Seminaristas, diáconos e padres do regional Leste 2 refletem sobre a Liturgia
A Comissão de Liturgia do Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou entre os dias 19 e 23 de julho o 4º Encontro para Seminaristas do 4° ano da Configuração (Teologia) e da etapa Pastoral, diáconos transitórios e presbíteros com até um ano de ordenação. O encontro foi realizado virtualmente com cerca de 150 participantes, que refletiram o tema “Ars Celebrandi na perspectiva da 3ª editio typica do Missal Romano para futuros ministros ordenados”. A Comissão é presidida pelo arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado-C.Ss.R.
O encontro foi assessorado por Dom Jerônimo Pereira, OSB, doutor em Sagrada Liturgia pelo Pontifício Instituto Litúrgico Santo Anselmo, mediado pelos Pe. Carlos Henrique e Pe. Daniel Fernandes, da Comissão de Liturgia do Regional Leste 2. Também se fizerem presentes no encontro Dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da CNBB; Dom José Carlos de Souza Campos, bispo de Divinópolis e presidente do regional Leste II da CNBB; Dom José Aristeu Vieira, bispo de Luz e referencial da Comissão para os Ministérios e a Vida Consagrada do Leste II da CNBB; Dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá e presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB.
A liturgia da terra, com suas propriedades espaço-temporais, deve nos aproximar da liturgia do céu, da beleza, do sagrado, de Deus. Devemos considerar as possibilidades e os desafios de nosso tempo, porém ressignificá-los no mistério celebrado.
Ao final do encontro, todos os participantes reafirmaram o compromisso de se prepararem bem para o exercício do ministério ordenado e se colocarem como cooperadores da unidade em obediência à Igreja, principalmente no que se refere a Sagrada Liturgia.
“Nosso primeiro compromisso é escutar a Liturgia, tendo o Rito como professor e a igreja como escola. Aprofundando o grande desafio da pastoral litúrgica, onde a forma ritual não se reduz a um rubríssimo, mas ao exercício do sacerdócio de Cristo. De tal modo que, é preciso antes de tudo reconhecer a grandeza deste mistério e de sua eficácia santificadora na vida cristã, pois somos e seremos servidores dele. É Cristo quem fala. É o Rito quem comunica a graça santificante. É nosso compromisso também cuidar com mais atenção da nossa experiência pessoal de oração na liturgia, a fim de ajudar os irmãos e irmãs a rezarem. Com isso, precisamos nos despertar e nos educar para a linguagem simbólica, para o caráter experiencial profundo e o itinerário mistagógico da liturgia. Como nos recorda o magistério recente, a Igreja evangeliza e se evangeliza na liturgia, sendo que uma liturgia bem celebrada é a melhor forma de catequese”.
O cenário da pandemia é um convite ao essencial. A centralidade do mistério e sua força pascal em nossa história são esperança para vivermos este tempo, sobretudo para os mais pobres.
“Assim, a liturgia é ação da Igreja, do Povo de Deus, não expressão de vaidades. É nosso compromisso ainda, considerar a teologia, especialmente a eclesiologia que transmitimos por meio dos gestos, símbolos e palavras dentro de uma celebração. Uma genuína Ars Celebrandi deve harmonizar todas as dimensões celebrativas, a saber: a dimensão de suspensão, isto é, a elevação do homem a Deus; a dimensão ritual que gera e garante a continuidade formal; a dimensão simbólica como lugar no qual o céu e a terra se tocam e o homem é cristificado e a dimensão do fazer humano, que requer a consideração espacial e temporal: celebramos o eterno no ritmo de um tempo, celebramos o intocável com o nosso corpo e todos os seus sentidos”.
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