CAL realiza encontro com equipes paroquiais de Liturgia

12 de março de 2018

A Comissão Arquidiocesana de Liturgia (CAL) da Arquidiocese de Pouso Alegre realizou neste domingo (11) um encontro com as equipes paroquiais de Liturgia. O encontro ocorreu na Paróquia São João Batista em Pouso Alegre e contou com a participação de 132 pessoas, representando 45 Paróquias de nossa Arquidiocese, além de representantes da Paróquia Nossa Senhora das Graças do município de São Lourenço (Diocese de Campanha).

• Faça o download dos materiais utilizados no encontro: Equipes de Liturgia e Símbolos na Liturgia

Os temas abordados foram “Liturgia e EPAL: O que é e sua estrutura” e “Símbolos na Liturgia: como usar os símbolos na Liturgia”.

Sobre as Equipes Paroquiais de Animação Litúrgica, Adriano Geraldo disse que a a equipe de Liturgia é o coração e o cérebro da pastoral litúrgica da vida da Igreja, e que sua ação eclesial tem por objetivo imediato a participação ativa, consciente e frutuosa dos fiéis na celebração e, por finalidade, a edificação do Corpo de Cristo mediante a santificação das pessoas e do culto a Deus.

“Primeiramente, vale dizer que, para o bom funcionamento de um trabalho, é preciso haver organização. A liturgia não foge à regra, pois necessita de uma equipe de liturgia dedicada, atenta e disposta a servir. Em segundo lugar, sendo a liturgia uma ação comunitária, pressupõe uma assembleia reunida com uma diversidade de ministérios exercidos por pessoas com dons e carismas distintos e complementares. Por sua natureza comunitária, a liturgia necessita do serviço de equipes que, em nome da comunidade eclesial, planejem sua vida litúrgica, preparem e avaliem as celebrações e qualifiquem os ministros e servidores para eficiente e eficaz desempenho de suas funções. Supõe trabalho comunitário e participativo na comunidade. A equipe não é “tarefeira”, mas de reflexão, estudo e ação. A marca registrada da equipe é o serviço dedicado, abnegado, inteligente e gratuito. Uma ação concreta em favor do bem comum, numa verdadeira mística de serviço”, refletiu

Sobre a constituição de uma equipe de liturgia, Adriano Geraldo afirmou que os principais serviços de uma equipe de Liturgia são: animação da vida litúrgica, planejamento, coordenação, formação, assessoria e avaliação.
“Primeiramente, a equipe deve ser constituída por pessoas que de fato amam e vivem a liturgia. Exige carisma e dom. Exige ainda conhecimento, uma formação básica ou mais aprofundada. Na verdade, não há uma regra única. Vai depender de cada realidade. A diversidade de carismas e dons enriquece a equipe. Algumas práticas já comprovam que o critério de representatividade não deve ser a única possibilidade”, afirmou.

Dentro da segunda temática, sobre o uso dos símbolos na Liturgia, padre Vanildo de Paiva explicou que na experiência religiosa e mística, os símbolos ocupam lugar especial. Para nós, os cristãos, a cruz condensam em si a grandeza do amor de Cristo, que fez dela instrumento de nossa salvação.

“O Cristianismo, assim como o Judaísmo, é uma religião na qual os símbolos têm fundamental importância. É muito difícil, senão impossível, imaginar o Catolicismo sem a cruz, as velas, o incenso, o pão, o vinho, a água abençoada, o óleo, as imagens. Eles deixam transparecer o convite generoso de Deus à comunhão com Ele e seu desejo de que tenhamos uma vida feliz. Chamam-nos à profundidade do Mistério e despertam em nós a vontade de irmos ao seu encontro. Falam muito além das suas aparências, que são transfiguradas pela força da Palavra e da fé que nos ajudam a transpor o imediato do sinal para experimentarmos, na profundidade de seu sentido, a vida divina que palpita em nós”, disse.

O palestrante também alertou os participantes sobre a atenção ao uso dos símbolos, dando algumas orientações:
“a) Prioridade seja dada aos sinais e símbolos que já constam dos ritos oficiais; b) O acréscimo de algum símbolo ou gesto não pode ser aleatório, mas fazer sentido dentro do contexto ritual e celebrativo; c) Os símbolos a serem usados devem ser, na medida do possível, reais e naturais (Jamais usar flores artificiais, por exemplo); d) Os símbolos não devem ser explicados. No lugar certo, na hora certa e do jeito certo, eles devem falar por si mesmos;

e) Somente símbolos muito estranhos ao contexto da assembleia merecem pequenas monições (não explicações, mas convites à experiência simbólica); f) Símbolos que não constam dos ritos oficiais e que não tenham lugares próprios, se for conveniente que permaneçam no espaço celebrativo, que fiquem em mesas ou suportes fora do presbitério. Jamais sejam colocados na mesa do altar ou na mesa da Palavra (por exemplo, jamais colar um cartaz no altar ou dependurá-lo no ambão)”, orientou.