Primeiro Sínodo arquidiocesano é iniciado
Na missa da Unidade e bênção dos santos óleos, missa do Crisma, celebrada na catedral metropolitana Bom Jesus, hoje (14), dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano de Pouso Alegre (MG), apresentou o decreto de abertura do 1º Sínodo arquidiocesano. Estiveram presentes os membros das comissões desse evento, membros do clero arquidiocesano, seminaristas, religiosos e fiéis cristãos leigos das paróquias, que vão assessorar as atividades do Sínodo. Padres, religiosos e seminaristas de outras dioceses e congregações que atuam na arquidiocese durante a Semana Santa também estiveram presentes para a renovação de suas promessas vocacionais.
O início oficial do 1º Sínodo aconteceu com a leitura do seu decreto de abertura pelo padre Jésus Andrade Guimarães, chanceler do arcebispado; a acolhida de símbolos relativos a esse evento (um banner com a logomarca oficial; uma rede, simbolizando os setores pastorais da arquidiocese, e uma vela) e o canto do hino oficial do 1º Sínodo.
Leia na íntegra o decreto de abertura do 1º Sínodo.
A abertura aconteceu no dia que a arquidiocese celebra 60 anos de sua criação pelo papa João XXIII, com a bula pontifícia Qui tanquam Petrus. Com esse documento, a diocese de Pouso Alegre foi elevada à condição de sede arquiepiscopal, no dia 14 de abril de 1962. Com isso, foi criada também a província eclesiástica de Pouso Alegre, tendo como sufragâneas as dioceses da Campanha e de Guaxupé. Naquela ocasião, dom José d’Ângelo Neto tornou-se o primeiro arcebispo. No dia 23 de setembro deste ano, serão celebrados os 60 anos da instalação da arquidiocese. Considerando essa data histórica e especial, iniciou-se o 1º Sínodo arquidiocesano como momento oportuno de escuta, encontro e diálogo para a missão de caminhar juntos.
Padres presentes na missa do Crisma, na procissão de entrada, diante da catedral metropolitana.
Para o arcebispo, a abertura do Sínodo se dá como “(…) ato de comunhão, corresponsabilidade e coparticipação para dar início a via sinodal da arquidiocese, colocando sobre o altar do Senhor o sonho de caminhar juntos”.
Irmã Patrícia, da Providência de GAP; uma criança, chamada Lucas; um fiel leigo; padre Mauro Ricardo e padre Edson apresentam símbolos do 1º Sínodo.
Na missa, participaram de modo especial: padre Mauro Ricardo de Freitas, padre Tiago da Silva Vilela e Dalva Rangel da Veiga Neri, da secretaria executiva do 1º Sínodo; os padres Dirlei Abercio da Rosa, Eduardo Rodrigues da Silva e Edson Aparecido da Silva, da coordenação executiva do 1º Sínodo, e demais membros das outras comissões para esse evento arquidiocesano.
Dom Majella fala aos fiéis e membros do clero na missa da Unidade.
Na sua homilia, dom Majella convidou todo o Povo de Deus presente na arquidiocese para uma nova etapa evangelizadora, marcada pela alegria do Evangelho, a acontecer com o 1º Sínodo. Segundo o papa Francisco, o arcebispo deseja que o Sínodo seja um tempo de escuta atenta e acolhida do que o Espírito Santo diz à Igreja, o que deve acontecer de modo lento, talvez cansativo, para se aprender a ouvir uns aos outros e evitar respostas prontas, artificiais e superficiais.
Leia na íntegra a homilia de dom Majella.
Dom Majella durante a sua homilia, na missa do Crisma.
Além disso, dom Majella reforçou, em sua reflexão, a importância do ministério sacerdotal. Saudou os padres presentes e renovou, com eles, as promessas sacerdotais. Para ele, os padres devem ser servidores de Cristo e da Igreja, colaborando e cooperando com o bispo nas atividades pastorais. Ressaltou também que os padres devem se esforçar para haver comunhão no presbitério, afastando-se dos isolamentos.
Dom Majella e padres presentes na missa do Crisma.
Durante a missa, foram abençoados os santos óleos que serão utilizados nas paróquias: óleo dos catecúmenos, enfermos e Crisma. Eles foram apresentados pelos padres Edson Aparecido da Silva, Clemildes de Paiva e Dirlei Abercio da Rosa, membros das comissões do 1º Sínodo.
Padres apresentam os santos óleos ao arcebispo para serem abençoados.
Ao final da celebração, o arcebispo cumprimentou pessoalmente membros do clero arquidiocesano e demais fiéis para desejar-lhes votos de feliz Páscoa.
Instrumentistas, cantores e padre Leandro Luís Mota Ribeiro, que executaram as músicas da missa do Crisma.
A celebração foi animada por músicos e cantores de Itajubá (MG), Pouso Alegre e Ouro Fino (MG), sob regência do padre Leandro Luís Mota Ribeiro.
O Sínodo
O 1º Sínodo será uma oportunidade para intensificar a sinodalidade nas paróquias. Suas atividades acontecerão de 2022 a 2025, segundo calendário fornecido pela secretaria executiva do Sínodo e conforme a realidade de cada paróquia. O seu encerramento está previsto para o dia 17 de abril de 2025, Quinta-feira Santa.
Na carta de convocação para o 1º Sínodo, todos os membros das comunidades, pastorais e movimentos das paróquias da arquidiocese são conclamados a participarem das atividades relacionadas a esse evento. Além disso, são convidados a participarem membros das diversas organizações da sociedade civil e de Igrejas cristãs e não-cristãs dos municípios da arquidiocese para o estreitamento de laços de caridade e profícuo diálogo ecumênico e inter-religioso.
O caminho sinodal será iluminado pelo tema “Igreja, caminho de comunhão para a missão” e, pelo lema, “Aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles” (Lc 24, 15).
Os objetivos do 1º Sínodo são: 1) aproximar o olhar da realidade atual em que vivem as paróquias da arquidiocese, enquanto rede de comunidades, e envolver todas as forças vivas para o exercício de escuta sinodal, diante dos desafios que se apresentam no caminho da ação evangelizadora; 2) pôr-se ao encontro de todas as pessoas, sentir a realidade, no esforço contínuo de sair ao encontro dos mais afastados, acolhendo-os e integrando-os na caminhada eclesial e daqueles com os quais a Igreja é chamada ao diálogo ecumênico e inter-religioso; 3) caminhar juntos no itinerário sinodal, aberto à ação vivificante do Espírito que mostra novos caminhos e novos métodos, redescobrindo a alegria de viver a vocação ao discipulado-missionário na Igreja e testemunhando a comunhão na diversidade e a missão no mundo.
A expectativa com o 1º Sínodo é ouvir os membros das paróquias, não católicos e não cristãos sobre a realidade eclesial e da sociedade atual para fortalecer as atividades pastorais da arquidiocese.
O caminho sinodal acontecerá em 3 etapas. De abril de 2022 a abril de 2023, acontecerá a etapa paroquial. De abril de 2023 a abril de 2024, será realizada a etapa setorial. Por fim, a terceira etapa será de abril de 2024 a abril de 2025, em âmbito arquidiocesano.
Fase Paroquial
Neste ano, acontecerá a fase paroquial do Sínodo. Suas atividades deverão ser realizadas até o mês de novembro. Acontecerão, nas comunidades e nos grupos pastorais, 8 encontros de avaliação das atividades eclesiais e escuta do Povo de Deus.
A caminhada sinodal deverá proporcionar um clima de relações abertas e de confiança profundamente cristã na ação do Espírito Santo em toda a vida da Igreja arquidiocesana. Espera-se fortalecer a comunhão eclesial, por meio do diálogo e da colaboração entre o arcebispo, padres, religiosos, cristãos leigos e todo o Povo de Deus. Almeja-se encontrar as mais possíveis soluções pastorais, discernidas em conjunto e partilhadas por todos, para alcançar a vontade de Deus.
Texto: Padres Júlio César dos Santos Junior e Thiago de Oliveira Raymundo (Comissão de Comunicação do 1º Sínodo)
Imagens: Cláudia Couto e padre Leandro Luís Mota Ribeiro.
A imagem destacada da notícia traz dom Majella com assessores paroquiais do 1º Sínodo, ao final da missa do Crisma, em frente a catedral metropolitana, no dia 14 de abril de 2022.
Seguem mais fotos do evento: