#Reflexão: 6º Domingo do Tempo Comum (13 de fevereiro)

A Igreja, neste domingo (13), celebra o 6º Domingo do Tempo Comum. Reflita e reze com a sua liturgia.

1ª Leitura – Jr 17,5-8

Salmo – Sl 1,1-2.3.4.6 (R.Sl 39,5a)

2ª Leitura – 1Cor 15,12.16-20

Evangelho – Lc 6,17.20-26

BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE VIVEM COMO JESUS

As bem-aventuras são bem conhecidas por todos os cristãos, pois são palavras de profundo encorajamento de Jesus para todos. Nos Evangelhos, há duas versões das bem-aventuranças: em Mateus e em Lucas. Cada um procurou narrar essas palavras seguindo seus esquemas próprios. Mateus coloca essas palavras de consolação no início (abertura) de uma longa pregação. Lucas preferiu situar no meio de várias atividades. Para Mateus, tudo aconteceu no alto de uma montanha (como Moisés). Para Lucas, foi em uma planície e tendo a presença de pessoas de toda a região. Os dois evangelistas informam que as bem-aventuranças têm como público principal os discípulos.

Sabemos que Jesus escolheu viver sua missão diretamente no meio do povo. A encarnação de Cristo foi na mais profunda realidade humana e o que Ele encontrou foi um povo abandonado e esquecido por todos, principalmente pela religião da época.

A situação de pobreza e de doença era entendida pelos religiosos da época como uma espécie de “punição” de Deus: se estão assim, é por que Deus está castigando. Jesus nunca concordou com essa situação, pois colocou sempre o sofrimento, as dores e a realidade humana como centro de sua vida. Jesus sempre se compadeceu de todos, mas, principalmente, daqueles que não tinham nenhum amparo naquele tempo. Assim, Ele curava, abençoava, perdoava e devolvia alegria a todos, particularmente àqueles que foram convencidos de estarem assim “por vontade” de Deus.

Das 9 exortações de bem-aventuranças de Mateus, Lucas escolheu 4. No entanto, as bem-aventuranças de Lucas possuem um particular importante: não estão voltadas para os que vivem na situação de pobreza, fome, choro e outras situações de marginalização, como em Mateus, mas são dirigidas aos discípulos: “Bem-aventurados, vós... (os discípulos)”.

Lucas preferiu quatro situações mais fortes da realidade e as apresenta como algo do presente: aqueles que são pobres, que agora têm fome, que agora choram e que são odiados. Felizes, bem-aventurados, aqueles que (se fazem) pobres, pois o “Reino de Deus é vosso”. Como Jesus, felizes aqueles que descobriram o caminho do Reino fazendo uma escolha pela pobreza como opção de vida. Jesus não era a favor da miséria imposta e nem da pobreza que a maioria da população vivia, mas Ele exortou serem felizes aqueles que escolhem a vida tendo somente o necessário para que o Reino de Deus já se inicie. Esse Reino se inicia com os simples, aqueles que vivem uma vida na partilha e não acumulando bens e riquezas.

O Deus de Jesus não é aquele que se alegra com a fome e a dor de seus filhos e filhas, mas o Mestre Jesus busca alertar que o discípulo deve viver o sofrimento e a realidade de todos; ter fome de justiça pelo próximo; chorar por aqueles que estão em situação de abandono no mundo. Somente aqueles discípulos que são sensíveis ao sofrimento do próximo conseguirão ajudá-los.

Viver como Jesus viveu, isto é, inserido profundamente na humanidade e vivendo intensamente os sofrimentos das pessoas, atrai o ódio daqueles que supõem que tudo tem de ficar como está. Para ter riqueza nas mãos de poucos, é preciso ter a miséria de muitos. Jesus alerta que, se, de um lado, os discípulos podem sofrer toda categoria de perseguição, eles são felizes e devem se alegrar. Sofrer pelo bem que se faz é uma comprovação de que o discípulo está seguindo os passos do Mestre. Jeremias chama atenção de que não devemos colocar nossa confiança nos homens, mas em Deus, pois Nele encontramos tudo de que precisamos para nossa vida e missão.

Após as quatro bem-aventuranças, Lucas apresenta quatro situações exatamente opostas. Na parte das bem-aventuranças, Lucas termina dizendo: “Felizes” e “alegrai-vos” (v. 22 e 23). Agora, o terceiro evangelista usa uma expressão traduzida como “ai” e como, nas quatro anteriores, tudo é dirigido aos discípulos: “Ai de vós”. O “ai” não significa ameaça ou maldição. Ele ocorre várias vezes no Novo Testamento (Mt 11,21; 18,7; 23,13.15; Lc 10,13.42 e 1Cor 9,16) e tem sentido de uma lamentação: “infelizes, coitados de vós...”.

São infelizes aqueles discípulos que se encheram de coisas materiais, pois pensavam que, na riqueza, é que teriam consolação. Quanto mais se apega às coisas materiais, mais se afasta das pessoas e de Deus. Jesus não é contrário à riqueza, mas ao apego que as pessoas têm nelas. Seguindo uma tradição da Bíblia, a riqueza é um dom para ser partilhado, para ajudar ao próximo e aos mais necessitados. Ao acumular e se fechar na riqueza, a pessoa se torna dependente daquilo que deveria ser um instrumento para fazer o bem.

Infelizes daqueles que vivem uma vida egoísta buscando somente se saciar dos bens que possuem. Tais pessoas não enxergam os irmãos e irmãs necessitados, pois estão voltados somente para sua própria satisfação (cf. Is 58,7-11). O discípulo que Jesus deseja é aquele que se compadece e se coloca em ação para ajudar aos necessitados; que vive uma vida voltado para aqueles que estão em situações extremas de privações. Por isso, não vivem uma vida como se o sofrimento de tantos irmãos e irmãs não existisse. Infelizes são os que vivem sorrindo sem se compadecer do próximo.

Por fim, há o alerta de Jesus sobre aqueles que vivem atrás de reconhecimentos e aplausos. Esses são infelizes, pois vivem situações passageiras e vazias. O Mestre Jesus chama atenção daqueles que hoje aplaudem e amanhã traem e condenam. O importante é viver uma vida praticando os valores do Evangelho e ser sinal de que a realidade tem que ser vivida na partilha e na caridade, como o próprio Jesus viveu.

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Ano Pastoral 2022 é iniciado na arquidiocese

Membros do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) se reuniram hoje (05), de modo virtual, para a abertura do Ano Pastoral 2022. No evento, foi apresentada uma carta pastoral de dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R, arcebispo metropolitano. Além disso, o hino oficial do 1º Sínodo Arquidiocesano 2022-2025 foi lançado.

 

A reunião do CAP foi iniciada às 9h, com oração e meditação de Lc 5,1-11, conduzidas por padre Mauro Ricardo de Freitas. O coordenador arquidiocesano de Pastoral, padre Edson Aparecido da Silva, acolheu a todos os presentes, inclusive os novos coordenadores de pastorais, movimentos e ministérios, que iniciaram suas atividades em 2022.

Participantes da reunião do CAP em 5 de fevereiro. Divulgação: Coordenação Arquidiocesana de Pastoral.

Presente no início da reunião, dom Majella saudou a todos, deixando seu incentivo para as atividades pastorais em 2022, com destaque para o 1º Sínodo Arquidiocesano. Por estar representando a arquidiocese de Pouso Alegre na ordenação episcopal de monsenhor Antonio Luiz Catelan Ferreira, em Umuarama (PR), dom Majella se ausentou da reunião, após a sua mensagem. Ele foi representado por cônego Wilson Mário de Morais, vigário geral.

O momento formativo da reunião do CAP foi sobre a Campanha da Fraternidade 2022, conduzido por padre Adilson da Rocha, assessor espiritual da Pastoral da Educação. Além disso, padre Marcos Roberto da Silva, coordenador da Comissão Arquidiocesana para a Liturgia (CAL), apresentou o conteúdo do Caderno Litúrgico nº. 1, lançado pela CAL com Orientações Litúrgico-Pastorais sobre a Liturgia da Palavra nas Celebrações Sacramentais e sobre a Celebração da Palavra.

Em seguida, Suzana Coutinho, da Comissão Arquidiocesana de Animação para o Sínodo dos Bispos 2021-2023, falou sobre a participação da arquidiocese nas atividades desse evento sinodal da Igreja, orientando os presentes a responderem a um questionário enviado para as paróquias e grupos eclesiais.

A reunião prosseguiu com a participação do padre Mauro Ricardo, que apresentou orientações sobre o 1º Sínodo Arquidiocesano, a ser iniciado na próxima Quinta-feira Santa, dia 14 de abril. Além disso, o padre lançou oficialmente o hino do 1º Sínodo Arquidiocesano e agradeceu às compositoras e aos intérpretes.

A composição do hino é de Shirlene Virgínia Cabral Machado com a colaboração de Josiane Marques Vieira, da paróquia São Cristóvão, em Pouso Alegre. Sua seleção foi feita pela subcomissão de Música Litúrgica da CAL. A interpretação e gravação da canção foram feitas por Clayton Andrade, Grasiela Andrade e Leonardo Araújo, da paróquia Santa Rita de Cássia, em Extrema. Todos os envolvidos na composição e gravação foram voluntários.

Baixe o Hino do 1º Sínodo Arquidiocesano 2022 2025.

Baixe a partitura do hino.

Cônego Wilson, representando dom Majella, leu a carta do arcebispo metropolitano para a abertura do Ano Pastoral 2022. No texto, o arcebispo destacou: “Se iniciamos a programação de um novo ano pastoral, desejosos de recuperar muitas das atividades que tivemos que deixar, de adiar ou cancelar, é porque acreditamos na progressiva recuperação de uma normalidade possível”. Além disso, na carta, dom Majella apresentou quais serão as principais atividades pastorais de 2022.

Leia na íntegra a Carta Pastoral de dom Majella sobre o Ano Pastoral 2022.

Após essa leitura, o padre Luciano Aparecido Pereira, assessor da Comissão Bíblico-Catequética, e Kelly Almeida Nicacio do Prado, coordenadora da mesma comissão, apresentaram orientações sobre as atividades catequéticas para este ano, destacando que cada paróquia terá autonomia para organizar suas atividades catequéticas, presenciais ou virtuais, conforme as condições diante da pandemia por COVID-19, e que a abertura do Ano Catequético será no dia 6 de março, 1º Domingo da Quaresma, nas paróquias.

A reunião foi encerrada com comunicados pastorais e a bênção, dada por cônego Wilson. A próxima reunião do CAP será no dia 7 de maio, sábado, às 9h.

 

Com imagens e informações da Coordenação Arquidiocesana de Pastoral. A imagem destacada da notícia apresenta alguns dos participantes da reunião.


#Reflexão: 5º Domingo do Tempo Comum (6 de fevereiro)

A Igreja, neste domingo (6), celebra o 5º Domingo do Tempo Comum. Reflita e reze com a sua liturgia.

1ª Leitura – Is 6,1-2a.3-8

Salmo – Sl 137(138),1-2a.2bc-3.4-5.7c-8 (R. 1c.2a)

2ª Leitura – 1Cor 15,1-11 [mais breve: 1Cor 15,3-8.11]

Evangelho – Lc 5,1-11

Acesse aqui as leituras.

POR CAUSA DE TUA PALAVRA

Depois da frustrante experiência na sinagoga da sua cidade, Jesus continuou sua missão, pregando a Palavra de Deus em outros lugares e cidades. Mais e mais pessoas começaram a procurar Nosso Senhor também para escutá-Lo e não somente devido aos milagres que Ele produzia.

Lucas, no Evangelho deste domingo, nos diz que Jesus, evangelizando ao longo da margem do Lago de Genesaré, encontrou novamente Simão Pedro e outros pescadores. Jesus estivera já na casa de Simão e lá curou sua sogra. Entre eles (Jesus e Pedro), já existia algo de confiança e segurança.

O Evangelho nos apresenta dois grupos distintos: a multidão que seguia e ouvia Jesus e o grupo de pescadores. Jesus procura, pouco a pouco, inserir os pescadores no grupo dos ouvintes da Palavra, dedicando especial atenção a Simão Pedro.

Jesus, observando a multidão e identificando haver duas barcas, solicitou a embarcação de Pedro para que, um pouco longe da margem, pudesse evangelizar. Ele não ordenou, mas pediu. Como é próprio de Nosso Senhor, Ele sempre convidava e solicitava, não ordenava e obrigava ninguém a fazer algo por pressão. Não havia ameaça ou coação, mas um convite a realizar uma parceria. Da barca de Simão, Jesus ensinou a multidão.

Os pescadores não faziam parte do grupo que estava escutando Jesus, pois estavam limpando as redes depois de uma noite de trabalho que não trouxe nenhum fruto. Podemos imaginar o cansaço de uma noite de labuta no lago e a frustração por terem trabalhando em vão. Eles conheciam todos os particulares da pesca, mas isso de nada adiantou. Eles não conseguiram pescar.

Após evangelizar a multidão, Jesus se voltou novamente para Pedro e lhe fez outra proposta que deve ter soado muito estranha para todas as pessoas. Jesus propôs para Simão Pedro retornar ao lago e jogar as redes novamente para a pesca. A reação de Simão, inicialmente, foi natural e espontânea.

Nesta passagem de Lucas, sobressai muito a figura de Simão Pedro. Ele foi sempre nomeado com precedência em relação aos outros discípulos. Jesus conversava se dirigindo diretamente a ele, o que apresenta um profundo testemunho de fé dele diante do pedido de Jesus. Simão era pescador e, por toda sua vida, até aquele momento, fazia o seu trabalho com o máximo de atenção. Entretanto, nem sempre, tudo tinha o mesmo resultado, como naquela noite em que as redes nada conseguiram apanhar.

O pedido de Jesus não foi estranho e difícil de ser realizado. Ele solicitou que Pedro fizesse algo que conhecia, com os meios que sabia utilizar, porém, em uma circunstância diferente. Simão esclareceu que eles já haviam tentado tudo e nada conseguiram. Ademais, era dia e, normalmente, se pescava a noite para os peixes não identificarem as redes. Jesus, primeiro, pediu a Pedro para ir além do costumeiro e da lógica profissional.

Pedro se encontrava em uma situação particularmente embaraçosa, pois todos sabiam que aquilo que Jesus pedira era fora do normal e, certamente, segundo a maioria, destinado ao fracasso. Porém, Simão se jogou totalmente nas palavras de Jesus: “(...) Mas, por causa de tuas palavras!”.

Jesus não pediu coisas estranhas e anormais, mas confiança em sua palavra e em sua orientação. Sem Jesus e sem sua palavra, a atividade dos pescadores seria estranha. Tudo aconteceu, porque foi sugerido por parte de Jesus. Simão Pedro, diante das pessoas que lá estavam, desafiando o normal, lançou as redes novamente no lago. Lucas nos diz que a pesca foi abundante. Da confiança e da barca de Pedro, os peixes foram repartidos e o milagre se tornou fruto e alegria para os outros.

Diante de tudo aquilo, Pedro, publicamente, se lançou aos pés de Jesus. Sua atitude foi de alguém que se reconheceu longe de Deus (pecador). De sua pequenez diante de Jesus, como Isaías (na 1ª leitura), se sentiu diante do chamado e da missão: “um pecador em meio a um povo pecador”. Até aquilo que Pedro sabia fazer se revelou limitado e quase inútil em relação à Palavra de Jesus. A mesma Palavra, que antes alimentou as multidões, se transformou em alimento para muitas pessoas com a pesca milagrosa.

Outros companheiros de profissão de Simão são lembrados por Lucas. Entretanto, o diálogo foi mais estreito com Simão, que representava os demais. Jesus lhe propôs outro ofício que nasceria daquilo que ele sabia fazer, mas de outro modo e em outro lugar: “Doravante serás pescador de homem!”. A palavra “pescador” não traduz bem o original, pois Lucas não usa o mesmo verbo de antes (“lançai as redes para pescar!”). Outra tradução seria: “Doravante serás aquele que vai resgatar homens para vida”. O termo é usado quando alguém está se afogando e é “resgatado para vida” (salvo). Diante no novo pedido de Jesus, todos abandonaram tudo: os barcos e os peixes em abundância que haviam acabado de recolher para seguir Jesus.

Mais do que o milagre da pesca em abundância, sobressai neste Evangelho o princípio da parceria que Jesus propôs inicialmente para Pedro, que se tornou também comum aos outros pescadores. Fazer tudo dando o melhor de si com uma profunda confiança em Jesus. É necessário romper com a simples confiança somente em nós, como se tudo dependesse de cada um somente. É fundamental escutar o que Jesus nos tem a sugerir e propor. Mais do que milagres, Jesus precisa de nós como instrumentos, como também de nossas barcas, de nossas mãos e bocas. O maior milagre não deverá ser para nós somente, mas em nós e por meio de nós para outras pessoas.

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Filho da arquidiocese é ordenado presbítero em Caldas

Padre Fernando José de Freitas foi ordenado presbítero na paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, em Caldas (MG), ontem (29). O novo sacerdote é caldense e atuará como padre na diocese de Leopoldina (MG).

A celebração ocorreu às 10h do último sábado, na igreja matriz de Nossa Senhora do Patrocínio, em Caldas. A cerimônia contou com a presença de autoridades civis e religiosas, familiares e amigos do padre Fernando, vindos das dioceses de Leopoldina e Taubaté (SP) e da arquidiocese de Pouso Alegre, onde o ordenado realizou atividades pastorais. Seu lema de ordenação é "Para curar os feridos no coração", inspirado em Is 61.

Padre Fernando foi ordenado presbítero pela imposição das mãos de dom Edson José Oriolo dos Santos, bispo de Leopoldina, onde o presbítero é incardinado para o serviço da Igreja. Dom Edson foi padre da arquidiocese de Pouso Alegre, de 5 de maio de 1990 até 11 de julho de 2015, quando foi ordenado bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG). Em 25 de janeiro de 2020, dom Edson tomou posse do governo episcopal da diocese de Leopoldina.

Os padrinhos eclesiásticos do novo sacerdote foram dom Edson Oriolo e os padres Jésus Andrade Guimarães e Lucas da Silva Crispim. Seus padrinhos leigos foram Carlos Alexandre de Freitas, Misleine de Cássia Garcia, Nildo Mendes Cardoso e Dulciléia Maria de Carvalho Brito.

Padre Fernando e dom Edson Oriolo. 

Padre Fernando nasceu em Caldas em 17 de agosto de 1987. É filho de Carlos Borromeu de Freitas e Terezinha Garcia de Freitas. Foi criado no distrito de Santana de Caldas. Realizou seus estudos fundamentais em sua cidade natal e cursou o ensino médio no Colégio São José, em Pouso Alegre. Graduou-se em Filosofia na Faculdade Católica de Pouso Alegre e em Teologia, na Faculdade Dehoniana, em Taubaté.

As mãos ungidas de padre Fernando foram desatadas por seus pais, Carlos Borromeu e Terezinha. 

Vocacionalmente, padre Fernando foi incentivado a ser sacerdote pelos padres Sebastião Pereira Dal Poggetto, falecido em 7 de março de 2018, e Antonio Van Baalen, residente em Santana de Caldas. Ele foi seminarista da arquidiocese de Pouso Alegre, de 2003 a 2009, e ainda secretário de dom Edson Oriolo, quando este era padre e pároco da paróquia Bom Jesus, na catedral metropolitana, em Pouso Alegre. Foi também seminarista da diocese de Taubaté de 2011 a 2014.

As mãos do padre Fernando foram ungidas por dom Edson.

Concluídos os seus estudos, padre Fernando foi acolhido pelo atual bispo de Leopoldina, para receber o sacramento da Ordem. Em 8 de fevereiro de 2021, foi admitido às ordens sacras. No mesmo ano, em 11 de fevereiro, recebeu os ministérios de leitor e acólito, e, em 1º de maio de 2021, foi ordenado diácono pelo mesmo bispo, com o lema "Não temas acolher" (Mt 1,20).

Em 19 de janeiro de 2022, padre Fernando foi nomeado por dom Edson como pároco da paróquia do Senhor Bom Jesus dos Aflitos, em Itamarati de Minas (MG), e vice-chanceler do bispado de Leopoldina.

Padre Fernando discursa em sua primeira missa na igreja matriz de Caldas, hoje (30). Divulgação: Paróquia Nossa Senhora Patrocínio - Caldas (MG).

A primeira missa do padre Fernando foi celebrada hoje (30), no distrito de Santana de Caldas, às 10h, com a pregação da Palavra de Deus feita por padre Jésus Andrade Guimarães.

Padres da diocese de Leopoldina e da arquidiocese de Pouso Alegre concelebraram a missa presidida por padre Fernando na igreja matriz de Caldas hoje (30). Divulgação: Paróquia Nossa Senhora Patrocínio - Caldas (MG).

A segunda missa aconteceu no mesmo dia na igreja matriz de Caldas, às 19h, com o sermão feito por padre Hiansen Vieira Franco, pároco da paróquia de São Domingos, em Poços de Caldas, e professor de História da Igreja, na Faculdade Católica de Pouso Alegre.

Padre Hiansen fez o sermão da missa presidida por padre Fernando em Caldas. Divulgação: Paróquia Nossa Senhora Patrocínio - Caldas (MG).

Leia na íntegra a homilia de padre Hiansen.

 

Com informações e imagens de diocese de Leopoldina e da paróquia Nossa Senhora do Patrocínio, em Caldas. A imagem destacada da notícia traz o padre Fernando apresentando as suas mãos ungidas aos fiéis presentes em sua ordenação presbiteral, no dia 29.

 


#Reflexão: 4º Domingo do Tempo Comum (30 de janeiro)

A Igreja, neste domingo (30), celebra o 4º Domingo do Tempo Comum. Reflita e reze com a sua liturgia.

1ª Leitura – Jr 1,4-5.17-19

Salmo – Sl 70,1-2.3-4a.5-6ab.15ab.17 (R.15ab)

2ª Leitura – 1Cor 12,31-13,13

Evangelho – Lc 4,21-30

Acesse aqui as leituras.

O PROFETA NÃO É BEM-VINDO EM SUA PÁTRIA

Domingo passado, ouvimos, no Evangelho de Lucas, o momento em que Jesus decide proclamar na sinagoga de sua cidade que as promessas contidas no livro de Isaías estavam se cumprindo com Ele. Jesus é a realização de tudo que foi anunciado. Porém, Ele o faz ao seu modo e segundo a vontade de Deus. O início do Evangelho de hoje retoma o final do Evangelho. Naquele tempo, como era do costume, quem lia a Escritura também dizia algumas palavras conforme os ensinamentos dos rabinos. Entretanto, Jesus não fez isso.

Ele inicia afirmando que “Hoje se cumpriu esta Escritura”. É muito expressivo e significativo o termo “hoje”, que trata do “momento do encontro” com Deus que se revela e se deixa tocar por todos. Jesus leu uma sequência de sinais no texto de Isaías que, segundo Ele, estavam já acontecendo (hoje) no meio do povo. Lucas relata o sentimento inicial de “espanto pelas maravilhas” que todos na sinagoga já tinham conhecimento, mas principalmente por suas “palavras de graça”.

A fama de Jesus já chegara a Nazaré, pois, antes, Nosso Senhor fizera alguns milagres em Cafarnaum e os seus ouvintes esperavam que tudo se repetisse também naquela cidade (Nazaré) e naquele lugar (sinagoga). A admiração em relação a Jesus se tornou maior quando identificam que aquele pregador era “Filho de José”. Tudo parecia estar caminhando bem na sinagoga de Nazaré. Jesus já era conhecido como alguém que realizava milagres e pertencente a uma família da cidade, cujo pai era praticante das leis e dos bons costumes.

Jesus se antecipa àquilo que, certamente, iriam Lhe pedir: fazer os mesmos milagres que Ele realizara em Cafarnaum. Porém, Jesus critica e condena o modo de todos avaliarem quem Ele era.

Para mostrar o risco de prender fé a sinais, Jesus cita dois exemplos do passado do povo de Deus. De um lado, dois profetas, Elias e Eliseu; do outro, dois personagens que não eram entre os melhores representantes de pessoas justas e observantes da lei. A mulher que acolhe Elias era viúva (havia grandes preconceitos e inúmeras dificuldades para uma mulher nessas condições), não obstante, a pobreza em que se encontrava, a fome, pois vivia sozinha com seu filho. A viúva acreditou nas palavras do profeta. O sírio Naamã era pagão e, ainda por cima, estava com lepra, mas acreditou, após refutar no início, nas palavras do profeta. Jesus sentia que todos queriam ver sinais e sabia que a familiaridade que todos nutriam por Ele poderia ser um obstáculo.

Após Jesus se recusar a fazer tudo conforme os conterrâneos da sinagoga de Nazaré esperavam, são Lucas nos informa que todos se encheram de cólera, após as palavras de Cristo. Jesus não estava interessado em se promover ou se tornar conhecido como alguém com poderes e um grande milagreiro, mas em anunciar a realização das promessas de Deus, as quais vão muito além da realização de curas e milagres. Não faltava “poder” em Jesus, mas “fé” nos seus ouvintes. Eles não queriam “ouvir”, mas “ver” sinais.

Era ainda um grande problema para muitos que afirmavam acreditar em Jesus. São ansiosos por sinais e milagres e não querem ouvir suas palavras e colocar em prática seus ensinamentos. É fundamental lembrar que naquela sinagoga estavam de pessoas religiosas, familiarizadas com muitos sinais de Deus em suas vidas (Palavra de Deus, oração, sinagoga...), mas que, no fundo, estavam fechadas à graça de Deus.

Jesus quer, hoje e sempre, renovar seu amor por nós e nos ensinar e nos orientar o que devemos fazer. Como na sinagoga de Nazaré, muitos não concordam com aquilo que Deus quer nos falar, pois estão somente interessados em dizer o que Deus precisa fazer e realizar em suas vidas.

A rejeição de todos que se diziam religiosos é clara: se levantaram, arrastaram Jesus para fora da cidade com intenção de matá-lo, jogando-O em um precipício (forçando-O a se manifestar). Mais do que dar propriamente um fim em Jesus, queriam intimidá-Lo e ameaçá-Lo a se manifestar ou se arrepender de tudo que dissera.

Na primeira leitura, ouvimos um trecho do profeta Jeremias que recorda a sua vocação. Esse profeta era alguém especial, escolhido por Deus para ser proclamador de sua palavra. Deus prometeu torná-lo uma “coluna de ferro e um muro de bronze”. O profeta não era enviado sozinho jamais! Ele tinha Deus sempre consigo, principalmente nas palavras que procura anunciar. Todos os profetas tiveram momentos difíceis, pois quase sempre tudo que anunciam não estava conforme a vontade das pessoas.

Lucas, no Evangelho, diz que, após terem levado Jesus até a beira do penhasco, Ele simplesmente passou no meio deles e continuou seu caminho. Ele estava confiante e seguro, ancorado em Deus. Mesmo diante de tantas ameaças e intimidações, Jesus não mudou de ideia e nem de comportamento.

Não podemos nos esquecer que, muito mais importante do que nossos esquemas pessoais de fé e até a nossa ideia sobre Jesus, devemos estar atentos em ouvi-Lo, pois sua Palavra é de vida eterna. A comunidade de Corinto estava se perdendo em meio a tantos dons e carismas, conforme ouvimos na segunda leitura. Ela estava se tornando um pouco como a sinagoga de Nazaré: cheia de pessoas religiosas, mas cada um com sua ideia pessoal sobre dons e manifestações. Paulo, com um hino lindíssimo sobre o amor, exorta sua comunidade a jamais se esquecer de que tudo deve ser realizado tendo como base a verdadeira Caridade, que tem sua origem em Deus. O modo como é descrita a caridade nada mais é que o próprio modo de Deus nos amar. O mais importante não são os dons mesmos. Porém, por meio deles, cada um é chamado a manifestar o amor de Deus.

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#Reflexão: 3º Domingo do Tempo Comum (23 de janeiro)

A Igreja, neste domingo (23), celebra o 3º Domingo do Tempo Comum. Reflita e reze com a sua liturgia.

1ª Leitura – Ne 8,2-4a.5-6.8-10

Salmo – Sl 18,8.9.10.15 (R. Jo 6,63c)

2ª Leitura – 1Cor 12,12-30

Evangelho – Lc 1,1-4;4,14-21

Acesse aqui as leituras.

 

JESUS É A ALEGRIA E A FORÇA DE DEUS PARA NÓS

Sabemos da grande importância de reservarmos um tempo para Deus, não alguns momentos dispersos, mas algo que seja significativo para podermos experimentar diariamente o amor de Deus. A misericórdia e as graças de que precisamos são dons profundos que Deus quer nos conceder sempre, diariamente.

Na primeira leitura, vemos como o povo de Deus, reunido em uma praça, valoriza o Dia do Senhor e a sua Palavra. Os judeus guardam o sábado. Nós, cristãos, devemos guardar o domingo. Os sacerdotes e os levitas proclamam, explicam e apresentam a Palavra de Deus como expressão da própria presença de Deus, por isso, todos escutam com atenção, se emocionam, se dispõem a ouvir, acolher com cuidado cada particular e, por fim, O adoram. O Dia do Senhor é um momento especial, de festa e alegria, pois, de fato, Deus quer participar e compor o nosso tempo para, junto conosco, construir a nossa história. Ele não pode ser somente uma “lembrança em certos momentos”, mas nós precisamos reservar um digno e especial tempo para ouvi-Lo e adorá-Lo.

Jesus Cristo é o Verbo de Deus, expressão do seu agir e da Palavra que salva. Neste domingo, recordamos os primeiros passos de Jesus que, depois do Batismo, inicia oficialmente a sua missão solenemente na sinagoga de sua cidade. Este local de oração era um espaço especial de meditação e estudo da Palavra de Deus.

As primeiras palavras do texto do Evangelho lembram a dedicação e a seriedade daquilo que Lucas procurou realizar com o seu escrito. Não se trata de fantasias ou lendas. Tudo que decidiu contar são fatos (“acontecimentos”) que ele procurou pesquisar junto daqueles que foram testemunhas de tudo. Tudo é para conhecer a “solidez dos ensinamentos” de Jesus e que não é algo para “meros curiosos”, mas para pessoas de fé.

O evangelista soube criar um ambiente de expectativa naquele dia em que Jesus iniciou sua missão. Como bom judeu, em dia consagrado ao Senhor, segundo o costume judaico (o sábado), Ele entrou na sinagoga na pequena Nazaré, um lugar simples, considerado sem valor pelas autoridades religiosas de Jerusalém.

Conforme a tradição naquele tempo nas sinagogas, se fazia a leitura de dois textos do AT (um do Pentateuco e um dos Profetas). O segundo leitor propunha uma explicação sempre segundo os rabinos daquele tempo. Porém, Jesus não fez assim. Inicialmente, tudo começou como sempre se fazia: a leitura e o cuidado para com o texto Sagrado. Após a leitura — como um Novo Mestre —, Jesus sentou-se e começou a ensinar algo diferente.

A passagem escolhida por Jesus que todos ouviram foi retirada do profeta Isaías. São palavras de esperança em relação à solidariedade de Deus. Fala de alguém enviado por Deus e ungido, que possui a força que vem do alto. Ele nada faz por conta própria, mas em nome de Deus. Isaías prossegue revelando a transformação que Deus promete realizar em meio ao seu povo. É o que Jesus assume em sua vida na sinagoga de Nazaré.

Não se trata de um programa social em que todas as desigualdades sociais serão eliminadas. Os primeiros a receberem algo de Deus são os pobres: receberão a Boa Nova. Ele não se tornou “mais um pobre entre os pobres”, mas procurou mostrar que o sentido maior para a nossa vida vai além das coisas materiais e valores sociais. A maior pobreza é aquela espiritual (fruto do pecado) que acorrenta o ser humano em uma decadência humana. Jesus é a libertação e o resgate de toda indigência ocasionada pelo pecado.

O texto de Isaías continua afirmando a libertação de todos os prisioneiros. Muitos vivem em uma verdadeira prisão devido a seus pecados. Tais pessoas tornam-se escravas, dependentes e aprisionadas, impedidas de viver com intensidade e plenitude. Jesus é o resgate que a humanidade esperava.

A cura da cegueira não é somente “mais um milagre” que Jesus promete realizar. Para o povo da Bíblia, a cegueira impede as pessoas de viver na luz. O pecado torna as pessoas pobres de espírito, acorrentadas a uma vida de escravos e que lhes rouba a paz, tornando suas vidas uma constante escuridão.

A libertação da opressão, prometida nas últimas palavras de Isaías, retrata tudo que oprime o coração de todos como: ódio, rancor, raiva e espírito de vingança. Jesus é aquele que pode dar outro sentido a nossa história e transformar tudo em graça do Senhor, como um tempo de graça ou ano Jubilar de graça para os judeus.

Jesus, na sinagoga de Nazaré, esclarece e estabelece a sua missão, baseada na Palavra de Deus, mas atualizada na história. Significativa e expressiva é a palavra “Hoje!” pronunciada depois da leitura de Isaías. Tudo que era promessa se realiza naquele tempo e em todos os tempos. Jesus é o “hoje e sempre” de Deus, que quer, a cada dia e na vida de cada pessoa, continuar promovendo liberdade, luz e doar misericórdia.

O nosso testemunho de fé e de vida devem ser a melhor forma de anunciar e proclamar hoje e a todos que Deus pode transformar a vida de cada pessoa e, assim, transformar o mundo. Paulo, na segunda leitura, lembra sua comunidade de que entre todos devem imperar a unidade e a ajuda mútua, pois somos todos irmãos e irmãs pelo Batismo e chamados a viver uma vida de partilha daquilo que é graça de Deus em nossas vidas.

Com as palavras de Isaías, Jesus constitui todo o seu programa de vida que podemos perceber em sua missão: a Boa Nova foi anunciada com intensidade aos pobres e a todos que O acolhem; muitos prisioneiros do pecado e de doenças foram resgatados e libertados; inúmeros encarcerados pelo ódio e o próprio mal foram trazidos à luz da verdade. E, tudo foi feito sem colocar condições ou exigir algo de nós. Por fim, Jesus deixou um grande dom que atualiza na vida de cada pessoa o amor de Deus: seus ensinamentos, suas palavras e a Eucaristia.

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Novena do padroeiro da arquidiocese é iniciada em paróquias

A memória festiva de São Sebastião, padroeiro da arquidiocese de Pouso Alegre, será celebrada no dia 20 de janeiro. A novena em preparação a essa comemoração é iniciada, hoje (11), em paróquias da arquidiocese.

 

São Sebastião viveu no século III e é um santo muito popular. Provavelmente, natural de Milão (Itália) ou Narbona (França), viveu em Roma (Itália). Foi soldado romano, capitão da guarda pessoal do imperador Diocleciano ou Maximiano, por não se ter exatidão em sua cronologia. Pelo fato de Sebastião ser cristão, foi denunciado e preso. Foi condenado a morte pelo imperador a flechadas, considerado traidor por ser brando com os cristãos, perseguidos naquele tempo. Foi dado como morto e seu corpo foi jogado em um rio. Foi encontrado ainda com vida por Irene e socorrido por ela. Novamente, Sebastião apresentou-se ao imperador, que o condenou a morrer por espancamento. Morto, seu corpo foi jogado no esgoto público de Roma. Resgatado por Lucina (também conhecida como Luciana), foi sepultado em catacumbas. Há uma versão da história de São Sebastião que diz que seu corpo foi enterrado no jardim da casa de Lucina, onde, hoje, existe uma basílica a ele dedicada, na Via Ápia, em Roma, que recebe devotos de todo o mundo. São Sebastião é mártir da Igreja e sua festa é celebrada em 20 de janeiro.

Imagem e andor de São Sebastião, em 20 de janeiro de 2020. Reprodução/Catedral Metropolitana de Pouso Alegre.

São Sebastião é o padroeiro da arquidiocese de Pouso Alegre. O bispado de Pouso Alegre foi erigido no dia 4 de agosto de 1900, pelo decreto pontifício Regio Latissime patens, pelo papa Leão XIII. Em 14 de abril de 1962, com decreto do papa João XXIII, o bispado de Pouso Alegre foi elevado à dignidade de arcebispado, sendo a sede metropolitana da província eclesiástica que engloba as dioceses de Guaxupé, Campanha e a sede arquiepiscopal, Pouso Alegre. São Sebastião é o padroeiro da arquidiocese de Pouso Alegre.

Saiba mais sobre a história da arquidiocese.

Divulgação da novena de São Sebastião 2022. Reprodução/Catedral Metropolitana de Pouso Alegre. 

Na catedral metropolitana, começa, hoje (11), a novena preparatória à Festa de São Sebastião. Côn. Vonilton Augusto Ferreira, cura, e pe. Marcos Eduardo Caliari, vigário paroquial, acompanham as celebrações que acontecem até o dia 19 de janeiro, às 19h. Neste ano, o tema da novena é o lema comemorativo dos 60 anos da arquidiocese de Pouso Alegre: “Firme como árvore plantada à beira do rio, dá fruto no tempo devido” (Sl 1,3). A novena terá a participação das pastorais, movimentos e ministérios da paróquia do Bom Jesus, à qual pertence a catedral. No dia 23 de setembro de 2022, a arquidiocese celebrará seus 60 anos de instalação canônica.

Cônego Vonilton, dom Majella e padre Marcos Caliari, na missa festiva de São Sebastião, em 20 de janeiro de 2021. Reprodução/Catedral Metropolitana de Pouso Alegre.

A novena de São Sebastião também acontece em mais paróquias da arquidiocese, presentes nas cidades que tem o soldado mártir como padroeiro: Senador José Bento, Senador Amaral, São Sebastião da Bela Vista, Itapeva, Carvalhópolis, Bom Repouso e Andradas.

Para dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., arcebispo metropolitano, "São Sebastião falou de Jesus e conduziu muitos encarcerados até Ele. Se somos cristãos, é porque alguém nos falou de Jesus e nos conduziu até Ele. Alguém nos apontou o caminho, nos apontou Jesus. Como católicos, precisamos acompanhar quem está sendo mais afetado pela atual crise desta pandemia, mesmo que fisicamente confinados, há muitas maneiras de chegar aos outros".

Dom Majella incensa a imagem de São Sebastião, em 20 de janeiro de 2020. Reprodução/Catedral Metropolitana de Pouso Alegre.

Acompanhe as transmissões das celebrações da novena de São Sebastião nessas paróquias, clicando nos nomes destacados.

 

A imagem destacada da notícia é de imagem e andor de São Sebastião, na catedral metropolitana. Reprodução/Catedral Metropolitana de Pouso Alegre.


#Reflexão: 2º Domingo do Tempo Comum (16 de janeiro)

A Igreja, neste domingo (16), celebra o 2º Domingo do Tempo Comum. Reflita e reze com a sua liturgia.

1ª Leitura – Is 62,1-5

Salmo – Sl 95,1-2a.2b-3.7-8a.9-10a.c (R. 1a.3b)

2ª Leitura – 1Cor 12,4-11

Evangelho – Jo 2,1-11

Acesse aqui as leituras.

 

AS BODAS DE CANÁ

No domingo passado, recordamos o início da vida pública de Jesus, que tem seu ponto de partida com o Batismo que Ele recebeu de João Batista. Com Jesus, todas as promessas de Deus começaram a se realizar para o povo de Deus. Entre tantas, Jesus procurou desfazer a imagem de Deus severo, distante e frio, que todos conheciam, mostrando que nosso Deus é próximo e Pai de todos.

Isaías, na 1ª leitura, nos diz que o nosso Deus é irrequieto em relação ao seu povo. Procura resgatar de todos os modos, recuperar e animar seus filhos, apesar da imensa dor e sofrimento que todos ainda estavam enfrentando com a destruição promovida por povos estrangeiros. Nosso Deus prometeu um compromisso pleno e duradouro, da mesma forma quando um casal celebra seu matrimônio.

Bodas de Deus com seu povo, talvez, essa tenha sido a motivação do evangelista João ao narrar o primeiro sinal público de Jesus, não pregando e realizando milagres entre os pobres e doentes, nem mesmo participando de uma celebração, mas em uma festa de matrimônio.

Para as Bodas do Evangelho, tudo estava preparado e tudo indicava que se tratava de uma família importante pela quantidade de talhas para purificação de todos. Os noivos até contrataram um mestre de cerimônias. Todos os convidados já estavam festejando o casamento e a Mãe de Jesus estava no local. Jesus é mencionado como alguém que se somou aos outros convidados. Sua mãe é que tem atenção dos noivos.

O casal, os principais do casamento, pouco aparece. Há todo um movimento de outras pessoas (Maria, Jesus e os servos) que descobrem o problema e procuram uma solução. Quem preparou as Bodas foi duplamente ineficiente: em relação à quantidade de bebida e não percebeu ainda o que estava por acontecer.

A “festa” na Bíblia é sempre um sinal de felicidade entre as pessoas que festejam e, juntos, se alegram. O “vinho” expressa sempre a alegria que o ser humano é chamado a viver neste mundo: ter vinho e consumi-lo é sempre sinal de tranquilidade, de conquista através do trabalho humano que culmina com banquete e bebida. Porém, o casal estava próximo de um vexame com a possível falta de vinho. Nem tudo estava perfeito no casamento. A Mãe de Jesus estava atenta a tudo e se moveu para resolver o problema. Ninguém ainda conhecia Jesus, mas sua mãe, sim! Ela apresentou a questão ao seu Filho. Maria representou todo Israel que acreditava nas promessas de Deus e pedia incessantemente por sua gente. Jesus respondeu, procurando conter a ansiedade de sua Mãe, mostrando que tudo tem seu tempo. Ademais, aqueles que eram os responsáveis e os noivos (os principais interessados) nada pediram a Ele. Porém, qual filho deixa de atender um pedido de sua mãe?

As palavras de Maria são o centro de toda história: “façam tudo que Ele pedir”! João nos informa haver lá seis jarros para a purificação conforme o costume dos judeus. Estavam vazios (já cumpriram sua função). Eram de pedras (difíceis de serem movidas) e utilizadas, normalmente, no Templo para os rituais de purificação. O casamento foi realizado seguindo todos os costumes judaicos, mas não foi suficiente para dar a alegria perfeita para o casal, pois o vinho estava por acabar. Aqui temos a dica que não se trata somente de um casamento para o evangelista João, mas esse casamento representava a própria situação da religião da época: tudo conforme as leis, mas tudo estava por terminar sem alegria e numa grande frustração.

Os servos da festa se tornaram a peça fundamental no desenrolar da história. Primeiro, eles creram na palavra de Maria e ela solicitou que eles acreditassem nas palavras de Jesus. Os servos demonstraram serem pessoas com profunda fé, mas, principalmente, eram pessoas do serviço, pois faziam tudo: eles encheram as ânforas de água e, depois, sempre confiantes em Jesus, levaram ao mestre-sala.

O organizador do casamento descobriu se tratar de um vinho muito bom e fez um comentário com o noivo sobre a qualidade espetacular do vinho que ele achava estar escondido. Tudo aconteceu nas mesmas ânforas que estavam vazias, que Jesus pediu que fossem enchidas de água. Jesus preencheu o vazio da religião judaica. Jesus não rompeu com a religião judaica, mas veio oferecer um “vinho melhor” dentro dela.

Os dois vinhos que, segundo o Evangelho de hoje, eram usados nas festas (primeiro o bom vinho, depois um vinho inferior) recordam a própria história da religião de Israel. Tudo inicialmente foi um “vinho bom” que a religião concedia um tempo atrás ao povo judeu, mas, depois, passou a servir somente “vinho ruim” e, no tempo de Jesus, até o ruim estava acabando. Jesus é aquele que transforma água, que representa “vida”, em vinho bom. O “vinho ruim” que todos já beberam já acabara bem antes do “vinho melhor”, servido no início da festa. Jesus oferece não somente algo novo (mais vinho), mas algo melhor (vinho bom).

Jesus é o “Noivo” que prepara o “vinho novo e melhor”, é a fonte de tudo que o povo esperava. Foram usadas seis talhas de pedra. Esse número representa a imperfeição, mas Jesus é a nova fonte de toda alegria. Ele encheu as talhas antigas e se ofereceu como fonte perene e nova para o povo de Deus.

Na passagem de hoje, os noivos das bodas não foram mencionados para que tudo se concentrasse naquele que é o “Novo Noivo” para o povo de Deus. Maria representa o povo de Deus, que acredita na nova promessa que é Jesus e confia sempre em Deus, mesmo sem ver sinais: é o povo que não perdeu a esperança. Ela conclama os servos a fazem o mesmo: confiar nas palavras de Jesus. Maria é a pessoa de fé que ensina a crer em Jesus, em suas palavras, independentemente de qualquer sinal ou milagre.

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Pastoral da Comunicação apresenta nova organização e agenda 2022

Em vídeo para as redes sociais, padre Thiago de Oliveira Raymundo, em nome dos assessores eclesiásticos da Pastoral da Comunicação (Pascom), apresentou hoje (9) como essa pastoral está organizada e quais serão as atividades realizadas neste ano.

Após o falecimento de padre Andrey Cássio Nicioli Silva, em 18 de outubro de 2021, até então assessor eclesiástico da Pascom na arquidiocese de Pouso Alegre (MG), novos padres e diáconos, a pedido de dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R., assumiram as atividades dessa ação pastoral.

A assessoria da Pascom conta com a participação de 27 pessoas: 10 clérigos (8 padres e 2 diáconos) e 17 cristãos leigos, que se dividem em 5 grupos de trabalho (GTs). A coordenação da assessoria eclesiástica está sob responsabilidade de padre Thiago de Oliveira Raymundo, vigário nomeado para a paróquia Nossa Senhora da Conceição, em Camanducaia (MG). O coordenador da Pascom é o cristão leigo Alexandre Augusto Mendonça, da paróquia Santo Antônio, em Pouso Alegre.

Os GTs da Pascom atuam em 5 frentes de comunicação arquidiocesana: este site (www.arquidiocesepa.org.br), as páginas oficiais da arquidiocese nas Redes Sociais (Facebook e Instagram), o seu canal no Youtube, as atividades relacionadas ao 1º Sínodo Arquidiocesano e a causa de beatificação do monsenhor Alderigi.

Confira, a seguir, os membros dos GTs.

Membros do GT Site.
Membros do GT Redes Sociais.
Membros do GT YouTube.
Membros do GT 1º Sínodo Arquidiocesano.
Membros do GT Monsenhor Alderigi.

A Pascom está presente em 57 das 67 paróquias da arquidiocese de Pouso Alegre, o que representa uma abrangência de 82,6% do território arquidiocesano. Ao todo, a Pascom conta com o auxílio pastoral de 224 voluntários, atuantes nessas paróquias.

Para o ano de 2022, padre Thiago ressaltou, em vídeo, a importância de participar dos eventos arquidiocesanos e provinciais programados para a Pascom para 2022 e também dar apoio e se envolver nas atividades do Sínodo dos Bispos e do 1º Sínodo Arquidiocesano. Além disso, o padre assessor ressaltou que, neste ano, o objetivo da Pascom será desenvolver a capacidade da escuta para comunicar melhor Jesus e a Boa Nova do Reino na Igreja e no mundo, seguindo a proposta da Pascom Brasil.

Veja a mensagem de padre Thiago:

A programação 2022 e a nova organização da Pascom foram construídas em reunião no dia 6 de novembro de 2021, na cúria metropolitana, com a presença de dom Majella.

O objetivo definido para a Pascom neste ano é:

Motivados pelo Sínodo dos Bispos sobre sinodalidade e pelo 1º Sínodo Arquidiocesano e com a proposta do Papa Francisco para o 56º Dia Mundial das Comunicações Sociais, a partir de Jesus Cristo, escutar os comunicadores, levando a esperança e a alegria do Evangelho nas comunidades eclesiais missionárias.

Reunião de membros dos novos GTs da Pascom em 6 de novembro de 2021.

Incentivados por dom Majella, os membros da Pascom são chamados a:

"Fazer escola, trabalhando com mais pessoas; focar na evangelização e no diálogo com a sociedade; ir além dos avisos paroquiais, folhetos litúrgicos e textos longos; e caminhar de forma integrada para dar sentido à pastoral, à evangelização", pediu o arcebispo para ser desenvolvido nessa pastoral.

Faça o download da organização dos GTs da Pascom Arquidiocese de Pouso Alegre 2022.

Faça o download do Planejamento 2022 da Pascom

 

Com imagens de Cláudia Couto, pela Pastoral da Comunicação.

A imagem destacada da notícia é dos participantes da reunião da Pascom, em 6 de novembro de 2021.


Seminaristas da arquidiocese fazem experiência missionária

De 6 a 21 de janeiro, seminaristas do 4º ano da Etapa Configurativa da arquidiocese de Pouso Alegre realizam experiência missionária na paróquia São Pedro do Fanado, em Minas Novas, na diocese de Araçuaí (MG).

 

Os seminaristas Dioni Acácio da Silva, Tainan Francisco de Paula e Valter Virgínio Pereira participam desse projeto missionário.

 Seminaristas da arquidiocese de Pouso Alegre participantes do projeto missionário. Foto: Arquivo pessoal dos seminaristas.

A experiência missionária envolve seminaristas de dioceses dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná.

Divulgação oficial do projeto. Fonte: paróquia São Pedro.

O projeto pretende proporcionar encontro de candidatos ao sacerdócio com o Povo de Deus e uma experiência missionária que auxilie a formação de futuros padres.

Dom Esmeraldo Barreto de Farias, bispo de Araçuaí, e padre Carlos Magno, pároco da paróquia onde acontecem as atividades missionárias, acompanham os seminaristas.

 

Com informações e fotos dos seminaristas participantes. Foto destacada da notícia é da Pascom "Diocese de Araçuaí".