Dom Majella encerra Semana Jubilar com sessão solene
Hoje (24), no seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora, em Pouso Alegre (MG), foi inaugurado o busto de dom José D’Ângelo Neto, plantada uma oliveira e lançada a revista comemorativa por ocasião dos 60 anos da arquidiocese. Os atos encerraram a Semana Jubilar.
A sessão solene aconteceu como conclusão da Semana Jubilar, iniciada no dia 16 de setembro, por ocasião dos 60 anos da arquidiocese de Pouso Alegre, comemorado ontem (23). Além disso, o evento encerrou também o Ano Jubilar, iniciado no dia 23 de setembro de 2021, por ocasião do jubileu de diamante. No dia 23 de setembro de 1962, a, então, diocese de Pouso Alegre foi instalada oficialmente como arquidiocese, com missa solene e leitura do decreto de criação Qui tanquam Petrus, do papa João XXIII.
O evento foi presidido por dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano. Estiveram presentes o cônego Wilson Mário de Morais, vigário-geral, padre Heraldo José dos Reis, reitor do seminário, padre José Francisco Ferreira, coordenador da Comissão do Jubileu dos 60 anos, demais membros do clero, seminaristas, religiosos e fiéis da arquidiocese.
Laudelino Augusto dos Santos Azevedo, assessor da Comissão Nacional para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), acompanhou a sessão solene.
Jaqueline Lima da Costa, superintende de Comunicação, Lazer e Turismo, e Pedro Maciel, assessor, representaram o prefeito de Pouso Alegre, José Dimas da Silva Fonseca.
Padre Heraldo acolheu os presentes na sessão. Uma breve celebração da Palavra foi realizada para iniciar os atos solenes. O ambiente celebrativo foi organizado com uma foto de dom José D’Ângelo Neto (1917-1990), uma oliveira, a Bíblia e a imagem de São Sebastião, padroeiro arquidiocesano. Foram proclamados trechos de Sl 1 e Jo 15. Os participantes rezaram a Oração do Jubileu Arquidiocesano e cantaram o Te Deum.
Sessão solene marcou encerramento da Semana Jubilar com a presença de dom Majella, padres, religiosos, seminaristas, cristãos leigos e autoridades civis.
Dom Majella saudou a todos e referiu-se aos 60 anos da arquidiocese como um marco para a história da Igreja no sul de Minas. O arcebispo explicou que os atos solenes de rezar com a Palavra, plantar uma oliveira, inaugurar um busto e lançar uma revista estão ligados a Jesus, Filho amado de Deus, Nosso Salvador. Dom Majella salientou que esses atos são um marco para caminhada de fé do Povo de Deus presente na arquidiocese.
Sobre o plantio de uma oliveira, o arcebispo comentou que essa árvore faz pensar nos seus frutos e no óleo, sustento para muitas famílias de paróquias da arquidiocese. Essa árvore é também uma alusão à Palavra de Deus, principalmente pelas passagens bíblicas que falam do óleo. Sobre isso, lembrou-se da passagem das virgens prudentes (Mt 25).
Dom Majella explicou na sessão o sentido das comemorações do Jubileu de 60 anos da arquidiocese.
Sobre o busto de dom José D’Ângelo Neto, dom Majella destacou que será uma memória agradecida ao primeiro arcebispo de Pouso Alegre, que lançou a construção do seminário no bairro São Carlos e foi um zeloso pastor para a arquidiocese. A partir da vida de dom José D’Ângelo, dom Majella encorajou a todos a viver sem medo a vocação que Deus confia.
A oliveira foi plantada no jardim do seminário com a ajuda da Maria Cristina de Souza Faria, que representou os membros da Comissão do Jubileu dos 60 anos; Maria Rosa Pereira Lopes, representando os benfeitores da arquidiocese; Dioni Acácio da Silva, seminarista que representou os membros do seminário. Durante o plantio, os presentes cantaram o hino do 1º Sínodo arquidiocesano. Após o plantio, Maria Cristina explicou que a árvore plantada foi acolhida na catedral durante a Semana Jubilar e é uma esperança tê-la plantado no seminário para ser marco histórico do jubileu arquidiocesano.
Maria Cristina de Souza Faria, Maria Rosa Pereira Lopes e Dioni Acácio da Silva plantaram uma oliveira no jardim do seminário.
Após o plantio da árvore, foi inaugurado o busto de dom José D’Ângelo Neto na entrada principal do seminário. O seminarista Daniel Borba Zanellato apresentou a biografia do primeiro arcebispo de Pouso Alegre. Dom Majella destacou o incentivo de dom José D’Ângelo para o laicato da arquidiocese e convidou o Laudelino para a inauguração do busto para representar os cristãos leigos que colaboram nas ações de evangelização da arquidiocese. O busto foi inaugurado por dom Majella, padre Heraldo e Laudelino.
Laudelino, padre Heraldo e dom Majella inauguraram o busto de dom José D’Ângelo Neto na entrada principal do seminário Nossa Senhora Auxiliadora.
Após a aclamação dos presentes, Laudelino leu os dizeres da placa anexa ao busto e recordou que o seminário arquidiocesano foi uma casa de formação de presbíteros e cristãos leigos e leigas, principalmente nos momentos de assembleia pastoral, configurando, já naquela época, uma experiência de sinodalidade. Lembrou-se de que foi no seminário a fundação do Conselho Arquidiocesano de Leigos e destacou a presença na sessão da Dalva Rangel, coordenadora atual dessa organização. Considerou também que, durante muito tempo, foi professor dos seminaristas sobre o tema do laicato, reflexão não pode faltar na formação presbiteral.
“Ao inesquecível dom José D’Ângelo Neto, nascido aos 11 de outubro de 1917 e falecido aos 31 de maio de 1990. Primeiro arcebispo e pastor da Igreja de Pouso Alegre entre 29/06/1960 e 31/05/1990. Nos 60 anos de instalação da arquidiocese de Pouso Alegre, sob o pontificado de Sua Santidade, o papa Francisco, e no governo pastoral de dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., ergueu este monumento a gratidão desta Igreja Particular. 1962 – 23 de setembro – 2022”, leu Laudelino os dizeres da placa do busto.
Padre Heraldo refletiu sobre o tema da fé e da simbologia da luz para os fiéis da arquidiocese de Pouso Alegre. Destacou a missão de dom José D’Ângelo Neto na história da Igreja Particular como profeta das vocações por incentivar a construção do seminário e apoiar e acolher sempre os padres com carinho de pastor.
Dom Majella prosseguiu explicando que a inauguração do busto de dom José D’Ângelo encerra o Ano Jubilar, que aconteceu com a colaboração de uma comissão. Agradeceu à Cristina, por ser a primeira a colaborar nesse evento arquidiocesano. O arcebispo entregou-lhe uma lembrança de agradecimento e acolheu também os demais membros da comissão.
Para encerrar a sessão solene, foi lançada a revista comemorativa do jubileu arquidiocesano. Padre José Francisco apresentou a revista, destacando que ela foi elaborada de modo colaborativo. Seu conteúdo dá sentido ao marco histórico dos 60 anos da arquidiocese. A revista recolhe ações históricas e pastorais arquidiocesanas, como frutos, em alusão ao Sl 1, e referenciam a beleza da evangelização da Igreja presente na arquidiocese de Pouso Alegre. Dalva Rangel agradeceu aos patrocinadores da revista.
Iracema Kian Dantas entregou o primeiro exemplar da revista comemorativa dos 60 anos ao dom Majella.
Como ato de lançamento, Iracema Kian Dantas, da Comissão do Jubileu dos 60 anos, entregou um exemplar da revista ao dom Majella. Os presentes ganharam um exemplar da revista, autografada pelo arcebispo e os membros da Comissão do Jubileu.
Membros da Comissão do Jubileu de 60 anos da arquidiocese e dom Majella autografaram a revista comemorativa dessa data histórica.
Padre José Francisco encerrou a sessão solene, agradecendo ao arcebispo, dom Majella, destacando que o Jubileu dos 60 anos aconteceu em torno de um homem de fé. Reconheceu, pelo testemunho dos arcebispos e bispos presentes na Semana Jubilar, que dom Majella é testemunho e sinal de comunhão e amizade em Cristo para a província eclesiástica.
Dom José D’Ângelo Neto, natural de Ibituruna (MG), foi nomeado bispo de diocese de Pouso Alegre no dia 12 de março de 1960 e tomou posse no dia 29 de junho daquele ano. Em 14 de abril de 1962, foi elevado a arcebispo da, então, criada arquidiocese de Pouso Alegre pela bula Qui tanquam Petrus, de 14 de abril de 1962, assinada pelo papa João XXIII. Dom José D’Ângelo participou do Concílio Vaticano II em todas as suas etapas. Pastoreou a Igreja Particular de Pouso Alegre por 30 anos. Faleceu no dia 31 de maio de 1990. Foi o 2º bispo e o 1º arcebispo a ser sepultado na cripta da catedral metropolitana do Bom Jesus.
Texto: padre Thiago de Oliveira Raymundo
Imagens: seminarista Márcio Aurélio Gonçalves Júnior
A imagem destacada da notícia traz dom José Luiz Majella Delgado autografando a revista comemorativa do Jubileu de 60 anos da arquidiocese de Pouso Alegre.