Nota de Falecimento - Padre Leandro Luis Mota Ribeiro

NOTA DE PESAR

A Arquidiocese de Pouso Alegre cumpre o doloroso dever de comunicar a morte do Revmo. Pe. Leandro Luiz Mota Ribeiro, ocorrido em Consolação-MG, sua terra natal, nesta data.
O Arcebispo Metropolitano, Dom José Luiz Majella Delgado C.Ss.R, ausente do país, une-se aos pais, familiares, amigos do Pe. Leandro, bem como ao clero e Povo de Deus de nossa Igreja Particular neste difícil momento de consternação e tristeza, assegurando sua proximidade espiritual.
Oportunamente, serão publicadas informações sobre o velório e sepultamento.

Confiantes na Ressurreição, rezemos ao Senhor da vida em favor do nosso irmão e por toda a sua família.

Pouso Alegre, 14 de janeiro de 2024.

Assessoria de Comunicação


Homilia do padre Thiago de Oliveira Raymundo na missa de sua posse como pároco da Missão Católica de Língua Espanhola da Diocese de Hildesheim, na Alemanha

Leia na íntegra a homilia do padre Thiago na qual explicou o sentido da liturgia celebrada, relacionando-a com o processo de sua preparação para a nova missão, suas motivações e objetivos e agradecendo aos presentes.

Os Reis Magos, hoje lembrados por nós nesta liturgia, seguiram uma jornada, guiados pela estrela de Belém, em direção à Luz do Menino Jesus. Partiram do distante Oriente e foram sensíveis para reconhecer os limites do caminho em Jerusalém, seguindo o brilho da estrela que os conduzia. Traçaram um caminho de fé e conseguiram chegar até Jesus.

Hoje, também começamos uma jornada, que não começa hoje...

Assim como os Reis Magos, deixei minha família no Brasil, meu pai Tarciso, minha mãe Inêz, minha Igreja, meu Bispo, dom Majella, meus irmãos padres, minhas comunidades e fiéis, que acompanham minha vocação e são a alegria e razão da minha missão. Com eles, discerni e busquei apoio para vivenciar uma experiência pastoral e de estudos além das fronteiras.

Após diversos contatos, e-mails, conversas, reuniões e expectativas, cheguei, em 3 de janeiro, a Belém-Hildesheim e suas comunidades católicas de língua espanhola. Fui acolhido pelas Missões Católicas de Língua Espanhola na Alemanha, pelo padre Ferrán, pelo padre Jorge, pela Diocese de Hildesheim, por dom Heiner Wilmer, pelo padre Hennecke, pela Senhora Nadine Willke, pelos membros do conselho pastoral da nossa Missão e seus fiéis.

Vocês tornam possível essa graça e oportunidade! Obrigado!

Venho de longe, do Oriente-Brasil, do Oriente-Sul de Minas, do Oriente-Pouso Alegre. Estou aqui para caminhar com vocês!

Iniciamos nossa jornada alemã em um momento especial. Em 2024, completaremos 200 anos da imigração alemã para o Brasil. Em 25 de julho de 1824, os primeiros imigrantes alemães chegaram a São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, perto de Porto Alegre. Assim como aqueles pioneiros, iniciamos em 2024 um caminho com a esperança de construir pontes entre nossas culturas e enriquecer nossa experiência eclesial compartilhada.

Juntos, faremos temporariamente um caminho de fé, compartilhando a vocação de viver os valores do evangelho, principalmente a proximidade, a fraternidade, a escuta e a partilha, em um tempo em que a indiferença religiosa e os excessos do capitalismo neoliberal nos fazem sentir cansados e solitários.

Aprender o idioma alemão, aprimorar o espanhol e mergulhar na cultura e sociedade alemãs para avançar nos estudos de filosofia são necessidades que me motivaram a estar aqui.

Essas motivações estão ligadas ao meu sacerdócio.

Estudo o cansaço analisado por Byung-Chul Han, filósofo sul-coreano que vive em Berlim e escreve em alemão. Com isso, busco um diálogo entre a sociedade, a filosofia, a Igreja e a fé para ajudar aqueles que mais sofrem em nossos dias. Faço a experiência de estudos para ser um melhor padre, buscando o exercício do diálogo e do encontro para fortalecer o dom do sacerdócio que Deus me confiou e ajudar a concretizar a misericórdia na Igreja.

Como os Reis Magos eram estrangeiros em Belém, todos nós somos estrangeiros aqui! Somos peregrinos na Alemanha! Aqui, também somos Reis Magos, com objetivos, sonhos e necessidades diferentes, compartilhando o mesmo caminho de fé.

Na nossa jornada, meu melhor e maior tempo será dedicado aos fiéis da Missão Católica de Língua Espanhola e ser padre com aqueles que mais precisam. Este é o ouro, incenso e mirra que trago nas malas e no coração! Contem comigo para caminhar juntos! Espero caminhar com os pés na realidade da Igreja Católica na Alemanha e com corações ardentes pela fé em Jesus Cristo!

Agradeço a todos que apoiam esta missão, no Brasil e na Alemanha, e prepararam nossos dias de acolhida e início do exercício pastoral. Obrigado por me receberem aqui! Agradeço por receberem minha mãe e meu arcebispo! Obrigado, mãe e dom Majella, por estarem aqui, aquecerem meu coração e fortalecerem meus pés de peregrino!

Que Santa Teresinha do Menino Jesus, Santa Edwiges, São João Paulo II e os santos patronos dos 24 países de língua espanhola e portuguesa, que formam nossa missão, intercedam por nós para fazermos uma excelente jornada de fé.

Plus ultra! Mais além, mais aqui em Hildesheim, na Alemanha! Caminhemos com fé! Avante! Sigamos juntos! Amém!

Padre Thiago de Oliveira Raymundo

Pároco da Missão Católica de Língua Espanhola - Diocese de Hildesheim

Basílica de São Clemente, Hannover, 7 de janeiro de 2024

 

Confira a reportagem completa sobre a viagem e a tomada de posse do padre Thiago aqui.

 

Texto enviado pelo padre Thiago

Foto: Arquivo/Missões Católicas de Língua Espanhola – Diocese de Hildesheim


#Reflexão: 2º domingo do Tempo Comum (14 de janeiro)

A Igreja celebra o 2º Domingo do Tempo Comum, neste domingo (14). Reflita e reze com a sua liturgia.

Leituras:
1ª Leitura: 1Sm 3,3b-10.19
Salmo: 39(40),2.4ab.7-8a.8b-9.10 (R. 8a.9a)
2ª Leitura: 1Cor 6,13c-15a.17-20
Evangelho: Jo 1,35-42

Acesse aqui as leituras.

ATENTO AO SENHOR QUE NOS CHAMA A ESTARMOS COM ELE

Domingo passado celebramos a manifestação de Jesus a todos os povos (Epifania). Na segunda-feira foi a celebração do Batismo de Jesus. Retomando a caminhada do Tempo Comum aos domingos, este ano vamos rezar com o Evangelho de Marcos. Sabemos que a nossa missão tem origem e fonte no nosso Batismo. Assim, também foi com Jesus: com o Batismo realizado no Jordão, Jesus inicia a sua missão de anunciar o Reino de Deus. Ele estava pronto para cumprir a vontade de Deus com palavras e ações concreta de misericórdia. Sinais visíveis e sensíveis da redenção que deveria semear no mundo. O início da missão de Jesus marca também o início da comunidade de discípulos que o Mestre procurou constituir.

Chamar pessoas para uma missão é algo que atravessa toda a Sagrada Escritura. Homens e mulheres são convocados para cumprir diversas missões e manifestar a vontade de Deus. Não são pessoas já prontas e conscientes de tudo que devem fazer, mas pessoas comuns que se tornam especiais aos olhos de Deus depois que respondem positivamente ao convite de Deus.

Na primeira leitura, temos a história da vocação de Samuel. Enquanto criança, ele morava no Templo, e dormia ao lado da Arca da Aliança. No local mais sagrado para o Povo de Deus, no meio da noite, Deus chama o pequeno Samuel. Eram tempos difíceis e o povo encontrava muito distante de Deus, mas Ele sempre próximo de sua gente e por isso, prepara Samuel, último dos juízes, para ser seu profeta e porta-voz. Despertado no meio da noite, Samuel rapidamente se levanta e se dirige ao sacerdote Eli pensando que teria sido ele a chamá-lo.

O chamado de Deus foi suave e sereno, no silêncio da noite, tão tranquilo e normal que o menino Samuel pensava se tratar de alguém que ele conhecia.

Há um grande respeito de Deus por nós, mesmo “precisando” contar conosco para juntos melhorar o nosso próprio mundo, Ele, no entanto, respeita o nosso espaço, tempo e condições. Nos chama e nos fala, mas sem entrar na nossa vida com violência ou nos obrigando a aceitá-Lo. Samuel nos três primeiros chamados não conseguiu perceber nada de extraordinário e profundo, mas somente como uma voz conhecida. Por três vezes o chama. O menino, por outro lado, demonstra estar disposto sempre a servir e a cumprir a vontade de quem lhe pede algo. Ele levanta-se e vai até Eli, pois era a pessoa que ele conhecia.

Coube ao sacerdote Eli a missão de introduzir o futuro profeta Samuel nos caminhos de Deus. Alguém como ponte, experiente e sensível às coisas divinas, auxilia o jovem aprendiz a dar os primeiros passos na intimidade com Deus. O conselho de Eli foi: “Fala que teu servo escuta”. Abertura para acolher a Palavra e a disposição de servir como um servo ao seu Senhor. Não basta alguém estar no lugar sagrado, falar ou repetir palavras diante do Senhor é fundamental a atitude de escuta e determinação em servir ao Senhor. Ele nos fala e quer contar conosco, mas precisamos estar atentos e disponíveis.

No Evangelho de João encontramos uma cena quase semelhante de chamado e resposta. O texto inicia lembrando que algo ocorreu um dia antes do fato narrado pelo evangelista. Jesus tinha ido ao Jordão para ser batizado por João Batista. No Batismo, Jesus foi indicado pelo Batista como o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” e ele dá seu testemunho e proclama que Jesus é o salvador e o Messias esperado. Pois bem, no dia seguinte, João estava com dois discípulos e viu Jesus que passava e novamente indicou e chamou Jesus de “Cordeiro de Deus”. Jesus estava passando, iniciando sua missão e João estava parado e percebeu que o seu tempo estava terminando. Ele já tinha proclamado que nada significava em relação ao Salvador (Jesus) que estava para chegar. João não é apegado a nada, nem a seus discípulos. Os dois discípulos deixam de seguir João para ir ao encontro de Jesus indicado pelo Batista.

O Batista está parado, mas tem um olhar profundo por isso, o quarto evangelista afirma que “João fixando o olhar sobre Jesus” (1,36). É um olhar penetrante de alguém que vai ao mais profundo e não somente na aparência. O mesmo olhar penetrante e profundo reaparece quando Jesus “fixa o olhar sobre Pedro” (1,42).

João Batista chama Jesus de “cordeiro”, um animal conhecido por todos, pois era usado nos sacrifícios do Templo. Com o sangue e o sacrifício do cordeiro, o fiel conseguia sua purificação perante Deus. Jesus veio eliminar esse tipo de holocausto que tinha também cumprido sua missão. Não mais derramar sangue de ninguém e nem de animais, Jesus mesmo derramará seu próprio sangue para nos salvar. O último e o maior sacrifício se encerrará com a cruz de Jesus.

As primeiras palavras de Jesus no Evangelho de João é uma pergunta que Ele faz aos dois discípulos de João: “O que vocês procuram?”. Assim, Jesus inicia tudo, ouvindo os dois discípulos de João. A pergunta do Mestre Jesus possui uma questão profundamente humana: O que realmente nós procuramos? Onde queremos chegar com tudo que fazemos? Para onde caminhamos? Jesus não perguntou aos dois: quem vocês procuram? Mas, o que eles desejavam (procuravam). Talvez, os dois queriam somente ver algo, conhecer para satisfazer uma curiosidade, ver algo espetacular.

André e outro discípulo de João respondem com outra pergunta: “Rabi, onde moras?” A resposta parece desconcertante e até improvisada (não sabendo que resposta dar, fizeram uma nova pergunta), mas foi o suficiente para despertar em Jesus algo que merecia credibilidade em relação aos dois.

“Vinde e vede” foi a resposta-convite do novo Mestre. Os dois passaram o dia com Jesus e certamente puderam ver e experimentar quem Ele era e como se revelava com o Salvador anunciado por João Batista.

Queriam saber o local onde Jesus morava. A “casa” do novo Mestre é a convivência com o povo nas praças e vilas, com seus sofrimentos e necessidade; suas palavras são mais que consoladoras, atingiam o coração e a vida de todos. Eles ficaram encantados vendo não onde Jesus morava, mas quem Ele era.

O convite de Jesus é a condição primordial para o discipulado de Jesus. Ele precisa de pessoas que experimentem seu amor e sua misericórdia e sejam portadores não de normas e preceitos, mas no amor de Deus. A intimidade daquele dia com Jesus transformou a vida dos dois novos discípulos a tal ponto que ficou gravado até o momento quando tudo começou aconteceu: na hora décima.

A experiência do amor e da intimidade com Deus é algo transbordante e contagiante. Após aquele dia em que passaram juntos com Jesus, eles voltaram para a família e lá anunciaram não mais alguém que se ouvia falar, mas “o Messias”. Eles tornam-se portadores da Boa Nova e da redenção. São as novas pontes como João Batista foi para eles. Eli foi ponte para o jovem Samuel, agora André foi ponte para Pedro.

Segundo a tradição de São João, foi André, ao compartilhar a experiência que eles tinham tido com Jesus, que levou Simão Pedro até Jesus. Ao vê-lo, o Mestre não lhe pergunta nada e ele nada questiona, mas lhe impõe uma missão que já inicia com o seu nome.

Para os discípulos de João, Jesus faz um convite de passar o dia com Ele e assim, eles têm suas vidas transformadas pela intimidade e convivência com Jesus. Com Pedro foi diferente, Jesus imediatamente viu a profundidade do coração daquele homem pescador e lhe disse: “Serás chamado Cefas (pedra)”, um novo nome para uma grande missão. Conhecemos Pedro nos relatos evangélicos e realmente foi alguém como “pedra” para seus amigos e apóstolos, ponto de apoio e cabeça do grupo no início da Igreja de Cristo.

Seguir Jesus, mas antes ouvir seu chamado e o que Ele quer nos dizer. Experimentar sua intimidade de Salvador e de Pastor que quer sempre nosso bem. O mundo precisa de novos discípulos capazes que contagiar o mundo com o mesmo amor que recebem da intimidade com Deus. Não um Jesus que impõe, mas que convida a vir e experimentar, ver e compartilhar a grandeza do amor de Deus por cada um de nós. Devemos ajudar outros a experimentar esse mesmo amor redentor e misericordioso de nosso Mestre Jesus.

Como o jovem Samuel precisamos aprender a nos colocar aos pés de Deus, na intimidade de nossas orações e de nossas Igrejas e repetir com ele: fala que teu servo escuta. Servir a Deus com todo o coração, com todo o nosso ser, com toda nossa vida (como nos fala Paulo na 2ª leitura) e tornamos também hoje como uma ponte para ligar Deus a tantas pessoas que ainda não conhecem e nem experimentaram ainda seu amor.

Faça o download da reflexão em pdf.


Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre inicia missão pastoral e estudos na Alemanha

Padre Thiago de Oliveira Raymundo tomou posse, no último domingo (7), como pároco da Missão Católica de Língua Espanhola da Diocese de Hildesheim, na Alemanha. Essa experiência pastoral além-fronteiras do membro do clero da Arquidiocese de Pouso Alegre estará vinculada a estudos de alemão, espanhol e Filosofia. Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, e a senhora Maria Inêz de Oliveira Raymundo, mãe do padre Thiago, acompanharam-no no início de suas novas atividades.

No dia 2 de janeiro de 2024, padre Thiago se despediu dos fiéis da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre (MG), onde era vigário. Padres, amigos e familiares do padre Thiago fizeram um almoço de despedida e rezaram o Ângelus diante da imagem da padroeira, Nossa Senhora de Fátima. Dom Majella esteve presente e abençoou a viagem e a missão do padre Thiago. Além desse trabalho paroquial, o padre foi assessor arquidiocesano da Pastoral da Comunicação. Ele se licenciou temporariamente da Arquidiocese de Pouso Alegre e iniciou uma nova missão pastoral e de estudos na Alemanha, na Diocese de Hildesheim, para prosseguir com sua investigação doutoral em Filosofia.

No início de sua viagem à Alemanha, padre Thiago foi acompanhado ao aeroporto de Guarulhos (SP) por um grupo de padres e leigos das paróquias onde trabalhou no Brasil. Durante toda a sua viagem, ele foi acompanhado por dom Majella e sua mãe, Maria Inêz. A viagem durou 23 horas, com uma escala em Frankfurt. Eles chegaram ao destino final, Hannover, na quarta (3), às 23h.

Em Frankfurt, padre Thiago e seus acompanhantes foram acolhidos por José Antonio Vázquez e Viviana Rodriguez, membros da Missão Católica de Língua Espanhola. Aí, visitaram a Catedral Imperial de São Bartolomeu, no centro da cidade, onde eram coroados os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico. As construções dessa igreja remontam ao século VII. Além disso, nessa cidade, estiveram na estação central de trens, na prefeitura, na igreja luterana de São Paulo (construída no século XVIII) e em uma ponte sobre o rio Meno.

Depois de Frankfurt, a viagem prosseguiu para Hannover, onde o padre Thiago terá residência. No aeroporto dessa cidade, o padre e seus acompanhantes foram recebidos pelo padre Ferrán Jarabo Carbonel, delegado das Missões Católicas de Língua Espanhola na Alemanha, e o senhor Rafael Ángel, presidente do Conselho Pastoral da Missão Católica de Língua Espanhola da Diocese de Hildesheim.

Após a acolhida no aeroporto, o padre e os acompanhantes seguiram para a casa onde será a sua residência oficial como pároco das Missões Católicas de Língua Espanhola. Nessa casa, o padre e os acompanhantes foram recebidos por María José Escribano Romero, Andres Aguas Ati, Rafael Ángel e padre Ferrán. Padre Thiago recebeu as chaves de sua nova casa, a qual foi abençoada por dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R.

Na sexta (5), padre Thiago, dom Majella e a senhora Maria Inêz foram a Hildesheim, sede da diocese, e tiveram um encontro privado com dom Heiner Wilmer, bispo local.

A diocese de Hildesheim foi fundada no ano de 815. A diocese conta com uma ação pastoral especial com imigrantes na Alemanha para valorizar a língua, a cultura e a religiosidade materna de cada povo estrangeiro. A Missão Espanhola reúne 20 mil fiéis estrangeiros de língua espanhola e portuguesa, de 24 países, presentes em 7 cidades alemãs: Braunschweig, Bremen, Cuxhaven, Hannover, Hildesheim, Lüneburg e Wolfsburg.

Por intermédio da Associação das Missões Católica de Língua Espanhola na Alemanha e seu delegado, padre Ferrán, padre Thiago foi acolhido em outubro de 2023 para esse trabalho pastoral e estudos na Diocese de Hildesheim.

Em um café na residência episcopal, dom Heiner, dom Majella, padre Thiago, a senhora Maria Inêz e a senhora Nadine Willke, colaboradora da Atenção Pastoral Especial para as Comunidades de outra língua materna (Besondere Seelssorge – Gemeinden anderer Muttersprachen) conversaram sobre o trabalho pastoral a ser realizado nas Missões de Língua Espanhola pelo padre Thiago e seus estudos de alemão, espanhol e Filosofia.

Após a reunião privada, dom Majella e padre Thiago concelebraram uma missa na catedral de Santa Maria, presidida por dom Heiner e concelebrada também por dom Heinz-Günter Bongartz, bispo auxiliar. Na missa, estiveram presentes os funcionários da cúria diocesana. No início da celebração, os brasileiros foram saudados oficialmente pelo bispo diocesano, que agradeceu ao arcebispo e padre brasileiro pela presença e disponibilidade do padre para a realização do trabalho pastoral com os católicos de língua espanhola. Para a senhora Maria Inêz, os funcionários da cúria local cantaram uma canção alemã como saudação de boas-vindas, além de ter sido acolhida pessoalmente por dom Heiner.

Após a missa, ocorreu uma confraternização entre os presentes. Além disso, os brasileiros fizeram uma visita ao seminário da diocese, à basílica de São Godehard, à capela Santa Cruz, onde padre Thiago celebrará missas com católicos de língua espanhola, e ao museu da catedral, o qual reúne peças sacras de mais de 1000 anos, já que a diocese de Hildesheim foi fundada no século IX.

No sábado (6), às 11h, dom Majella presidiu missa, concelebrada por padre Thiago, na igreja San Martin, da qual participaram fiéis de língua espanhola e portuguesa. Na tarde desse dia, padre Thiago, dom Majella e a senhora Maria Inêz visitaram a igreja Santa Maria, onde está localizado o Centro de Pastoral Internacional da Diocese de Hannover. Lá, saudaram catequizandos, catequistas e outros fiéis leigos da Missão Espanhola. Conheceram as dependências do escritório da Missão Espanhola, rezaram e abençoaram os fiéis e fizeram uma confraternização de boas-vindas.

No domingo (7), pela manhã, com a temperatura em - 4º C e neve, padre Thiago, sua mãe e dom Majella, acompanhados do senhor Rafael Ángel, visitaram o Campo de Concentração Bergen-Belsen, no distrito de Cellen, que funcionou de 1940 a 1945. Na 2ª Guerra Mundial, sob comando dos nazistas, lá foram mortos em torno de 70 mil pessoas, entre elas, judeus (30 mil), soviéticos (20 mil), comunistas e homossexuais. Após a guerra, o campo serviu como espaço para acolhimento de refugiados e grande parte de seus edifícios foi destruída. Hoje, nesse campo, há um centro de visitantes, um obelisco, um espaço de oração e reflexão e um cemitério.

Nesse campo de concentração, entre os sepultados, estão os corpos de Anne Frank e de sua irmã, Margot Frank, que morreram lá em fevereiro de 1945. Anne Frank (1929-1945) e Margot Frank (1926-1945) foram adolescentes alemãs, de origem judaica, vítimas do Holocausto. Para dom Majella e padre Thiago, a visita ao campo foi uma oportunidade de memória histórica, oração e reflexão sobre as consequências da violência e da guerra.

Na tarde do dia 7, às 17h30 (13h30, horário de Brasília), padre Thiago, sua mãe e dom Majella estiveram na Basílica São Clemente. Nessa igreja, o padre brasileiro tomou posse da sua nova missão.

Assista a gravação da Missa e Tomada de Posse do Padre Thiago como pároco da Missão de Língua Espanhola aqui.

Padre Christian Hennecke, conselheiro do vicariato geral da Diocese de Hildesheim e representante diocesano para a pastoral com católicos de outras línguas maternas, presidiu a missa, leu a nomeação do padre Thiago como pároco da Missão Católica de Língua Espanhola e acolheu os participantes brasileiros e fiéis locais e imigrantes. Na missa, esteve presente o padre Jorge Blanco, subdelegado das Missões Católicas de Língua Espanhola na Alemanha, representando o padre Ferrán, delegado nacional. Os presentes celebraram a Solenidade da Epifania, em alemão e com partes em espanhol e português. Também houve destaque para a participação festiva dos reis magos e das crianças das comunidades da Missão Espanhola.

Padre Thiago, em sua primeira homilia com seus novos fiéis, acolheu aqueles que representavam os reis magos e passou a palavra ao dom Majella e a sua mãe, Maria Inêz. O arcebispo de Pouso Alegre falou sobre a importância da Solenidade da Epifania e destacou o início da missão do padre brasileiro. A senhora Maria Inêz agradeceu a acolhida e pediu aos membros da Missão Espanhola que cuidassem bem de seu filho. Ao final de suas palavras, dom Majella e a senhora Maria Inêz saudaram o padre Thiago e o abençoaram.

Em sua homilia, padre Thiago explicou o sentido da liturgia celebrada, relacionando-a com o processo de sua preparação para a nova missão, suas motivações e objetivos e agradecendo aos presentes.

Leia a homilia do padre Thiago aqui.

Ao final da missa, padre Thiago saudou os novos fiéis e as crianças receberam presentes dos reis magos. Uma confraternização foi realizada após a celebração eucarística, na qual as chaves da Missão Espanhola foram entregues ao seu novo pároco, por Rafael Ángel.

Encerrando suas atividades em Hannover, dom Majella, na madrugada desta segunda (8), seguiu viagem para Roma. Acompanhado do padre Thiago e Rafael Ángel, o arcebispo embarcou no aeroporto local. Em Roma, o arcebispo brasileiro terá agenda de reuniões em dicastérios da Cúria Romana.

 

Confira as imagens.

Dom Majella abençoa viagem do padre Thiago a Alemanha na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre, no dia 2 de janeiro.
Padres, fiéis e familiares do padre Thiago se reuniram na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre, para acompanhá-lo até o aeroporto em Guarulhos.
Padres, fiéis e familiares do padre Thiago se reuniram na Igreja Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre, para acompanhá-lo até o aeroporto em Guarulhos.
Padres, fiéis e familiares do padre Thiago, no aeroporto em Guarulhos (SP), se despediram antes de sua viagem para a Alemanha.
Da esquerda para a direita, o senhor José Tarciso, padre Thiago e a senhora Maria Inêz, pais do padre.
Padres e dom Majella acompanharam padre Thiago ao aeroporto.
Padre Thiago, dom Majella e Maria Inêz fizeram escala em Frankfurt, com acolhida de José Antonio Vázquez e Viviana Rodriguez, membros da Missão Católica de Língua Espanhola de Frankfurt.
No dia 3 de janeiro, padre Thiago, dom Majella e Maria Inêz foram recebidos na residência oficial da Missão Católica de Língua Espanhola por padre Ferrán Jarabo Carbonel, Rafael Ángel, María José Escribano Romero e Andres Aguas Ati. Padre Thiago recebeu as chaves de sua nova casa, a qual foi abençoada por dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R.
No dia 5 de janeiro, dom Heiner Wilmer recebeu, em sua residência, em Hildesheim, dom Majella, padre Thiago e Maria Inêz. Nadine Willker, colaboradora da Pastoral Especial para comunidades de outras línguas maternas, esteve presente.
Catedral de Santa Maria, igreja sede da Diocese de Hildesheim.
Dom Majella e padre Thiago participam de missa na Catedral de Santa Maria, em Hildesheim, com o bispo diocesano, dom Heiner Wilmer, demais clérigos e funcionários da cúria metropolitana, no dia 5 de janeiro.
Dom Majella e padre Thiago visitam a Basílica de São Godehard, em Hildesheim.
Dom Majella e padre Thiago concelebram missa com católicos de língua espanhola e portuguesa, na igreja San Martin, em Hannover, no dia 6 de janeiro.
Padre Thiago, Maria Inêz e dom Majella visitam o Campo de Concentração Bergen-Belsen, no distrito de Cellen, no dia 7 de janeiro.
Padre Thiago, Maria Inêz e dom Majella visitam o Campo de Concentração Bergen-Belsen, no distrito de Cellen, no dia 7 de janeiro.
Dom Majella e Rafael Ángel visitam túmulos de judeus mortos por nazistas no Campo de Concentração Bergen-Belsen, no dia 7 de janeiro.
Túmulos de judeus mortos por nazistas no Campo de Concentração Bergen-Belsen.
Dom Majella reza diante do túmulo de Anne Frank e, sua irmã, Margot Frank, no Campo de Concentração Bergen-Belsen.
Túmulo de Anne Frank e, sua irmã, Margot Frank, no Campo de Concentração Bergen-Belsen.
Monumento em memória do primeiro aniversário do fechamento do Campo de Concentração Bergen-Belsen, em 15 de abril de 1946.
Dom Majella e Maria Inêz faz saudação e abençoam padre Thiago em sua nova missão pastoral e estudos na Alemanha, na sua tomada de posse.
Celebração Eucarística, na Solenidade da Epifania, marca início da missão de padre Thiago como pároco das Missões Católica de Língua Espanhola, na Diocese de Hildesheim, no dia 7 de janeiro, em Hannover, na Basílica São Clemente.
Da esquerda para a direita, dom Majella, pe. Hennecke, Rafael Ángel e padre Thiago. Missa e Tomada de posse como pároco da Missão Católica de Língua Espanhola, Diocese de Hildesheim. Basílica São Clemente, Hannover, 7 de janeiro de 2024
Da esquerda para a direita, padre Jorge, dom Majella, pe. Hennecke e padre Thiago. Missa e Tomada de posse como pároco da Missão Católica de Língua Espanhola, Diocese de Hildesheim. Basílica São Clemente, Hannover, 7 de janeiro de 2024.

 

 

Texto: padre Thiago de Oliveira Raymundo

Fotos: Arquivo/Missões Católicas de Língua Espanhola – Diocese de Hildesheim

 


O divino inspira o humano

A Bíblia, que é o registro literário da história da revelação de Deus ao homem com o intuito de salvá-lo, escrita a partir da ação conjunta entre o divino e o humano, é uma obra sagrada porque é fruto de uma inspiração sobrenatural. Diferentemente da bibliografia produzida pelo ser humano desde suas origens, como resultado de uma tendência natural para refletir sobre si mesmo e sobre o mundo, os 73 livros que formam a Bíblia católica são considerados pela Igreja textos inspirados por Deus, ou seja, redigidos sob a autoridade do Espírito Santo (cf. 2Pd 1,21). Tais livros, compostos por autores que, segundo os desígnios do plano salvífico de Deus, registraram tudo e unicamente aquilo que Ele inspirou, contêm a Palavra da Verdade que liberta o homem do jugo do mal e do pecado (cf. Jo 8,31-32), isto é, Jesus, o Verbo Eterno do Pai (cf. Jo 1,1-2).

Os homens e mulheres que foram escolhidos e inspirados pela ação sobrenatural do Espírito de Deus, e  agraciados pelas faculdades e capacidades necessárias para colaborar no processo de compilação literária da revelação divina, são chamados de hagiógrafos. O termo grego em questão, formado pelas palavras hágios, que significa “sagrado”, e graphos, que designa “escrita”, diz respeito à sacralidade da missão desenvolvida por aqueles que redigiram os textos bíblicos: tratam-se de autores sagrados na medida em que, à luz da inspiração divina, escreveram a mensagem que salva. Vale ressaltar, no entanto, que o conceito de inspiração bíblica não pode ser confundido com a ideia de uma psicografia. Segundo o espiritismo, doutrina que não é compatível com os ensinamentos católicos, a faculdade de escrever cartas sob a influência de espíritos desencarnados pode ou não ser praticada de forma consciente por um médium. Os autores sagrados não foram estenógrafos inconscientes que escreveram o que foi ditado por Deus: eles são efetivamente autores dos livros bíblicos, pois redigiram os textos de forma consciente, historicamente situada e a partir das realidades religiosa, cultural, social, política, econômica e geográfica em que viveram.

Sob o impulso e a orientação do Espírito Santo, os hagiógrafos tiveram sua missão autoral respeitada no projeto salvífico de Deus, participando ativamente na construção textual e na elaboração da mensagem teológica que cada livro bíblico encerra, inclusive com suas limitações. A concepção de hagiógrafos, porém, não deve ser restrita à noção de autores que escreveram textos solitariamente. É certo que vários livros foram redigidos por sujeitos históricos individuais, como por exemplo algumas cartas de Paulo (cf. Rm, 1ª e 2ª Cor, Gl, Fl, Ts e Fl); todavia, a grande maioria dos textos inspirados foram escritos por comunidades que, no Primeiro Testamento, abraçaram o credo monoteísta através do testemunho e do ensinamento dos patriarcas e dos profetas, e, no Segundo Testamento, acolheram a fé cristã por meio da vida e da missão de Jesus Cristo e dos apóstolos. A Bíblia é uma obra feita pelas mãos de muitas pessoas cujos ouvidos estavam ligados à pregação de alguma figura exponencial. Assim, vários livros são compilações comunitárias da catequese de um patriarca, profeta ou apóstolo, sofrendo revisões, aplicações e adaptações até chegarem à forma como foram canonizados. A definição da natureza autoral de um livro bíblico depende de estudos exegéticos que buscam evidências textuais, culturais, históricas e geográficas que possibilitam designar se a redação foi realizada de forma individual ou coletiva.

Esse debate teológico em torno da hagiografia, vinculado à questão da sacralidade dos textos bíblicos, requer um aprofundamento dos critérios que levaram a Igreja a reconhecer a inspiração de um livro e inseri-lo no que se convencionou chamar de cânon. De origem grega, a palavra cânon aparece no Segundo Testamento (cf. Gl 6.16; 2Cor 10,13-16; Fl 3,16) com o sentido de regra, norma ou medida; logo, cânon bíblico é o conjunto de livros inspirados que organizam a fé e a vida de uma comunidade a partir de uma doutrina e de uma moral religiosas específicas. O cânon da Bíblia hebraica, que representa o Primeiro Testamento da Bíblia cristã, foi determinado pelos anciãos judeus reunidos no concílio de Jâmnia, entre os séculos I e II d.C., definindo que um livro seria considerado inspirado quando fosse comprovada a sua antiguidade, a sua redação em língua hebraica e no território palestinense, a sua concordância com os ensinamentos da Torá (cf. Gn, Ex, Lv, Nm e Dt) e a sua aceitação e uso por parte da comunidade judaica. Na ocasião do concílio, os rabinos rejeitaram sete livros (cf. Tb, Jt, Sb, Eclo, Br, 1 e 2 Mc) por terem sido escritos em língua grega ou fora da Palestina, optando pelo “cânon restrito” do Primeiro Testamento com 39 livros. Porém, como tais textos já se encontravam na Septuaginta - como é chamada a versão grega da Bíblia hebraica, traduzida entre o século III e I a.C. e utilizada por Jesus e pelos apóstolos - foram mantidos na Bíblia católica, composta, então, pelo “cânon amplo” do Primeiro Testamento com 46 livros.

O cânon do Segundo Testamento foi definido nos primeiros séculos da Igreja cristã, apesar dos livros terem sido escritos até o final do século I d.C.. O registro dos 27 livros canônicos aparece ineditamente numa carta pascal escrita por Santo Atanásio de Alexandria, em 367 d.C., sendo confirmado pelos concílios de Hipona, em 393, e Cartago, em 397. Foram considerados como inspirados os livros neotestamentários com procedência, direta ou indiretamente, apostólica (“critério canônico da apostolicidade”), cuja antiguidade atesta a concordância com os ensinamentos de Jesus Cristo e a universalidade salvífica de sua revelação (“critério canônico da regra de fé”), e que eram utilizados pelas comunidades primitivas nas celebrações litúrgicas (“critério canônico do senso comum dos fiéis”). A regra mais evidente para a canonização de um livro bíblico, tanto no Primeiro quanto no Segundo Testamento, é a sua aceitação e uso por parte da comunidade de fé, seja ela judaica ou cristã, evidenciando que é a eclesialidade suscitada pelo próprio Espírito Santo - O inspirador das Escrituras - que permite a percepção da sacralidade do texto.

Assim, se os livros bíblicos foram escritos em (e por) comunidades, logo eles também foram canonizados - no sentido de serem definidos como inspirados - em (e por) comunidades, já que é na dinâmica da Igreja reunida que o Espírito Santo se manifesta e age (cf. At 2,1). Existe, portanto, uma relação intrínseca e indissolúvel entre a inspiração divina e a fé da Igreja para a determinação dos livros revelados por Deus em vista da salvação humana: a Igreja não inventou o cânon bíblico, selecionando de forma instrumental ou aleatória os textos que lhe eram convenientes, mas testemunhou o cânon sob a ação do mesmo Espírito que o inspirou. Isto é, assim como os textos foram inspirados de modo sobrenatural, também a comunidade cristã, congregada por desígnio divino, foi capacitada para descobrir, reconhecer e acolher o cânon. Nessa dinâmica de protagonismo da comunidade na composição e organização dos livros bíblicos também se encontra a questão da interpretação. Foi na genuinidade da vida eclesial que o Espírito Santo suscitou os livros e os conduziu à categoria de textos canônicos, da mesma forma que é na Igreja que Ele se revela O intérprete das Sagradas divinamente inspiradas.

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#Reflexão: Solenidade da Epifania do Senhor (07 de janeiro)

A Igreja celebra neste domingo, a Solenidade da Epifania do Senhor (07). Reflita e reze com a sua liturgia.

Leituras:
1ª Leitura: Is 60,1-6
Salmo: 71(72),1-2.7-8.10-11.12-13 (R. cf. 11)
2ª Leitura: Ef 3,2-3a.5-6
Evangelho: Mt 2,1-12

Acesse aqui as leituras.

FESTA DA EPIFANIA DO SENHOR

            A celebração deste domingo ainda está em profunda sintonia com o Natal de Nosso Senhor. Celebramos a manifestação de Jesus a todos os homens e mulheres em todos os tempos. A visita dos Magos do Oriente nos recorda que Jesus não veio a este mundo somente para alegrar a vida de uma família, de algumas pessoas, ou de uma região ou mesmo de uma nação: Jesus pertence a toda humanidade e em todos os tempos.

Mateus inicia o relato dando duas informações: “Tendo Jesus nascido em Belém da Judeia”. O local confirma a tradição do nascimento em Belém, ideia que será repetida mais vezes, isto para confirmar a forte ligação de Jesus com a tradição sobre o messias como descendente de Davi, rei ungido em Belém (1Sm 16,1-13).  “No tempo do rei Herodes”. Um personagem histórico conhecido, mas nada será dito sobre este rei.

Em seguida, Mateus introduz a história dos viajantes com “eis que magos”, eles entram na história sem nenhuma ligação com Belém (Davi) e Herodes. Os “magos” daquele tempo não eram reis ou “sábios”, mas eram bem aceitos nas cortes e muitos reis apreciavam suas previsões, por isso, eles não encontraram dificuldade de se aproximar de Herodes.

Os viajantes do Oriente movidos pelo conhecimento que tinham do céu perceberam que havia uma “estrela diferente no firmamento”. Até onde descobriram, concluíram que valia a pena arriscar deixar tudo e buscar o “dono” daquela estrela diferente. O céu com suas estrelas era visível para todos, mas somente os magos perceberam que algo diferente estava acontecendo.

Aqueles homens do Oriente representam muito bem a nossa caminha de fé e busca de Deus. Eles saíram de longe, se orientaram com o que sabiam, se perderam na caminhada, foram a lugares errados em busca de respostas, mas não desistiram jamais. Abandonaram suas terras em busca de um rei e encontraram um menino; buscaram nos palácios e terminaram a jornada em um local simples (Mateus diz “casa”; Lucas, um local para animais); acharam que tudo estaria resolvido com as pessoas mais importantes da época, mas tudo só teve sentido quando encontram a família de Nazaré.

A ciência que eles tinham os conduziu e os animou em uma longa jornada, mas ela não deu todas as respostas. Chegaram até Jerusalém, pensando que lá teriam uma explicação para tudo, mas obtiveram somente parte da solução. A ciência dos magos os levou até a cidade dos profetas e do Povo de Deus, mas somente conseguiram prosseguir a busca quando tiveram contato com a Palavra de Deus. O evangelista Mateus nos conta que de um lado a cidade ficou agitada e Herodes ficou com medo; e de outro lado, os magos se encheram de alegria. Os viajantes do Oriente foram um grande instrumento de revelação para os grandes de Jerusalém (Herodes e sacerdotes), mas eles preferiram ignorar tudo.

Todos os convocados por Herodes (sacerdotes e Escribas) se mostram entendidos nas Escrituras, mas fechados em suas esperanças. Para os sacerdotes não havia necessidade de novidades e preferiram ficar com Herodes do que seguir os magos. Eles mesmos foram instrumentos de uma Nova Esperança, mas não abraçaram aquilo que leram e conheciam (a Palavra de Deus). Os homens da religião e da Lei preferiram ficar em Jerusalém, pois lá eles já tinham o Templo, as festas, os sacrifícios e suas tradições, eles não queriam saber da novidade do menino que atraía pessoas de terras distantes.

Na cidade, a “estrela guia” não pode ser mais vista. No palácio do rei não há espaço para os sinais de Deus. Nos lugares onde a prepotência daqueles que se sentem grande, Deus não pode ser visto. Onde há mentira, não brilha a luz de Deus. Mas, ao saírem da cidade dos poderosos daquela época, a alegria retornou. Antes viam a estrela somente com seus conhecimentos, ao deixar a Cidade Santa, foram alimentados pela esperança das profecias da Palavra de Deus. Agora a viagem deles estava animada com um novo sentido: estavam no caminho certo e estavam próximos! Os magos (estrangeiros e vindos de terras pagãs) se aproximavam cada vez mais de Jesus; os sacerdotes e a religião oficial, cada vez mais distantes.

Antes, a Cidade Santa, Jerusalém, era o centro e o ponto de chegada de todos os peregrinos; agora com Jesus, passa a ser somente instrumento e passagem que conduz ao verdadeiro sentido de qualquer jornada. Belém, a “menor das cidades” faz sombra a grande cidade do povo de Deus.

Eles perceberam que os sinais de Deus possuíam um sentido próprio e uma grandeza particular. Não deviam mais buscar entres os grandes, mas deixarem ser guiados pelos sinais de Deus que estão longe da prepotência, da mentira e da falsa sabedoria humana.

Os magos tinham buscado em lugares onde a grandeza dos homens brilhava e por isto, os sinais de Deus não tinham espaço. Em Belém tudo se revestiu de significado e sentido. Não encontraram nada espantoso ou espetacular, mas somente uma família com um recém-nascido. Os três presentes são simples e significativos: ouro para os reis e deus; incenso para divindade e perfume para um grande homem.

Os magos tinham se transformado em homens que se guiavam não mais pelas certezas humanas, mas pela fé que tem sua raiz na Palavra de Deus. Para o mundo era somente uma criança em seus primeiros momentos, para Herodes uma ameaça, mas para os magos era o próprio Deus que rege tudo e todos. Assim, se ajoelharam e o adoraram. O mais importante não foram os presentes (apesar de serem significativos), mas a constante busca e a força de vontade de procurar sempre, mesmo errando e com incertezas. Na caminhada que fizeram tudo foi ganhando sentido e os sinais foram tornando a viagem mais segura e certa. Sem o amadurecimento nos erros, eles não teriam percebido que tudo estava tão fácil de ser encontrado.

Os homens do Oriente representam todas as pessoas de fé que em todos os tempos buscam se encontrar com Jesus e dar uma resposta ao sentido de suas vidas. Os sinais de Deus estão ao nosso lado, ao nosso redor e nas pessoas que convivemos. São grandes sinais, mas nas pequenas coisas. Toda salvação e todas as promessas tiveram significado quando encontram o Menino Deus, não no palácio do rei e nem no Templo de Jerusalém, mas em uma família e em um bebê numa manjedoura.

Isaías na primeira leitura já tinha profetizado e dado a dica mais importante: levantar a cabeça e olhar para o céu. Assim, não somente o povo de Deus no Antigo Testamento, mas também os magos do Oriente colocaram em prática essas palavras. Dessa forma, a fé cristã jamais deve esquecer que sua missão é levar Jesus para todas as pessoas em todos os povos, concretizando as Palavras de São Paulo na segunda leitura. O apóstolo dos gentios nos lembra da alegria da mensagem de Deus que deve ser universal, pois todos os povos estrangeiros, em Jesus e no Batismo se tornam membros do mesmo corpo que é a Igreja e herdeiros das mesmas promessas de Cristo.

Mateus faz questão de lembrar que Jesus, o recém-nascido, estava com sua mãe: “acharam o menino com Maria, sua mãe” (v.11a). Em seus braços, o Eterno Rei recebe adoração e veneração. Maria é o amparo mais profundo para Jesus e ao mesmo tempo o trono onde o Messias é reconhecido. O destino da mãe e do filho estão selados para sempre!

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Chancelaria divulga datas das Posses Canônicas

No dia 31 de dezembro de 2023, o Chanceler do Arcebispado, padre Jésus Andrade Guimarães, divulgou, por meio de comunicado, as datas que acontecerão as Missas de Posse Canônicas dos párocos para o ano de 2024, presidida pelo Arcebispo Metropolitano de Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado, CSsR, considerando as nomeações e transferências anunciadas em 26 de dezembro, sendo apenas os párocos que assumirão novas paróquias, que deverão apresentar-se em 05 de fevereiro, juntamente com os Vigários Paroquiais e seminaristas que também assumirão novas funções.

 

 

Padre Douglas Aparecido Marques Rocha Santos

Paróquia São Benedito (Itajubá)

Dia 17 de fevereiro (sábado) às 19h

 

 

Cônego Cláudio Antônio Braz 

Paróquia São Geraldo Magela -(Inconfidentes)

Dia 18 de fevereiro (domingo) às 10h

 

 

Padre Eduardo da Silva Rodrigues

Paróquia Nossa Senhora Aparecida (Tocos do Moji)

Dia 18 de fevereiro (domingo) às 19h

 

 

Padre Samuel de Faria Gâmbaro

Paróquia São José (Distrito do Pantano - Pouso Alegre)

Dia 19 de fevereiro (segunda) às 19h

 

 

 

Padre Paulo Adolfo Simões

Paróquia Santa Isabel (Piranguinho)

Dia 21 de fevereiro (quarta) às 19h

 

 

 

Padre Samuel Araújo Ferreira

Paróquia Santo Antônio (Piranguçu)

Dia 28 de fevereiro (quarta) às 19h

 


#Reflexão: Festa da Sagrada Família (31 de dezembro)

A Igreja celebra neste domingo, a Festa da Sagrada Família (31). Reflita e reze com a sua liturgia.

Leituras:
1ª Leitura: Eclo 3,3-7.14-17a
Salmo: 127(128),1-2.3.4-5 (R. cf.1)
2ª Leitura: Cl 3,12-21
Evangelho: Lc 2,22-40

Acesse aqui as leituras.

CELEBRAÇÃO DA SAGRADA FAMÍLIA

            Celebramos no final de semana passada o Natal de Jesus. Mais do que o nascimento de uma pessoa é a encarnação do Verbo, filho de Deus Pai que se estabeleceu para sempre na humanidade e dentro de nossa realidade. São João nos diz que a Palavra de Deus armou sua tenda entre nós, se fazendo um de nós, para depois, permanecer em nós e entre nós. A encarnação não foi um gesto bonito ou fantástico de Deus, mas algo que mais tem a aparência de nossa realidade do que um esplendor divino. Meditamos que um local de animais pode se tornar um palácio ou um templo se tem Jesus como centro, mas um palácio ou uma casa sem Jesus, não é nada.

 Bastou tão pouco para a promessa do Salvador se realizasse: um local de animais e duas pessoas enamoradas. E ao redor daquele casal, todos os desafios e problemas de nossa realidade e de tantas famílias estavam presentes.

Após o nascimento do filho, o casal se torna família, a Sagrada Família. Mas, em nada diferente de tantas famílias deste mundo. A encarnação de Jesus não foi somente como pessoa em um lugar na terra, mas também em nossa realidade mais preciosa que temos neste mundo: a família.

A Sagrada Família não teve um início de vida diferente como de muitas outras famílias: desafios, riscos, medos, insegurança, perseguição, falta de comodidade, imposição de leis dos poderosos etc. A Família de Nazaré não viveu uma fantasia. Maria e José não encenaram uma realidade, mas viveram intensamente todos os momentos, todos os riscos e todas as ausências. Jesus não se encarnou em uma realidade ideal e perfeita de conto de fadas. Não! A encarnação de Jesus foi na mais pura e real realidade humana!

Deus não escolheu vir a este mundo passando pelo ventre de uma mulher, como se Maria fosse somente um lugar casual e sem nenhuma importância: Deus escolheu viver intensamente todas as realidades humanas, principalmente as mais desafiantes. Assim, aprendemos que a ausência de estabilidade e seguranças humanas não significa a ausência de Deus.

No entanto, vemos que a Sagrada Família nunca ficou desamparada e se rumo. Se de um lado, Deus sempre estava guiando a todos, por outro lado, o Criador escolheu muito bem duas pessoas que se amavam profundamente e que estavam vivendo uma profunda experiência de amor, doação e sonhos como qualquer outro casal. O verbo para se fazer carne passou por esta relação tão preciosa a nós que é a relação de amor em uma família.

Sabemos que trazemos para toda a nossa vida as experiências positivas e negativas que vivenciamos em nossa infância e adolescência. Essas experiências não determinam, mas influenciam o nosso modo de ser no mundo: capacidade ou não de dialogar, amar, perdoar, compreender, respeito mútuo, companheirismo etc. Somos um pouco do que são os nossos pais e o que vivemos em nossos lares quando éramos crianças. Deus escolheu passar por essa realidade e por muitos anos, Jesus viveu como um filho profundamente ligado a seus pais, aprendeu com eles e intensamente viveu as fases da vida como qualquer outra pessoa.

Mas, a família de Jesus era uma família perfeita, ou sem problemas, ou sem dificuldades? O Natal que celebramos responde muito bem estas e outras questões. Deus Pai que pode tudo, não aliviou a situação do nascimento do seu Filho Jesus. Vemos uma total ausência de segurança e comodidade, uma total ausência de tudo. No entanto, aprendemos que Maria e José, tudo que afrontaram, somente conseguiram enfrentar porque estavam juntos! Esta era a força daquele casal tão especial: enfrentaram tudo, sempre juntos! Tinham consciência que, por detrás de tudo, Deus estava conduzindo tudo, guiando a Sagrada Família entre os desafios e as maldades humanas. Deus não fez desaparecer, mas os acompanhava pelos melhores caminhos. Bastava aos dois a confiança e a união entre eles.

Naquela época que Jesus nasceu, Deus não escolheu o melhor momento político para iniciar seu projeto de salvação no mundo, ou a noite ideal, nem uma estação do ano mais adequado e nem uma melhor realidade material para que seu Filho viesse ao mundo (uma casa, um berço, roupas, apoio familiar...). A única coisa que Deus escolheu como fundamental para Jesus vir ao mundo foram as duas pessoas que se amavam. É o poder do amor que vence tudo!

Esta era a força da Sagrada Família: o amor que os unia entre si e com Deus! Não tinham a favor deles praticamente nada deste mundo: nada de riqueza, nem da política e dos políticos da época, nem da religião oficial e nem estavam ao lado deles as pessoas mais importantes. Na Família de Nazaré um tinha o outro como maior dom de Deus em suas vidas.

O Evangelho nos recorda outro grande exemplo do casal de Nazaré com seu filho recém-nascido: respeito pelas coisas de Deus. Maria e José sabiam da grandeza do seu filho, mas, mesmo assim, buscaram, juntos como casal celebrar sua fé. Na época, após o nascimento do primeiro filho, o costume era oferecer pequenos animais em sacrifício (prescrição para uma família pobre) e agradecer a Deus. No meio da confusão do Templo com toda sua grandeza e esplendor, somente um casal de idosos percebeu que diante deles estava se cumprindo todas as profecias.

O casal de idosos no Templo está na mesma linha de outros personagens que compõem o Natal de Jesus como: os pastores (gente sem crédito e quase sem religião), o casal de idosos (Simão e Ana) que nada mais podiam oferecer para aquela instituição religiosa e depois, serão os magos do Oriente, também pessoas fora do mundo religioso da época que se deixavam guiar somente por seus conhecimentos e sonhos.

Os idosos Simeão e Ana fazem o que a religião daquele tempo não teve a sensibilidade de fazer: bendizem a Deus e abençoam o Menino Deus e seus pais. Os idosos estavam fora das funções oficiais da religião da época, mas fazem o que os sacerdotes deveriam ter feito. Mais uma vez, vemos que Deus faz o espetacular acontecer mas com as pessoas mais simples e os últimos, vemos uma religião que acontece na periferia da religião oficial.

Aprendemos com a Palavra de Deus que o Matrimônio é tão sagrado quanto o sacerdócio. A família é o lugar onde se aprende o primeiro e o mais belo nome de Deus: que Deus é amor. Na família é que se ensina a arte de viver; a arte de doar e receber amor.

Se em uma família falta este amor profundo que é capaz de superar tudo e todos os obstáculos, se falta a convicção que realmente Deus é conosco... a família sempre viverá uma profunda ausência que nenhuma coisa material será capaz de preencher. Os casais podem ter muitas coisas deste mundo, mas nada será maior que Deus e o seu amor entre eles.

Aprendemos com a família de Nazaré, que enfrentou constantes desafios, eles encontraram uma força especial mesmo sem ter tudo certo e seguro na vida; Mas, eles tinham a certeza de que não estavam sozinhos!

Não existe família perfeita, sem problemas, sem desafios, sem medos e receios diante dos obstáculos... Nem a família de Nazaré tinha tudo sob controle; nem estavam sempre seguros sobre o que tinham que fazer. Deus não aliviou os desafios (com um passe de mágica), mas procurou indicar sempre a melhor saída e estrada a ser percorrida.

Um dos males dentro de uma família é a sensação que eles estão vivendo sob o mesmo teto, mas não estão juntos; não vivem o mesmo sonho; o amor em gestos e palavras não existe mais... Em muitos casos, as famílias têm muitas coisas materiais, mas vazias de coisas espirituais. São pessoas estranhas que só trocam algumas coisas entre si: alimento, serviços, intimidade etc. Nunca deixe que as pessoas que você ama se sintam sozinhas em sua casa!

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Dom Majella, arcebispo de Pouso Alegre, publica transferências no clero para o ano de 2024.

Para o ano de 2024 o arcebispo, Dom Majella, atendendo a necessidade pastoral das paróquias realizou algumas transferências. Segue abaixo, na íntegra, a comunicação oficial:

 

Prezados irmãos sacerdotes, diáconos permanentes, seminaristas, religiosos e religiosas consagrados, lideranças leigas e amados arquidiocesanos.

Saudações de paz!

Diante das necessidades que surgem, tivemos de fazer algumas mudanças de párocos das nossas paróquias e acolher o seminarista que concluiu os estudos teológicos na FACAPA para o Estágio pastoral numa de nossas paróquias.

Considerando o processo sinodal que estamos vivenciando na Arquidiocese, lembro aos novos párocos que a tarefa continua como espaço de discernimento sobre como é possível continuar a caminhar juntos, sem desaparecer ou fragmentar a diversidade. O caminho sinodal busca favorecer o encontro entre os fiéis e entre as comunidades eclesiais e paróquias que desejam colocar-se à escuta da voz do Espírito Santo para responder ao seu chamado e reforçar assim o impulso para a missão.

Com o término das obras de construção do “Residencial Mons. Júlio Perlatto” e mesmo a casa ainda estando semimobiliada, pensamos por bem iniciar o uso deste imóvel, como casa de acolhida, patrimônio da Arquidiocese. Com o objetivo de administrar as questões referentes à manutenção da casa, integrar o bem estar e fortalecer a fraternidade entre os residentes, criamos a figura do “administrador” desta residência. A função deste serviço está em construção e será acompanhada por mim e pela coordenação da Pastoral Presbiteral. Convido a todos a fazer-se próximos desta casa para compartilharmos juntos “a comunhão da mesa”, já que nossas vidas se nutrem da Vida, e da vida compartilhada. Vamos sentar-se à mesa com o nosso irmão presbítero, no “Residencial Mons. Júlio Perlatto”.

Colocamos na lista das transferências apenas o que houve de alteração nas paróquias, distribuídas conforme o Setor Pastoral. Os padres e seminaristas devem estar em suas novas paróquias no dia 5 de fevereiro.

Garanto-lhes a minha oração e concedo-lhes de coração a bênção.

 

Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R.

Arcebispo Metropolitano de Pouso Alegre

 

Transferências nas paróquias

Setor Pastoral Mogi

1.Con. Cláudio Antônio Braz - Pároco
Paróquia São Geraldo Magela – Inconfidentes – MG.

2. Pe. Eduardo Rodrigues da Silva - Pároco
Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Tocos do Mogi – MG.

3. Sem. Valter Virgínio Pereira (Diácono em 03/02/2024)
Paróquia Nossa Senhora do Carmo – Borda da Mata – MG.

 

Setor Pastoral Mandu

1. Pe. Samuel de Faria Gâmbaro - Pároco
Pe. Francisco José da Silva – Vigário paroquial
Paróquia São José do Pântano – Distrito do Pântano – Pouso Alegre – MG.

2 . Heraldo José dos Reis – Vigário paroquial
Paróquia São Cristóvão – Pouso Alegre – MG.

3. Dioni Acácio da Silva (Diácono em 03/02/2024)
Paróquia Nossa Senhora de Fátima – Pouso Alegre – MG.

 

Setor Pastoral Mantiqueira

1. Pe. Douglas A. Marques R. Santos - Pároco
Paróquia São Benedito – Itajubá – MG.

2. Pe. Samuel Araújo Ferreira - Pároco
Paróquia Santo Antônio – Piranguçu – MG

3. Pe. Paulo Adolfo Simões - Pároco
Paróquia Santa Isabel – Piranguinho – MG.

4. Seminarista estagiário: João Pedro Bastos Cardoso
Paróquia Nossa Senhora de Lourdes – Maria da Fé – MG.

 

Setor Pastoral Fernão Dias

  1. Sem. Tainan Francisco de Paula – (Diácono em 03/02/2024)
    Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Estiva – MG

 

Residencial Mons. Júlio Perlatto – “Casa do Clero” – Pouso Alegre – MG.

  1. Heraldo José dos Reis – residente e coordenador
  2. Paulo Vieira Âmbar- residente
  3. Narcizo Pires Franco – residente

 

Diocese de Hildesheim – Alemanha

Pe. Thiago Raymundo de Oliveira (Estudos de doutorado e missão com os povos de língua espanhola).

 

Diocese de Araçuaí – MG.

  1. Sem. Silvio Massaro Taveira (experiência missionária por 6 meses)

 

Pouso Alegre, 26 de dezembro de 2023.

Decreto: PC-CH 111/2023


Dom Majella emite mensagem de Natal

O arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado – C.Ss.R., divulgou na tarde desta sexta-feira (22), a sua mensagem para o Natal deste ano.

"Chegamos neste Natal de 2023 com o coração agradecido porque vivemos o processo de ser igreja sinodal, com a realização nos Setores de Pastoral da segunda etapa do Primeiro sínodo da Arquidiocese de Pouso Alegre. Uma igreja em movimento, capaz de sonhar novos caminhos ao serviço do Evangelho, de caminhar sustentada por uma esperança que a impele a mudar e a ser fermento de mudança no mundo, de escutar, sobretudo os jovens, as famílias, os desvalidos e sofredores, os pobres, uma igreja que não tem medo de mudar. O Sínodo está nos convidando a sair do conformismo do "sempre se fez assim", avaliando a oportunidade de relançar a uma nova pastoral, a uma nova caminhada missionária".

Leia a mensagem completa clicando aqui