Monsenhor João Faria falece em Pouso Alegre

13 de setembro de 2022

Monsenhor João Aparecido de Faria faleceu na noite de hoje (13), no seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora, em Pouso Alegre (MG). Chancelaria emite nota sobre o falecimento. Confira o comunicado oficial na íntegra.

 

“Os que fizeram o bem, ressuscitarão para a Vida” (Jo 5,28)

Nascido em Paraisópolis (MG), no bairro Lagoa, aos 12 de outubro de 1933, descansou no Senhor aos 13 de setembro de 2022, às 20h26, em seu leito no seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora, em Pouso Alegre (MG), onde viveu os últimos anos de sua vida, desde 2007, e, há mais de três meses, recluso em seu apartamento, veio a conviver com a fase da manifestação de doença.

Numa irmandade de 13 filhos, era o primogênito do casal Antônio Pereira de Faria Sobrinho e de Maria Lopes de Faria, tendo sido batizado por monsenhor Dutra.

Monsenhor João Faria, inicia os seus estudos no seminário diocesano Nossa Senhora Auxiliadora em Pouso Alegre (atual prédio da Escola Estadual, ao lado da residência episcopal) de 15/04/1947 até 31/12/1951. Depois, em Mariana (MG), fez os seus estudos de Filosofia e Teologia de 01/03/1953 até final de 1958. Recebeu a tonsura em 08/12/1955 e as ordens menores em 08/12/1956, tendo sua iniciação clerical aos 08/12/1957 com o subdiaconato e o seu diaconato aos 06/01/1958. A sua ordenação presbiteral aconteceu em Paraisópolis, tendo sido ordenado pelas mãos de dom Oscar de Oliveira aos 14/12/1958.

O “Faria”, com outros de seus colegas de turma de nossa arquidiocese (Natalino, Nogara, Poggetto, Vicente, Benedito, Otávio, Lobinho e José Amaury) compunham o conhecido grupo de padres “GS-58” (Grupo Sacerdotal dos ordenados naquele dezembro de 1958), marcado pela bonita amizade e pelos fraternos encontros anuais, tendo entre eles padres de outras dioceses. De nossa arquidiocese, o “Faria” era o último desse grupo que vivia entre nós, até essa data de sua Páscoa. Com a sua morte encerra-se, também, a geração dos padres que foram ordenados por dom Oscar de Oliveira, em nossa Igreja Particular de Pouso Alegre.

Deixa-nos um belo testemunho de serviço na escuta paciente no confessionário, de fidelidade às orações, de presença nas equipes de Nossa Senhora que conduziu como sacerdote conselheiro e de obediência sacerdotal. Um extenso legado ministerial realizando diversos ofícios na Igreja de Pouso Alegre: vigário cooperador em Jacutinga (MG) (01/01/1959); pároco de Conceição dos Ouros (MG) (28/12/1960); diretor da OVS (Obra das Vocações Sacerdotais) (29/01/1968); vigário cooperador da Catedral (03/12/1971); cônego catedrático (03/12/1974); pároco de Paraisópolis, sua terra natal (07/01/1977); primeiro reitor do Convívio Teológico São José em Taubaté (SP) (31/01/1981) e vigário ecônomo de Sapucaí Mirim (MG) (23/02/1981); pároco em Nossa Senhora de Fátima em Pouso Alegre (28/01/1983); membro do Conselho Presbiteral (1984 a 1989); membro do Conselho de Formadores do Seminário (1990); pároco em São José Operário em Pouso Alegre (02/01/1994); vigário paroquial em Caldas (MG) (13/02/1998); vigário paroquial na Catedral (01/02/2000); capelão do Hospital Regional Samuel Libânio, em Pouso Alegre (05/02/2007); emérito aos 18/04/2008 e, depois, foi nomeado confessor dos seminaristas do seminário arquidiocesano aos 19 de março de 2020.

Com sentimentos de enorme perda e profunda tristeza pela morte deste nosso irmão no sacerdócio, cumprimos o dever de comunicar seu decesso, pedindo ao Bom Jesus que o receba no Paraíso, ele que de Paraisópolis saiu para servir receba, agora, a recompensa dos justos e a coroa dos que foram, nesta terra, ornados com o dom do sacerdócio.

Crendo na Ressurreição, porque Ele disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que tenha morrido, viverá” (Jo 11, 25), apresentamos aos familiares, aos seus ex-paroquianos e, em especial, aos seminaristas e padres formadores do seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora a solidariedade cristã e as preces pelo seu sufrágio e o consolo de todos nós, entristecidos por tão lamentável perda.

 

Chancelaria do Arcebispado, 13 setembro de 2022.