A Palavra comunica a Verdade

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Pronunciando de uma vez por todas a sua Palavra salvífica à humanidade (cf. Jo 1,14) através da revelação que foi consignada pelos hagiógrafos nas Sagradas Escrituras, Deus comunicou ao mundo a Verdade que salva: “por sua decisão, Deus nos gerou pela Palavra da Verdade para sermos as primeiras de suas criaturas” (Tg 1,18). A Bíblia, dessa forma, é o livro que contém a Verdade necessária para a salvação dos homens à medida que possui Cristo como seu protagonista, “pois a Lei foi dada por Moisés, mas a graça e a verdade vieram por meio de Jesus” (Jo 1,17). A Verdade bíblica, portanto, não se limita à frieza da letra de uma doutrina, tradição, lei ou ideologia que mata (cf. 2Cor 3,6), mas coincide com a pessoa e a obra de Jesus Cristo que se auto-denominou como “o Caminho, a Verdade e a Vida” (Jo 14,6), já que, sendo a Palavra eterna e definitiva do Pai, é igualmente a Verdade por meio da qual tudo foi criado e na qual tudo é sustentado (cf. Cl 1,16-17).

A história da salvação narrada em cada um dos versículos e capítulos que formam os 73 livros inspirados por Deus tem Jesus como personagem principal, de modo que ele é a garantia da unidade e da veracidade de todo o conteúdo bíblico, conforme cantou o salmista: “o compêndio da tua palavra é verdadeiro” (Sl 119,160). Mesmo os textos do Primeiro Testamento, escritos muito antes da encarnação da Palavra eterna, foram redigidos sob a autoridade do Espírito Santo tendo em vista o nascimento, a vida, a morte e a ressurreição do Filho unigênito de Deus, tanto que ele próprio disse ter vindo ao mundo não para abolir a Torah – a Lei de Moisés – e os profetas do judaísmo, mas para cumpri-los (cf. Mt 5,17). Atestando a necessidade dos 46 livros do Primeiro Testamento em razão de sua vida e obra, dos quais não retirou nenhuma vírgula (cf. Mt 5,18), ao mesmo tempo que se revelou a Boa Notícia, ou seja, o Evangelho de Deus para o mundo nos 27 livros do Segundo Testamento (a palavra evangelho, em grego εὐαγγέλιον, significa uma mensagem estupenda), Jesus é a Verdade única reafirmada desde o Gênesis até o Apocalipse. Ele é, ao mesmo tempo, Palavra e Verdade que santifica aqueles que nele acreditam (cf. Jo 17,17).

Para entender melhor de que forma Cristo opera a unidade necessária ao texto bíblico a fim de que comunique a Verdade que salva de maneira integral e inequívoca, pode-se pensar os livros que transmitem a revelação divina como um extenso fio de pólvora tensionado entre o poema da criação que inaugura a Torah (Gn 1) e a visão do anjo que reclama a volta de Jesus (Ap 22): a encarnação da Palavra eterna, que marca uma intervenção divina nos meados da história humana, é como uma faísca que se lança no centro do fio de pólvora, produzindo uma carreira de fogo explosiva e instantânea que corre na direção das duas extremidades do fio. Os efeitos salvíficos do mistério pascal de Jesus alcançaram não somente a história que se produziu a partir de sua encarnação, da qual este século XXI participa, mas se lançaram num movimento retroativo que esclarece tudo que os precedeu. Assim sendo, Cristo é a Verdade e, portanto, a certeza da inerrância bíblica, pois é ele quem revisa com sua vida e missão a mensagem transmitida pelos textos sagrados, garantido a unidade e a retidão teológica que ela deve possuir para comunicar a salvação ao gênero humano.

O conteúdo da Verdade comunicado na Bíblia é chamado de querigma. A palavra querigma, derivada do grego (κήρυγμα), diz respeito ao assunto mais importante de uma mensagem, sendo utilizada para designar a realidade fundante e a proclamação fundamental da fé cristã: o mistério da páscoa de Jesus. O querigma, sendo o primeiro anúncio do cristianismo, isto é, a Verdade sobre a qual se ergue o testemunho apostólico-eclesial, é a lente pela qual a bíblia precisa ser lida, interpretada e vivida. Solenemente anunciado por Pedro, chefe dos apóstolos e primeiro papa, logo após o evento de Pentecostes (cf. At 2,22-35) em que o Espírito Santo desceu sobre a comunidade cristã reunida em nome do Senhor ressuscitado, a mensagem querigmática que sustenta o processo de redação bíblica e que comunica a Verdade salvífica e inequívoca, unanimemente contida em todos os 73 livros canônicos, pode ser resumida do seguinte modo: Cristo morto é ressuscitado (cf. At 2,36; 4,10)!

O anúncio da páscoa de Jesus é o elo do Primeiro e Segundo Testamentos, e é na centralidade do querigma cristológico que a Escritura se torna una e portadora da Verdade. Embora Cristo tenha estabelecido a nova e eterna aliança ou testamento no seu sangue (cf. 1Cor 11,25; Lc 22,20), à semelhança do fenômeno causado pela faísca que incendeia o fio de pólvora do meio para as extremidades, ele assume a antiga aliança e lhe dá pleno cumprimento segundo a única Verdade expressa pela Bíblia: “Cristo morreu por nossos pecados, foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras” (1Cor 15,3-4). Assim, a partir da encarnação de Cristo, as figuras (em grego, tipos - τύπος) que aparecem na primeira aliança, antes consideradas verdades por si mesmas, transformaram-se em sombras que sinalizam a existência de uma realidade que se tornou evidente na segunda e definitiva aliança: a Palavra da Verdade, Jesus. Trata-se da leitura tipológica do Primeiro Testamento, em que os personagens da aliança primitiva são tipos, isto é, prefigurações do Filho de Deus.

Assim, se a antiga arca salvou a família de Noé e alguns animais no dilúvio (Gn 6,9 – 8,22), o corpo ressuscitado de Cristo é a nova arca em que toda a criação está redimida (Cl 1,15-20); se o antigo Moisés foi chamado do Egito para libertar Israel das mãos do faraó (Ex 4,18 – 15,21), Jesus subiu do Egito, onde se escondeu da fúria de Herodes, para salvar a humanidade toda (Mt 2); se o mesmo patriarca ergueu a serpente de bronze no deserto para curar os israelitas que eram picados pelas cobras (Lv 21,4-9), Cristo crucificado é levantado entre o céu e a terra para a salvação da humanidade toda (Jo 3,13-15); se Jonas permaneceu na barriga do grande peixe por três dias para depois converter os ninivitas (Jn 2,1 – 3,10), Cristo morto repousou no ventre da terra por igual período a fim de ressuscitar e salvar a humanidade toda (Mt 12,38-40); se o sacerdote Esdras leu o livro da Lei para o povo de Israel repatriado após o exílio babilônico (Ne 8), o sumo sacerdote Jesus Cristo proclamou a palavra na sinagoga e decretou o seu cumprimento em favor de todos os povos (Lc 4,16-21).

Dessa forma, a revelação realizada por Jesus, que tem seu epicentro na sua morte e ressurreição, é a Verdade bíblica ao concretizar a fidelidade de Deus para com o ser humano na economia da salvação. A palavra hebraica emunah (אמונה), utilizada no Primeiro Testamento para designar a verdade, pode ser traduzida por confiança ou fé, sendo assumida pela língua grega como aletheia (αλήθεια), cujo significado é descobrir a realidade; logo, deve-se afirmar que Cristo, ao provar com sua cruz e ressurreição que a promessa divina de redenção universal foi cumprida, mostrou ao mundo a realidade salvífica que estava oculta aos homens desde a criação. A Verdade bíblica, portanto, não é um conceito restrito à ideia de dogma ou princípio revelado inegável, mas uma pessoa que faz concordar aquilo que Deus disse na primeira aliança com o que ele, de fato, fez na segunda aliança: Cristo, “a Palavra da Verdade, o Evangelho que chegou ao mundo” (Cl 1,6).

Imagem de ToniaD por Pixabay


#Reflexão: 4º domingo da Quaresma (10 de março)

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A Igreja celebra o 4º Domingo da Quaresma, neste domingo (10). Reflita e reze com a sua liturgia.

Leituras:
1ª Leitura: 2Cr 36,14-16.19-23
Salmo:136(137),1-2.3.4-5.6 (R. 6a)
2ª Leitura: Ef 2,4-10
Evangelho: Jo 3,14-21

Acesse aqui as leituras.

LEVANTAR O OLHAR PARA O DEUS DA MISERICÓRDIA

            As leituras deste final de semana são um convite a aprofundarmos nossa ideia e imagem sobre nosso Deus. Jesus procura mostrar um Deus muito maior que todos os nossos pecados e males que cometemos, que nossos problemas e desafios da vida. Somente Ele dá sentido até naquilo que, aparentemente, não tem sentido.

Na primeira leitura deste domingo temos a análise de um autor bíblico sobre a história. Para o escritor, a destruição de Jerusalém e do Templo tinha uma explicação: tudo teria acontecido porque o povo abandonou a Deus e não escutou os profetas. Conclui o autor que foram os pecados do povo que produziram tanto sofrimento ao próprio povo. Jerusalém e o Templo tinham se tornado uma falsa segurança para os israelitas. Para conseguir tudo aquilo que precisavam – pensavam eles - bastava frequentar a Cidade Santa nas ocasiões de festa e no Templo apresentar os sacrifícios pedidos pela Lei. Mas a verdadeira religião que Deus sempre quis era outra que o povo tinha se esquecido.

No Evangelho de João deste domingo, Jesus faz algo semelhante com Nicodemos: relê a história. No início do capítulo (Jo 3,1), São João diz que um “fariseu” procurou Jesus de noite, deixando claro que se trata de alguém profundamente ligado a religião judaica: zelo e observante da lei; depois, João diz que era “um homem” (domingo passado, Jesus disse no final da passagem que não precisa do testemunho de nenhum homem), por fim, o evangelista diz o nome do personagem: Nicodemos. Ao longo da conversa com Jesus, descobrimos que ele também é um “mestre” da Lei. Ele era um judeu convicto de seus princípios judaicos, mas ao mesmo tempo, conseguia enxergar com mais profundidade a realidade e tinha percebido que Jesus não era uma pessoa qualquer: havia algo de grande e da parte de Deus em Jesus. Mas, Nicodemos estava dividido e inseguro em relação às suas ideias sobre o jovem de Nazaré. Assim, ele procura o Mestre de “noite” (em João é o lugar do medo, insegurança e do mal, Jesus é a Luz) e em um diálogo profundo, busca respostas para suas questões de fé pessoais. No Evangelho de João, Jesus está sempre dialogando com as pessoas (ao invés do discurso), como faz com este representante do judaísmo.

O convite que Jesus faz para aquele homem que procurava respostas era de mudar suas ideias sobre o próprio Deus; de abandonar a imagem que ele e a religião da época tinham criado sobre Deus. Como os israelitas no período da destruição dos lugares sagrados (1a leitura), Jesus provoca aquele homem a mudar até mesmo as perguntam que ele estava fazendo diante de Deus.

Na conversa com este homem curioso de Deus, Jesus recorda a passagem da serpente elevada no deserto (passagem do livro dos Números 21,8). O povo experimentou que o mal que fizeram contra Deus (murmurações) produziu serpentes que matavam com picadas venenosas. Assim, o evangelista São João aproveita a imagem da “Serpente elevada” que salva para falar da Salvação de Jesus na cruz. Em seu Evangelho, João não usa a expressão “crucificado” para Jesus, mas “elevado”. Assim, a primeira solicitação que Jesus faz é “olhar para o alto”. Abandonar a ideia de medir a presença de Deus e até mesmo “quem é Deus” a partir do mundo individual e pessoal: Se tudo está bem comigo e com os meus, então Deus é bom; se há algo de ruim, Deus está distante ou me “testando”. Nosso Deus possui projetos muito maiores para toda a humanidade onde cada pessoa é chamada a se incluir e fazer parte. Não é Deus que tem que se acomodar aos projetos pessoais de cada um e conceder vitórias e conquistas, mas o contrário: cada pessoa é convidada a fazer parte do plano de Deus. É preciso aprender a olhar para o alto e não tanto para o “umbigo” de nossas vidas e de sonhos pessoais.

Jesus convida Nicodemos a descobrir que há um projeto de Deus mais profundo para todos e que vai além de curar alguns males, doenças e problemas da vida. Um projeto de salvação para a humanidade que não foge da cruz, dos sofrimentos e da própria morte, mas algo que é capaz de transformar tudo em expressão do amor redentor para a humanidade.

Ninguém quer saber de cruz, sofrimento e até da morte, pois tudo “aparentemente” significa ausência de Deus, mas Jesus afirma exatamente o contrário: é expressão máxima do amor de Deus por todos seus filhos e filhas. É doando-se ao extremo que se conquista tudo; é despojando-se de tudo que se consegue apoderar-se de tudo; somente se tornando o último de todos é que se consegue ser o Senhor de tudo e de todos.

Era necessário, segundo Jesus, entrar na lógica de Deus onde é o Amor Supremo quem governa todas as coisas, mas um amor ao modo de Deus que não se apresenta como juiz para julga ninguém, mas Pai de Amor; não um Deus que insiste em condenar (o mundo já possui tantos!), mas em apresentar caminhos de salvação; não mais um Deus que fere e pune, mas insiste em oferecer possibilidades de misericórdia e de perdão, como São Paulo insiste na 2a leitura: nosso Deus é rico em misericórdia!

Jesus insiste com Nicodemos que o caminho de Deus é uma proposta de vida e iluminada por Jesus, mas é sempre um caminho aberto e Ele próprio está pronto a acolher e guiar quem quiser entrar nesta estrada de salvação. Acreditar em Jesus é desejar percorrer o mesmo caminho e a mesma estrada que Ele percorreu. No fundo, o projeto de Deus não é “fugir da humanidade”, mas entrar dentro dela e dar a cada coisa e momento um significado profundo e libertador.

Assim, a grande riqueza e os milagres que devemos esperar de Deus Pai são suas graças e seu Amor, este que já foi provado e revelado ao máximo através de Jesus que morreu por nós. E, como é próprio de quem ama, tudo é oferecido sem negociação, sem desejar algo em troca, sem comércio, mas na pura gratuidade que governa o universo. Um Deus que se oferece gratuitamente a toda humanidade e não somente aos seus.

Diante deste nosso Deus e Pai de todos, o nosso sentimento é de pequenez e indignidade em confronto ao grande amor de Deus. A grande força que pode transformar nossa vida não são os milagres, mas o amor misericordioso de Deus que dá profundidade a cada momento de nossa história, mesmo quando, ao nosso redor, tudo se apresenta tão negativo e longe de nossos projetos pessoais.

No Evangelho de João, Nicodemos aparece em algumas passagens significativas. Naquela noite, ele tem uma experiência profunda com Jesus que lhe deixa algo em seu coração. Mais adiante (em Jo 7,44), Nicodemos questiona seus colegas fariseus para oferecer a Jesus um julgamento antes de condená-lo. Depois, aparece somente após a crucificação para recolher (com José de Arimateia) o corpo de Cristo e envolvê-lo em um lençol com uma quantidade exagerada de perfume (19,39). Como Maria que ungiu os pés de Jesus (Jo 12,3) e enche a casa de perfume precioso. Se Jesus encontrou várias pessoas que exalavam o mal ao seu redor, também encontrou outras tantas com precioso perfume do amor e da doação que “enche o ambiente” de Deus.

Com Jesus e com sua morte em cruz, aprendemos que Deus não nos pune e nem nos condena, muito menos nos abandona (como assim, pensava o autor da primeira leitura), mas são os nossos pecados e as nossas misérias espirituais (egoísmo, soberba, preconceitos...) que ainda nos arrastam para longe de Deus. Como Jesus, aprendemos que o significado mais profundo que podemos dar à nossa vida e vivê-la como Ele mesmo viveu: em total doação a Deus e ao próximo. Quem pretende ganhar sua vida, tem que aprender a perdê-la; quem deseja ter vida plena, tem que saber gastar com o próximo e com Deus. A vida eterna e plena que Deus deseja para todos, começa em nós, mas ganha significado, valor e profundidade somente quando é compartilhada e vivida junto com outros e com Deus.

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Arquidiocese acolhe padres Scalabrinianos para missão com migrantes

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No último domingo (3), com a missa na Catedral Metropolitana de Pouso Alegre, foi acolhido o padre Valdecir Mayer Molinari, Scalabriniano, para uma missão com o migrantes em nossa Arquidiocese. Participou também da missa, além do Cônego Wilson Mário, Cura da Catedral e padre Fabiano José, promotor vocacional e formador do Seminário de Pouso ALgre, o Padre Superior Regional dos Scalabrinianos: Alexandre de Nardi Biolchi. Nesta nova missão em solo pousalegrense o padre Valdeci contará com o auxílio do padre Peter Nguyen Van Hoach, também Scalabriniano.
Segundo o padre Valdecir, a missão com os migrantes se baseia em 4 pilares, fundamentados pelo Papa Francisco, eles são: Acolher, Proteger, Integrar e promover.
Que a nova missão na Arquidiocese produza frutos para a Vinha do Senhor.
Que esta nova missão na Arquidiocese seja abençoada e que possa trazer conforto e esperança para todos os migrantes que buscam uma vida melhor. A presença e o apoio dos Scalabrinianos serão fundamentais para o sucesso desse trabalho tão importante e necessário em nossa comunidade. Que o padre Valdecir e toda a equipe envolvida sejam instrumentos de paz e solidariedade, seguindo os ensinamentos do Papa Francisco e levando amor e acolhimento a todos que necessitam. Que a Vinha do Senhor cresça e se fortaleça com essa nova missão.

Texto: Pe. Julio César

Foto: Pascom Catedral Metropolitana de Pouso Alegre


Mutirão de Confissões nas paróquias no mês de março

Especialmente neste Tempo Quaresmal, somos convidados a nos prepararmos para a festa da Páscoa por meio da oração, penitência e conversão. Para que a conversão ocorra, é fundamental nossa reconciliação com Deus e com os irmãos. Pelo sacramento da confissão, nossos pecados são perdoados e o processo da conversão é facilitado. Confira a programação dos Mutirões de Confissão em todas as paróquias de nossa arquidiocese.

1 - Setor Alto da Serra

Dia 6 - 14h - Paróquia Santa Quitéria e São João Batista - Ipuiúna

Dia 8 - 19h - Paróquia Nossa Senhora do Patrocínio - Caldas

Dia 12 - 19h - Paróquia Santa Rita de Cássia - Santa Rita de Caldas

Dia 13 - 19h - Paróquia São Benedito - Ibitiúra

Dia 15 - 14h - Paróquia São Sebastião - Andradas

Dia 15 - 19h - Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Andradas

2 - Setor Dourado

Dia 7 - 19h - Paróquia São João Batista - São João da Mata

Dia 8 - 19h - Paróquia Divino Espírito Santo - Espírito Santo do Dourado

Dia 12 - 19h - Paróquia Sant'Ana - Silvianópolis

Dia 14 - 19h - Paróquia São Sebastião - Carvalhópolis

Dia 20 - 13h às 17h - Paróquia São Francisco de Paula - Poço Fundo

Dia 21 - 19h - Paróquia São Francisco de Paula - Poço Fundo

Dia 22 - 19h - Paróquia Nossa Senhora da Piedade - Turvolândia

3 - Setor Extremo Sul

Dia 6 - 19h - Paróquia São José - Toledo

Dia 7 - 19h - Paróquia São Cristóvão e São Benedito - Extrema - e Paróquia São Francisco de Assis - Monte Verde

Dia 8 - 19h - Paróquia Santa Rita de Cássia - Extrema

Dia 12 - 19h - Paróquia Santa Cruz - Munhoz

Dia 13 - 19h - Paróquia São Sebastião - Itapeva

Dia 14 - 19h - Paróquia Imaculada Conceição - Camanducaia

4 - Setor Fernão Dias

Dia 12 - 14h - Paróquia São Sebastião e São Roque - Bom Repouso

Dia 13 - 19h - Paróquia São Sebastião - Senador Amaral

Dia 14 - 15h - Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Estiva

Dia 19 - 19h - Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Cambuí

Dia 20 - 15h - Paróquia Nossa Senhora do Carmo - Cambuí

Dia 21 - 19h - Paróquia do Bom Jesus - Córrego do Bom Jesus

5 - Setor Mandu

Dia 12 - 19h - Paróquia São Francisco e Santa Clara e Paróquia Imaculado Coração de Maria - Pouso Alegre

Dia 13 - 19h - Paróquia São João Batista e Paróquia Santo Antônio - Pouso Alegre

Dia 14 - 19h - Paróquia São Cristóvão - Pouso Alegre - e Paróquia São José - Distrito Pantano

Dia 15 - 19h - Paróquia São Sebastião - Senador José Bento - e Paróquia São José - Congonhal

Dia 18 - 19h - Paróquia São José Operário e Paróquia São Geraldo - Pouso Alegre

Dia 20 - 19h - Paróquia Nossa Senhora de Fátima e Paróquia São Sebastião - Pouso Alegre

Dia 21 - 19h - Paróquia Bom Jesus - Catedral - Pouso Alegre

6 - Setor Mantiqueira

Dia 6 - 19h - Paróquia São Benedito - Itajubá

Dia 7 - 19h - Paróquia Nossa Senhora da Soledade - Itajubá

Dia 8 - 19h - Paróquia Sagrada Família e Paróquia Santo Antônio - Itajubá

Dia 12 - 19h - Paróquia Nossa Senhora das Graças - Itajubá

Dia 14 - 19h - Paróquia Sant’Ana - Wenceslau Braz

Dia 15 - 19h - Paróquia Santa Isabel - Piranguinho - e Paróquia Santo Antônio - Piranguçu

Dia 20 - 19h - Paróquia Nossa Senhora de Lourdes - Maria da Fé

Dia 21 - 19h - Paróquia Nossa Senhora da Soledade - Delfim Moreira - e Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Marmelópolis

Dia 22 - 19h - Paróquia São José Operário - Itajubá

7 - Setor Mogi

Dia 6 - 19h - Paróquia Bom Jesus - Bueno Brandão

Dia 12 - 19h - Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Tocos do Mogi - e Paróquia do Senhor Bom Jesus - Albertina

Dia 13 - 19h - Paróquia Nossa Senhora da Piedade - Crisólia - e Paróquia São Geraldo Magela - Inconfidentes

Dia 15 - 19h - Paróquia Nossa Senhora da Medalha Milagrosa - Monte Sião

Dia 20 - 19h - Paróquia Santo Antônio - Jacutinga

Dia 21 - 19h - Paróquia Nossa Senhora do Carmo - Borda da Mata

Dia 22 - 19h - Paróquia Santo Antônio e Paróquia São Francisco de Paula e Nossa Senhora de Fátima - Ouro Fino

8 - Setor Paraíso

Dia 6 - 15h às 17h e 19h às 22h - Paróquia São Caetano - Brazópolis

Dia 7 - 19h - Paróquia Nossa Senhora da Consolação - Consolação - e Paróquia Nossa Senhora das Dores - Gonçalves

Dia 8 - 14h às 17h e 19h às 22h - Paróquia São José - Paraisópolis

Observação: Na Paróquia Sant’Ana de Sapucaí Mirim o Mutirão ocorreu no dia 29 de fevereiro.

9 - Setor Sapucaí

Dia 11 - 19h - Paróquia Nossa Senhora da Conceição - Conceição dos Ouros

Dia 12 - 19h - Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Santa Rita do Sapucaí

Dia 13 - 19h - Paróquia São João Batista - Cachoeira de Minas

Dia 14 - 19h - Paróquia São Sebastião - São Sebastião da Bela Vista

Dia 15 - 19h - Paróquia Santa Rita de Cássia - Santa Rita do Sapucaí

 

Texto: Luiz Gonzaga da Rosa

Foto destacada: Pixabay


#Reflexão: 3º domingo da Quaresma (03 de março)

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A Igreja celebra o 3º Domingo da Quaresma, neste domingo (03). Reflita e reze com a sua liturgia.

Leituras:
1ª Leitura: Ex 20,1-17
Salmo: 18(19),8.9.10.11 (R. Jo 6,68c)
2ª Leitura: 1Cor 1,22-25
Evangelho: Jo 2,13-25

Acesse aqui as leituras.

ZELO PELA CASA DE DEUS

Na caminhada quaresmal que estamos fazendo, escutamos com frequência, o convite de Deus à conversão e à mudança de vida. Conversão significa mudar de estrada e retomar o caminho de Deus. É sempre bom recordar que Deus deixou bem claro a via pela qual Ele quer que nós caminhemos. Como um bom Pai, Ele nos ensina o caminho, mas cada filho seu deve fazer sua escolha procurando colocar em prática o que Ele ensinou.

Na primeira leitura recordamos outra montanha da história do Povo de Deus (domingo passado foi o Monte Tabor).

No monte Sinai deste domingo, Deus deixou suas palavras para os seus filhos que, originalmente, eram “10 palavras” (cf. Ex 34,28; Dt 4,13; 10,4) como se pode perceber em alguns preceitos (“não matar”, “não roubar”). Com o passar do tempo se transformaram em “10 mandamentos” com mais detalhes.

Os judeus estudiosos das Escrituras organizaram os Mandamentos de um modo que temos na Bíblia; Santo Agostinho (viveu de 354-430) de outro modo e os cristãos ortodoxos, um terceiro modo. A ordem das “10 Palavras” em algumas citações na Bíblia nem sempre segue a disposição como lemos na primeira leitura de hoje (Ex 20,1-17). Jeremias (Jr 7,9) e Oseias (4,2) citam os Mandamentos não seguindo a ordem de Ex 20. O próprio Jesus, ao lembrar os Mandamentos, cita alguns, não propriamente conforme o modo apresentado por Deus a Moisés (cf. Mt 19,18s; Mc 10,19; Lc 18,20).

Os Mandamentos foram dados por Deus em um momentos muito especial: quando o povo tinha deixado o Egito e se encontrava em caminhada pelo deserto para entrar na Terra Prometida. Após fazer aliança com seu povo era necessário estabelecer as condições para que todos perseverassem e fossem fiéis ao pacto com Deus. O Decálogo (“Dez Palavras”) não é um elenco de leis como um código legal, pois não existe punição para quem inflinge cada mandamento. Ele nasce não de um rei que quer regular a vida das pessoas e punir quem não cumpre sua vontade, mas de um Deus que lutou pelo seu povo e que estava conduzindo todos a sua Terra Prometida.

Os preceitos são indicações, princípios dados por Deus e têm a função de transformar aquela “multidão” em “Povo de Deus” com uma identidade definida pelas “10 Palavras”, pois acima de tudo, mais de que um elenco de leis, os mandamentos retratam a profunda relação com Deus e como todos deveriam viver entre si como Povo escolhido por Deus.

As palavras iniciais dos Mandamentos de Deus possuem a missão de preparar a todos em relação àquilo que iriam encontrar na Terra Prometida: muitos povos com seus deuses, bem como práticas diferentes de religião. Para cultuarem seus deuses, aqueles povos se serviam de ídolos para evidenciar suas divindades que nada mais eram que representação de animais ou algo da natureza. Nosso Deus é muito maior do que isto. Assim, Deus quis exortar o povo hebreu em relação à tentação de construir seu próprio deus fabricando ídolos e colocando-os no lugar do Deus Verdadeiro (fabricar ídolos para adorar).

O seu povo deveria ser o sinal neste mundo do Deus Único e Verdadeiro através da prática dos mandamentos. Para a Bíblia, Deus não precisa de representantes na natureza, pois nós – homens e mulheres – somos seus representantes como “imagem e semelhança” de Deus, por isso, somos “um reino de sacerdotes” (Ex 19,6), “nação eleita, sacerdócio real, nação santa...” (1Pd 2,9).

A tentação era grande naquele tempo de adotar ídolos (coisas deste mundo) como deus próprio e pessoal. Como naquele tempo, hoje são muitos os ídolos que estão ocupando o lugar de Deus. No tempo do povo de Deus, os ídolos de outras divindades eram o maior risco que o povo de Deus tinha para se esquecer do Deus Verdadeiro; hoje, os ídolos criados pelas pessoas são muitos e nem sempre são físicos e visíveis como: o dinheiro, o prazer egoísta pelas coisas do mundo, o poder, a ganância etc. Enquanto em outras religiões, os ídolos representavam as divindades cultuadas, o Povo de Deus estava sendo preparado para ser o representante do Deus Verdadeiro através da vida de cada um, assim, através da fidelidade aos Mandamentos, o povo se tornava o sinal da presença de Deus neste mundo.

Os outros mandamentos reforçam outros aspectos da relação com Deus: não usar do nome de Deus pra qualquer coisa, pois o respeito já se inicia com a invocação do Seu Nome; o Sábado é o dia da intimidade entre Deus, seu povo e de todos entre si (grande novidade diante de outros povos), é o dia do descanso, pois o povo de Deus não é mais escravo de ninguém. Assim, também deve ser para nós cristãos o domingo! Após as Palavras que fundamentam a relação do povo com seu Deus, os mandamentos também ajudam na relação que cada pessoa deve ter com os outros a começar pelos pais que devem ser respeitados sempre: eles são os responsáveis pela vida e são instrumentos de Deus. Depois seguem os preceitos em relação ao próximo: não matar, não cometer adultério, não roubar, não testemunhar em falso e respeitar o que pertence ao outro.

Naquele tempo, a mulher contava como um bem que pertencia ao marido e juntamente com todas as outras coisas que pertenciam a ele (animais, casa etc.) e por isto, a mulher não deveria ser cobiçada. Na tradição cristã, os Mandamentos foram sintetizados em preceitos básicos e fundamentais e se viu por bem, em respeito a condição da mulher, não citá-la mais como um objeto entre outros que pertencem ao marido, mas como um preceito voltado ao respeito para com a família do próximo não combiçando, assim, a mulher/marido do(a) outro(a).

Assim, os 10 Mandamentos iniciam com os pontos principais da fé em Deus; passa para aquilo que é mais sagrado e próximo em nossa relação humana: os pais e a vida; e se encerra com aquilo que pertence ao próximo.

Jesus em toda sua vida nos dá exemplos concretos de como devemos respeitar as pessoas a partir daqueles que mais sofrem e quando se encontram abandonados. No Evangelho deste domingo, Jesus demonstra o seu zelo pela casa de seu Pai. O Templo de Jerusalém e as nossas igrejas de hoje não podem se transformar em um comércio onde o dinheiro ocupe o lugar de Deus. De fato, naquela tempo, a religião se transformou em uma forma de muitos se enriquecerem e os seus líderes religiosos, de explorar o povo.

O problema não estava nem nos sacrifícios e nem mesmo nas práticas das festas, dos preceitos e costumes, mas em relação àqueles que perceberam que os preceitos deixados por Deus poderiam se transformar de enriquecimento pessoal: se transformaram em “atravessadores” da fé.

Uma verdadeira prática religiosa deve se pautar pela conformidade ao estilo de Jesus: humildade, vida simples e acima de tudo, uma vida em plena doação ajudando ao próximo. Os cambistas daquele tempo estavam somente interessados em lucrar com as práticas religiosas das pessoas e não se importavam com elas. A reação de Jesus foi decisiva e marcante: expulsou com um chicote a todos (fato retratado pelos quatro evangelistas).

Jesus reclama uma profundidade de vida e uma relação nova entre as pessoas, umas com as outras e com Deus. O comércio em que tornou a relação entre os fiéis com Deus através da religião da época, impedia as pessoas de verem Deus como Pai que quer sempre o bem de todos. Por isso, Jesus aprofunda a questão transportando a importância do Templo de Jerusalém para Si próprio: Ele deverá se tornar o novo meio de relação entre Deus com as pessoas, mas entre Jesus e o seu povo deverá imperar a gratuidade Daquele que se doa plenamente para salvar a humanidade e do mesmo modo todos devem viver entre si.

Os ídolos deste mundo oferecem coisas deste mundo (prazer, alegrias passageiras, felicidades limitada...), jamais têm condições de dar às pessoas aquilo que é eterno e pleno que somente Deus pode nos dá. Para tanto, não são as riquezas deste mundo que devemos procurar (ídolos feitos por nossas mãos), mas aquelas deixadas por Jesus. Paulo na segunda leitura compartilha os valores que para ele eram os principais e que jamais deixava de anunciar mesmo que fossem considerados loucura ou escândalo para muitos: Cristo Crucificado. Sinal do extremo amor de Deus que morreu por nós e ao mesmo tempo expressão daquilo que é fundamental e básico para nossa salvação.

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Arquidiocese de Pouso Alegre celebra posse de novos párocos

Nos dias 17 e 18 de fevereiro, a Arquidiocese de Pouso Alegre celebrou a posse de três novos párocos, marcando momentos significativos para as comunidades religiosas locais.

No sábado, dia 17/02, a Paróquia São Geraldo Magela (Inconfidentes, MG), acolheu o Revmo. cônego Cláudio Antônio Braz como seu sétimo pároco. A missa solene, que ocorreu às 10h, foi presidida pelo Arcebispo Dom José Luiz Majella Delgado, contando com a participação de padres concelebrantes.

No mesmo dia, padre Douglas Aparecido Marques celebrou seus 17 anos de ordenação diaconal e assumiu a função de pároco na Paróquia São Benedito (Itajubá, MG). A cerimônia, que também contou com a presença de Dom Majella, padres da diocese e numerosos fiéis, foi um momento de ação de graças pela trajetória pastoral de padre Douglas.

Já no domingo, dia 18/02, a Paróquia de Nossa Senhora Aparecida (Tocos do Moji, MG), celebrou a posse canônica do novo pároco, padre Eduardo Rodrigues da Silva. A missa solene, presidida por Dom Majella, contou com a presença dos pais do pároco, Vani e Maria, além de padres, diáconos e representantes das comunidades paroquiais das cidades por onde Pe. Eduardo passou: São Benedito (Itajubá), Córrego do Bom Jesus, Cachoeira de Minas e Santa Rita Caldas, sua terra natal.

Texto: Italo Cavalcante

Fotos: Katia Ferreira e Pascom Paróquia São Benedito


Clero arquidiocesano se reúne para oração e meditação

A quaresma é tempo forte de oração e escuta. No intuito de aprofundar a espiritualidade deste tempo, o clero arquidiocesano se reuniu no seminário Nossa Senhora Auxiliadora.

A caminhada quaresmal iniciada na quarta-feira de cinzas convida a todos os fiéis a um tempo de recolhimento e oração. Neste tempo da quaresma todos são chamados à penitência e conversão. Mudança de vida é o que espera Nosso Senhor Jesus de todos os cristãos.

O arcebispo, padres e diáconos para aprofundarem a vida espiritual se reuniram no Seminário Arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora em Pouso Alegre nos dias 21 e 22 de fevereiro. No dia 21 os padres dos setores: Alto da Serra, Dourado, Mandu, Paraíso e Sapucaí; e no dia 22 padres e diáconos dos setores: Extremo Sul, Fernão Dias, Mantiqueira e Mogi.

Padres após a Santa Missa no dia 21/02/2024 juntos com a Irmã Maria Inês, orientadora do dia de Espiritualidade.

 

Padres e diáconos após a Santa Missa no dia 22/02/2024 juntos com a Irmã Maria Inês, orientadora do dia de espiritualidade.

 

As reflexões destes dias foram conduzidas pela Irmã Maria Inês Vieira, religiosa da Congregação das Mensageiras do Amor Divino, atualmente a irmã reside na paróquia Nossa Senhora das Dores em Gonçalves, MG. Reunidos, os diáconos, padres e arcebispo, tiveram a oportunidade de rezar, praticar exercícios quaresmais e celebrar a Eucaristia.

Seguem mais registros sobre estes dias de oração:

 

Texto: Padre Cristian Diego Rosa
Imagens: Padre Anderson Ribeiro e Padre Júlio César dos Santos Júnior


#Reflexão: 2º domingo da Quaresma (25 de fevereiro)

A Igreja celebra o 2º Domingo da Quaresma, neste domingo (25). Reflita e reze com a sua liturgia.

Leituras:
1ª Leitura: Gn 22,1-2.9a.10-13.15-18
Salmo: 15(116B),10.15.16-17.18-19 (R. Sl 114,9)
2ª Leitura: Rm 8,31b-34
Evangelho: Mc 9,2-10

Acesse aqui as leituras.

O AMOR QUE TRANSFIGURA E SALVA

            Nas leituras deste segundo domingo temos duas histórias de amor entre pai e filho. Dois exemplos do que pode fazer o amor. Abraão amava seu filho, pois era o único que possuía e tinha recebido como graça na velhice, mas ele também amava a Deus. Na segunda leitura, Paulo nos lembra do amor de Deus Pai por seu filho e também por cada um de nós. Abraão mesmo amando seu filho estava pronto para sacrificá-Lo, Deus Pai mesmo amando seu filho, entregou-O para nos salvar.

Deus para iniciar uma nova história para a humanidade, decidiu escolher um grande homem de fé: Abraão. A história deste grande homem de fé é uma antecipação de outra história, essa mais profunda, levada ao extremo por Deus com Seu Filho Jesus ao oferece-Lo para a salvação da humanidade em uma cruz. O sangue do Filho de Deus derramado pela humanidade selou em definitivo o compromisso iniciado com Abrão. Jesus é o filho amado por Deus oferecido por todos nós (cf. 2a leitura). Já Abraão foi impedido de levar a termo a morte de seu filho.

Com Abraão, os sacrifícios humanos terminam, pois Deus constitui uma nova aliança com a humanidade onde pessoas não são mais sacrificadas. Um animal ocupa o lugar dos filhos. Com Jesus encerra-se o sacrifício de animais, pois eram imperfeitos, pois a vítima mais sublime, Jesus Cristo, redime e salva todas as pessoas e o mundo com seu sangue derramado.

No Evangelho somos conduzidos com Jesus a uma nova experiência. Do deserto ao monte. Domingo passado estivemos no deserto com Jesus. As tentações do Filho de Deus são as tentações de todos nós: de prazer, de poder e de fama. Jesus é 100% humano e mesmo circundado pelos limites de nossa natureza e nossas fraquezas, Ele vence toda tentação de seguir o mal e suas propostas. Jesus foi conduzido pelo Espírito e escolhe continuar sendo levado por Deus e não pelo mal e suas propostas. No monte Tabor deste domingo, nós temos uma amostra do Jesus 100% Deus que se revela aos discípulos um pouco daquilo que Nele existe em plenitude e eternidade. Os discípulos puderam experimentar não somente um pouco da divindade e do céu, mas também a realidade que nos espera junto de Deus. Domingo passado e hoje, somos convidados a sair para encontrar; renunciar para algo para encontrar tudo que é Deus. Tempo de renúncia para encontrar o sentido profundo de tudo. ­

Sabemos muito pouco dos momentos íntimos de oração entre Jesus e o Pai. Mas, no Evangelho de hoje, Jesus decidiu, em um de seus momentos de oração, levar três discípulos não para serem espectadores, mas testemunhas daquilo que Ele próprio preparava para toda humanidade: abrir o acesso da comunhão com Deus Pai. As montanhas na Bíblia são consideradas lugares especiais, pois sem abandonar a terra, elas tocam o céu. As montanhas nos ajudam a ver longe, tudo que existe em torno a nós e nos presenteiam a beleza da criação e da natureza. Neste pequeno espaço que se aproxima do céu, Jesus trouxe o céu sobre a terra. A oração de Jesus, além de reforçar sua comunhão com o Pai, ela fortalecia também a comunhão plena de Deus com a humanidade e com toda a história. A glória de Jesus na transfiguração é a luz de Deus que brilha em sua plenitude, mas tudo na mais profunda humanidade. Não é Deus Pai que se revela, mas Jesus homem Deus que se mostra a todos; não as belezas do céu que brilham, mas o rosto e as veste (sinais humanos) que ganham esplendor do céu. A transfiguração de Jesus não é somente o céu que "desce" a terra, mas a terra começa a brilhar como o céu.

No monte da transfiguração, os apóstolos testemunharam a extensão daquilo que Jesus estava por realizar neste mundo. Enquanto Jesus rezava, o melhor do passado do povo de Deus se encontra com Cristo. Segundo o evangelista, Moisés e Elias conversavam com Nosso Senhor em um gesto de confirmação e comunhão. Definitivamente, Jesus não era um aventureiro ou sonhador, mas a máxima realização de Deus neste mundo: Nele convergem toda história e todo passado, a partir Dele o mundo terá um novo caminho e futuro. Jesus une o passado da Lei (representado por Moisés) e dos profetas (com Elias) com o céu. A mesma passagem no Evangelho de Lucas nos diz que eles conversavam sobre a “partida de Jesus em Jerusalém”: as Escrituras confirmam o que irá acontecer.

Uma experiência esplêndida e sem igual: ver o passado glorioso do povo de Deus com o pedacinho do céu, envolvidos com a luz de Jesus e a Sua glória. Pedro sugere algo que teríamos proposto igualmente: permanecer para sempre sobre o monte. As tendas seriam uma forma de perpetuar aquela realidade sonhada por todos: ver e ouvir Moisés e Elias e ao mesmo tempo tendo uma porta aberta para o céu. Nem pensaram neles, mas em procurar assegurar que aquela realidade não cessasse jamais. Mas, Pedro propôs algo que em parte é acolhido por Deus, mas não daquela forma.

Mas, Deus não pensa assim. Ninguém pode parar a vida, ela é infinita e se esconde no comum da nossa existência, no cotidiano de nossa história e até mesmo na fragilidade das coisas. Deus não é uma realidade que se pode confinar em um momento ou espaço, pois Ele escolheu fazer história com seus filhos. Jesus procurou ensinar seus discípulos que o Reino de Deus é movimento de encontro, de abraços, de sorrisos e de choros, pois o Reino do Céus está entre nós. Os pobres discípulos de Jesus achavam que poderiam trancar a felicidade em simples cabanas. Mas, tudo tem seus passos seguintes e permanece somente a declaração de Deus Pai ao seu Filho. Quando experimentamos uma maravilha de Deus, devemos saborear ao máximo. Aproveitar e depois agradecer. Quando a luz se apaga e a chama da vida desaparece, é momento de agradecer e deixar partir.

Marcos diz que Pedro não sabia o que falava, pois todos estavam maravilhados com tudo que estavam experimentando. Uma nuvem surge no alto no monte. Na Bíblia, a nuvem é um dos sinais da presença de Deus Pai. Todos são envolvidos pela Sua presença e glória, mas o mais importante são suas palavras: “Este é o meu Filho Amado; ouvi-O”. Poucas palavras, mas cheias de significado. Pedro queria providenciar tendas, mas é Deus que cobre Seu Filho com a nuvem. A terra jamais irá apoderar-se de Jesus, pois pertence, desde sempre, a Deus Pai.

Deus confirma a grande relação que existe com Jesus: É o seu Filho; não se trata de outro ou alguém que virá, mas “Este”. Além de Filho é amado: a relação além de paterna (entre Pai e Filho) é profunda e plena no amor. Por fim, a principal exortação que é dirigida aos apóstolos e a nós: “ouvi-O”. Os apóstolos propuseram um modo de perpetuar aquele momento sugerindo três tendas, Deus Pai responde inicialmente relevando a todos os discípulos a profunda relação entre Ele e Jesus, mas também o modo como Jesus pode ser perpetuado na vida de cada fiel cristão: ouvindo-O sempre!

Toda vez que um discípulo se dispõe e procura realmente ouvir Jesus, o monte Tabor pode se repetir em cada pessoa. O meio ensinado por Deus Pai para que a nossa história possa ser marcada pela presença efetiva de Deus é através da escuta de seu Filho Amado Jesus. Ouvi-Lo é abrir a mesma porta que une o céu com a terra, é experimentar a mesma luz que resplandece e clareia a nossa história e ilumina o nosso futuro.

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Quaresma: por que vivê-la?

Dom José Tolentino Mendonça, cardeal português, escreve em sua catequese nos perguntando o porquê de começar a quaresma? Ele responde com clareza para orientar-nos. Começamos a quaresma porque precisamos “renascer”. Carregamos em nós esse “inacabamento” e a possibilidade de ser mais, por isso procuramos o que está ao nosso alcance para viver com alegria e entusiasmo a condição de discípulos de Jesus.

Somos precisados da quaresma, por isso a começamos e nela somos chamados a dar lugar ao Espírito em nossas vidas. É abrindo os caminhos a partir de dentro, da novidade no nosso cotidiano, e acreditar que é possível.

Vivemos o tempo quaresmal como oportunidade de conversão e seguimento do Evangelho, porque acreditamos no amor de Deus. Deus nos ama e esse amor põe-nos na dependência de aliança num constante florescimento. Unindo-nos ao Amor Maior, vislumbramos uma nova criatividade, um novo fôlego, uma nova respiração, que certamente nos levará a uma nova etapa de nossa vida.

Façamos este caminho da quaresma com realismo. As mudanças que importam para nossas vidas, acontecem de forma paciente. Há que estarmos preparados para um caminho de combate às muitas tentações. O papa Francisco orienta-nos que “a quaresma vem recordar-nos que o bem, como aliás o amor, a justiça e a solidariedade não se alcançam duma vez para sempre; há de ser conquistados cada dia”. Por isso, queremos alcançar com perseverança e alegria a Páscoa do Senhor Jesus pelo tripé da oração, do jejum e da caridade. “O que Deus nos pede não é o impossível, Deus nos pede coisas possíveis: O que tenho que fazer é uma coisa pequena, não uma coisa grande; o que tenho de fazer é uma coisa pessoal, não uma coisa para os outros; e o que tenho de fazer é uma coisa possível.” (#tolentinomendonca)

No Brasil, há um jeito especial de viver a quaresma, através da Campanha da Fraternidade, que neste ano foi inspirada na encíclica do papa Francisco Fratelli Tutti, com o tema: “Fraternidade e Amizade Social” e o lema: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23,8). Um convite especialíssimo para a amizade social e a busca para que todos sejamos fraternos e tudo fraterno, numa fraternidade universal, tal como cantou São Francisco de Assis. O que significa dizer que somos todos irmãos? É amarmos, sobretudo o pobre, a quem Jesus tanto amou com predileção. A Campanha da Fraternidade nos ajude a ver nos pobres e necessitados verdadeiros irmãos e irmãs. São pobres: os idosos desamparados, as crianças sem família que as ampare, os moradores de rua sem perspectivas de vida digna, os indígenas abortados de suas terras e tantos outros grupos excluídos da sociedade e do convívio de amizade social.

Que nosso coração se abra à “fraternidade social que favoreça a vida em sociedade, à sobrevivência sobre a Terra, nossa casa comum, sem jamais perdermos de vista o céu, onde o Pai nos acolherá a todos como seus filhos e filhas” (Papa Francisco)

 

Referências:

Site: Vatican News Português, 19 de fevereiro de 2024.

Inspiração em texto de Dom José Tolentino Mendonça, no Facebook.

Referência da imagem: by Getty Images / FREDERICA ABAN / cancaonova.com


Encontro de Canto e Música Litúrgica reúne agentes pastorais em Congonhal

Nos dias 16 a 18 de fevereiro, a Paróquia São José (Congonhal – MG) sediou o Encontro de Canto e Música Litúrgica.

Promovido em conjunto com a subcomissão Arquidiocesana para a música litúrgica, o evento teve como objetivo principal proporcionar uma atualização formativa sobre música litúrgica, com enfoque na partilha de novos cantos destinados às celebrações paroquiais.

O encontro contou com 79 participantes provenientes de diversas paróquias da região, membros de grupos de canto litúrgico, das pastorais de liturgia, salmistas e demais agentes pastorais interessados no tema. Com a presença da conceituada equipe da Irmã Míria Therezinha Kolling, a programação foi marcada por momentos de aprofundamento e conhecimento da música litúrgica.

A abertura e encerramento do evento foram realizados pelo vigário da Paróquia São José, padre Leonino Morais, enquanto a coordenação geral foi assumida pelo padre Marcos Roberto (Paróquia Divino Espírito Santo - Espírito Santo do Dourado, MG), coordenador da CAL (Comissão Arquidiocesana para Liturgia). A parte formativa foi conduzida pela equipe de assessores composta por Eurivaldo Ferreira, Eurizanete Ferreira da Silva e Daniel De Angeles.

O encontro também contou com a presença de outros líderes religiosos, como padre João Batista Neto (pároco da Paróquia São José), Padre Sebastião Márcio, assessor da Subcomissão de Música Litúrgica (Paróquia Nossa Senhora de Fátima - Santa Rita do Sapucaí, MG), e cônego Sebastião Camilo (Paróquia Nossa Senhora da Medalha Milagrosa - Monte Sião, MG).

Texto: Italo Cavalcante

Fotos: Edilene Coutinho (PASCOM Arquidiocesana)