Santa Mônica

24 de agosto de 2022

Nesta semana, no dia 27 de agosto, celebramos a memória de Santa Mônica, que nasceu no ano de 332, na região norte do continente africano, em Tagaste, antiga cidade da Numídia. Era filha de família abastada, criada por uma escrava que educava os filhos dos senhores. De fé cristã, conforme o costume da época e do local, foi confiada como esposa a um jovem de nome Patrício.

Seu exemplo de vida era notório, pois suas orações eram voltadas para a conversão de sua família. Seu esposo tinha caráter violento, era rude e pecador. Ao todo, tinham três filhos – Agostinho, Navigio e Perpétua –, mas a preocupação era com seu primogênito, Agostinho, que estava no mundo dos vícios e pecados, porém possuía muita inteligência e incessante busca da verdade, o que o levou à procura por respostas e pela plenitude da vida sem a luz de Cristo. Por esta razão, ele foi iludido por muitas mentiras e meias verdades.

O grau de dificuldade com filho primogênito foi tão grande que, para educá-lo no sentido de que todas as nossas ações geram uma consequência, ela o proibiu de entrar em casa. Porém, sempre intensificou suas orações pela conversão do filho. Rezava também pela conversão do marido e de Navigio, sempre com muita persistência e paciência, nunca desanimando e desistindo de sua fé em Cristo.

Sob as bênçãos e a misericórdia de Deus, Santa Mônica, persistentemente, passou 33 anos rezando pelo filho, e no ano de 387, antes de morrer, pôde contemplar seu filho testemunhando a Cristo após sua conversão, e disse diretamente a ele: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco: ver-te cristão antes de morrer”.

Com a graça de Deus e as orações de sua mãe, o filho Agostinho, convertido, se tornou bispo e doutor da Igreja, influenciou todo o Ocidente cristão e continua a influenciar até hoje. Com gratidão a sua mãe, ele escreveu: “Ela foi o meu alicerce espiritual, que me conduziu em direção da fé verdadeira. Minha mãe foi a intermediária entre mim e Deus”. O êxito de suas orações foi tão grande que seu primogênito hoje é o conhecido Santo Agostinho.

No ano 387, Santa Mônica veio a falecer, aos 56 anos de idade. Santo Agostinho, no seu conhecido livro nomeado “Confissões”, fez um monumento indelével à memória de sua mãe. Em 1430, o corpo de Santa Mônica foi descoberto, e o Papa Martinho V levou-o para a cidade de Roma, depositando-o na igreja de Santo Agostinho. Por ter sido a responsável pela conversão de seu filho, ela foi canonizada pelo Papa Alexandre III, ensinando-nos a grandeza da fé cristã e a importância da oração. Foi declarada também Padroeira das Associações das Mães Cristãs.

Oração

Nobilíssima Santa Mônica, rogai por todas as mães, principalmente por aquelas mães que se esquecem que ser mãe é sacrificar-se.

Rogai, virtuosa Santa Mônica, para que se abram as almas de todas as mães, para que elas enxerguem a beleza da vocação materna, a beleza do sacrifício materno.

Rogai, Santa Mônica, para que todas as mães saibam abraçar com Fé o sofrimento e a dor, assumam seus filhos com coragem, como instrumento de santificação para as famílias, e para sua própria santificação. Amém.

Santa Mônica, rogai por nós!

 

Fontes:
https://cruzterrasanta.com.br/historia-de-santa-monica/101/102/
https://santo.cancaonova.com/santo/santa-monica/

Imagem: Benozzo Gozzoli, “Santa Mônica,” de 1465 (Domínio Público).

 

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