Pastoral Bíblico-Catequética tem dia de formação em PA
A Pastoral Bíblico-Catequética da Arquidiocese de Pouso Alegre reuniu no último sábado (17) cerca de 100 catequistas de diversas paróquias para um dia de formação e atualização sobre o tema “Catequse e família: luzes para um envolvimento da família no processo de educação da fé”. O encontro ocorreu no Santuário Imaculado Coração de Maria, entre 08h30 e 16h, em Pouso Alegre.
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Na parte da manhã, a assessoria ficou por conta do padre Lucimar Goulart, que conversou com os catequistas sobre a relação entre Catequese e Família à luz do Plano de Ação Evangelizadora da Arquidiocese. Citando o Diretório Nacional de Catequese no seu número 27, padre Lucimar afirmou a catequese é um dos meios pelos quais Deus continua a se manifestar às pessoas e atualiza a revelação acontecida no passado.
“O catequista experimenta a Palavra de Deus em sua boca, na medida em que, servindo-se da Sagrada Escritura e dos ensinamentos da Igreja, vivendo e testemunhando sua fé na comunidade e no mundo, transmite para seus irmãos esta experiência de Deus”, lembrou.
Segundo ele, a catequese deve ser amadurecida e vivenciada dentro da família.
“De fato, a família, nos primeiros anos de vida, comunica aos filhos uma formação religiosa que se entranha profundamente em sua personalidade. Essa formação, que reflete geralmente as convicções e práticas religiosas dos pais, pode e deve ser aperfeiçoada com a ajuda da comunidade, de modo a se inspirar mais plenamente no espírito evangélico e eclesial. Os pais devem ser orientados não só para dar uma formação consciente e explicitamente cristã aos filhos, mas para eles mesmos crescerem em seu compromisso cristão e na capacidade de iluminar pela fé a realidade familiar e social, que são chamados a construir”, afirmou.
No período da tarde, o assessor da Pastoral Bíblico-Catequética, padre Tiago Vilela, conversou com os participantes sobre as implicações catequéticas no documento Amoris Laetitia, do Papa Francisco.
“O bem da família é decisivo para o futuro do mundo e da Igreja. Não fazemos um bom acompanhamento dos jovens casais nos seus primeiros anos e apresentamos um ideal teológico do matrimônio demasiado e abstrato. Durante muito tempo pensamos que com a simples insistência em questões doutrinais, bioéticas e morais, sem motivar a abertura à Graça, já apoiávamos suficientemente as famílias, consolidávamos o vínculo dos esposos e enchíamos de sentido as suas vidas compartilhadas”, alertou.
Dentro de algumas perspectivas pastorais, padre Tiago lembrou que se colocar como discípulo não aderir uma teoria, mas uma pessoa.
“É preciso fazer com que as famílias experimentem que o Evangelho da família é a alegria que enche o coração e a vida inteira, porque, em Cristo, somos libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior e do isolamento”, afirmou.