Reunião de atualização do Clero e eleição do novo Conselho Presbiteral são realizados no Seminário

O clero da Arquidiocese de Pouso Alegre esteve reunido nesta terça e quarta-feira (31 e 01) para dois dias de atualização e formação. O encontro ocorreu no Seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora em Pouso Alegre. No primeiro dia, as reflexões ficaram sob a responsabilidade do padre Robison de Souza Santos , que falou sobre a sinodalidade no magistério do papa Francisco.

 

Pe. Jésus Benedito dos Santos teve a oportunidade de falar ao clero diocesano a respeito de seu novo livro publicado pela editora Santuário: Presbíteros Sinodais que enfatiza a importante missão dos presbíteros frente a desafiadora caminhada sinodal inspirada no magistério do Papa Francisco.

Pe. Jésus apresenta seu novo livro ao clero diocesano

Neste dia o clero também escolheu os novos membros do Conselho Presbiteral. O Conselho será ouvido pelo arcebispo nos assuntos de maior interesse e nos casos previstos: criação, modificação ou supressão de paróquias; destinação de ofertas; redução de igreja ao uso profano; edificação de uma igreja; escolha de párocos para julgamentos das causas a que se refere; e questões referentes à taxas de pessoas jurídicas.
Segundo o chanceler do arcebispado, padre Jésus Andrade de Guimarães, ao relembrar as atribuições do Conselho, explicou que os membros devem “zelar pela convivência presbiteral; propor sobre questões relacionadas à espiritualidade, atualização etc; encaminhar soluções para equilíbrio e estabilidade da manutenção digna do clero; opinar na distribuição de encargos administrativos e pastorais; ser consultado no ingresso de novos clérigos, aceitação de agentes de pastoral de outras circunscrições eclesiásticas, institutos de vida consagrada e sociedade de vida apostólica; e criação de novas comunidades”.

Após os escrutínios, o novo Conselho Presbiteral da Arquidiocese ficou assim definido, além de mais outros dois padres que serão nomeados pelo arcebispo:

I – Membros natos
– Dom José Luiz Majella Delgado – C.Ss.R (arcebispo metropolitano);
– Cônego Wilson Mário de Morais (vigário geral);
– Pe. Clemildes Francisco de Paiva (vigário judicial);
– Pe. Jésus de Andrade (chanceler do arcebispado);
– Pe. Heraldo José dos Reis (reitor do seminário arquidiocesano e Coordenador da pastoral presbiteral);
– Pe. Edson Aparecido da Silva (coordenador arquidiocesano de pastoral).

II – Membros eleitos
– Pe. Carlos Cézar Raimundo
– Pe. Leandro Luís Mota Ribeiro;
– Pe. Dirlei Albercio da Rosa;
– Pe. João Bosco de Freitas;
– Pe. Fabiano Cézar da Silva;
– Pe. Adilson da Rocha;
– Pe. Luciano Aparecido Pereira;
– Pe. Jésus Benedito dos Santos;
– Pe. Fabiano José Pereira.

Fotos: Seminarista Márcio Aurélio Gonçalves Júnior


#Reflexão: Solenidade de Pentecostes (05 de junho)

A Igreja celebra, no dia 05, a Solenidade de Pentecostes. Reflita e reze com a sua liturgia.

Leituras:
1ª Leitura:
At 2, 1-11
Salmo: 103 (104),1ab.24ac.29bc-30.31.34 (R. cf. 30)
2ª Leitura:1Cor 12,3b-7.12-13
Evangelho:Jo 20,19-23

Acesse aqui as leituras.

PENTECOSTES

            No Domingo passado, celebramos a subida (Ascensão) de Jesus aos céus. Depois de se despedir dos apóstolos, Nosso Senhor retorna para o Pai Eterno, mas sem nos abandonar e nos deixar sozinhos neste mundo. Em suas últimas palavras, Cristo renova sua promessa de mandar o Espírito Santo sobre todos e assim, permanecer com todos até o final dos tempos.

Naquele momento de despedida, um dos apóstolos fez uma última pergunta a Cristo. Ele queria saber se seria naquele momento que Israel seria reconstruído. A pergunta revela a limitada visão dos discípulos sobre Jesus e também em relação a eles mesmos. Os apóstolos ainda imaginavam uma ação de Jesus como um revolucionário e limitada ao campo social e político: uma libertação política dos romanos. Mas, a missão de Jesus era algo muito mais amplo que duraria até o final da história. Os apóstolos deveriam continuar o projeto iniciado pelo Mestre Jesus, não no âmbito político, mas no coração das pessoas. Mas, para que isto acontecesse, todos deveriam receber uma força especial de Deus. Tal presença especial aconteceu no dia de Pentecostes.

            Passados 50 dias da festa da Páscoa judaica, durante a celebração da solenidade de Pentecostes dos judeus (quando se lembrava da Lei de Deus doada para o seu povo), aconteceu outra grande transformação e doação de Deus: o Espírito Santo. Com a vinda do Espírito Santo, a Igreja de Cristo é revestida com as graças necessárias para iniciar sua missão. Não pensemos uma Igreja templo, construção, instituição ou um local de rituais sagrados. A Igreja de Cristo é formada de pessoas: nós somos o verdadeiro Templo de Deus!

Lucas no seu livro dos Atos dos Apóstolos nos conta como foi o nascimento da Igreja. Reunidos em oração, “de repente veio do céu um ruído forte como se soprasse um vento impetuoso”, isto nos lembra quando Deus agia no AT: sempre com fortes sinais da natureza; “encheu toda a casa”, todos recebem a mesma graça e força de Deus; “Apareceram espécie de línguas de fogo”, fogo sempre nos lembra de luz, iluminação, mas também de purificação e separação (das impurezas); “se repartiram e pousaram sobre todos presentes”, a experiência era comunitária, mas a graça foi pessoal.

Com esta linguagem simbólica, Lucas nos ensina que o dom do Espírito Santo vem de Deus e não algo que alguém consegue atingir; ninguém merece tal graça, mas ela é dada como dom de Deus. A origem é única e exclusiva e não algo que, de tempos em tempos, alguém cria afirmando ser uma nova fonte. A verdadeira Igreja de Jesus nasce no dia de Pentecostes e não em outro período da história.

O primeiro dom concedido pelo Espírito Santo foi a oração. De fato, uma missão do Espírito de Deus é nos ajudar a rezar, nos colocar em comunhão com o nosso Deus e Pai. Logo em seguida, todos foram conduzidos pelo Espírito Santo para anunciar às pessoas daquele lugar. O Espírito de Deus é amor e por isto é um grande dom que se manifesta em uma grande alegria e alegria a gente não retém pra nós: logo queremos compartilhar!

            A Igreja que nasce no dia de Pentecostes possui características bem definidas: é formada pelas mesmas pessoas que caminharam com Jesus que não foram tão fiéis a sua missão, mas com força do alto, Espírito Santo, foram transformadas: de medrosos que estavam no início, passaram a anunciar com coragem e alegria a todo mundo tudo que tiveram a graça de ver, escutar e experimentar junto de Jesus. Outro aspecto que percebemos é o forte caráter comunitário do grupo: passam a fazer tudo como uma grande família (oração, pregação, vida em comum etc.). Por fim, eles se tornam instrumentos nas mãos de Deus. Fazem tudo seguindo a vontade de Deus que procuravam discernir através da oração e comunhão entre todos.

O evangelista João, do seu modo, explica como foi o Pentecostes. Os apóstolos estavam reunidos, mas ainda cheios de medo e temor por tudo que tinham presenciado em relação à morte de Jesus. O próprio Cristo ressuscitado ao se revelar a eles, lhes concede como primeiro dom a paz (para tranquilizar os seus corações) em seguida, lhes transmite a graça do Espírito Santo. Deveriam usar da Força do Alto para produzir paz e concórdia. O Poder do Alto concedido por Jesus sobre todos não era para ser usado para produzir guerra e vingança, mas gerar paz. Para Jesus, enquanto os corações estiverem mergulhados no pecado e sem o perdão, jamais conseguirão experimentar a paz e o amor de Deus.

Esta é a principal missão da Igreja de Cristo: semear paz e perdão no coração das pessoas. Jesus insiste que o modo de realizar tudo é através do testemunho, principalmente, do Mandamento do Amor. O mundo e aqueles que estão associados ao mal, procuram somente produzir morte e medo; os discípulos de Cristo devem fazer o contrário.

A festa do Pentecostes não é somente um momento de comemorarmos um fato ocorrido no passado, mas de renovarmos também a nossa missão. O Espírito Santo é um grande dom que é concedido a uma pessoa no dia do seu Batismo, de forma gratuita e generosa da parte de Deus; quem recebe o Dom do Alto é chamado a compartilhar com outras pessoas.

A Igreja de Cristo continuará sempre presente no mundo através do Batismo. De fato, no momento em que alguém recebe este Sacramento, tal pessoa se torna Templo de Deus; nosso Deus toma posse e no batizado faz sua morada e nada e ninguém jamais será capaz de expulsá-Lo. No dia de nosso Batismo, passamos a nos tornar uma morada permanente da Trindade e Templo de Deus. E isto tudo jamais deve ser visto como privilégio ou exclusividade, mas como graça que recebemos e de graça devemos compartilhar com as outras pessoas. O Batismo nos torna missionários do Amor de Deus e os novos anunciadores das maravilhas que Deus tem feito em nossa vida. Assim, celebrar o Pentecostes é renovar a nossa missão: proclamarmos ao mundo a nossa fé, mas principalmente o grande amor que Deus tem por nós! Cada cristão é chamado a anunciar tudo isto com seu testemunho e a sua vida.

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Dalva Rangel é eleita membro da presidência do Conselho Nacional do Laicato do Regional Leste 2

Cristã leiga da arquidiocese de Pouso Alegre (MG), Dalva Rangel da Veiga Neri, foi eleita vice-tesoureira da presidência 2022-2025 do Conselho Nacional do Laicato (CNLB), do Regional Leste 2.

Dalva Rangel é presidente da Comissão arquidiocesana para o Laicato; faz parte da paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Pouso Alegre; colabora na secretaria executiva do 1º Sínodo arquidiocesano e atua em diversas atividades pastorais arquidiocesanas.

Presidência 2022-2025 do CNLB Regional Leste 2.

A eleição aconteceu durante a 27ª Assembleia Regional do Conselho Nacional do Laicato, do Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que abrange as (arqui)diocese do estado de Minas Gerais. Dalva Rangel e André Ferreira Martins, da Comissão a Serviço da Vida Plena para Todos e animador Laudato Si', da arquidiocese de Pouso Alegre, participaram do evento.

Sobre seu trabalho na CNLB Leste 2, Dalva Rangel disse: "Eu participo caminhada das reuniões da Comissão Nacional do Laicato do Brasil do Regional do Leste ll - CNLB desde 2016. Neste ano, a Assembleia Geral foi eletiva. Para compor a chapa, a coordenadora Leci Conceição do Nascimento, da gestão anterior e que iria se candidatar novamente, me fez o convite para participar da chapa como tesoureira adjunta. Após rezar e refletir, aceitei o convite para a nova missão e estamos em serviço para o mandato de 2022 a 2025".

A assembleia ocorreu em Congonhas (MG), arquidiocese de Mariana (MG), nos dias 27 a 29 de maio. O tema do evento foi “Cristãos leigos e leigas: sinodalidade e missão”. O lema foi inspirado em Mt 28,10: “Não tenham medo! Vão à Galileia e me verão ali”.

Divulgação oficial da 27ª Assembleia Regional do CNLB Regional Leste 2.

Depois do período de isolamento da pandemia, nessa assembleia, os membros do CNLB se encontraram presencialmente. Participaram cristãos leigos, representantes do CNLB de 19 (arqui)dioceses do Regional Leste 2. Representantes do Regional Leste 3, das (arqui)dioceses do estado do Espírito Santo, também estiveram presentes.

Cristãos leigos das 19 (arqui)dioceses que participaram da 27ª Assembleia Regional do CNLB Leste 2.

Dom Geovane Luiz da Silva, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e secretário-geral do Regional Leste 2, presidiu a missa de abertura da assembleia, na igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Congonhas.

Dom Geovane Luiz da Silva, presidente da missa de abertura da 27ª Assembleia Regional do CNLB Leste 2.

Sônia Gomes, presidente do CNLB Nacional, acompanhou o evento. Durante a assembleia, aconteceram momentos de oração, debates em grupo, reflexão sobre a conjuntura da realidade atual brasileira, partilha das atividades dos cristãos leigos nas (arqui)dioceses do Regional Leste 2 e eleição da nova presidência do CNLB, do Regional Leste 2.

Grupo de reflexão da 27ª Assembleia Regional do CNLB Leste 2.

Com 39 votos, foi eleita a nova presidência desse conselho. A presidência é composta pelos cristãos leigos:

Leci Conceição do Nascimento – Presidente;
Adriano Massariol Pacheco – Vice-presidente;
Leonardo Henrique de Souza Moura – Secretário;
Marcos André Ferreira de Oliveira – Vice-secretário;
Vanda Ferreira Lopes – Tesoureira e
Dalva Rangel da Veiga Neri - Vice-tesoureira.

Maria Madalena, Imaculada Aparecida Silva, Giuliane Quintino e Felipe Cauãm, cristãos leigos, membros da comissão eleitoral da nova presidência do CNLB Regional Leste 2, apuram os votos da eleição.

Foram também eleitos cristãos leigos para os conselhos fiscal e econômico:

Conselho Fiscal: Maria do Carmo, Claret e Edilson e
Conselho econômico: Fernanda, Marcos e Sônia Barbosa.

 

Texto: padre Thiago de Oliveira Raymundo
Informações e imagens: @CNLBLESTE2

A imagem destacada da notícia traz, da esquerda para a direita, Dalva Rangel, dom Geovane Luiz da Silva e André Ferreira Martins, na 27ª Assembleia Regional do CNLB, do Regional Leste 2, nos dias 27 a 29 de maio, em Congonhas.


Frei capuchinho é ordenado presbítero em Bueno Brandão

Frei padre Glaicon foi ordenado presbítero pela imposição das mãos de dom frei Antônio Roberto Catuvo, bispo emérito de Itapipoca (CE).

A celebração ocorreu às 18h do último sábado (28), na igreja matriz do Bom Jesus, em Bueno Brandão (MG). A cerimônia contou com a presença dos frades menores capuchinhos, religiosos, familiares e amigos do frei padre Glaicon Gilvan da Rosa. Seu lema de ordenação é “Ide pelo mundo inteiro, proclamai o evangelho a todas as criaturas”, inspirado em Mc 16,15.

Frei padre Glaicon Gilvan da Rosa nasceu em Bueno Brandão em 18 de março de 1991, filho de José Vicente da Rosa e Edna Alcinda Ribeiro da Rosa. Em 22 de fevereiro de 2011, o jovem Glaicon iniciou o seu itinerário formativo na Fraternidade de Santa Teresinha do Menino Jesus, em Patos de Minas (MG). Em 12 de outubro de 2012, deixou Patos de Minas para outra etapa da sua formação, o noviciado, na cidade de Teresópolis (RJ).

Dom frei Antônio Roberto Catuvo saúda frei padre Glaicon Gilvan da Rosa.

Frei padre Glauco professou seus primeiros votos religiosos, ou votos simples, de obediência, castidade e pobreza, no dia 17 de novembro de 2013. Em dezembro de 2016, terminou a faculdade de filosofia e iniciou atividades missionárias no ano de 2017 em Rio Branco (AC). Renovou seus votos religiosos no dia 29 de novembro de 2017 e retornou para Minas Gerais.

Em 2018, iniciou os estudos teológicos. Em novembro de 2020, foi transferido para Juatuba (MG) e terminou a graduação em teologia em dezembro do mesmo ano. Após renovar os votos por 7 anos consecutivos, no dia 18 de dezembro de 2020, professou os votos perpétuos na Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.

No dia 7 de agosto de 2021, foi ordenado diácono por dom José Carlos de Souza Campos, bispo diocesano de Divinópolis (MG), na igreja São Sebastião.

Dom frei Antônio Roberto Catuvo entrega ao frei padre Glaicon Gilvan da Rosa o cálice e a patena, vasos sagrados do ministério presbiteral.

O frei ordenado presbítero viveu em Juatuba até setembro de 2021, retornando em Belo Horizonte (MG), desta vez, na Fraternidade Nossa Senhora do Rosário de Pompeia, onde atuará, agora, como presbítero.

 

Texto: padre Anderson Ribeiro dos Santos
Fotos: Pascom/Paróquia Bom Jesus/Bueno Brandão

A imagem destacada da notícia traz frei padre Glauco Gilvan da Rosa, ordenado presbítero em Bueno Brandão, apresentando suas mãos ungidas por dom frei Antônio Roberto Catuvo, bispo emérito de Itapipoca (CE).

 


#Reflexão: 7º Domingo da Páscoa - Ascensão do Senhor (29 de maio)

A Igreja celebra, no dia 29, a Ascensão do Senhor. Reflita e reze com a sua liturgia.

Leituras:
1ª Leitura:
At 1, 1-11
Salmo: 46, 2-3.6-7.8-9 (R.6)
2ª Leitura: Ef 1, 17-23
Evangelho: Lc 24, 46-53

Acesse aqui as leituras.

ASCENSÃO DO SENHOR

           Após a ressurreição, Jesus passou um período de tempo com seus discípulos, Lucas nos informa que foram 40 dias. Foram dias intensos, principalmente para assegurar a todos que Ele não era uma visão ou um fantasma, mas o próprio Senhor e Mestre que tinham conhecido. Mas, a principal atividade de Jesus Ressuscitado junto aos seus discípulos ia muito além. Jesus não tinha terminado a sua missão. Era necessário preparar os apóstolos para a próxima etapa do projeto de Deus.

A paixão, a morte e a ressurreição foram a maior expressão do amor de Deus para a humanidade. Na entrega total de Cristo na cruz e a sua vitória sobre a morte, todos os homens e mulheres foram redimidos e salvos. Mas, tudo isto não poderia ficar como um fato no passado e um momento especial na vida de alguns discípulos somente: todas as pessoas em todos os tempos e lugares deveriam não somente saber, mas principalmente acreditar em tudo que Ele fez por nós, pois este se tornou o caminho para cada pessoa se salvar.

            Após a Ressurreição até a Ascensão de Jesus aos céus (solenidade deste domingo), a Igreja de Cristo precisava ser preparada para dar continuidade ao projeto de salvação da humanidade iniciado por Cristo. Jesus fez tudo por nós, e caberia aos apóstolos e todos os próximos discípulos de Cristo, anunciar a Boa Nova da Redenção de Nosso Senhor. Eles já tinham experimentado Jesus como Mestre pelas estradas da Terra Santa; agora, deveriam também experimentar a presença do Ressuscitado para, somente assim, anunciar a humanidade tudo que Jesus fez antes e depois de sua morte.

São Lucas no final do seu Evangelho e no início do livro dos Atos dos Apóstolos lembra este momento especial de tristeza para os apóstolos e início da alegria para todos aqueles que iriam abraçar a mesma fé, novos discípulos não somente naquele tempo e lugar, mas em todo o mundo, para sempre, até a consumação dos tempos.

Jesus Ressuscitado em suas últimas palavras antes de “desaparecer” da vista de todos, procurou recordar o que todos iriam receber após a sua partida: o Espírito Santo prometido por Deus. Ele seria a nova forma de presença de Deus na vida das pessoas. No Batismo, o fiel passa a ter o mesmo amor e força que animou Jesus em sua missão, como disse Jesus no domingo anterior a quem O ama: “Eu e o Pai viremos e faremos morada nele!”

            Os apóstolos ainda não tinham bem entendido o que deveriam fazer. A pergunta feita a Jesus mostra a pouca visão da missão que eles deveriam iniciar após receberem o Espírito de Deus. Na questão apresentada, os apóstolos imaginavam algo muito simples e ainda como uma ação de do Mestre que conheciam bem. Eles pensavam que Jesus ainda iria fazer algo para “reconstruir Israel”, certamente, algo como uma revolução política contra o domínio romano. Jesus tinha outro projeto muito maior para todos e eles é que deveriam realizar.

Cristo esclarece que certas coisas sobre o futuro, somente Deus possui o conhecimento, mas a preocupação deles não deveria ser sobre o que irá acontecer. Com a força do Espírito Santo eles deveriam ser testemunhas de tudo que experimentaram a começar por Jerusalém estendendo-se até o final da história. Não é Jesus que deveria continuar fazendo algo, mas eles; não uma libertação com armas, mas através do testemunho anunciar tudo que presenciaram. Nesta história humana, a Igreja de Cristo deverá atuar, com sua fé e testemunho para que todas as pessoas possam ter acesso a Boa Nova da Salvação que Jesus conquistou para toda a humanidade.

Lucas recorda o momento final de despedida quando Nosso Senhor se distancia de todos subindo aos céus. Jesus os abençoa e desaparece da vista de todos. No final do texto da primeira leitura, aparecem “duas pessoas de branco” (como anjos) que chamam a atenção dos discípulos que a despedida de Cristo é algo por um breve tempo, pois “voltará do mesmo modo que O vistes subir aos céus”.

Com sua subida aos céus, Jesus se distancia de nossos olhos, mas permanece conosco de diversos modos: em cada pessoa, na Palavra de Deus e, principalmente, na Eucaristia. Cristo não nos abandonou e está conosco enquanto a história humana não tiver seu ponto final. Em algum tempo do futuro, Nosso Senhor se manifestará novamente, não como antes, quando veio visível a todos, mas como O Santo de Deus para concluir a sua missão. A sua Igreja possui, assim, a responsabilidade de anunciar Jesus Cristo e a Salvação a todos até que também sua missão se encontre com o último ato de Cristo nesta história que conhecemos.

            Sem a força do Espírito Santo, os apóstolos e os primeiros discípulos certamente não teriam conseguido realizar quase nada. A subida de Cristo aos céus não define o encerramento da missão de Jesus, mas inaugura uma segunda fase. Com a presença do mesmo Espírito que animou Jesus a conquistar a Salvação para nós, a Igreja passar a ser o principal instrumento de ação de Cristo na história.

Distanciando dos olhos daquelas pessoas, Jesus passa a caminhar não mais com um grupo de discípulos pelas terras de Israel, mas com todos que professarem a mesma fé e em todos os tempos e lugares. A despedida de Jesus, na realidade, foi um “até breve”, pois subindo aos céus, Ele abre o acesso de todos junto de Deus.

Na carta aos Efésios (2ª leitura), Paulo fala de um “espírito de sabedoria” oferecido a todos e esclarece a missão do Espírito que é aprofundar o conhecimento de Deus Pai e iluminar nosso coração para compreender três coisas: qual é a nossa esperança (nosso futuro), qual é o nosso tesouro (aquilo que nos espera como herdeiros entre os santos) e a suprema grandeza do seu poder para conosco (nada é maior que Deus).

No momento da ascensão de Jesus aos céus, ele os reúne, os abençoa e os envia. Eram homens ainda com muitas dúvidas, mas com um grande amor. Foi um gesto de grande confiança de Jesus em delegar uma missão sem limites e tempo; o terreno da missão dos discípulos é todo mundo e o anúncio que deveriam fazer deveria nascer dos seus corações e das experiências que tiveram com Jesus Mestre e Ressuscitado. Hoje, nós igreja do mundo atual, devemos continuar a mesma missão.

O caminho aberto por Cristo é o mesmo que cada fiel deverá percorrer um dia. Não mais uma estrada incerta e temerosa, mas um caminho seguro, pois por ele passou o próprio Senhor Jesus e venceu a morte, deixando esta estrada iluminada para todos nós. Jesus sobe aos céus e lá nos aguarda e nos receberá um dia com alegria.

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Festa de Nossa Senhora Auxiliadora reúne padres e seminaristas

De 20 a 23 de maio, aconteceram o tríduo e a festa de Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira do seminário arquidiocesano. Durante esses dias, foram celebradas missas especiais, com a participação de padres jubilares e seminaristas.

O tríduo preparativo à festa de Nossa Senhora Auxiliadora foi celebrado com missas festivas, transmitidas pelas redes sociais, de 20 a 23 de maio. As celebrações reuniram seminaristas e padres jubilares, que em 2022 completam 25 e 50 anos de sacerdócio. O tema da festa inspirou-se no 1º Sínodo arquidiocesano: “Com Maria, auxílio dos cristãos, caminhemos em comunhão para a missão”.

Seminaristas rezam oração solene de Laudes, no dia 23 de maio, pedindo a intercessão de Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira do seminário.

No dia 20, às 17h, padre Heraldo José dos Reis, reitor do seminário arquidiocesano, presidiu a missa do 1º dia do tríduo, com a concelebração dos padres formadores Francisco José da Silva e Lucas Silva Crispim. Monsenhor João Aparecido de Faria, residente no seminário, também esteve presente na missa. Para o reitor, o seminário vive dias de festa com o tríduo e celebração de sua padroeira.

“Nosso Seminário está em festa celebrando a padroeira, Nossa Senhora Auxiliadora. Arcebispo, presbíteros, formadores, seminaristas, colaboradores, benfeitores, professores, psicólogos e diretores espirituais, louvam a Deus pela materna intercessão de Nossa Senhora, que acompanha sempre a caminhada formativa dos seminaristas e roga pelos presbíteros, seus filhos prediletos. Neste tríduo e festa, refletimos o tema ‘Com Maria, auxílio dos cristãos, caminhemos em comunhão para a missão!’", declarou padre Heraldo.

Padre Heraldo José dos Reis incensa a imagem da padroeira do seminário, no dia 20 de maio.

No sábado (21), às 17h, a missa do 2º dia do tríduo foi presidida pelo padre Jésus Andrade Guimarães, chanceler do arcebispado e jubilando de prata em 2022. A celebração foi acompanhada pelos padres formadores e residente.

Da esquerda para a direita, os padres Francisco José, Heraldo José, Jésus Andrade e Lucas Crispim e monsenhor João Faria, no dia 21 de maio.

Ontem (22), às 10h, foi celebrado o 3º dia do tríduo com missa presidida pelo padre José Francisco Ferreira, jubilando de prata em 2022. Concelebraram os padres formadores e residente.

Padre José Francisco comenta fatos da sua vida sacerdotal com seminaristas, no dia 22 de maio.

Hoje (23), foi celebrado o dia de Nossa Senhora Auxiliadora. Os seminaristas e formadores começaram o dia festivo com a oração solene das Laudes (oração da manhã), presidida pelo padre Lucas Silva Crispim.

Padre Lucas Silva Crispim e seminaristas rezam a oração de Laudes, no dia 23 de maio.

Às 9h, foi celebrada a missa festiva da padroeira do seminário arquidiocesano, presidida pelo padre Arquimedes Carvalho de Andrade, jubilando de ouro em 2022. Padres formadores e membros do clero estiveram presentes.

Em sua homilia, padre Arquimedes apresentou fatos principais do seu ministério sacerdotal. Destacou sua colaboração à arquidiocese de Pouso Alegre como formador do clero. Refletindo a Palavra de Deus, ele falou sobre Ester e Maria. O padre argumentou sobre as atitudes da escuta, disponibilidade e caridade para fazer a vontade de Deus e se ter uma formação sacerdotal sinodal. Ao final da sua reflexão, ele cantou a música "Vida", composta pelo artista Fábio Júnior.

"Há muita gente mendigando auxílio. Há muita gente carente de auxílio, de carinho, de afeto, de ajuda. Que Maria Auxiliadora se faça sempre presente, atentamente presente, na vida desta casa que a gente tanto gosta e ama. Que Maria Auxiliadora se faça atentamente presente nesta casa, indicando os caminhos da escuta e do diálogo como ferramentas para uma formação com espírito sinodal", falou padre Arquimedes.

Padre Arquimedes preside a missa festiva da padroeira do seminário arquidiocesano, no dia 23 de maio.

Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano, que se encontra ausente da arquidiocese por participar de 9 a 27 de maio do Fórum Internacional para Bispos, em Portugal, e de peregrinação, em Roma, com brasileiros a lugares relacionados a Santo Afonso de Ligório, deixou sua mensagem aos seminaristas e ao clero por ocasião da festa de Nossa Senhora Auxiliadora. O arcebispo foi representado pelo cônego Wilson Mário de Morais, vigário geral.

“Ao clero, recordo do preciso encontro para celebrarmos o ‘Dia do Seminário’, 24 de maio, com a memória litúrgica de Nossa Senhora Auxiliadora, onde na Eucaristia concelebrada agradeceremos a Deus o testemunho e a perseverança dos nossos padres jubilares deste ano de 2022 e, na convivência, intensificaremos o vínculo fraterno com os seminaristas. Considero o ‘Dia do Seminário’ uma expressão visível da vivência da diocesaneidade do nosso presbitério”, disse dom Majella em nota ao clero, seminaristas e aos fiéis da arquidiocese no dia 9 de maio.

Além das celebrações litúrgicas, o tríduo e a festa da padroeira do seminário arquidiocesano contaram com momentos de convivência entre padres, seminaristas, benfeitores e funcionários da instituição formativa.

 

Texto: padre Thiago de Oliveira Raymundo
Imagens: seminarista Márcio Júnior

A imagem destacada da notícia apresenta a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, padroeira do seminário arquidiocesano, ornada para as suas festividades, de 20 a 23 de maio.

Veja mais fotos do evento:


Vivenciar a Semana "Laudato Si"

No dia 24 de maio de 2015, o papa Francisco lançou a Carta Encíclica Laudato Si' – Sobre o cuidado da casa comum. A inspiração do escrito papal tem como fundamento as Sagradas Escrituras, os documentos dos pontífices anteriores e também em São Francisco de Assis. Todos os anos, no aniversário de lançamento da Laudato Si', a Igreja nos propõe uma semana para reflexão e ações inspiradas nessa carta encíclica. Neste ano, a Semana Laudato Si' acontece de 22 a 29 de maio em todo o mundo. Somos convidados a fazer memória em nossas celebrações, momentos formativos e ações concretas em nossas paróquias e comunidades eclesiais.

O papa Francisco, na Laudato Si', ao expressar sua admiração a São Francisco, diz que quando nos damos conta do reflexo de Deus em tudo o que existe, o coração experimenta o desejo de adorar o Senhor por todas as suas criaturas e, com elas, como se vê no gracioso cântico de São Francisco de Assis.

“Louvado sejas, meu Senhor, com todas as tuas criaturas, especialmente o senhor irmão sol, que clareia o dia e que com a sua luz nos ilumina. Ele é belo e radiante, com grande esplendor de ti, Altíssimo, é a imagem. Louvado sejas meu Senhor, pela irmã lua e pelas estrelas, que no céu formaste, claras, preciosas e belas. Louvado sejas, meu Senhor, pelo irmão vento, pelo ar e pelas nuvens, pelo entardecer e por todo o tempo com que dás sustento às tuas criaturas. Louvado sejas, meu Senhor, pela irmã água, útil e humilde, preciosa e pura. Louvado sejas, meu senhor, pelo irmão fogo, com o qual iluminas a noite. É belo e alegre, vigoroso e forte. Louvado sejas, meu Senhor, pela nossa irmã, a mãe terra, que nos sustenta e governa, produz frutos diversos, flores e ervas. Louvado sejas, meu Senhor, pelos que perdoam, pelo teu amor, e suportam as doenças e tribulações. Louvai todos e bendizei ao meu Senhor, dai-lhe graças e servi-o com grande humildade", diz o cântido franciscano.

Nessa carta encíclica, o papa Francisco escreve sobre pontos muito importantes no cuidado da casa comum. Os temas enfatizados pelo pontífice abrangem a vida cristã na totalidade. Ele propõe uma reflexão a partir do escutar, discernir e agir.

Num primeiro momento, o papa Francisco questiona a realidade da casa comum naquilo que destrói a natureza e, consequentemente, a vida humana. Essas destruições são frutos da desigualdade e da ambição humana, que repete o pecado do início da criação, quando o ser humano quis assumir o papel de Deus. Quando a humanidade, não aceitou a condição de criaturas e deu vasão aos instintos egoístas.

Para fundamentar uma vivência equilibrada do cuidado com a casa comum, o sumo pontífice propõe que toda ação humana deve ter como inspiração a Sagrada Escritura. Assim, as narrações bíblicas são respostas para muitas angústias e questionamentos humanos e revelam os mistérios do universo. Inspirado pela fé, o ser humano consegue contemplar a harmonia de toda a criação e ser sinal dessa comunhão e perfeição com que o Criador fez todas as coisas.

Na Sagrada Escritura, é importante identificar como Jesus percebia e expressava a comunhão que existe entre o Criador e as criaturas:

“Em colóquio com os seus discípulos, Jesus convidava-os a reconhecer a relação paterna que Deus tem com todas as criaturas e recordava-lhes, com comovente ternura, como cada uma delas era importante aos olhos d’Ele: "Não se vendem cinco pássaros por duas pequeninas moedas? Contudo, nenhum deles passa despercebido diante de Deus" (Lc 12, 6). "Olhai as aves do céu: não semeiam nem ceifam nem recolhem em celeiros; e o vosso Pai celeste alimenta-as" (Mt 6, 26).

O papa Francisco, a partir da Escritura e de São Francisco de Assis, coloca um grande desafio para a humanidade que é uma ecologia integral que envolve o ser humano em todas as suas dimensões antropológicas, culturais, políticas e religiosas.

A Laudato Si' nos convida a acreditar que o ser humano pode se superar, voltar a escolher o bem, regenerar-se, para além de qualquer condicionalismo psicológico e social, e consegue reconhecer com honestidade os próprios limites e iniciar um novo caminho rumo à verdadeira liberdade. Não há sistemas que anulem, por completo, a abertura ao bem, a verdade e a beleza, nem a capacidade de reconhecer que Deus continua a animar no mais profundo dos nossos corações.

A esperança cristã deve inspirar o ser humano a um novo estilo de vida. Como nunca na história, o destino comum obriga-nos a procurar um novo início. É o que a Laudato Si' denomina conversão integral quando a humanidade percebe que deve reconstruir sua história e suas relações baseadas numa espiritualidade de comunhão com toda a criação.

Neste ano, o tema da Semana Laudato Si' será: "Escutando e Caminhando Juntos". Vamos nos unir a católicos do mundo para escutar e responder juntos ao grito da criação, para nos alegrarmos com o progresso que fizemos em dar vida à Laudato Si’ e intensificar nossos esforços por meio da Plataforma de Ação Laudato Si', percorrendo um caminho “sinodal”.

Existem muitas maneiras simples e criativas de "proteger [a Terra] e garantir a continuidade da sua fertilidade para as gerações futuras" (Laudato Si’, 67). A Semana Laudato Si' nos dá a oportunidade de pausar, celebrar e iniciar novos hábitos para ajudar a preservar a nossa casa comum e cuidar dela.

Compartilhamos algumas ideias práticas que você pode executar em casa ou na sua comunidade.

  1. Plante um jardim de contemplação. Maio é o momento perfeito para plantar um jardim para homenagear a nossa Mãe Maria enquanto cuidamos da Mãe Terra e promovemos a biodiversidade.
  1. Caminhada pela natureza. Contemple a criação de Deus ao mesmo tempo em que você cultiva a saúde física e espiritual, incorporando caminhadas pela natureza em sua rotina, seja sozinho ou com amigos e familiares.
  1. Reze no momento das refeições. Agradeça a Deus pelos dons da criação rezando antes e depois das refeições, tornando essa gratidão uma parte consistente da vida diária.
  1. Reunião de oração. Organize um rosário pela Criação ou uma reunião de oração. Você também pode simplesmente se reunir com outras pessoas e cantar algumas músicas.
  1. Leitura da Laudato Si'. Você já leu a encíclica? Ela foi lida na sua comunidade? Organize um evento online ou presencial para ler algumas passagens da Laudato Si’, meditar e agir sobre elas.
  1. Comece seu próprio Círculo Laudato Si'. Os Círculos Laudato Si' são pequenos grupos que se reúnem regularmente para aprofundar seu relacionamento com Deus como Criador e com todos os membros da criação.
  1. Missa pela Criação. Fale com o seu pároco sobre ter uma das Missas da semana dedicada a rezar pelas vítimas da crise climática e da perda da biodiversidade, e para dar graças ao Criador pelos dons que recebemos, ou por tudo isso.
  1. Saiba mais sobre a biodiversidade em sua área “Tudo está interligado”. Descubra como você pode fazer sua pequena parte e ajudar a trazer de volta a biodiversidade.
  1. Comprometa-se a levar sua comunidade a cuidar da criação, inscrevendo-se para se tornar um/a animador/a Laudato Si'. Este curso gratuito de desenvolvimento de liderança irá capacitar você a dar vida à Laudato Si’. Junte-se a uma comunidade de líderes com ideias semelhantes em todo o mundo, todos comprometidos em liderar suas comunidades em ações de transformação para nossa casa comum.
  1. Webinários. São uma ótima maneira de conectar pessoas de todos os cantos do planeta e discutir questões importantes como as crises climáticas e de biodiversidade e combustíveis fósseis.

 

Referências:

Francisco. Carta encíclica Laudato Si' – Sobre o Cuidado da Casa Comum. São Paulo: Paulinas, 2015.

https://laudatosiweek.org/pt/home-pt/

https://plataformadeacaolaudatosi.org/

 


Padre Robson participa de reunião nacional da Pastoral Juvenil

De 19 a 20 de maio, padre Robson Aparecido da Silva, assessor eclesiástico do Setor Juventude da arquidiocese de Pouso Alegre (MG), participou de encontro de referenciais regionais da Pastoral Juvenil, promovido pela Comissão Episcopal Pastoral para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

O encontro aconteceu no Centro Universitário Salesiano de São Paulo, campus Pio XI, na Lapa, em São Paulo (SP). Durante o evento, foram debatidos temas relacionados à evangelização dos jovens e apresentadas ações pastorais com jovens dos regionais da CNBB. O evento contou com a participação de bispos e padres referenciais da Pastoral Juvenil nos regionais da CNBB.

Representantes regionais da Pastoral Juvenil da CNBB.

Para o padre Robson, ouvindo os bispos sobre a pesquisa realizada a respeito da evangelização da juventude e desafios pastorais apresentados por referenciais do Brasil, foi possível ampliar o conhecimento sobre os trabalhos eclesiais com os jovens e partilhar atividades que já acontecem e poderão acontecer.

“No encontro, ouvimos a partilha dos bispos sobre a pesquisa levantada sobre os desafios na evangelização da juventude. Foi apresentado também material para grupos de jovens paroquiais. Em grupo, os participantes do evento apontaram caminhos para a revitalização da Pastoral Juvenil e debateram temas pertinentes à realidade vivida hoje, principalmente os efeitos da pandemia na vida dos jovens. Foi muito oportuna a partilha sobre a realidade dos regionais da CNBB”, falou padre Robson.

 

Texto: padre Thiago de Oliveira Raymundo
Imagens: padre Robson Aparecido da Silva

A imagem destacada da notícia traz participante do encontro nacional da Pastoral Juvenil, em São Paulo (SP), de 19 a 20 de maio, com a participação do padre Robson Aparecido da Silva.


Padre Rodrigo Carneiro participa de encontro nacional de reitores de santuário

De 16 a 20 de maio, padre Rodrigo Carneiro Paiva Mendes, reitor do santuário de Nossa Senhora da Agonia, em Itajubá (MG), participou do XXIV Encontro de reitores de santuários do Brasil, em Florianópolis (SC).

O tema do encontro foi “A epifania do Sagrado nos santuários”. A iluminação bíblica foi tirada de Ex 25,8: “Eles me farão um santuário, e eu habitarei no meio do meu povo”. O evento foi coordenado pelo padre Antônio Wander, reitor do santuário do Sagrado Coração Misericordioso de Jesus, em Içara (SC), diocese de Criciúma (SC).

Padre Rodrigo Carneiro Paiva Mendes, reitor do santuário de Nossa Senhora da Agonia, em Itajubá (MG), participou do evento, representando os reitores de santuários da arquidiocese de Pouso Alegre (MG).

Padre Rodrigo Carneiro, reitor do santuário de Nossa Senhora da Agonia, em Itajubá, e demais padres participantes do XXIV Encontro Nacional de reitores de santuário.

Durante o encontro foram apresentados temas sobre os desafios impostos pela pandemia à evangelização nos santuários e ações para a administração e captação de recursos. Além disso, metodologias e estratégias pastorais para a evangelização nos santuários foram debatidas.

Padre Antônio Wander, coordenador do XXIV Encontro Nacional de reitores de santuário, acolhe os participantes do evento.

Um dos palestrantes foi o padre Agenor Brighenti, teólogo e membro da comissão teológica do Sínodo. Ele falou sobre o tema “Santuário: cultura do encontro e Igreja em saída”.

Solange Parron, gerente de marketing de relacionamento do santuário de Aparecida, apresentou possíveis ações para fortalecer campanhas de arrecadação de recursos para santuários, a partir da experiência da campanha “Família dos Devotos”.

Os membros do encontro também visitaram o santuário de Santa Paulina, em Nova Trento (SC), segundo maior santuário do Brasil.

Santuário de Santa Paulina, em Nova Trento (SC).

Para o padre Rodrigo, o santuário é um espaço privilegiado para a cultura do encontro e fortalecimento de uma Igreja em saída.

"Atualmente, a evangelização nos santuários é necessária para promover encontro do povo com Deus. Assim, a assistência religiosa nos santuários precisa ser de boa qualidade e despertar para o encontro com Deus, pela Palavra, os sacramentos e a caridade. Devemos nos questionar: estamos ajudando ou dificultando os fiéis a viverem a Revelação de Deus nos nossos santuários?”, falou padre Rodrigo.

 

Texto: padre Thiago de Oliveira Raymundo
Imagens: padre Rodrigo Carneiro Paiva Mendes

A imagem destacada da notícia traz padre Rodrigo Carneiro, no XXIV Encontro Nacional de Reitores de Santuário, em Florianópolis (SC), de 16 a 20 de maio.


#Reflexão: 6º Domingo da Páscoa (22 de maio)

A Igreja celebra, no dia 22, o 6º Domingo da Páscoa. Reflita e reze com a sua liturgia.

Leituras:
1ª Leitura:
At 15, 1-2. 22-29
Salmo: 66, 2-3.5.6.8 (R.4)
2ª Leitura: Ap 21, 10-14. 22-23
Evangelho: Jo 14, 23-29

Acesse aqui as leituras.

AMAR E OBSERVAR A PALAVRA QUE É O PRÓPRIO JESUS

            O ambiente do Evangelho de João é o mesmo do último domingo: última ceia de Jesus com seus discípulos. Em um clima de profunda amizade e emoção, Jesus compartilha seus sentimentos e deixa aos seus apóstolos suas últimas palavras. Três apóstolos são citados com suas perguntas (Jo 13,36; 14,8 e 14,22) e Jesus aproveita as questões para aprofundar outros temas: o amor; sua entrega pela humanidade e sua profunda relação com Deus Pai.

O trecho do Evangelista de João de hoje inicia apresentando a resposta de Jesus à pergunta de Judas, não o Iscariotes: “Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?” (Jo 14,22). Já no início, Jesus apresenta tudo de uma forma condicional e livre para cada pessoa: Se alguém me ama...”. O amor respeita e para ser verdadeiro subtende a liberdade, pois o amor de Jesus é oferecido, dado e entregue livremente para que livre e profundamente seja aceito pelos seus discípulos. Não existe obrigação em amar, mas sim, profunda aceitação e acolhida.

A expressão inicial do Evangelho encontra no mundo de hoje inúmeras respostas: Se alguém ama... faz loucuras, perde a cabeça, comete inúmeros erros, machuca a outra pessoa, por fim, chega tirar a vida de quem ama. Para Jesus é diferente: quem O ama, observa sua Palavra. Atenção que Jesus não diz: “meus mandamentos”, mas “minha Palavra”. Não é que nosso Senhor não fosse observante dos mandamentos, mas Ele procura frisar algo mais profundo e fundamental: sua Palavra. Não se trata de um ensinamento em particular, mas Dele próprio, ou melhor, Ele todo. Jesus é a Palavra, o Verbo de Deus. Quem o ama, acolhe tudo que Jesus representa para nossa salvação: palavras, gestos, ações e ensinamentos. O convite de Jesus é o mesmo que se aplica aos mandamentos: observar, cumprir e seguir tudo que Ele é.

            Amar todo Jesus é o caminho para ser amado por Deus. Cristo torna-se assim, o canal direto para o amor de Deus Pai, mas não como algo que se recebe somente de Deus, mas deve brotar em nós, em nosso amor e em nossa vida. Amar não une somente as pessoas entre si, mas é caminho para a nova comunhão com Deus. Para Jesus, não ama-Lo, não acontece somente quando alguém se opõe a Ele diretamente, mas também quando alguém não pratica (observa) tudo que Ele é e nos ensinou. Assim, mesmo que alguém professe com palavras seu amor a Jesus, mas não observa suas Palavras, é a mesma coisa que dizer que não O ama. A expressão maior do amor de Jesus deve ser construída em uma prática constante do amor para com o próximo e no próximo.

Assim, para Nosso Senhor, “amar” é algo muito maior que um “sentimento” ou um “afeto” (algo interno somente) em relação a Ele e ao Pai. O amor que Jesus espera de cada um deve ser mostrado externamente, no dia a dia de nossa vida, praticando suas palavras e o seu Novo Mandamento: No amor ao próximo eu sou chamado a manifestar o meu amor a Deus.

Jesus lembra em seguida da vinda futura do Espírito Santo (festa que estamos próximos de celebrar: Pentecostes). O Consolador de Deus tem duas ações principais: ensinar e recordar. O Paráclito ensinará não coisas e revelações novas, mas tudo que já foi feito por Jesus. Ajudará os discípulos a aprofundarem tudo deixado por Jesus (sua Palavra); O Paráclito será um novo Mestre, mas para aprender melhor sobre Jesus. Por isto, Jesus reforça com a segunda ideia: recordar. O Espírito Santo confirmará tudo que os discípulos já tinham visto, ouvido e memorizado sobre Jesus. Não há necessidade de mais revelações ou doutrinas novas, pois em Jesus nós temos tudo que precisamos para nossa salvação.

A paz é um dos temas mais frequentes nos ensinamentos de Jesus, principalmente nos seus últimos dias e após a ressurreição. Cristo possui uma paz diferente do mundo. Somente Ele pode dar a todos uma paz que não se encontra em nenhum lugar da terra. Lembrando que Jesus nunca teve “paz” em sua vida. Daqui percebemos que aquilo que Jesus promete a todos não se identifica com o nosso conceito sobre paz. Para o mundo é algo que quase sempre é compreendido como “tempo entre as guerras”, ou a nível pessoal é concebido como “vida sem problemas ou dificuldades”. A paz de Cristo é algo mais profundo, pois é oferecida para o coração de cada pessoa. É algo que dá força de “dentro pra fora” e não uma tranquilidade no mundo e ao nosso redor, uma harmonia externa para serenidade interna. Em toda sua vida, Jesus sempre esteve em paz, pois seu coração estava com Deus Pai e um dos frutos do Amor pleno e eterno da Trindade é a paz. É exatamente esta paz que Jesus nos promete conceder para a nossa caminhada neste mundo. Mesmo que um discípulo de Jesus se encontre cercado por inúmeros problemas, se ele O ama, o Espírito Santo pode lhe conceder a mesma paz que Cristo possuía.

O Evangelho deste domingo termina mencionando da separação que estava próxima que iria acontecer entre Jesus e seus discípulos. Nosso Senhor recorda que a sua partida não deve ser vista como derrota, mas motivo de alegria, pois Jesus retorna para o Pai, destino que está também reservado a todos nós. Nossa vida neste mundo é uma viagem que tem um belo e feliz ponto final que é junto de Deus. A morte não é a última realidade garantida a todos nós, mas somente uma ponte que nos liga a Deus.

O Espírito Santo, de fato, cumpriu muito bem sua missão nos corações de todos os apóstolos e discípulos, principalmente diante das novas exigências missionárias. Na primeira leitura, temos o testemunho da Igreja de Cristo que se deparou com uma nova realidade e dificuldades. Eles resolveram se reunir e discutir a questão. Destaque especial que Lucas nos dá é que tudo é feito segundo a vontade de Deus e com a direção do Espírito Santo. Não é a ideia ou a posição pessoal de alguém que prevalece, mas aquilo que sentem ser a vontade de Deus, depois de rezarem e discutirem sobre o problema. Há espaço para ideias até contrárias, mas o que deve prevalecer é a vontade de Deus sobre todos. A solução final foi a melhor que encontraram para acolher os novos cristãos (que não vinham do judaísmo) e os cristãos que eram de tradição judaica. O que foi pedido à comunidade de Antioquia procurava levar em conta as duas realidades: acolher os pagãos sem lhes impor toda tradição judaica (foram dispensados da circuncisão), mas foi pedido que observassem alguns costumes tendo em vista que muitos eram judeus e cresceram observando todas as exigências da tradição da religião judaica. As comunidades cristãs, por certo tempo, ainda tiveram a forte influência dos costumes judaicos, mas com o tempo, todos foram construindo uma nova identidade que é fé cristã onde prescrições alimentarem deixaram de significar um obstáculo para a vivência e a prática da fé e do amor em Cristo.

O texto do Apocalipse (na segunda leitura) nos recorda da nossa esperança sobre a nossa história. Não é um futuro desolador e triste, mas de uma nova cidade que desce do céu. Não seremos nós que iremos habitar junto de Deus, mas é Ele que promete vir morar conosco, mas em uma realidade diferente e transformada. A nova cidade não será algo para as gerações futuras, mas para todos que caminharam com Deus (as doze tribos e os doze apóstolos). Uma nova realidade formada por incontáveis pessoas que escolheram viver e praticar tudo que Nosso Deus e Senhor realizou por nós e pela humanidade, principalmente, através de Jesus Cristo. Deus Pai e Jesus serão o centro de tudo para todos: luz, origem e vida. Mas para chegar lá, tudo tem que ter seu ponto de partida na história e vida de cada pessoa chamada a colocar em pratica (observar) o amor ao próximo.

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