Paróquia de Extrema tem novo pároco e novo vigário paroquial

O Arcebispo Metropolitano de Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R., deu posse canônica ao novo pároco da Paróquia Santa Rita de Cássia e novo Reitor do Santuário, padre Benedito Ferreira da Costa, na manhã deste domingo (22). Na oportunidade também foi acolhido oficialmente o novo vigário paroquial, padre Leandro Luís Mota Ribeiro. Outros padres da Arquidiocese também concelebraram a Eucaristia, a qual teve a participação de um grande número de fiéis.

No início da celebração foi feita a leitura do Decreto de posse canônica. De joelhos, de frente para o altar, padre Benedito fez a sua profissão de fé e juramento de fidelidade, como é pedido a todo cristão que vá assumir um ofício dentro da Igreja. Após a homilia, dando continuidade ao rito canônico, o novo pároco foi conduzido pelo Arcebispo até a porta da Matriz, onde lhe entregou as chaves da Igreja; à pia batismal; ao confessionário; ao Sacrário; e, por fim, à cadeira da presdiência. Após a assinatura dos documentos, Dom Majella, com muita alegria, apresentou padre Benedito e padre Leandro Luís para toda comunidade paroquial.


Bispos reunidos em Assembleia enviam mensagem ao Povo de Deus

O cardeal Sergio da Rocha, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) falou aos jornalistas reunidos na Coletiva de Imprensa da 56ª Assembleia Geral da entidade, na tarde do dia 19 de abril, e pediu a dom Murilo Krieger, vice-presidente que lesse a mensagem da conferência ao povo de Deus. O documento registra a comunhão do episcopado brasileiro com o papa Francisco e destaca a necessidade de promover o diálogo respeitoso para estimular a comunhão na fé em tempo de politização e polarizações nas redes sociais. A mensagem retoma a natureza e a missão da entidade na sociedade brasileira.

Confira, na sequência, a íntegra do documento que será enviado à todas as 277 circunscrições eclesiásticas do Brasil, incluindo arquidioceses, dioceses, prelazias, entre outras.

Leia a Mensagem:

MENSAGEM DA CONFERÊNCIA NACIONAL DOS BISPOS DO BRASIL AO POVO DE DEUS

O que vimos e ouvimos nós vos anunciamos, para que também vós tenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com o seu Filho Jesus Cristo (1Jo 1,3)

Em comunhão com o Papa Francisco, nós, Bispos membros da CNBB, reunidos na 56ª Assembleia Geral, em Aparecida – SP, agradecemos a Deus pelos 65 anos da CNBB, dom de Deus para a Igreja e para a sociedade brasileira. Convidamos os membros de nossas comunidades e todas as pessoas de boa vontade a se associarem à reflexão que fazemos sobre nossa missão e assumirem conosco o compromisso de percorrer este caminho de comunhão e serviço.

Vivemos um tempo de politização e polarizações que geram polêmicas pelas redes sociais e atingem a CNBB. Queremos promover o diálogo respeitoso, que estimule e faça crescer a nossa comunhão na fé, pois, só permanecendo unidos em Cristo podemos experimentar a alegria de ser discípulos missionários.

A Igreja fundada por Cristo é mistério de comunhão: “povo reunido na unidade do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (São Cipriano). Como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela (cf. Ef 5,25), assim devemos amá-la e por ela nos doar. Por isso, não é possível compreender a Igreja simplesmente a partir de categorias sociológicas, políticas e ideológicas, pois ela é, na história, o povo de Deus, o corpo de Cristo, e o templo do Espírito Santo.

Nós, Bispos da Igreja Católica, sucessores dos Apóstolos, estamos unidos entre nós por uma fraternidade sacramental e em comunhão com o sucessor de Pedro; isso nos constitui um colégio a serviço da Igreja (cf. Christus Dominus, 3). O nosso afeto colegial se concretiza também nas Conferências Episcopais, expressão da catolicidade e unidade da Igreja. O Concílio Vaticano II, na Lumen Gentium, 23, atribui o surgimento das Conferências à Divina Providência e, no decreto Christus Dominus, 37, determina que sejam estabelecidas em todos os países em que está presente a Igreja.

Em sua missão evangelizadora, a CNBB vem servindo à sociedade brasileira, pautando sua atuação pelo Evangelho e pelo Magistério, particularmente pela Doutrina Social da Igreja. “A fé age pela caridade” (Gl 5,6); por isso, a Igreja, a partir de Jesus Cristo, que revela o mistério do homem, promove o humanismo integral e solidário em defesa da vida, desde a concepção até o fim natural. Igualmente, a opção preferencial pelos pobres é uma marca distintiva da história desta Conferência. O Papa Bento XVI afirmou que “a opção preferencial pelos pobres está implícita na fé cristológica naquele Deus que se fez pobre por nós, para enriquecer-nos com a sua pobreza”. É a partir de Jesus Cristo que a Igreja se dedica aos pobres e marginalizados, pois neles ela toca a própria carne sofredora de Cristo, como exorta o Papa Francisco.

A CNBB não se identifica com nenhuma ideologia ou partido político. As ideologias levam a dois erros nocivos: por um lado, transformar o cristianismo numa espécie de ONG, sem levar em conta a graça e a união interior com Cristo; por outro, viver entregue ao intimismo, suspeitando do compromisso social dos outros e considerando-o superficial e mundano (cf. Gaudete et Exsultate, n. 100-101).

Ao assumir posicionamentos pastorais em questões sociais, econômicas e políticas, a CNBB o faz por exigência do Evangelho. A Igreja reivindica sempre a liberdade, a que tem direito, para pronunciar o seu juízo moral acerca das realidades sociais, sempre que os direitos fundamentais da pessoa, o bem comum ou a salvação humana o exigirem (cf. Gaudium et Spes, 76). Isso nos compromete profeticamente. Não podemos nos calar quando a vida é ameaçada, os direitos desrespeitados, a justiça corrompida e a violência instaurada. Se, por este motivo, formos perseguidos, nos configuraremos a Jesus Cristo, vivendo a bem-aventurança da perseguição (Mt 5,11).

A Conferência Episcopal, como instituição colegiada, não pode ser responsabilizada por palavras ou ações isoladas que não estejam em sintonia com a fé da Igreja, sua liturgia e doutrina social, mesmo quando realizadas por eclesiásticos.

Neste Ano Nacional do Laicato, conclamamos todos os fiéis a viverem a integralidade da fé, na comunhão eclesial, construindo uma sociedade impregnada dos valores do Reino de Deus. Para isso, a liberdade de expressão e o diálogo responsável são indispensáveis. Devem, porém, ser pautados pela verdade, fortaleza, prudência, reverência e amor “para com aqueles que, em razão do seu cargo, representam a pessoa de Cristo” (LG 37). “Para discernir a verdade, é preciso examinar aquilo que favorece a comunhão e promove o bem e aquilo que, ao invés, tende a isolar, dividir e contrapor” (Papa Francisco, Mensagem para o 52º dia Mundial das Comunicações de 2018).

Deste Santuário de Nossa Senhora Aparecida, invocamos, por sua materna intercessão, abundantes bênçãos divinas sobre todos.

Aparecida-SP, 19 de abril de 2018.

Cardeal Sergio da Rocha

Arcebispo de Brasília – DF

Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ

Arcebispo São Salvador da Bahia

Vice-Presidente da CNBB


Bispos em Assembleia enviam mensagem por ocasião das eleições 2018

Um dos documentos mais esperados da 56ª Assembleia Geral da CNBB foi a mensagem sobre as eleições deste ano de 2018, divulgada na tarde desta quinta-feira, 19 de abril, pela Presidência da Conferência. Nela, os bispos reconhecem que “Ao abdicarem da ética e da busca do bem comum, muitos agentes públicos e privados tornaram-se protagonistas de um cenário desolador“.

A apresentação da mensagem foi feita por dom Murilo Krieger, arcebispo de Salvador (BA) e Primaz do Brasil. Ele atendeu a imprensa, numa entrevista coletiva realizada no centro de Eventos Pe. Vítor Coelho de Almeida, localizado no pátio do Santuário Nacional, em Aparecida. Na companhia dele estava o arcebispo de Brasília (DF) e presidente da entidade, cardeal Sergio da Rocha e o arcebispo de Porto Alegre (RS), dom Jaime Spengler.

Compromisso e esperança

Intitulada “Eleições 2018: compromisso e esperança“, a mensagem da 56ª assembleia geral da CNBB ao povo brasileiro tem 11 breves parágrafos.

No primeiro, os bispos citam os dois últimos Papas: um trecho da primeira encíclica de Bento XVI, Deus caritas est: “não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça” e outro da primeira exortação apostólica de Francisco: “todos os cristãos, incluindo os Pastores, são chamados a preocupar-se com a construção de um mundo melhor“. A partir destas recomendações, os bispos afirmam: “olhamos para a realidade brasileira com o coração de pastores, preocupados com a defesa integral da vida e da dignidade da pessoa humana, especialmente dos pobres e excluídos“.

“Neste ano eleitoral, o Brasil vive um momento complexo, alimentado por uma aguda crise que abala fortemente suas estruturas democráticas e compromete a construção do bem comum, razão da verdadeira política. A atual situação do País exige discernimento e compromisso de todos os cidadãos e das instituições e organizações responsáveis pela justiça e pela construção do bem comum“, ponderam os bispos no segundo parágrafo da mensagem.

Corrupção

No terceiro parágrafo, os bispos lembram que muitos agentes deixaram a ética de lado e, por isso, a corrupção ganhou destaque. Seguem os bispos: “Nem mesmo os avanços em seu combate (da corrupção) conseguem convencer a todos de que a corrupção será definitivamente erradicada. Cresce, por isso, na população, um perigoso descrédito com a política“. E voltam a lembrar o Papa Francisco, citando a encíclica Laudato Sì, sobre o cuidado com a Casa Comum: “muitas vezes, a própria política é responsável pelo seu descrédito, devido à corrupção e à falta de boas políticas públicas”. Os bispos, mostram, desse modo, a origem de problemas dessa natureza: “De fato, a carência de políticas públicas consistentes, no país, está na raiz de graves questões sociais, como o aumento do desemprego e da violência que, no campo e na cidade, vitima milhares de pessoas, sobretudo, mulheres, pobres, jovens, negros e indígenas“.

Aumenta o número de pobres

“Além disso, a perda de direitos e de conquistas sociais, resultado de uma economia que submete a política aos interesses do mercado, tem aumentado o número dos pobres e dos que vivem em situação de vulnerabilidade. Inúmeras situações exigem soluções urgentes, como a dos presidiários, que clama aos céus e é causa, em grande parte, das rebeliões que ceifam muitas vidas“, afirmam os bispos. E apontam para uma dura realidade de nossos dias: “Os discursos e atos de intolerância, de ódio e de violência, tanto nas redes sociais como em manifestações públicas, revelam uma polarização e uma radicalização que produzem posturas antidemocráticas, fechadas a toda possibilidade de diálogo e conciliação“.

Eleições: sentido promissor

O quinto parágrafo da mensagem traz a seguinte reflexão: “Nesse contexto, as eleições de 2018 têm sentido particularmente importante e promissor. Elas devem garantir o fortalecimento da democracia e o exercício da cidadania da população brasileira. Constituem-se, na atual conjuntura, num passo importante para que o Brasil reafirme a normalidade democrática, supere a crise institucional vigente, garanta a independência e a autonomia dos três poderes constituídos – Executivo, Legislativo e Judiciário – e evite o risco de judicialização da política e de politização da Justiça. É imperativo assegurar que as eleições sejam realizadas dentro dos princípios democráticos e éticos para que se restabeleçam a confiança e a esperança tão abaladas do povo brasileiro. O bem maior do País, para além de ideologias e interesses particulares, deve conduzir a consciência e o coração tanto de candidatos, quanto de eleitores“.

Compromissos do eleitor

“Nas eleições, não se deve abrir mão de princípios éticos e de dispositivos legais, como o valor e a importância do voto, embora este não esgote o exercício da cidadania; o compromisso de acompanhar os eleitos e participar efetivamente da construção de um país justo, ético e igualitário; a lisura do processo eleitoral, fazendo valer as leis que o regem, particularmente, a Lei 9840/1999 de combate à corrupção eleitoral mediante a compra de votos e o uso da máquina administrativa, e a Lei 135/2010, conhecida como ‘Lei da Ficha Limpa’, que torna inelegível quem tenha sido condenado em decisão proferida por órgão judicial colegiado“, enumeram os bispos.

Alerta aos políticos

No sétimo parágrafo da mensagem, lembrando que o Brasil vive o Ano do Laicato, os bispos reafirmam as palavras enviadas pelo Papa Francisco aos participantes do encontro de políticos católicos, em Bogotá, em dezembro do ano passado: “há necessidade de dirigentes políticos que vivam com paixão o seu serviço aos povos, (…) solidários com os seus sofrimentos e esperanças; políticos que anteponham o bem comum aos seus interesses privados; que não se deixem intimidar pelos grandes poderes financeiros e midiáticos; que sejam competentes e pacientes face a problemas complexos; que sejam abertos a ouvir e a aprender no diálogo democrático; que conjuguem a busca da justiça com a misericórdia e a reconciliação“.

Conhecer os candidatos

“É fundamental, portanto, conhecer e avaliar as propostas e a vida dos candidatos, procurando identificar com clareza os interesses subjacentes a cada candidatura. A campanha eleitoral torna-se, assim, oportunidade para os candidatos revelarem seu pensamento sobre o Brasil que queremos construir. Não merecem ser eleitos ou reeleitos candidatos que se rendem a uma economia que coloca o lucro acima de tudo e não assumem o bem comum como sua meta, nem os que propõem e defendem reformas que atentam contra a vida dos pobres e sua dignidade. São igualmente reprováveis candidaturas motivadas pela busca do foro privilegiado e outras vantagens”, pedem os bispos, na mensagem.

Os bispos reunidos em Aparecida, resgatam trecho do Documento 91, da CNBB: “dos agentes políticos, em cargos executivos, se exige a conduta ética, nas ações públicas, nos contratos assinados, nas relações com os demais agentes políticos e com os poderes econômicos”. E mais: “Dos que forem eleitos para o Parlamento espera-se uma ação de fiscalização e legislação que não se limite à simples presença na bancada de sustentação ou de oposição ao Executivo”. A mensagem emenda: “As eleições são ocasião para os eleitores avaliarem os candidatos, sobretudo, os que já exercem mandatos, aprovando os que honraram o exercício da política e reprovando os que se deixaram corromper pelo poder político e econômico“.

Oportunidade crescimento

O penúltimo parágrafo: “Exortamos a população brasileira a fazer desse momento difícil uma oportunidade de crescimento, abandonando os caminhos da intolerância, do desânimo e do desencanto. Incentivamos as comunidades eclesiais a assumirem, à luz do Evangelho, a dimensão política da fé, a serviço do Reino de Deus. Sem tirar os pés do duro chão da realidade, somos movidos pela esperança, que nos compromete com a superação de tudo o que aflige o povo“

Cuidado com fake news

“Alertamos para o cuidado com fake news, já presentes nesse período pré-eleitoral, com tendência a se proliferarem, em ocasião das eleições, causando graves prejuízos à democracia“, concluem os bispos. E a mensagem termina também com o Papa Francisco: “O Senhor ‘nos conceda mais políticos, que tenham verdadeiramente a peito a sociedade, o povo, a vida dos pobres’“.


Setor Juventude organiza primeira missão jovem arquidiocesana

"Juventude, primavera: esperança do amanhecer", com esse tema e tendo como lema o Ano do Laicato que nos convida a sermos Sal da Terra e Luz do Mundo, o Setor Juventude da Arquidiocese de Pouso Alegre lança a I Missão Jovem Arquidiocesana. Será um momento de colocarmos em prática os convites que nosso Papa Francisco tanto tem nos feito para sermos uma Igreja em saída, indo ao encontro dos nossos irmãos. Jovens em saída missionária para serem o rosto de Cristo no Mundo.

A missão ocorrerá entre os dias 28 e 29 de julho de 2018 em Extrema, que possui duas Paróquias: Santa Rita de Cássia e São Cristovão.

"O objetivo é Ir até as casas das famílias como jovens que evangelizam, para pregar a boa nova do Evangelho e abençoar as famílias em seus lares. Concentrar a atenção nos jovens das famílias convidando-os para os momentos onde a juventude irá se reunir, como por exemplo, no sábado a noite com um evento para a juventude. Também será momento de mostrar o rosto da Juventude Arquidiocesana reunida, momento de celebrar a juventude com suas identidades em nossa Arquidiocese", afirmou o assessor do setor juventude, padre Marcos Eduardo Caliari.

Podem participar jovens de toda a Arquidiocese com idade a partir de 16 anos (com autorização dos pais) e acima de 18 anos (não precisam de autorização) sem limite máximo de idade, que participem nas paróquias, nas pastorais e movimentos.

"Cada setor pastoral da Arquidiocese terá um momento de formação com os jovens missionários para prepará-los para a missão, isso acontecerá em alguma data durante o mês de Julho, a critério de cada setor pastoral. Depois será combinado, toda a questão de transporte para Extrema e demais questões", explicou padre Marcos.

As inscrições podem ser feitas neste formulário eletrônico (clique aqui) até o dia 30/06/2018.


Dom Ricardo é lembrado durante missa na 56ª Assembleia Geral da CNBB

Da CNBB -

O Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Pouso, Dom Ricardo Pedro Chaves Pinto Filho - O.Praem., falecido no dia primeiro de abril, foi lembrado na missa desta terça-feira (17) durante a 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil no Santuário Nacional. A Santa Missa fez memória aos 15 bispos falecidos desde a última assembleia em 2017. O Arcebiso, Dom José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R., entrou com uma das velas, fazendo memória de Dom Ricardo. O Arcebispo de Maceió (AL), dom Antônio Muniz Fernandes presidiu a celebração no Altar Central.

Foto: Victor Hugo Barros/ Santuário Nacional

“Hoje celebramos nossos irmãos que participam conosco, que disseram um até logo, até breve, e que hoje dizem para a nossa Conferência: coragem, eu venci o mundo”, disse durante a homilia.

Dom Antônio Muniz disse que “A nossa Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nunca foi, nem nunca será um sindicato ou um partido político. Nossa conferência com este quadro orante que fizemos para o dia de hoje é uma pérola preciosa, se não a mais preciosa no infinito mistério de comunhão”.

E continuou: “E neste momento orante, precedido de dois outros grandes momentos orantes e todos os momentos vividos em oração pela CNBB, igreja orante, igreja missionária, forte, corajosa, cheia de confiança na palavra do Senhor, tornando-se missionária. E o que dizer da nossa Igreja samaritana. A vida desses nossos irmãos que aqui perfila-se diante de nós, em nossos corações e nosso olhar, foi marcada pela doação do bispo a sua Igreja e ao seu povo e de modo especial, samaritana, sarando tantas e tantas feridas”.

Dom Antônio fez, ainda, uma menção a duas homilias das últimas missas celebradas no início de cada dia de Assembleia. A presidida pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni d´Aniello e a que fez memória aos bispos eméritos, presidida pelo arcebispo emérito de Manaus (AM), dom Luiz Soares Vieira.

“Como se pode negar que a CNBB, a nossa Conferência, não é este estilete de prata com o qual Deus escreve a história de nossa pátria, o Brasil. Juntos com todos celebramos este dia. Neste dia em que fazemos memória dos nossos bispos falecidos desde a última assembleia da CNBB, assumo as palavras de uma criança prestes a morrer, portadora e em tratamento do câncer. E que dizia para seu médico, mamãe saiu para chorar e era para chorar de saudade. Ela sabia. O médico ficou impressionado com tanta sabedoria daquela criança aquilo que eu gostaria de resumir esta nossa reflexão de hoje. Minha filha o que é saudade? Ao que ela responde, exatamente, saudade é o amor que fica. Agradeçamos a Deus que esconde todas essas coisas aos sábios e entendidos e revela aos pequeninos”, refletiu o bispo.

Ao final, ressaltou que todos “Hoje, olhando esses nossos irmãos, quanta gente, quantas ovelhas, e quantos de nós tem no seu coração, saudade que é o amor que fica. Que ele permaneça sempre no meio de nós e o seu amor nos nossos corações, amém”.

Foto da home: Adielson Agrelos/ CNBB Leste 1


Comissão para Doutrina da Fé lança novo subsídio durante 56ª AG

Da CNBB -

Durante a 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP), foi apresentado o novo subsídio da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé intitulado “Fé Cristã e Laicidade”.

O subsídio tem objetivo de oferecer uma reflexão aprofundada sobre a laicidade diante da fé cristã e esclarece sua diferença em relação ao “laicismo”. “A laicidade em si é boa, enquanto separação da religião e o poder civil, justamente para garantir que todas as religiões possam atuar bem. Já o laicismo é esforço de pessoas da sociedade para retirar Deus da vida das pessoas. Ora, o Estado é laico, mas o povo não é ateu”, explicou dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André (SP) e presidente da Comissão para a Doutrina da Fé. O pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima de Pouso Alegre, padre Adriano São João, é membro dessa comissão.

“Essa reflexão quer suscitar o interesse por esta realidade que vai se tornando conflitiva cada dia mais, além de traçar um itinerário de reflexão pontuado em aspectos importantes e pressupostos para a profundar a questão e saber lidar com ela no empenho pastoral da Igreja”, destacou o Bispo, na apresentação do texto.

Presidente da Comissão para Doutrina da Fé ressaltou, ainda, que a perda do sentido da transcendência e a progressiva subjetivação da fé, com a tentação de um forte relativismo ético, forma um quadro no qual a religião acaba não se referindo mais à teologia, mas à antropologia. “Desde que o homem se faz Deus para si mesmo já não cabe falar de amor do homem a Deus”.

O subsídio é dividido em sete capítulos que esclarecem as diferenças conceituais entre “secularidade e secularismo” e “laicidade e laicismo”, apresentam o percurso histórico dessas realidades, bem como aspectos jurídicos, referenciais bíblicos, princípios da Doutrina Social da Igreja e da política, além de indicações de como a Igreja deve se relacionar com o Estado laico.

Dom Pedro esclareceu que esse não é um documento da CNBB, uma vez que os documentos são aprovados por todos os bispos em assembleia. “Trata-se um trabalho de assessoria. A CNBB tem várias comissões que assessoram os bispos. Portanto, esse é um subsídio oferecido ao episcopado como uma reflexão para ajudar no encaminhamento da pastoral em um âmbito geral”.

Ainda segundo o Bispo, o novo subsidio é muito indicado para jovens universitários cristãos que, ao entrar na universidade recebem uma carga imensa de informações altamente ideologizadas que repudiam a religião.
O subsídio “Fé Cristã e laicidade” pode ser adquirido pelas Edições por meio do site: www.edicoescnbb.com.br.


Bispos reunidos na 56ª AG entram em retiro neste sábado

Da CNBB -

O agostiniano recoleto, nascido em Navarra, na Espanha, dom José Luiz Azcona, tem uma história de grande significado para a luta contra o tráfico humano de pessoas e a prostituição infantil, especialmente na Ilha do Marajó, no Pará.

Nomeado bispo por São João Paulo II, em 1987, ele permaneceu na prelazia marajoara até a renúncia ao governo pastoral, em 2016. Dom Azcona está entre as pessoas ameaçadas de morte na região Norte. Esta realidade marca a sua espiritualidade. E é parte desta experiência de compromisso que ele vai compartilhar no retiro ao episcopado brasileiro que tem início neste sábado e se desdobra até o domingo.

“Às vezes falamos de cristo como a nossa paixão mas muitas vezes ocultamos e deixamos na sombra a sua identidade como crucificado”, disse. A identidade de Cristo, ao qual queremos seguir, disse dom Azcona, é marcada pelas chagas.

O bispo emérito informou que a temática do retiro dos bispos será a mesma do último documento do papa, lançado esta semana, a Exortação Apostólica “Gaudete et Exsultate”, na qual o pontífice quer “fazer ressoar mais uma vez o chamado à santidade”, indicando “os seus riscos, desafios e oportunidades”.

“Aprofundaremos os desafios de sermos santos no mundo de hoje, dirigido com precisão à nossa realidade de bispos do Brasil”, disse. Para o religioso, as raízes da santidade e, portanto, do bispo hoje sempre estão na sua condição primeira de cristão. O bispo emérito afirma que é necessário chegar à identidade de cristão para ser missionário.

Sobre a sua vocação ao sacerdócio ele diz: “Deus foi muito misericordioso comigo. Eu fiz a experiência da graça de Cristo. Estive entre aqueles que denuncia o papa Francisco como ‘pelagianos’ e ‘voluntaristas’, e Deus me colocou nos trilhos da sua Graça e de seu Evangelho”, disse. E foi o seu sim que marcou sua opção missionária, especialmente quando atendeu a um pedido de seu provincial para vir ao Brasil. Desde então, segundo ele próprio diz, vem rompendo muitas barreiras, entre elas a cultural.

O retiro do episcopado brasileiro tem início às 15h30 do sábado, dia 15/04 e termina às 11h30, com uma missa no Santuário Nacional de Aparecida.


Arquidiocese reverte dinheiro de homenagens a Dom Ricardo ao HCSL

Da Assessoria de Imprensa -

A Arquidiocese de Pouso Alegre por iniciativa do arcebispo metropolitano, dom José Luiz Majella Delgado, doou o valor de R$2.190,00 ao Hospital das Clínicas Samuel Libânio (HCSL) na manhã desta sexta-feira, dia 13 de abril. O dinheiro é fruto do pedido feito à população pela arquidiocese para que ao invés de encomendar coroas de flores para homenagear o saudoso Dom Ricardo Pedro fosse feito um gesto de generosidade ao Hospital.

O ecônomo da Cúria Arquidiocesana, padre Omar Siqueira, entregou a doação através de um cheque e foi recebido pela diretoria administrativa do HCSL.

"Primeiramente, é um gesto de gratidão pelos cuidados recebidos pelo Dom Ricardo neste Hospital, mas também uma forma de solidarizar com os pacientes atendidos com tanto carinho nesta instituição. O Hospital é uma instituição importantíssima para Pouso Alegre e toda região. Aqui é um lugar que queiramos ou não um dia podemos precisar.

Precisamos cuidar desse local de vital importância para todos nós", conta padre Omar.

A diretora administrativa do HCSL, Jusselma Paiva Reis, agradeceu pela gentileza e solidariedade da arquidiocese de Pouso Alegre.

"As doações para o Hospital Samuel Libânio são sempre bem-vindas e tenho certeza que dom Ricardo Pedro está feliz com esse gesto. Agradecemos o arcebispo dom Majella, padre Omar, e toda a população que colaborou com esse gesto tão nobre e bonito. O dinheiro será usado para fazer melhorias no setor de Saúde Mental do Hospital, que preza pela humanização no atendimento", agradece Jusselma Reis.


Bispos enviam carta ao Papa durante 56ª Assembleia Geral da CNBB

Da CNBB -

Durante a segunda coletiva de imprensa da 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (CNBB), nesta quinta-feira, 12 de abril, o arcebispo da arquidiocese São Sebastião do Rio de Janeiro, cardeal Orani Tempesta, divulgou uma carta a ser enviada para o Papa Francisco, levando saudações do episcopado e as temáticas que estão sendo trabalhadas durante a Assembleia Geral. O texto trata também da unidade do episcopado brasileiro com o sumo pontífice. Segundo o cardeal, a carta, aprovada em plenário, foi elaborada por uma comissão e representa a opinião de todos os bispos presentes em Aparecida (SP).

Em sua apresentação, o arcebispo do Rio de Janeiro ressaltou alguns assuntos citados na carta dando destaque ao tema central da Assembleia, ‘A Formação de Novos Presbíteros’, e a memória dos 40 anos da restauração da imagem de Nossa Senhora Aparecida, após um atentado que a deixou fragmentada. A carta, assinada pela presidência da CNBB, também lembra ainda a Exortação Apostólica do próprio Papa Francisco, “Gaudete et Exsultate”, sobre o chamado à santidade no mundo atual’, o Ano Nacional do Laicato e a Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos.

Leia a carta na íntegra:

CARTA AO PAPA FRANCISCO
Aparecida – SP, 11 de abril de 2018.

Querido Papa Francisco,

Ao iniciarmos a 56ª Assembleia Geral Ordinária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), enviamos a Vossa Santidade nossa saudação e manifestação de comunhão.

Reunidos em Aparecida até o próximo dia 20, celebramos a Santa Missa diariamente no Santuário Nacional. Aqui nos recordamos, Santo Padre, de sua visita, seu carinho filial pela Mãe de Deus e nossa Mãe, bem como de suas intenções particulares.

Vivenciando o Ano do Laicato no Brasil, damos graças a Deus pela vida e missão dos fiéis leigos e leigas, e a eles manifestamos nossa profunda gratidão por serem autênticos “sujeitos na Igreja em saída a serviço do Reino”. Nesta Assembleia Geral nos dedicaremos, particularmente, ao tema da formação dos presbíteros da Igreja no Brasil, elaborando as diretrizes para formação no contexto atual, a partir da nova Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis.

Diante da pequena imagem da Virgem Aparecida, também fazemos memória dos 40 anos de sua restauração, após um atentado que a deixou fragmentada. Num período em que o Brasil passa por grave instabilidade política, econômica e social, que também atinge nossa vivência eclesial, queremos assumir ao lado de nosso povo as exigências deste momento que, cremos, também pode ser de profunda restauração. Sem ceder à perplexidade e à estagnação, sentimo-nos impulsionados a uma adesão mais intensa e criativa ao Evangelho de Jesus Cristo.

Reconhecemos a graça de participarmos da missão do Filho de Deus, que restaura em Si mesmo todas as coisas sob o impulso do Espírito Santo. Essa obra se desenvolve na história e conta com todos os filhos e filhas da Igreja, chamados à santidade, na diversidade das vocações. Agradecemos a Vossa Santidade pela Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, sobre o chamado à santidade no mundo atual, assinada no dia 19 de março passado, na Solenidade de São José. Com essa Exortação, somos encorajados, como pastores, a percorrer o caminho das bem-aventuranças e a permanecer ao lado dos fiéis em sua busca quotidiana da santidade.

Com nossa gratidão, apresentamos-lhe nossa oração pelas grandes preocupações de Vossa Santidade em relação às necessidades da Igreja e aos sofrimentos de uma multidão de irmãos e irmãs, mergulhados nas situações de guerra, violência, perda de direitos, desemprego, miséria e fome em várias partes do mundo.

Santo Padre, que o mistério da Páscoa do Senhor, há pouco celebrado solenemente, possa sustentar sua alegre doação. Deus é jovem e o coração da Igreja é jovem! Que a luz da ressurreição o guie na preparação e realização do Sínodo sobre “os jovens, a fé e o discernimento vocacional”. Conte sempre com nossa oração e comunhão.

Que Nossa Senhora Aparecida seja Mãe próxima e interceda sempre por Vossa Santidade.

Pedimos-lhe que nos acompanhe com sua oração e solicitude paternal, e que conceda sua Bênção Apostólica a nós e a todo povo brasileiro.


Formação dos presbíteros: ‘Novos tempos exigem adequações no processo’

Da CNBB -

Na primeira coletiva de imprensa da 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, na tarde desta quarta-feira, 11, no Centro de Evento Padre Vitor Coelho de Almeida, em Aparecida (SP), Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre (RS) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, falou das novas diretrizes para a formação dos presbíteros na Igreja do Brasil, tema central da Assembleia. O evento vai até o dia 20 de abril e conta com a participação do Arcebispo da Arquidiocese de Pouso Alegre, Dom José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R.. Ao todo, 355 bispos participam, sendo 317 bispos ativos e 38 eméritos.

Dom Jaime explicou aos jornalistas que o objetivo da CNBB é adaptar as diretrizes em vigor, aprovadas em 2010, a partir das novas orientações da Congregação para o Clero intitulada Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, publicada em 2016, levando também em conta o recente magistério do Papa Francisco.

Dom Jaime Spengler - Fotos: CNBB

Segundo o Arcebispo foi designada pelo conselho Permanente uma Comissão Especial para trabalhar uma proposta de texto para ser apresentado aos bispos e trabalhado ao longo na Assembleia.

O texto aborda a chamada formação inicial dos presbíteros, isto é, o período dos seminários que prepara os candidatos ao sacerdócio, mas também trata da formação permanente dos padres. “O documento abrange toda a vida do presbítero, desde que ele se apresenta como um possível candidato ao seminário até o momento de sua morte”.

Perguntado pelos jornalistas sobre o que mudaria na formação presbiteral com as novas diretrizes, Dom Jaime esclareceu que não se tratará necessariamente de mudanças, mas adaptações às transformações da sociais e culturais que influenciam os candidatos aos ministério ordenado. “Os tempos mudam, e as exigências são novas. Novos tempos exigem adequações no processo”.

Ainda se acordo com o Arcebispo, é sentida pelo episcopado, por exemplo, a realidade de muitos candidatos ao sacerdócio que vêm da realidade urbana, ao contrário do passado, quando a maioria dos vocacionados eram provenientes do mundo rural. Muitos também entravam no seminário muito jovens e até crianças, enquanto hoje a maioria dos candidatos iniciam a formação presbiteral na idade adulta. “Essa situação traz consigo desafios à formação. Muitas vezes, uma formação deficiente no ensino fundamental, médio”.

Dom Jaime apontou, ainda, situações de candidatos que vêm de situações familiares difíceis que repercutem nos seminários. “Precisamos ir ao encontro desses jovens a fim de colaborar para que possam crescer no seu processo formativo e na sua formação de forma sadia”, destacou.

“Hoje nós acentuamos muito no processo formativo um acompanhamento personalizado de cada candidato. Talvez esse seja um dos aspectos aos quais devemos dar uma atenção especial”, acrescentou o Presidente da Comissão.
O texto que será trabalhado na Assembleia é a terceira versão elaborada pela Comissão do Tema Central, após receber as contribuições de bispos de todo o país. As diretrizes passarão por novas avaliações do episcopado antes de serem submetidas à aprovação.