#Reflexão: Sexta-feira Santa (15 de abril)

A Igreja celebra no dia 15 a Sexta-feira Santa, a Paixão do Senhor. Reflita e reze com a sua liturgia.

1ª Leitura – Is 52,13 - 53,12

Salmo – Sl 30,2.6.12-13.15-16.17.25 (R.Lc 23,46)

2ª Leitura – Hb 4,14-16; 5,7-9

Evangelho – Jo 18,1-19,42

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SEXTA-FEIRA SANTA

A celebração da Sexta-feira Santa inicia em um grande silêncio e interiorização. A morte de qualquer pessoa provoca em nós uma grande pausa na nossa existência: como estou levando a minha vida? Para onde caminhamos todos? Qual será o nosso destino após a nossa vida neste mundo? Jesus escolhe passar por este caminho para nos garantir que, se as perguntas são tantas, Ele nos dá uma resposta colocando a sua própria vida como garantia.

Os últimos momentos de Jesus têm início com a traição de um amigo. Judas surge com outras pessoas. Eles chegam com tochas e lanternas, pois precisam de luz artificial na escuridão que escolheram. Judas encabeça o grupo. Ele só tem trevas ao seu lado. Judas fugiu na noite da Ceia para reaparecer ao lado de Jesus na escuridão da noite. Judas chega à frente de todos. Agora, ele é mestre de sua própria história e senhor de seu destino. Pensa ter o controle de tudo e ele deve “mostrar” Jesus aos guardas. Ele sabia onde oferecer a oportunidade para prender Jesus. Guiava outros nas trevas para tentar apagar a Luz do seu Mestre. O apóstolo traidor vem com guardas para tentar surpreender Jesus, mas tudo está nas mãos de Cristo.

É Jesus quem sai e vai ao encontro do seu discípulo. Cristo sabia o que estava acontecendo. Nada o surpreende. Jesus é quem pergunta e desarma a todos, inclusive Judas. O traidor está envolvido pela noite: é “mais um”, como os soldados, e não mais um com os apóstolos. Ele perdeu a sua identidade na escuridão.

Entretanto, Jesus lhe oferece a oportunidade de redescobrir seu Mestre e sair das trevas em que se encontrava. Não se ouve a voz de Judas, mas de todos, como um só grupo. Todos sabiam quem procurar: “Jesus de Nazaré”, um homem que veio da Galileia, da cidade de Nazaré. Porém, a reposta que escutam é algo profundo! Jesus lhes responde: “Eu Sou”. Essa é uma forma conhecida no AT que recorda o nome de Deus. Jesus não se apresenta como uma pessoa, mas como o próprio Deus. Eles caem por terra, assustados. João reforça que “Judas estava com eles”.

Todo mal que vem ao encontro de Jesus cai por terra. O diálogo persiste com as mesmas perguntas e as mesmas respostas. Eles não recuam e Jesus, também. No entanto, Pedro procura defender Jesus do seu modo. Com soluções deste mundo, com espada e violência, quer resolver tudo. Assim, ele se igualaria aos servos da noite: com espadas e ódio. Jesus toma o controle de tudo. Nada lhe é roubado. Ninguém vai mudar o que já estava decidido entre Jesus e Deus Pai.

Ouvimos a sucessão de pessoas que, em nome de Deus, proferem a condenação de Jesus simplesmente porque Ele tinha se tornado um “problema”. Para uma religião cheia de exclusão e divisões, alguém que se apresenta com discurso de amor e misericórdia, cria medo e insegurança. É o efeito da luz nas trevas!

Eles já tinham decidido o destino de morte de Jesus. Bastava colocá-lo em prática. Ele não foge da verdade sobre sua identidade. Eles se escondem atrás de mentiras. Jesus torna claro a religião deles: do interesse e da ganância. Jesus era um risco e precisavam acusá-lo diante de Roma. Mesmo diante da bofetada por dizer a verdade, Ele mostra a outra face: “Se falei mal, me diga onde errei, mas se falei bem, por que me bate?” O bem não retruca, mas dialoga!

Pedro se sente desorientado. Esperava uma revolução e já estava preparado com sua espada, mas vê Seu Mestre dialogar com as autoridades e não os destruir com um simples gesto. Acompanha Jesus de longe. Torna-se mais um que vê Jesus como alguém estranho e sem expressão.

Pilatos era a autoridade máxima naquele lugar. Os sacerdotes precisavam manipular o governador para condenar Jesus. Entretanto, no diálogo com Jesus, constata sua inocência, não vê crime, mas simples questões religiosas. Os judeus não queriam condenar à morte ninguém que ganhara a simpatia do povo. Roma poderia matar qualquer um sem riscos. Quanto mais Pilatos conversava com Jesus, mais a verdade sobre ele aparecia: era inocente!

O que é a verdade? Qual verdade seguir? Aquela que Pilatos mesmo constatou (Jesus é inocente) ou aquilo que os outros acusavam sobre Jesus? Quem vive na justiça não teria dificuldade na escolha, mas Pilatos não queria problemas.

Mateus (27,24) nos diz que Pilatos lava em uma bacia suas mãos, procurando se colocar distante e inocente do destino de Jesus. Porém, já era tarde: ele está completamente envolvido. Ele poderia fazer o bem, mas estava decido pelo mal. Na Última e primeira Ceia, Jesus, com outra bacia, lava os pés se comprometendo com todos. Pilatos concede a todos o direito de decidir sobre a vida de Jesus. Deveriam escolher entre Barrabás e Jesus. Por fim, depois, escolhem também a César como rei de todos. Demonstram lealdade à estrutura de morte que representava Roma.

Segue o silêncio de Jesus diante das humilhações, ofensas e agressões. Não há ninguém próximo de Jesus. Depois, tudo tem seu ponto máximo no alto da cruz, no monte Calvário. Jesus é crucificado entre dois ladrões. Todo esse horror não espanta a presença de sua mãe. Ela está lá, em pé, com algumas mulheres. Um momento de desencontro e despedida. O olhar amoroso da mãe Maria ajuda seu Filho a ir até o fim, cumprindo a sua missão. Nem um dos dois pretende algo para si naquele momento, mas é Jesus quem nos entrega sua mãe. Pensa nela com um dom precioso, doado, como será depois seu Espírito e Seu Sangue. Era preciso passar pela morte vazio e leve de si mesmo!

Jesus ensinara que quando Ele fosse levantado, atrairia todos a Ele. Porém, o que poderia nos aproximar da Cruz? O sofrimento, a dor, a angústia de um agonizante? Nela, haveria milagre e prodígios? O puro amor, extraído (tirado) de onde o mais profundo do divino mergulha na mais genuína realidade humana. Isso acontece na morte de Jesus. Nela, está o pleno humano envolvido com o amor divino.

A morte na cruz era algo horrível e nada nobre. Os homens de Deus morreram por apedrejamento ou decapitado (João Batista). Morrer na cruz simbolizava que nem o céu e nem a terra querem o corpo. A família nem reclamava o corpo do condenado.

Na cruz, Jesus morre esvaziado de si. O mais pobre dos pobres: tudo que tinha consigo, doou generosamente por toda a humanidade. Leva consigo a única arma para vencer a morte: seu amor pelo Pai e por todos nós! Jesus na Cruz foi tentado pelo povo, sacerdotes e o “mal” ladrão: “Salve a ti mesmo e desce da Cruz”. Qualquer pessoa que tivesse alguma categoria de poder, teria descido da Cruz, somente Deus foi até o fim. Jesus não se salva para salvar a todos!

Deus escolheu enfrentar a morte, porque para ela vai todo ser humano. É o destino certo que era somente para nós mortais. Com Jesus, a morte não é mais território da incerteza, mas da Luz do Amor Eterno de Deus! Com a morte de Jesus na Cruz, aprendemos o sentido puro e perfeito do Amor. Um Deus que desce no mais profundo da realidade humana, onde impera a solidão e os temores, para nos dizer que nos ama até a morte... Além da morte!

A morte de Jesus na cruz é chamada por São João de “hora da glória”. Lá, onde não há mais nada da criatura, lá, Deus se faz pleno no seu amor. Se a morte é o apagar da luz para o ser humano, nela, Jesus acendeu a luz eterna do seu amor. Agora, também essa estrada, única da criatura, está iluminada. Podemos atravessá-la sem temor. Isso não é um milagre extraordinário e estupendo, mas o amor que vence a morte. Amar (um milagre!) nós também podemos fazer.

Jesus não nos salva DA CRUZ, MAS NA CRUZ. Ele não nos protege do sofrimento, mas, NO SOFRIMENTO. Ele não nos livra da dor, mas nos livra NA DOR. Assim, Jesus nos garante que JAMAIS estaremos abandonados ou sozinhos em nossa realidade humana! As últimas palavras não pertencem nem ao sepulcro e nem às lágrimas de um futuro incerto, mas à certeza da vida eterna!

Na cruz, jorra uma água nova que se une ao sangue já celebrado na Ceia. A nova comunhão com Deus não será mais com sangue de animais, mas na cruz, no lado aberto de Jesus. Nele, nascemos como filhos e filhas de Deus. É o AMOR de Jesus que nos salva e não o seu sofrimento! Deus não quer a cruz, mas vida e alegria para todo ser humano! A cruz une todos ao céu. Ela traça um sinal eterno que une a terra a Deus; o ser humano à eternidade. Escolher terminar seus dias na Cruz, enfrentando a morte, sustentando a verdade até o final, é a vingança do Amor, que paga o mal com o bem.

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#Reflexão: Quinta-feira Santa (14 de abril)

A Igreja, nesta quinta-feira (14), celebra a Quinta-feira Santa, a Ceia do Senhor. Reflita e reze com a sua liturgia.

1ª Leitura – Ex 12,1-8.11-14

Salmo – Sl 115,12-13.15-16bc.17-18 (R.cf.1Cor 10,16)

2ª Leitura – 1Cor 11,23-26

Evangelho – Jo 13,1-15

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QUINTA-FEIRA SANTA

A celebração da Quinta-feira Santa tem sua raiz no momento mais significativo para o povo de Deus: a Páscoa. Ainda em terras egípcias, Moisés e o povo, reunidos em família, em torno da mesa do dia a dia, celebram a “passagem”, a “saída” daquele país que se transformou em terra da escravidão (1ª leitura). Tudo é feito de uma forma a simbolizar uma saída alegre: o cordeiro preparado com atenção; pão sem fermento; os calçados e o cajado para expressar desejo de deixar tudo para trás e sair ao encontro do sonho da Terra Prometida.

Celebrar a Páscoa para o judeu era lembrar a passagem da terra do Egito à terra de Canaã, prometida ao seu povo.Passagem” é o sentido profundo que Jesus procurou dar a última refeição com seus discípulos. Na Páscoa dos judeus, o animal era sacrificado no pátio do Templo e o seu sangue, derramado no altar. Depois, as partes do animal eram levadas e consumidas em família. Foi, nesse ambiente familiar, que tudo teve início.

Os evangelistas Mt, Mc, Lc e Paulo (1Cor) nos contam que durante a refeição da Ceia Judaica, Jesus criou a Eucaristia. Sem sangue de animais e sem sacrifícios, mas o seu próprio Corpo e Sangue. Animal nenhum tem condições de estabelecer uma aliança eterna e definitiva. A Ceia Eucarística antecipa a Cruz de Jesus. A Eucaristia não é um símbolo que recorda algo sobre a vida de Jesus. Ele mesmo diz que “É” o seu Corpo e “É” o seu Sangue. Celebrar a Nova Ceia do Senhor é recebê-Lo por inteiro em toda sua presença divina.

A Eucaristia não é lembrança do passado, mas memória. Em cada missa, Jesus é sempre atual e presente. Celebramos, assim, toda sua vida e seu projeto de Salvação em nossa vida. Eucaristia é compromisso com Jesus e o Seu Reino. A Eucaristia não é ato mágico que a pessoa precisa receber para acontecer algo, mas alimento espiritual para aquele que está inserido em Cristo Jesus e está em caminhado como discípulo. A Comunhão profunda que significa a Eucaristia deve ser antecipada com uma Vida de Comunhão em Cristo. Alimento-me para continuar caminhando.

A Eucaristia não tem data de validade. O seu efeito é sempre atual, pois a nossa comunhão com Jesus deve acontecer também na nossa vida com nossos irmãos. Encontramos Cristo de modo único e insubstituível na Eucaristia, mas também na vida de comunhão com os irmãos, na Palavra de Deus e na caridade.

Com a Santa Eucaristia, lembramo-nos também daqueles que têm a missão de oferecer os Sacramentos ao povo de Deus: os sacerdotes. Não são pessoas diferentes de qualquer outra pessoa, mas são chamados a uma vida diferente em uma consagração especial para servir sempre. O sacerdote é alguém tirado do povo e devolvido ao povo como pertencente a Deus através de uma especial consagração (além daquelas do Batismo e Crisma). A missão do padre deve ser oferecer caminhos para a comunhão com Deus, principalmente, através do exemplo e dos Sacramentos. Ele deixa sua casa e familiares para se tornar de todos e em todos os lugares. O serviço especial do padre acontece, principalmente, em uma paróquia e uma diocese.

A Eucaristia inspira os discípulos de Jesus (sacerdotes e povo) a uma vida de missão. Ela é Pão Celestial que devemos viver no nosso dia a dia como sinal de Deus. Recebemos Jesus para nos transformarmos em representantes de Cristo. O que melhor pode expressar a Eucaristia — o próprio Cristo presente — é o Sacramento do Mandamento Novo: “Amai-vos uns aos outros”. Somente quem descobriu Jesus como Amor Eterno de Deus por nós consegue viver a profundidade que Eucaristia significa. É Amor que transforma tudo, até a morte.

Amar o próximo não é um sentimento ou um desejo carinhoso por alguém. Jesus nos deu o exemplo como sendo uma abertura de vida, em que cada pessoa tem valor, é importante, é presença de Deus. Ama-se Deus em cada pessoa! O Amor de Jesus, que somos chamados a praticar, não tem preconceito: quer sempre o bem de todos; busca a paz e se alegra com a justiça (São Paulo).

Entendemos melhor o que é a Eucaristia, o sacerdócio e o Mandamento Novo com o próprio exemplo de Jesus nesta noite especial: o Lava-pés, o gesto profundo deixado por Jesus para nós como exigência para sermos discípulos Dele. O evangelista São João diz que tudo estava em completa sintonia: Jesus, com sua hora que chegou; com o Pai, que o amava sempre; com todos e até mesmo com Judas, cheio do mal e da traição. Jesus tinha consciência de tudo!

Sua atitude não foi um gesto de desespero, de apelação ou uma encenação, Jesus nunca precisou disso! É um gesto de alguém que é livre, que não regula sua vida pela vida do outro e que não se molda naquilo que é conveniente e lucrativo. Diante de tudo que iria acontecer e já estava definido no coração de Judas, dos discípulos e dos religiosos da época, Jesus, livremente, nos deixa o exemplo. Tudo estava em suas mãos. Ele podia escolher o que quisesse.

Jesus escolhe deixar o seu último exemplo. Ele se “levanta da mesa”, ninguém o força ou se sente obrigado. “Tira seu manto”: era aquilo que alguém tinha para se proteger durante a noite e o frio, única “riqueza” do pobre. “Pega uma toalha e amarra-a na cintura”: ter a cintura amarrada era sinal de prontidão para o serviço, mas Jesus tem uma toalha, algo usado pelos servos em uma casa. “Ele derrama água na bacia”: serviço feito pelos servos em uma família de pessoas ricas e importantes. Os outros são mais importantes que aquele que está limpando e lavam os pés. O servo é visto como inferior e sem importância.

Jesus se dobra diante de todos. Todos são iguais aos olhos do servo. Todos precisam ser lavados e limpos. Jesus não trata ninguém diferente, pois seus olhos estão — como os servos — voltados para os pés. Foi um gesto radical demais para os discípulos! Jesus tinha se tornado alguém muito especial e importante para eles. Alguém que dobraria todos que quisessem aos seus pés: homens e demônios. Porém, agora, está aos pés de todos, como um simples servo. Ninguém esperava e entendeu o que Jesus fizera.

Naqueles dias últimos de Jesus em Jerusalém, eles esperavam grandes confrontos e até batalhas. Disputas de força entre Jesus (que abranda até um mar agitado) e as forças humanas deste mundo. Entretanto, Jesus estava aos seus pés. Pedro foi o primeiro a se rebelar, pois enxergava o serviço como humilhação. Tratar os outros como melhores era uma fraqueza... Ele estava distante de seu Mestre. Jesus não o condena, mas alerta que ele terá que fazer o mesmo para ter parte com Ele, se realmente o tem como Mestre. Jesus faz a sua parte, mas nem todos estão limpos.

Jesus tenta alcançar o seu discípulo Judas se aproximando não com poder, mas como servo que lava e purifica. Porém, o problema é que o coração do apóstolo traidor estava fechado para Jesus, seu projeto de amor e novo Reino. Judas representa aqueles que insistem com os projetos deste mundo, de ódio e violência. Jesus sabia o impacto do que Ele acabara de realizar. Todos não entendem como não entenderiam o final de Jesus na Cruz. As palavras de Cristo completam tudo: Ele, que é Mestre e Senhor, lavou os pés de todos. Todos devem fazer o mesmo. Inclinar-se para servir é condição para ser discípulo de Jesus. Serviço sem preconceito é sinal da presença de Cristo.

Lavar os pés uns dos outros é, para Jesus, a forma de “amar uns aos outros”. É viver a Eucaristia em gesto e força. É transformar tudo como um sacerdócio: serviço constante, sempre querendo o bem do próximo. Como os apóstolos, muitos ainda não entendem que ajudar o próximo é a melhor forma de vivermos no dia a dia a nossa Eucaristia e o novo Mandamento do Amor. É colocar-se como servo de todos e encontrar Jesus aos pés de cada pessoa.

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Governador Romeu Zema visita rádio Difusora HD

Hoje (12), Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, visitou os estúdios da rádio Difusora HD, em Pouso Alegre (MG), pertencente à Rede Diocesana de Rádio. Padre Omar Aparecido Siqueira, diretor da rádio, acompanhou o governador.

O governador concedeu entrevista ao jornalista Jefferson Machado, da rádio Difusora HD, sobre reajuste no salário do funcionalismo público; a MG 260; o transporte público intermunicipal e o desenvolvimento no Sul de Minas.

Após a entrevista, o governador foi recebido pelo padre Omar Aparecido Siqueira, diretor da Rede Diocesana de Rádio, e funcionários da rádio.

Padre Omar Aparecido Siqueira e governador Romeu Zema (Novo), nos estúdios da rádio Difusora HD, em Pouso Alegre, no dia 12 de abril de 2022.

A Rede Diocesana de Rádio tem como mantenedora a Fundação São José do Paraíso, ligada à arquidiocese de Pouso Alegre. Fazem parte dessa rede as rádios Difusora HD e Paraisópolis. A rádio Paraisópolis tem seus estúdios em Paraisópolis (MG) e, diretor, o padre Sebastião Márcio Maciel.

A rádio Difusora HD foi adquirida por dom João Bergese, em 1993, então arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, para ser o meio de comunicação e evangelização da arquidiocese.

Desde 5 de outubro de 2020, a rádio Difusora HD foi migrada de AM para FM e opera na frequência 94,5 FM. Na gestão do padre Omar Aparecido Siqueira, a rádio foi modernizada e sua abrangência ampliada. Ela está presente em mais de 100 cidades, alcançando de mais de 2 milhões de pessoas. Além disso, a rádio está presente na internet, com portal exclusivo https://difusorahd.com/, e nas redes sociais.

 

Com informações e imagens de difusorahd.com.


Dom Majella e membros da Pastoral Carcerária visitam presos

Por ocasião da celebração da Páscoa, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano de Pouso Alegre (MG), padres e cristãos leigos da Pastoral Carcerária visitam presos neste mês de abril.

Foram visitados presos nos presídios de Pouso Alegre, Santa Rita do Sapucaí (MG), Itajubá (MG) e Andradas (MG). Além disso, apenados pertencentes à Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), em Pouso Alegre, também foram visitados pela Pastoral Carcerária.

Nas visitas aos presos, o arcebispo foi acompanhado pelos padres Edson Aparecido da Silva, assessor espiritual da Pastoral da Carcerária, Sebastião Márcio Maciel e Nelson Ribeiro de Andrade, MSC. Além deles, houve a participação dos cristãos leigos da Pastoral Carcerária: Manoel Messias Félix, coordenador diocesano dessa pastoral, Clarice, Kleber, Fátima e Elizabete (Pouso Alegre); Dênis e Maria Bernadete (Santa Rita do Sapucaí); Célia, Maria de Lourdes, Lúcia, Edson e Márcio (Itajubá); Maria e Amarildo (Andradas).

Dom Majella, Messias Félix, padre Sebastião e Maria Bernadete visitam presos em Santa Rita do Sapucaí, no dia 8 de abril de 2022.

As visitas foram as primeiras realizadas desde o início da pandemia, em março de 2020. As atividades da Pastoral Carcerária ficaram suspensas durante o período de quarentena e estão sendo retomadas, neste mês de abril, com a flexibilização das medidas de proteção contra o COVID-19.

Para dom Majella, “olhando para a realidade dos presídios, com a perspectiva do Sínodo Arquidiocesano, é preciso questionar: como levar o caminho sinodal para os encarcerados? Como escutar a voz deles? Esses questionamentos são importantes para a Igreja e a Pastoral Carcerária. Desejo que o Espírito Santo fale atrás das grades. Esse é um desafio para o nosso Sínodo que vamos abrir na próxima Quinta-feira Santa, 14 de abril”.

Com informações e imagens da Pastoral Carcerária/Arquidiocese de Pouso Alegre.

A imagem destacada da notícia traz dom Majella com membros da Pastoral Carcerária na APAC, em Pouso Alegre, no dia 4 de abril de 2022.

 


Diácono Felipe é ordenado padre em Maria da Fé

A arquidiocese de Pouso Alegre (MG) acolheu em seu presbitério, na manhã de hoje (2), o padre Felipe Mateus da Silva.

A ordenação presbiteral do padre Felipe Mateus da Silva foi realizada hoje (2), às 9h30, na igreja matriz Nossa Senhora de Lourdes, em Maria da Fé (MG). A cerimônia foi presidida pelo arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., e concelebrada por padres representantes dos setores pastorais  e de outras dioceses. Houve também a participação de seminaristas, familiares e amigos do neossacerdote.

Diácono Felipe com seus pais José Ivo e Maria Aparecida no início da celebração de sua ordenação presbiteral.

O lema escolhido para seu ministério presbiteral foi “Esperando contra toda esperança" (Rm 4, 18).

Os padres Cláudio Antônio Braz e Marcos Vinícius da Silva foram seus padrinhos eclesiásticos.

Nasceu em Maria da Fé, no dia 3 de fevereiro de 1988. É filho de José Ivo da Silva e de Maria Aparecida Ribeiro da Silva. Em sua paróquia de origem, colaborou no ministério de acólitos e coroinhas, na catequese e no ministério extraordinário da Sagrada Comunhão e atuou também, voluntariamente, como sacristão. Ingressou no seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora, em Pouso Alegre, no ano de 2009. Exerceu seu trabalho pastoral aos finais de semana nas paróquias: São Francisco de Paula e Nossa Senhora de Fátima, em Ouro Fino (2010 e 2011); São Francisco de Paula, em Poço Fundo (2014); Santa Quitéria e São João Batista, em Ipuiuna (2015); São José, no distrito de São José do Pantâno, município de Pouso Alegre (2016), e Nossa Senhora do Patrocínio, em Caldas (2017). Trabalhou nas pastorais da Criança (2011 a 2016), Social (2015) e Vocacional (2018 e 2019), além de auxiliar na assistência religiosa à APAC (2015).

Concluídos os seus estudos filosóficos (2015) e teológicos (2019), foi designado para exercer o seu estágio pastoral na paróquia São Cristóvão e São Benedito, em Extrema (2020). Em março de 2021, foi designado para exercer o seu estágio na paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, em Caldas, onde também exerceu o seu ministério diaconal. Nessa paróquia, ele continuará, a partir de agora, como vigário paroquial.

Dom Majella reza a prece de ordenação.

Em sua homilia, dom Majella falou sobre a missão do sacerdote como o homem da esperança, chamado a intensificar ao máximo a sua confiança em Cristo. "Nada é capaz de desanimar a vida de um servo Dele", disse o arcebispo.

Fieis acompanham a celebração da ordenação.

A primeira missa do padre Felipe Mateus será amanhã (3) às 10 horas, na Igreja Matriz Nossa Senhora de Lourdes, em Maria da Fé, onde foi ordenado presbítero.

O neossacerdote, padre Felipe Mateus, com dom Majella, seus pais e seu irmão, padre Marcos Vinícius.

Imagens: Coisas do interior (Cláudia Couto)

A imagem destacada da notícia traz o diácono Felipe Mateus prostrado em frente ao altar no momento da ladainha dos santos em sua ordenação presbiteral. 


Dom Majella convoca fiéis para o 1º Sínodo Arquidiocesano

No dia da solenidade da Anunciação do Senhor, 25 de março, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, assinou convocação dos fiéis, religiosos e clérigos da arquidiocese para o 1º Sínodo Arquidiocesano. O evento sinodal será iniciado dia 14 de abril, Quinta-feira Santa, na catedral metropolitana, em Pouso Alegre.

 

A chancelaria arquidiocesana, por meio de seu chanceler, padre Jésus Andrade Guimarães, apresentou, hoje (31), ao clero, religiosos e todos os fiéis da arquidiocese convocação do arcebispo para o 1º Sínodo Arquidiocesano.

Leia na íntegra o texto da convocação.

Para a convocação, dom Majella considerou a importância da sinodalidade como um modo específico de viver e operar do Povo de Deus e uma dimensão constitutiva da Igreja. Considerou também as 9 assembleias arquidiocesanas de pastoral, ocorridas de 1977 a 2016. O arcebispo destacou como inédito o trabalho de escuta do Povo de Deus, realizado na arquidiocese por ocasião da Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe, em 2021.

Além disso, para convocar o 1º Sínodo Arquidiocesano, ele ressaltou a importância da pesquisa sociorreligiosa feita na arquidiocese nos últimos anos; o Sínodo dos Bispos 2021-2023; os 120 anos da criação da diocese (2020); os 60 anos de instalação da arquidiocese (a serem celebrados no dia 23 de setembro de 2022) e a criação da sede arquiepiscopal no dia 14 de abril de 1962.

Dom Majella fala a membros do clero arquidiocesano, no dia 8 de março de 2022. Foto: Márcio Aurélio Gonçalves Junior.

O arcebispo, em sua convocação, manifestou que o sínodo arquidiocesano se dará diante da necessidade de empreender uma conversão pastoral e renovação missionária nas comunidades eclesiais.

Dom Majella convocou para o 1º Sínodo Arquidiocesano os membros do clero, diáconos, religiosos e religiosas e cristãos leigos e leigas pertencentes à arquidiocese. Além disso, ele convidou a participar do sínodo as pessoas de boa vontade e membros de outras confissões cristãs e não cristãs.

O início do sínodo será no dia 14 de abril deste ano, Quinta-feira Santa, na Missa da Unidade e bênção dos Santos Óleos, na catedral metropolitana, em Pouso Alegre. O encerramento está previsto para o dia 17 de abril de 2025, Quinta-feira Santa.

Dom Majella faz homilia na missa do dia 8 de novembro de 2021, na catedral metropolitana, com a participação de membros do cabido.
Foto: Divulgação/Pascom/Catedral Bom Jesus.

Todos os membros das comunidades, pastorais e movimentos das paróquias da arquidiocese são conclamados a participarem das atividades relacionadas ao sínodo. Além disso, são convidados a participarem membros das diversas organizações da sociedade civil e de Igrejas cristãs e não-cristãs dos municípios da arquidiocese para o estreitamento de laços de caridade e profícuo diálogo ecumênico e inter-religioso.

Participantes da reunião do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP), no dia 5 de fevereiro de 2022.
Foto: Lucimara/Coordenação Arquidiocesana de Pastoral.

Em 2022, acontecerão 8 encontros previstos para a Fase Paroquial do sínodo. Esses encontros terão como objetivo ouvir os membros do Povo de Deus e, neles, poderão participar os membros convocados e convidados.

Além disso, na convocação, dom Majella nomeou os membros das comissões sinodais:

Coordenação Executiva do Sínodo: pe. Dirlei Abercio da Rosa, pe. Eduardo Rodrigues da Silva e pe. Edson Aparecido da Silva;

Secretaria Executiva do Sínodo: pe. Mauro Ricardo de Freitas (1º secretário), pe. Tiago da Silva Vilela (2º secretário) e Dalva Rangel da Veiga Neri;

Comissão Teológica do Sínodo: pe. Dirlei Abercio da Rosa, pe. Adriano São João, Rita de Cássia Pereira Rezende e Giovanni Marques Santos;

Comissão de Comunicação: pe. Thiago de Oliveira Raymundo, pe. Júlio Cesar dos Santos Júnior e Alexandre Augusto Mendonça;

Comissão de Liturgia: pe. Marcos Roberto da Silva, Giovana Costa Carvalho, Ana Maria Palhão, Claudia Regina Shiota Ottoni, Luiz Guilherme Lima Felippe, Emerson Luís Wenceslau, Magali Alves da Cunha, Lucimara do Carmo Aparecido, Alexandre Elias de Carvalho, Antonio Carlos de Rezende e Luciano Romão Leite;

Comissão jurídico-canônica: pe. Clemildes Francisco Paiva, côn. Vonilton Augusto Ferreira, pe. Ronne Peterson de Faria Oliveira, Marco Aurélio de Oliveira Silvestre, Thaís Magalhães Vilela, Maristela Tenório Dionísio Casalechi, Cleres Antônia da Silva Souza e Carolina de Oliveira Lemes Santos.

Em seu texto, dom Majella apresentou as motivações que irão fazer parte das atividades sinodais. Ele pediu que o sínodo arquidiocesano seja uma oportunidade para sair das sombras da dor, da tristeza, do cansaço pastoral e do arrefecimento missionário. O arcebispo espera que o sínodo traga luzes e esperança para o tempo presente, marcado pela pandemia do COVID-19 e pelas tensões e conflitos internacionais.

Dom Majella e membros da Pastoral da Comunicação participam da primeira reunião presencial de pastoral, ocorrida durante a pandemia do COVID-19, no dia 6 de novembro de 2021, na cúria metropolitana. Foto: Cláudia Couto.

O arcebispo espera que o sínodo seja um verdadeiro encontro com Jesus Cristo e a sua Palavra para animar as comunidades eclesiais.

O texto de convocação de dom Majella deverá ser transcrito nos livros de tombo das paróquias e lido nas comunidades paroquiais no próximo domingo (3), 5º Domingo da Quaresma.

 

A imagem destacada da notícia traz dom Majella assinando documentos arquidiocesanos sobre a posse de novos párocos, no dia 9 de fevereiro de 2022. Autoria: Márcio Aurélio Gonçalves Junior.


Dom Majella participa de atividades da Comissão Episcopal para a Liturgia

Em Brasília (DF), de 29 a 31 de março, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, participa de atividades da Comissão Episcopal para a Liturgia, ligada à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

 

A Comissão Episcopal para Liturgia, ligada à CNBB, está reunida em Brasília, de 29 a 31 de março. Desde o início da pandemia do COVID-19, os membros dessa comissão se reuniram de modo virtual. Nestes dias, acontece o primeiro encontro presencial da comissão.

Ela é presidida por dom Edmar Peron, bispo de Paranaguá (PR). Seus bispos assessores são dom Carlos Verzeletti, bispo de Castanhal (PA), e dom Majella. São também assessores: padre Leonardo (assessor geral), padre Thiago Paro (espaço litúrgico) e o irmão Fernando Vieira (música litúrgica).

Na programação das atividades do encontro presencial da comissão, estão previstas reflexões sobre assuntos relacionados à liturgia da Igreja Católica no Brasil. Serão abordados temas sobre espaço litúrgico, música litúrgica, missal romano, calendário litúrgico, vinho litúrgico, subsídios litúrgicos, encontros nacionais de liturgia e atividades litúrgicas da próxima assembleia geral da CNBB.

Além da pauta de reflexões, os membros da comissão se dedicam a momentos celebrativos. Diariamente, acontecem entre eles celebrações da Eucaristia e da Liturgia das Horas.

A próxima reunião da comissão será durante a assembleia geral da CNBB, em Aparecida (SP), que ocorrerá no mês de agosto deste ano.

 

Informações e imagem: Divulgação/Comissão Episcopal para a Liturgia/CNBB.

 

A imagem destacada da notícia traz os membros da comissão: dom Edmar Peron, dom Carlos Verzeletti, dom José Luiz Majella Delgado, padre Leonardo, padre Thiago Paro e irmão Fernando Vieira.


#Reflexão: 5º Domingo da Quaresma (3 de abril)

A Igreja, neste domingo (3), celebra o 5º Domingo da Quaresma. Reflita e reze com a sua liturgia.

1ª Leitura – Is 43,16-21

Salmo – Sl 125,1-2ab.2cd-3.4-5.6 (R. 3)

2ª Leitura – Fl 3,8-14

Evangelho – Jo 8,1-11

Acesse aqui as leituras.

A MULHER ADÚLTERA E O PERDÃO DE JESUS

No Evangelho deste domingo, nos deparamos com mais uma cena que nos ajuda a entender quão grande é o nosso Deus e a sua misericórdia por cada um de nós. Os personagens não são figuras do passado, mas nos representam e nos ajudam a conhecer ainda mais a nossa fragilidade e a nossa pequenez diante de Deus.

São João evangelista nos informa, no início da história, o costume de Jesus de se retirar em oração. Rezar para Cristo era renovar seu amor pelo Pai e a vontade de Deus era o seu alimento especial. Em tudo que Cristo fazia, Ele deveria se revelar como realmente é o nosso Deus.

Domingo passado, Jesus contou uma história (parábola do Pai Misericordioso) para ilustrar como Deus Pai se comporta em relação aos nossos pecados e erros: nos perdoa incondicionalmente e sem exigências. Neste domingo, o próprio Jesus nos mostra - Ele mesmo - como é o amor misericordioso de Deus Pai.

Dentro do Templo, no local mais sagrado para os judeus, Jesus ensinava a multidão. Certamente, o interesse do povo por Jesus levava os fariseus e escribas (aqueles que eram os entendidos da Bíblia) a nutrirem cada vez mais ódio contra o Cristo. As pessoas preferiam escutar Jesus ao invés dos entendidos da Lei e representantes da religião. Assim, eles tramaram um modo de “desmascará-Lo” em Suas próprias palavras.

Os representantes da religião e da Lei (fariseus e escribas) trouxeram uma mulher que fora pega em flagrante adultério e a colocaram diante de Jesus em meio a todos. Depois, procuraram provocar Jesus a dar um veredito e confirmar o castigo que todos conheciam para aquele tipo de pecado. A mulher em questão é tratada com total desprezo pelas autoridades do Templo e da fé judaica. Foi arrastada e colocada diante de Cristo como se fosse um objeto ou animal. Ela é colocada onde querem e não diz nada. Em nenhum momento, ela teve chance de se justificar ou pedir perdão. Para ela, eles já tinham determinado um castigo e um fim. Não são pessoas da esperança, mas do juízo. Eles não se interessam pela vida, mas em usá-la para provocar mais morte.

São João lembra que o interesse deles era somente de “pegar” Jesus em suas palavras. Aqueles homens armaram uma situação em que Jesus não tivesse nenhuma escapatória. Para aqueles falsos religiosos, Jesus teria somente duas respostas e ambas terminariam por condená-Lo. Se Ele tivesse dito que não se deveria colocar em prática o castigo capital, eles teriam acusado Jesus de não observar a Lei. Se Jesus tive afirmado que não se deveria proceder com a execução da pena (lapidação), Ele, certamente, teria sido acusado de “falso profeta” que convive com os pecadores e que não conseguiria perdoar a ninguém.

Um bando de falsos! A Lei que eles afirmam conhecer e recordam diante de Jesus afirma que, de fato, uma mulher pega em adultério deveria ser condenada a morte, mas também o homem (cf. Lv 20,10 e Dt 22,22). Eles conduziram somente a mulher diante de Jesus. Porém, o homem adúltero, onde estava? Eles tramaram a situação pensando que Jesus iria cair em suas garras e palavras.

O evangelista João nos diz que Jesus se inclina diante da mulher e começa a escrever por terra. Tal gesto de Jesus desperta ainda hoje a imaginação de todos: o que Ele escreveu no chão? Interessante é que Cristo nunca escreveu nada e, na única vez que o fez, ninguém soube o que foi redigido. São Jerônimo sugeriu que Jesus teria escrito os pecados dos acusadores e as tantas vezes que tinham pecado. O que ele escreveu não é o mais importante, mas o seu gesto.

Foi proposto algo que “está escrito na Lei”. Jesus, diante da pecadora, se dobra e também escreve, mas não em um material que pode ficar para sempre. Ele escreve no chão. Os nossos pecados para Deus estão escritos na poeira da terra: basta um simples vento, uma brisa, e tudo desaparece. A brisa é o nosso gesto de arrependimento, nosso desejo de mudar de vida, como o filho pródigo que retornou a casa do pai, mesmo depois de tudo que combinara e mesmo sem remorso pelos seus erros, mas somente para buscar um local onde ter o que comer. Tal gesto do filho (voltar para a casa) foi suficiente para o pai sair correndo, se jogar sobre ele, abraçá-lo, lhe devolver a dignidade perdida, perdoá-lo com um beijo e, por fim, fazer uma festa.

Porém, os acusadores que trouxeram a mulher adúltera não tinham entendido o gesto de Jesus e queriam saber de seu julgamento e juízo sobre o fato ocorrido. Jesus se levanta. Do pó da terra, traz um juízo, não contra a mulher, mas contra todos. Não procura destruir a Lei, mas salvar a vida. Ele se posiciona não para condenar, mas para mostrar o quanto todos nós necessitamos da misericórdia de Deus e não do juízo e condenação dos outros.

“Quem não tiver pecado que atire a primeira pedra!”, respondeu Jesus. É um convite a avaliar primeiro a sua vida: a entrar em si, antes de olhar o próximo. E, novamente, se inclina diante da mulher e volta a escrever. Não somente os erros da mulher, mas os de todos que se sentem já santos precisam ser escritos na poeira da estrada e necessitam da brisa misericordiosa de Deus. São João nos diz que começaram a deixar o local, a começar pelos mais velhos do grupo de fariseus e escribas, também o povo e, provavelmente, até os discípulos.

A cena final é mágica e cheia de beleza! Jesus fica sozinho com a mulher e pode dialogar tranquilo com ela. Santo Agostinho diz que foi a “expressão máxima da miséria que se encontra com a plena misericórdia”. Jesus inicia chamando-a de “mulher”, não de adúltera ou pecadora. Ele não lhe fez nenhum discurso ou condenação, não lhe chamou atenção de nada. Ela que, desde o início permaneceu em silêncio, esperando o juízo de Jesus (pois dos falsos religiosos, ela já sabia qual era), com o gesto do silêncio, demonstra reconhecer o seu erro. Ela não procura se justificar, pois, no fundo, Jesus sabia os seus motivos e conhecia todas as suas falhas, como conhece todos os nossos erros. Cristo se dirigindo a ela, lhe chama de “Mulher”. O termo foi usado depreciativamente pelos fariseus e escribas para “despersonificá-la” e transformá-la em um “objeto” que não tem nome, nem direito, nem futuro e nem razão. Entretanto, “mulher”, na boca de Jesus, é especial. Ele usa o mesmo termo para se dirigir a sua própria mãe, duas vezes (cf. Jo 2,4; 19,26); no diálogo com a Samaritana (cf. Jo 4) e com Maria Madalena, após sua ressurreição (cf. Jo 20,13). Chamando, assim, Jesus lhe devolve a dignidade e lhe trata como pessoa.

Nosso Senhor lhe faz uma pergunta, quase estranha: “Onde estão aqueles que te acusavam?” Praticamente recorda que, desde o início, o ato de acusar não partiu de Deus e nunca foi do desejo de Deus, mas de pecadores que queriam condenar uma pecadora (como somos tão parecidos!). Nosso Senhor não lhe pediu nada e nem lhe impôs condições. Ele não ameaçou de nenhuma forma e suas últimas palavras não foram de exigências e castigo, mas foram palavras de perdão: “Nem eu te condeno!”. Para Jesus, o importante é o futuro: nova chance, nova possibilidade. Um pecado, por maior que seja, nunca pode ser maior que a misericórdia de Deus. Por isso, Jesus despede a mulher lhe pedindo o fundamental: não pecar novamente.

Espanta-nos um Deus que perdoa sem condição, que não condena e age sempre segundo a esperança que deposita na vida e em nossa vida. Para Jesus, o importante é o futuro, o que a pessoa pode ser e construir. Tudo o mais (passado e pecados) é como uma escritura em poeira. Jesus, antes, escrevera no chão com o dedo. No final, escreve no coração com suas palavras. Ele diz: “Vai...”. Esse termo nos recorda do envio dos discípulos, apóstolos e missionários. Também nós somos chamados a sermos “missionários da Misericórdia e do imenso amor de Deus” que sempre nos perdoa, sem colocar condições. É isso que nós devemos fazer entre nós!

Faça o download da reflexão em .pdf.


Padre Elton é apresentado como pároco

Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano, apresentou o padre Elton Cândido Ribeiro como o novo pároco da paróquia São Francisco e Santa Clara, em Pouso Alegre, no último domingo (27).

 

A apresentação do padre Elton a sua nova paróquia foi realizada na missa do 4º Domingo da Quaresma, presidida por dom Majella, no salão da igreja filial Nossa Senhora Aparecida, no bairro Faisqueira II, em Pouso Alegre.

Padre Elton proclama o evangelho do 4º Domingo da Quaresma, na missa em que foi apresentado como pároco.

Padre Elton tomou posse canônica do seu novo ofício no dia 9 de fevereiro deste ano, no seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora.

Leia mais: Posse canônica dos novos párocos (9 de fevereiro).

Na celebração, padre Elton recebeu símbolos relativos ao seu ofício das mãos de cristãos leigos da sua nova paróquia: as chaves da igreja matriz e do sacrário, os santos óleos e a estola. Além disso, dom Majella entregou ao novo pároco o livro dos Evangelhos, reforçando a sua missão de pregar a Palavra de Deus. Ao final da cerimônia litúrgica de posse, o arcebispo entregou ao padre Elton a sede paroquial (cadeira), simbolizando seu ofício como responsável pela paróquia.

Fiéis da paróquia São Francisco e Santa Clara apresentam símbolos ao padre Elton, relacionados ao ofício de pároco.

O arcebispo, ao meditar a Palavra de Deus, reforçou que o padre deve acolher a todos e ser próximo da comunidade. Dom Majella também pediu que os fiéis da paróquia São Francisco e Santa Clara acolham seu novo pároco, colaborando nas atividades pastorais. Além disso, ele solicitou que o padre e os cristãos leigos colaborem com a arquidiocese nas atividades do 1º Sínodo Arquidiocesano.

Dom Majella, na homilia do 4º Domingo da Quaresma.

Em breve, outras paróquias acolherão oficialmente seus novos padres com a presença do arcebispo: Nossa Senhora da Conceição, em Conceição dos Ouros (29 de abril, 19h, igreja matriz) e Nossa Senhora de Lourdes, em Maria da Fé (6 de maio, 19h, igreja matriz).

 

Imagens: Pastoral da Comunicação/Paróquia São Francisco e Santa Clara.

A imagem destacada da notícia traz padre Elton sendo oficialmente apresentado por dom Majella como pároco da paróquia São Francisco e Santa Clara, em Pouso Alegre.

 

 

 


Diácono Anderson é ordenado padre em Itajubá

A arquidiocese de Pouso Alegre acolheu em seu presbitério, na noite de ontem (25), o padre Anderson Ribeiro dos Santos.

A ordenação presbiteral do padre Anderson foi realizada ontem (25), às 19h30, na igreja matriz da paróquia São José Operário, no bairro Boa Vista, em Itajubá. A cerimônia foi presidida pelo arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., e concelebrada por padres representantes dos setores pastorais. Houve também a participação de seminaristas, familiares e amigos do neossacerdote.

Dom Majella faz a homilia na ordenação presbiteral do padre Anderson, na igreja matriz São José Operário, em Itajubá. 

O lema escolhido para seu ministério presbiteral foi “Chamou-me pela sua graça” (Gl 1,15).

Foram seus padrinhos os fiéis Cristiano Fraga Messias, Nair Cinéia da Fonseca Franco, Raquel Carmen da Silva, Lucélia Cremonessi Diniz Ferreira e Maria Aparecida dos Reis.

Os padres Arquimedes de Carvalho, Odair Lourenço e Júlio César Bernardes foram seus padrinhos eclesiásticos.

Dom Majella impõe as mãos sobre a cabeça do padre Anderson, consagrando-o a Deus como presbítero.

Em sua homilia, dom Majella ressaltou:

“(...) diácono Anderson, chegou o dia singular para você! Como bispo desta arquidiocese de Pouso Alegre, me sinto feliz por conferir-lhe a ordenação sacerdotal. Começará, assim, querido filho, a fazer parte do nosso presbitério, com os sacerdotes aqui presentes, diáconos, seus familiares e a comunidade paroquial desta paróquia de São José Operário, onde você, caro diácono, foi consagrado pela água do Batismo. Pelas mãos do diácono Ramon, hoje, cônego Ramon, presente aqui. Nesta paróquia, você foi catequizado. E, hoje, você vai se deitar no chão desta paróquia. Entregando toda sua vida para Deus. Podemos dizer que aqui é a sua Nazaré, onde a graça do Senhor chega até você com abundância. Querido diácono, agradeça ao Senhor, Deus Pai Eterno, pelo dom do seu sacerdócio, que enriquece a nossa Igreja Particular de Pouso Alegre e as comunidades cristãs no mundo inteiro”.

A primeira missa do padre Anderson será celebrada hoje (26), às 19h, na igreja matriz São José Operário, em Itajubá, onde foi ordenado presbítero.

Padre Anderson apresenta aos fiéis e clérigos suas mãos ungidas por dom Majella com o óleo do Crisma. 

Padre Anderson nasceu em Itajubá, no dia 31 de julho de 1991. É filho de Ismael Ribeiro dos Santos (in memoriam) e Edimeia de Fátima Silva. Entrou no seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora, em Pouso Alegre, no ano de 2012. Exerceu seu trabalho pastoral, aos finais de semana, em diversas paróquias: Divino Espírito Santo, em Espírito Santo do Dourado (2013 e 2014); Santa Quitéria e São João Batista, em Ipuiuna (2016); Nossa Senhora do Patrocínio, em Caldas (2018), e São José, em Paraisópolis (2019). Realizou também atividades na Pastoral Vocacional (2015 e 2017), na APAC (2016) e na Pastoral da Comunicação – PASCOM (2019).

Padre Anderson e a senhora Edimeia de Fátima Silva, sua mãe.

Concluídos os seus estudos filosóficos e teológicos, foi designado para exercer estágio pastoral na paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Andradas, onde permaneceu até fevereiro de 2021. Desde então, tem exercido suas atividades pastorais na paróquia Bom Jesus, em Bueno Brandão. No dia 28 de agosto de 2021, foi ordenado diácono na catedral metropolitana, em Pouso Alegre.

Paramentos e alfaias utilizadas na ordenação do padre Anderson.

Atualmente, além de exercer seu ministério ordenado na paróquia Bom Jesus, em Bueno Brandão, onde passa a ser vigário paroquial, padre Anderson também colabora na Pastoral da Comunicação da arquidiocese de Pouso Alegre.

 

Imagens: Cláudia Couto - Coisas do Interior.

A imagem destacada da notícia traz dom Majella ungindo com o óleo do Crisma as mãos do padre Anderson, em sua ordenação presbiteral.