Membros do cabido metropolitano se reúnem para ofícios litúrgicos
Os cônegos e dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano, estiveram presentes ontem (08) na catedral metropolitana, em Pouso Alegre (MG), para a liturgia em sufrágio dos padres e bispos falecidos da arquidiocese.
O cabido é formado por um grupo de sacerdotes denominados cônegos, o qual é designado pelo arcebispo e desempenha funções especiais. A palavra “cabido” vem de capítulo, que significa grupo, colégio, assembleia, reunião de membros de um segmento da Igreja.
Entre as atribuições do cabido, está a missão de realizar funções litúrgicas solenes na igreja catedral, conforme previsto no cânone 503 do Código de Direito Canônico. Para o exercício dessas funções, os membros do cabido possuem lugares determinados com seu nome na igreja catedral, próximos à sede (cadeira) episcopal, e utilizam vestes próprias, segundo seu estatuto.
Dom Majella e cônegos rezam a Liturgia das Horas na cripta da catedral.
É reservada à Santa Sé a ereção de um cabido. Ao longo da história da Igreja, o cabido adquiriu funções como rezar a Liturgia das Horas com o bispo na igreja catedral e ajudá-lo nas decisões mais importantes no pastoreio de uma diocese.
O papa São Pio X, em 7 de agosto de 1905, criou o cabido diocesano de Pouso Alegre, composto por dez capitulares (membros), sendo dois deles com funções especiais de coordenação e secretariado (arcediago e arcipreste, respectivamente).
O cabido foi instalado na catedral do Bom Jesus, em 18 de janeiro de 1906. Em 14 de abril de 1962, ele foi elevado à dignidade de cabido metropolitano pela bula Qui tamquam Petrus, do papa São João XXIII.
Dom Majella e cônegos fazem memória de padres e bispos falecidos da arquidiocese.
Os atuais cônegos da arquidiocese são: Wilson Mário de Morais (arcediago), Sebastião Camilo de Almeida (arcipreste e secretário), monsenhor José Carneiro Pinto (decano), monsenhor João Aparecido de Faria, Mauro Morais, Vonilton Augusto Ferreira, Braz Tenório Rocha, José Donizete Moreira, Benedito Ramon Pinto Ferreira, Simão Cirineo Ferreira.
Na arquidiocese de Pouso Alegre, o cabido se reúne para atividades litúrgicas e espirituais. Segundo o estatuto desse colégio, os cônegos devem se reunir para funções religiosas na catedral do Bom Jesus em três momentos durante o ano: na Quinta-feira Santa, na festa da Dedicação da catedral (03 de agosto) e na segunda-feira após o dia de Finados, que, neste ano, foi ontem (08).
Cônegos e arcebispo em sua reunião em sufrágio dos padres e bispos falecidos da arquidiocese.
Nessa reunião, os cônegos e dom Majella rezaram as Vésperas pelos fiéis falecidos, especialmente os padres e bispos da arquidiocese, na cripta da catedral (local onde estão sepultados os bispos e arcebispos que trabalharam na arquidiocese de Pouso Alegre).
Na liturgia, eles fizeram memória dos padres Luís Carlos Osti, Andrey Cássio Nicioli Silva e Sebastião Teixeira Beraldo, sacerdotes falecidos desde a última reunião do cabido, em 09 de novembro de 2020. Em seguida, foi celebrada a santa missa, presidida pelo arcebispo, no altar central da catedral.
Dom Majella explica na homilia o que é cabido e qual a sua atribuição na arquidiocese.
Em sua homilia, o arcebispo apresentou os membros do cabido aos fiéis presentes na catedral e destacou que são poucas dioceses que ainda têm cabidos organizados, sendo uma graça para a arquidiocese de Pouso Alegre.
“Que sempre possamos nos sustentar com esses irmãos no sacerdócio que rezam com o bispo por toda a Igreja, especialmente os fiéis falecidos”, disse dom Majella.
Liturgia eucarística da missa concelebrada por dom Majella e cônegos.
Os cônegos Wilson, recuperando-se das consequências da COVID-19, Braz e monsenhor José Carneiro, por motivo da idade mais avançada, não puderam estar presentes e justificaram a ausência.
Com informações de cônego Vonilton Augusto Ferreira e imagens de Allyson Paiva e das redes sociais da paróquia do Bom Jesus.