A Secretaria de Pastoral da Arquidiocese de Pouso Alegre revelou nesta quarta-feira (16), durante reunião de atualização do clero, o valor arrecadado com a Coleta da Solidariedade do Domingo de Ramos deste ano em todas as 68 paróquias. O total foi de R$ 116 mil, dos quais 40% é destinado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e 60% fica na Arquidiocese, sendo dividido entre os projetos sociais contemplados nos setores pastorais e os orçamentos apresentados pelas pastorais sociais. Vale lembrar que essa coleta solidária quer ser um gesto concreto da Campanha da Fraternidade (CF) realizado pelas Dioceses, Paróquias e Comunidades de todo o país no Domingo de Ramos. Todas essas doações financeiras realizadas pelos fiéis são administrados Fundos Nacional e Diocesano de Solidariedade.

Os Conselhos Setoriais de Pastoral (Cosepas) indicam à Arquidiocese propostas de grupos, paróquias e instituições que têm projetos sociais a partir do tema da Campanha da Fraternidade do ano corrente. Recebidos esses projetos, uma comissão avalia alguns critérios, como: a) atender ao tema da Campanha da Fraternidade, ou seja, estar vinculado à preservação ambiental; b) ter sido selecionado pelos Conselhos Setoriais de Pastoral (Cosepas); c) oferecer contrapartidas, ou seja, demonstrar a utilização de recursos próprios; d) apresentar ser sustentável à médio e longo prazo, ou seja, ter possibilidade de continuidade após o término de uso dos recursos do FDS. Somente depois é que o dinheiro é enviado ao projeto.

Participantes Projeto “Águas do Pessegueiro”

Em 2017, a Arquidiocese de Pouso Alegre repassou o valor de 40 mil reais para quatro os projetos selecionados, dentre os quais o Projeto “Águas do Pessegueiro”, realizado no Bairro Pessegueiro em Itajubá, que tem como o objetivo promover estudos e a conscientização ambiental sobre a qualidade das águas. O projeto é uma parceria com a Paróquia São José Operário, com a Associação dos Moradores do Bairro Pessegueiro e o Instituto de Recursos Naturais da Universidade Federal de Itajubá. E os trabalhos têm evoluído. No dia 16 de maio os moradores do bairro participaram de uma palestra sobre o ciclo da água, sobre os procedimentos para preservação das nascentes, para limpeza e cuidado com as cisternas e dinâmica sobre ecossistemas fechados.

“Além disso, na fase inicial do projeto, está sendo realizado um mapeamento das nascentes, com visitas às propriedades e apoio dos moradores. O projeto está sendo apoiado com recurso de 10 mil reais do Fundo Arquidiocesano de Solidariedade, recurso que será usado para custear testes de análise química da água das nascentes que estão sendo cadastradas e ações para sua preservação. Em contrapartida, a Associação dos moradores irá construir um viveiro de mudas que serão plantadas para proteger as nascentes”, afirmou padre Thiago Raymundo, vigário paroquial da Paróquia São José Operário.

Os outros projetos selecionados em 2017 foram: “Quem ama cuida”, realizado no Bairro Morumbi (Pouso Alegre), com o objetivo de revitalizar áreas verdes do bairro; “Nascentes douradas”, realizado nos municípios de Carvalhópolis, Espírito Santo do Dourado, Poço Fundo, São João da Mata, Silvianópolis e Turvolândia, com o objetivo de reflorestar as nascentes de rio Dourado; e “Aromaterapia”, realizado em Santa Rita do Sapucaí, com o objetivo de desenvolver ações de educação para a saúde e preservação ambiental.

CNBB define destinação do Fundo Nacional de Solidariedade

Os bispos reunidos durante a 56ª Assembleia Geral da CNBB deste ano definiram que 40% dos recursos do Fundo Nacional de Solidariedade (FNS) será enviado para a Diocese de Roraima, a fim de que seu serviço aos venezuelanos prolongue o máximo possível. A parte restante do FNS será para projetos que são analisados pelo Conselho Gestor. Entre os critérios para a aprovação de um projeto está a necessidade de uma carta de apresentação de um bispo.