“Pacto pela Vida e pelo Brasil” é apresentado aos setores pastorais

20 de maio de 2021

Em abril do ano passado, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e outras cinco instituições (Ordem dos Advogados do Brasil-OAB, Comissão Arns, Academia Brasileira de Ciências, Associação Brasileira de Imprensa e Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) assinaram o Pacto pela Vida e pelo Brasil.

Naquela época, o documento já reconhecia que o Brasil vivia uma grave crise – sanitária, econômica, social e política – e que todos, especialmente de governantes e representantes do povo, precisariam agir em favor do exercício de uma cidadania guiada pelos princípios da solidariedade e da dignidade humana, assentada no diálogo maduro, corresponsável, na busca de soluções conjuntas para o bem comum, particularmente dos mais pobres e vulneráveis.

A partir deste documento e de outros questionamentos levantados pelos bispos do Brasil, o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB), órgão ligado à CNBB, criou um grupo de trabalho do laicato (GT) para dinamizar o conhecimento e as ações para que se enfrente essa realidade à luz do Evangelho e do ensino social da Igreja.

“A Missão do Grupo de Trabalho do CNLB para o Pacto pela Vida e pelo Brasil é colaborar com a CNBB e as demais entidades que assinam a colocar em prática o Pacto pela Vida e pelo Brasil, gerando consciência crítica nas pessoas em geral, mas especialmente, entre cristãos leigos e leigas, a fim de mobilizar a sociedade brasileira na busca de soluções imediatas e a curto e médio prazo para a crise social e humanitária que se instalou em nosso país”, explicou um dos representantes da arquidiocese de Pouso Alegre junto ao GT. Também participa, pela arquidiocese, Patrícia Oliveira.

As atividades do GT foram apresentados ao Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) e, posteriormente, aos setores pastorais.

Composição do GT

O grupo de trabalho é composto por cristãos leigos, voluntários, indicados por 18 regionais da CNBB.

“É uma iniciativa do Laicato aberta a todas as vocações da Igreja, assim os bispos, padres, diáconos, religiosas e religiosos podem participar”, continuou Marcelo.

A estratégia de trabalho engloba três etapas:

  • União (mobilização de 6.480 mobilizadores por todo o brasil. Cada mobilizador, usando suas redes sociais deve conquistar outras 12 lideranças, que vão organizar grupos de reflexão. Há um cadastro de mobilizadores;
  • Anúncio (divulgação, via rede de mobilizadores, de formações e informações seguras que gerem debate e consciência crítica sobre os temas do Pacto);
  • Profecia:Coleta de um milhão de assinaturas virtuais num abaixo assinado. Resultado a ser entregue às autoridades públicas, pedindo providências imediatas;

Entre os ítens desse abaixo assinado estão: vacina pelo SUS contra a COVID-19 e Oxigênio para todos; auxílio Emergencial continuado no valor de R$ 600,00 mensais até o fim da pandemia, como forma de enfrentamento à fome, à miséria e ao desemprego; investigação dos crimes cometidos, com afastamento das autoridades públicas envolvidas e sua responsabilização pelas ações e omissões contra o povo brasileiro; liberação de recursos para financiamento da Economia Popular Solidária, das Micro, Pequenas e Médias Empresas e para Agricultura Familiar Agroecológica; defesa, fortalecimento e investimento no SUS – Sistema Único de Saúde.

Objetivos específicos do GT

  • Promover a formação do laicato nos temas que são campos de atuação do Pacto pela vida e pelo Brasil, para melhor compreensão da situação atual, em colaboração com as Comissões Nacionais do CNLB: fé e política, comunicação, colegiado nacional e presidência, entre outras;
  • Gestar uma rede de mobilizadores e mobilizadoras em nível de cada Regional do CNLB para desenvolvimento de uma comunicação estratégica e para transformação social.
  • Contribuir com o GT da CNBB para o Pacto pela Vida e pelo Brasil.
  • Animar a criação de Comitês Populares em nível dos municípios e estados para contribuírem no despertar pacífico do povo brasileiro para que possamos mudar essa realidade de morte atual em condições de vida e dignidade de nosso povo.
  • Fortalecer a presença do CNLB e do laicato Brasileiro em espaços para construção de Unidade Nacional em torno de bandeiras de lutas comuns e que sejam assumidas por todos e todas.

Outras informações, pelo telefone: (35)99180-1081 – Marcelo