://www.vaticannews.va/pt/santo-do-dia/11/11/s–martinho–bispo-de-tours-.html,

https://santo.cancaonova.com/santo/sao-martinho-de-tours-o-dono-do-manto-que-cobriu-jesus/,

https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-sao-martinho-de-tours/191/102/

Imagem: https://franciscanos.org.br/vidacrista/calendario/sao-martinho-de-tours/#gsc.tab=0