Catedral Metropolitana reabre cripta para visitação e oração

20 de junho de 2019

Após um ano fechada para reformas, a cripta localizada na Catedral Metropolitana foi reaberta para visitação e oração na tarde desta quinta-feira (20), Solenidade de Corpus Christi. A bênção do novo espaço foi dada pelo arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado – C.Ss.R. Na cripta estão sepultados 4 (Arce)Bispos: dom Octávio Augusto Chagas de Miranda (+1959); dom. José D’Ângelo Neto (+1990); dom. João Bergese (+1996) e dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho, O.Praem. (+2018).

“Em meados de 2018, atendendo a um pedido de nosso Arcebispo Metropolitano, o Pároco e Cura da Catedral, Cônego Vonilton, com o apoio dos fiéis em geral – particularmente com o resutado financeiro da Festa do Bom Jesus de 2018 e a de São Sebastião de 2019 – deu início ao processo de revitalização da Cripta de nossa Catedral. Desde então, ela se encontra fechada tanto para a visitação quanto para as celebrações que nela ocorriam semanalmente, sendo as mesmas realizadas, nesse período, no altar mor da Catedral”, explicou o secretário de pastoral da Catedral, Antônio Carlos Rezende.

No local toda Segunda-feira, às 16h, já é celebrada a Santa Missa, em sufrágio dos sacerdotes e bispos falecidos de nossa Arquidiocese, particularmente dos que nela estão sepultados. Agora, a cripta também estará aberta para a visitação dos fiéis às segundas-feiras, das 13h às 17h e aos sábados, das 9h às 12h, com a Recitação do Rosário às 10h.

O significado da cripta

A Cripta é uma dependência subterrânea, em geral sob a cabeceira de uma igreja. Etimologicamente, provém do grego, sendo um adjetivo krypt? (ou kryptós), que significa escondido ou secreto, e do latim crypta. Atualmente, somente as igrejas catedrais possuem cripta, sendo o local onde se enterram os Bispos.

No entanto, os primeiros cristãos, também chamados de cristãos primitivos, praticavam sua religião na clandestinidade e de forma secreta porque eram perseguidos pelas autoridades romanas. Neste sentido, obviamente os locais escolhidos para os sepultamentos eram localizados em locais de difícil acesso. Normalmente, os locais de sepultamento eram galerias subterrâneas escavadas no solo, também chamados de catacumbas. Nelas havia um espaço específico dedicado a enterrar os mortos e este lugar era chamado de cripta. Em sua maioria, as criptas tinham uma claraboia no teto para facilitar a iluminação e a ventilação do lugar. Além de seu papel como cemitério, este lugar também era usado para o culto religioso.

De qualquer forma, as catacumbas onde eram construídas as criptas continuaram sendo erguidas até o imperador Teodósio declarar o cristianismo como religião oficial do Império Romano em 380 d. C.

Muitas das igrejas cristãs atuais foram construídas sobre as catacumbas e criptas originais. Estes lugares ainda são visitados por muitos peregrinos. Neles é possível encontrar túmulos de santos e mártires da Igreja cristã primitiva e, ao mesmo tempo, conhecer os elementos simbólicos da arte cristã primitiva.

Fotos: Fernanda Gomes