Padre Jésus Benedito lança seu sexto livro
O padre Jésus Benedito dos Santos, do clero da arquidiocese de Pouso Alegre, lançou nesta semana, seu sexto livro, todos na temática da Pastoral Presbiteral. “Presbítero para uma Igreja em saída – o curador ferido: guia espiritual para uma geração ferida e extremada”, foi lançado neste ano apenas em versão e-book, pela Editora A Partilha.
Este livro está dividido em quatro partes, pelos quais serão tratados os quatro pontos de uma Igreja em saída: Igreja missionária; Igreja que se transforma; Igreja que se abre para acolher os que ficaram ou estão à beira do caminho e enfrenta temas complexos; e Igreja que volta as fontes e se renova. A primeira parte da obra trata do Curador Ferido, num mundo todo ferido e que fere; a segunda trata das crises de valores da sociedade atual; a terceira trata da espiritualidade numa Igreja em saída e a quarta trata do ministro ordenado para uma Igreja em saída.
Segundo o autor, o livro o livro traz a reflexão sobre os ministros ordenados para uma Igreja em saída, pensando o ministério ordenado para além da superficialidade estética ou de posições extremistas, totalitárias e fundamentalistas, que tende a acirrar posições de direita ou de esquerda no exercício desse ministério, avança para ser um ministro sinodal.
“Nesse livro iremos falar dos ministros ordenados numa Igreja em saída e também do sofrimento do ser humano na atualidade. Sabe-se que o sofrimento faz parte da vida humana. A escolha na vida não é optar por sofrer ou abster-se de sofrer. É claro que podemos aprender a focar melhor nossa energia, a priorizar melhor as coisas e com isso sofrer menos ou não sofrer com coisas triviais. Mas, mesmo para pessoas que conseguem atingir esse tipo de maturidade, ainda assim, existe o sofrimento, porque existem as grandes questões da vida, porque existem as questões sérias que merecem nosso foco e nossa atenção”, disse padre Jésus.
A escolha na vida não é escolher sofrer ou não sofrer, a real escolha humana é escolher como lidar com o sofrimento. Nesse processo de lidar com o sofrimento o que muitos fazem é guardar as angústias para si mesmo, é guardar as dores dentro de si e não dividir com ninguém. E essa pode ser uma das maiores armadilhas para a fé, a felicidade, o bem-estar e a missão do Curador Ferido numa Igreja em saída.
Na vida do Curador Ferido eventos como uma doença, o término de uma amizade, ou pior ainda, a morte de uma pessoa amada, a mudança de paróquia, a idade, doença e assim por diante, mesmo sendo ele uma pessoa religiosa e esclarecida, esses acontecimentos acabam lhe trazendo sofrimentos.
“Décadas de religião vêm nos ensinando a importância de dividir nossas alegrias e tristezas com pessoas que convivem conosco. Sabe-se que o Curador Ferido, numa Igreja em saída, está num mundo agitado, mundo onde as pessoas estão aparentando ser felizes, com corpos perfeitos, fotos com o filtro ideal, sem sofrimento, tendo somente prazeres e sorrisos. Por conta disso, muitas vezes, ele tem medo ou vergonha de se mostrar triste, de mostrar suas feridas, suas dores, como Jesus o Curador Ferido do Pai, que mostra as feridas: “mostrou-lhes as mãos e o lado” (Jo 20, 20). Numa Igreja em saída, antes de tudo é preciso encontrar com as próprias feridas, atá-las para depois ir atrás dos irmãos e irmãos para ajudá-los a cuidar de suas feridas”, afirmou.
Outros livros do autor
O Presbítero Católico: uma identidade em transformação;
Novo Presbítero Católico sob a Mística do cuidado;
Nunca pare de Sonhar: o presbítero que ama Jesus e sua Igreja;
Pérolas nas mãos de Deus: Pastoral Presbiteral;
Presbítero Pastor;