Vigário-geral celebra missa do 3º dia da Semana Jubilar

18 de setembro de 2022

Hoje (18), na catedral metropolitana de Pouso Alegre (MG), fiéis, religiosos e padres celebraram o 3º dia da Semana Jubilar com missa presidida pelo cônego Wilson Mário de Morais, vigário-geral. Na próxima sexta (23), a arquidiocese de Pouso Alegre (MG) completará 60 anos de elevação à sede arquiepiscopal.

 

Os fiéis da paróquia Bom Jesus, em Pouso Alegre, participaram da missa como convidados especiais. Cônego Vonilton Augusto Ferreira e padre Mário Navarro concelebraram a missa e acolheram os fiéis presentes.

Da esquerda para a direita, cônego Vonilton Augusto, cônego Wilson Mário de Morais e padre Mário Navarro.

A animação litúrgico-musical da celebração foi feita pelo coral “Monsenhor Pedro Cintra”, da paróquia Nossa Senhora do Carmo, em Borda da Mata (MG).

Membros do coral “Monsenhor Pedro Cintra”, de Borda da Mata.

No início da missa, foi recordada a caminhada pastoral da arquidiocese de Pouso Alegre em seus 9 setores, 69 paróquias e mais de 2000 comunidades. Além disso, as ações pastorais das dioceses de Campanha e Guaxupé, com as quais a arquidiocese de Pouso Alegre forma uma província eclesiástica, foram lembradas de maneira especial. Foram também destacados o seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora e a Faculdade Católica de Pouso Alegre como organismos importantes para a formação do clero sul-mineiro.

Fiéis da paróquia do Bom Jesus, em Pouso Alegre, foram os convidados especiais para o 3º dia da Semana Jubilar.

Em sua homilia, cônego Wilson ressaltou que o Jubileu de 60 anos da arquidiocese de Pouso Alegre é um tempo oportuno para agradecer a Deus pelos frutos colhidos nesses anos de evangelização. Ele também convidou os fiéis a renovarem a vocação à santidade, recebida no Batismo, com dois olhares. O primeiro deles deve ser para o rosto de Cristo, o Bom Jesus, titular da catedral.

“Contemplando suas dores e glórias, rosto doloroso e ressuscitado, somos convidados a oferecer a nossa vida e pedir perdão pelos momentos em que deixamos a graça de Deus passar em vão em nossa vida, não produzindo frutos”, exortou o cônego.

Cônego Wilson refletiu em sua homilia refletiu sobre o tempo, relacionando-o com a celebração jubilar.

A segunda direção é a realidade concreta onde vivemos, o mundo, a arquidiocese, a paróquia, a comunidade e a família. Segundo o cônego, a realidade é marcada pelas condições de espaço e tempo. Refletindo sobre a realidade do tempo, ele convidou os fiéis a santificar o tempo com a capacidade de “ser mais”, “doar mais” e “partilhar a vida”. Ainda sobre o tempo, cônego Wilson animou os fiéis a viverem o tempo presente como um tempo de renovação missionária para anunciar a Palavra de Deus.

“Tempo do jubileu: tempo de pedir perdão, tempo de celebrar, tempo de agradecer. Desde o ano de 1962, ano de criação e instalação da nossa arquidiocese, vivemos em uma sociedade marcada pela técnica, marcada pela conquista do espaço pelo homem. Triunfo alcançado pelo sacrifício de um ingrediente essencial da nossa existência, que é o tempo. Gastando tempo para ganhar espaço. Intensificar nosso poder no mundo do espaço para ser o nosso objetivo. No entanto, ter mais não significa ser mais. O poder que alcançamos no mundo do espaço termina na fronteira do tempo. Mas, o tempo é o coração da nossa existência. Não podemos perder as aspirações no mundo do tempo para ganharmos poder no mundo do espaço. Há um Reino do tempo em que a meta não é ter mais, mas ser mais. Não é possuir mais, mas doar mais. Não é controlar, mas partilhar a vida. A vida não vai bem quando a aquisição de coisas no espaço torna-se a nossa única preocupação. O tempo é o nosso maior desafio. Está além do nosso alcance. Tanto perto quanto longe, é processo contínuo de criação. A criação é a linguagem de Deus. E o tempo é o seu cântico. Precisamos santificar o nosso tempo. O tempo é a trilha da vida que percorremos. O que está presente daqui a pouco deixará de ser presente para ser passado na lembrança. Cada dia que vem é futuro que hoje se torna presente e amanhã, passado. Tempo de jubileu: tempo de pedir perdão, tempo de celebrar, tempo de agradecer. Tempo de louvar e pedir a Deus por tantas vidas sacrificadas de leigos e leigas, religiosos e religiosas, diáconos, padres, bispos e arcebispos, doadas na evangelização nesses 60 anos da nossa arquidiocese de Pouso Alegre. E, o tempo atual? O tempo atual exige de nós renovação das forças missionárias para cumprir a tarefa de anunciar a Palavra de Deus”, disse cônego Wilson em sua homilia.

Neste domingo (18), missa do 25º Domingo do Tempo Comum foi celebrada na catedral metropolitana de Pouso Alegre, no 3º dia da Semana Jubilar.

Cônego Wilson, presidente da celebração eucarística, é pároco da paróquia Santo Antônio, em Pouso Alegre. Desde 2014, é o vigário-geral da arquidiocese de Pouso Alegre. Cônego Wilson é natural de Pouso Alegre, do distrito do Pântano. É padre há 26 anos. Foi ordenado presbítero no dia 24 de novembro de 1995. Já trabalhou como padre em paróquias de Itajubá, Pouso Alegre e Santa Rita do Sapucaí. Também já foi formador no seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora. Atualmente, é professor e membro da diretoria da Faculdade Católica de Pouso Alegre.

A Semana Jubilar será celebrada na catedral metropolitana de Pouso Alegre até a próxima sexta (23). Confira a programação completa.

 

Veja a cobertura fotográfica do 3º dia da Semana Jubilar.

Leia na íntegra a homilia do cônego Wilson.

 

Texto: padre Thiago de Oliveira Raymundo
Imagens: Lucas Silveira