#Reflexão: 11º Domingo do Tempo Comum (Ano B - 13 de junho)

A Igreja celebra neste domingo (13), o 11º domingo do tempo comum. O padre Dirlei Abércio da Rosa nos ajuda a refletir e rezar a liturgia deste dia.

Leituras:

Ez 17,22-24 

Sl 91,2-3.13-14.15-16 (R. Cf. 2a)

2ª Leitura - 2Cor 5,6-10

Evangelho - Mc 4,26-34 (A semente e o grão de mostarda)

HOMENS E DEUS TRABALHAM JUNTOS

Neste Domingo, Jesus nos explica a grandeza do Reino de Deus que acontece a partir de coisas simples e em nosso cotidiano. Deus age sempre, mesmo quando erramos, mas nos convida a sermos parceiros em sua obra de transformar este mundo.

O profeta Ezequiel foi chamado por Deus para semear a esperança de Deus em um tempo muito difícil para Israel. O país tinha sido destruído por um povo estrangeiro e muitos tinham morrido. Deus, no entanto, procurou falar através do profeta deixando uma promessa ao seu povo: de transformar sua gente em um cedro grandioso. Israel, um pequeno galho que se transformará em um grande arvoredo no alto da montanha.

Jesus, no Evangelho, esclarece com dois exemplos como é o Reino de Deus. Os exemplos nos dão a ideia da simplicidade e da pequenez das coisas e ao mesmo tempo da força grandiosa que elas escondem e do maravilhoso efeito que produzem.

O Reino possui sua própria força, acontece a partir do nosso dia a dia, dentro de nossas casas, no nosso campo e em nossas famílias. No entanto, Deus precisa de nossa ajuda.

Na primeira parábola, Jesus afirma que “um homem” do campo se põe a semear. O agricultor sabe bem o que toca a ele fazer e procura fazer da melhor forma possível, mas também tem consciência que certas coisas ele não possui nenhum poder e nem sabe explicar como acontecem. Ação conjunta e harmoniosa onde o semeador inicia e termina o processo, mas toda parte principal, ele não possui nenhuma influência.

O Reino de Deus, assim, é algo que se constrói no cotidiano da vida das pessoas. Se o semeador não semeia, nada acontece; se tudo está pronto, mas ele não recolhe, tudo está comprometido. Jesus chama atenção daquilo que o agricultor não tem poder, aquilo que ele não pode influenciar de nenhum modo: todo o processo logo depois do plantio até o grão das espigas. A ação de Deus de implantar seu Reino neste mundo necessita de “agricultores” de sua palavra, que semeiem e saibam esperar; que façam sua parte, mas deem espaço para ação de Deus; que sejam aliados e companheiros, e não opositores e destruidores da Palavra.

Chama-nos atenção nas palavras de Jesus, os detalhes sobre o processo da produção da espiga. Tudo tem o seu tempo e o seu ritmo para acontecer. Se o semeador não confiar e se também não tiver paciência tudo pode se comprometer. A natureza nos ensina isto: tudo tem o seu momento justo para acontecer!

Vivemos em tempo da agitação, dos grandes acontecimentos, do tempo “sem tempo” pra nada. As pessoas estão cada vez mais iludidas que o bom é aquilo que ainda não se tem: o celular novo, carro novo, a roupa nova... Não se tem paciência mais para ninguém (família, amigos, parentes...), nem para as coisas do dia a dia (trânsito, TV, internet....) e nem pra Deus. Hoje em dia, tudo tem sua parcela de tempo e espaço, menos tempo pra Deus. A vida é feita de parcerias e de relações onde cada um tem sua missão. Deus precisa de nós como semeadores; a semente é a sua palavra; o terreno é o mundo e as pessoas.

A segunda parábola completa a anterior. O Reino de Deus, em confronto a muitas coisas neste mundo, é comparado a um grão de mostarda: minúsculo e quase imperceptível, mas quando é semeado e tem oportunidade de crescer, se transforma em uma árvore que acolhe a todos. A força não está na aparência e nem no tamanho, mas na generosidade daquele que se imola como semente e se transforma.

A semente de mostarda como de qualquer outra semente, enquanto permanece um grão jamais se transformará em árvore. O grão de mostarda possui uma imensa força e futuro que vai além da aparência e do seu tamanho. Como na primeira parábola, a semente de mostarda precisa ser semeada com zelo e atenção por parte do semeador e tudo o mais acontecerá. Não existe semente pequena ou grande; não existem gestos e palavras de Deus insignificantes.

No mundo de hoje é crescente a ideia do Deus que tem que fazer tudo: Deus dos grandes prodígios e milagres. Jesus nos convida a sermos parceiros neste seu Reino, pois a força e a grandeza da semente (Palavra de Deus) Ele mesmo nos fornece para transformar este mundo em uma “grande plantação” de Deus onde todos se transformem em espigas cheias de vida. O mundo precisa ser transformador dentro de nós e através de nós como o agricultor da parábola que semeia, mas precisa ter paciência e confiança, pois Deus precisa transformar tudo de dentro pra fora, como a semente que se transforma em um broto, depois espiga e por fim, os frutos.

Para Jesus, o Reino de Deus não é uma realidade superior e longe da realidade humana, mas sim encarnada no chão da nossa vida e no alcance de qualquer pessoa. Saber encontrar o infinito de Deus nas coisas pequenas e simples. Na natureza tudo acontece por simples generosidade; para a terra, produzir fruto não há esforço, o mesmo para a luz iluminar. Nós também devemos aprender a doar o que temos e somos gratuitamente, pois esta é a felicidade que Jesus viveu e nos ensinou.

Tudo pode acontecer se soubermos realizar tudo em parceria com Deus, enquanto caminhamos neste mundo procurando fazer o melhor possível, pois um dia, nós estaremos diante Dele para compartilhar aquilo que construímos de bom no Reino de Jesus. Para muitos, aquele dia será de alegria em descobrir que foi um bom semeador, para outros, será de tristeza em descobrir se só foram obstáculo no Reino de Deus.

Sejamos nós, Senhor, chão que acolhe a Palavra e produz frutos de amor e presença de Deus para alegrar a vida das pessoas que encontrarmos em nossa vida!


Laicato: desafios de conquistar espaços e ser sujeito na sociedade

A 39ª Assembleia Geral Ordinária (AGO) do Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) terminou no dia 5 de junho e contou com a participação de 209 cristãos leigos e leigas de todo o país. O recado dado pelo padre Alfredinho, assessor do encontro, de que “os leigos e as leigas devem conquistar os espaços e não aguardar pela concessão destes” foi assumido pelos participantes como desafio para a ação do laicato após a realização da 39ª Assembleia Geral Ordinária do Conselho Nacional do Laicato (CNLB).

Durante três dias, de 3 a 5 de junho, mais de 200 delegados leigos e leigas de todas as regiões do País participaram da Assembleia que debateu o tema “Cristãos leigos e leigas em missão: respondendo aos novos desafios”.

Na coletiva de encerramento, realizada no final da manhã de sábado, 5 de junho, os participantes apresentaram os desafios sobre o agir eclesial-social assumidos pela 39ª AGO do CNLB: “Ser sujeito na sociedade remete à tarefa dos cristãos leigos na atualidade”, disse padre Alfredinho, um dos participantes da coletiva. Ao tratar da divisão que se instalou no Brasil e no mundo, o padre citou os muros erguidos nos diferentes ambientes pela polarização que “impedem o diálogo e a objetividade e nos leva a ver de forma míope e vesga”.

Para o sacerdote, em um mundo de relações polarizadas é crucial o papel dos cristãos leigos e leigas na desconstrução dos muros a fim de que outras formas de posicionamento possam ser percebidas. O padre reconheceu que em muitos lugares, o clero cria dificuldades à atuação dos leigos e defendeu ser necessário “ocupar espaço, não esperar que ele seja concedido e sim conquistá-lo”.

O encontro, caracterizado como um espaço para animar os cristãos leigos e leigas a celebrar sua vocação, missão e protagonismo na Igreja, contou com a participação como delegados com direito a voz e voto os membros do Colegiado Deliberativo, da Presidência, do Conselho Fiscal e do Conselho Econômico; 5 delegados de cada CNLB regional e 3 delegados de cada organização filiada.

Investir em formação contínua

Também participante da coletiva de encerramento, a representante da Comissão Nacional de Formação, Marilza Schina, defendeu que os leigos e as leigas não podem ser vistos apenas como sujeitos para participar dos cursinhos. Segundo ela, é “urgente e necessário” desenvolver um programa de formação continuada que tenha no laicato o seu alvo.

Marilza Shuina destacou que o lugar dos cristãos leigos e leigas é atuar no mundo da política, da economia, da educação e na defesa da Casa Comum. “Que não briguemos para ficar dentro da Igreja e sim para sermos Igreja atuando no mundo”, reforçou.

Os coordenadores destacaram que as avaliações iniciais da 39ª Assembleia do Laicato Brasileiro, realizada no formato on-line, apontam para um resultado histórico. Na modalidade remota, o evento alcançou participantes de muitos lugares e, dessa forma, propiciou ouvir vozes de cristãos leigos e leigas que estavam distantes.

O membro da presidência do CNLB, Aurenir Paiva, disse que as situações adversas provocadas pela pandemia então trazendo muitos aprendizados ao organismo. “Essa assembleia deveria ter sido realizada no ano de 2020, em São Luís (MA). Não foi possível com o avanço da Covid-19 e o agravamento da pandemia no País”, recordou.

A 39ª AGO do CNLB, em formato remoto, permitiu realizar uma ampla participação e debate sobre a missão de leigos e leigas na contemporaneidade. Os organizadores trabalham na redação de um documento final cujas palavras façam “arder nossos corações de norte a sul do País”.

A presidente do CNLB do regional Sul 1, Fátima Ferre, defendeu ser necessário os cristãos leigos e leigas ajudarem o povo brasileiro a ter a informação correta em relação à vacina e à vacinação, ao auxílio emergencial e ao Pacto pela Vida e pelo Brasil. Ela também defendeu, frente a uma avalanche de necessitados e da fome no Brasil a partir da pandemia, uma maior atuação dos cristãos leigos e leigas nas políticas públicas e nos conselhos. O Sistema Único de Saúde (SUS) também foi defendido como um conquista pela representante do Sul 1.

A 39ª Assembleia Geral aprofundou assuntos como o Grito dos Excluídos e Excluídas e do Pacto pela Vida e pelo Brasil. O encontro reforçou os compromissos dos cristãos leigos e leigas do Brasil na luta por Terra, Teto e Trabalho; e exigência da vacina contra a Covid-19 como forma de pela defesa da vida, reafirmando também a defesa do Sistema Único de Saúde (SUC) do Brasil e o auxílio emergencial neste tempo da pandemia.

Veja aqui a síntese dos compromissos e encaminhamentos:

Os cristãos leigos e leigas de todo o Brasil deixaram a Assembleia com alguns compromissos assumidos. Por ser uma assembleia de caráter formativo, o evento não teve encaminhamentos quanto a projetos e prazos mas o CNLB assumiu alguns compromissos:

- O compromisso do CNLB em dinamizar o processo de processo da Assembleia Eclesial da América Latina e Caribe
- A animação do Pacto pela Vida e pelo Brasil.
- Aprovação da Moção de solidariedade aos que lutam contra a instalação de PCHS na Bacia do Rio Taquari

A presidência do organismo anunciou que a 40°Assembleia Geral e Ordinária do CNLB será em São Luiz do Maranhão, Regional Nordeste 5, no feriado de Corpus Christi de 2022.

 

Texto: www.cnbb.org.br


DECRETO de comemoração dos 60 anos de arquidiocese

Na última semana, no dia 3 de junho, o arcebispo metropolitano, Dom José Luiz Majella Delgado - C.Ss.R., emitiu Decreto de comemoração dos 60 anos de criação da arquidiocese de Pouso Alegre e nomeação da comissão organizadora.

As celebrações terão início no dia 23 de setembro deste ano e vão até 23 de setembro de 2022, data da instalação da arquidiocese (23 de setembro de 1962) pelo papa João XXIII através da bula "Qui tanquam Petrus". 

Em seu decreto, Dom Majella disse que "para esta memorável data, em nossa solicitude pastoral e no caminho Sinodal que percorremos, agradeceremos ao 'Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação' (2Cor.1,3) e, assim, convocamos toda a Igreja Arquidiocesana, que forma o Corpo Místico de Cristo, a se preparar na ação de graças, na oração e na santificação da própria vida, como 'amados de Deus e chamados à santidade' (Rm 1,7)".

Fazem parte da comissão preparatória:
- Pe. José Francisco Ferreira
- Dalva Rangel da Veiga Nery
- Eder do Couto Nora
- Fernando Henrique do Vale
- Giovana Costa Carvalho
- Iracema Kian Dantas
- Lucimara do Carmo Aparecido
- Maria Cristina de Souza Faria
- Suzana Costa Coutinho

 

DECRETO

COMEMORAÇÃO DOS 60 ANOS DE CRIAÇÃO DA ARQUIDIOCESE DE POUSO ALEGRE E
NOMEAÇÃO DA COMISSÃO ORGANIZADORA

Aos que este nosso DECRETO virem, paz e bênçãos no Senhor!

Na alegria que nos é devida, toda a Igreja Particular de Pouso Alegre, numa comunhão de toda a Província Eclesiástica, celebrará em 2022 os 60 anos da instalação da Arquidiocese aos 23.09.1962.

O Beatíssimo Papa João XXIII, de feliz memória, Sucessor do Apóstolo Pedro e Vigário de Cristo na terra, pela Bula “Qui tanquam Petrus” de 14.04.1962, elevou a Diocese de Pouso Alegre, à Sede Metropolitana e Província Eclesiástica das dioceses sufragâneas de Guaxupé e da Campanha, tornando-se o primeiro arcebispo S. Excia. Revma. Dom José d’Ângelo Neto.

Para esta memorável data, em nossa solicitude pastoral e no caminho Sinodal que percorremos, agradeceremos ao “Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação” (2Cor.1,3) e, assim, convocamos toda a Igreja Arquidiocesana, que forma o Corpo Místico de Cristo, a se preparar na ação de graças, na oração e na santificação da própria vida, como “amados de Deus e chamados à santidade” (Rm 1,7).

Para bem darmos graças, D E C R E T A M O S, que de 23 de setembro de 2021 a 23 de setembro de 2022, seja um ano celebrativo e, para coordenar tão expressiva efeméride, nomeamos a Comissão Organizadora integrada pelos seguintes membros: Pe. José Francisco Ferreira, Dalva Rangel da Veiga Nery, Eder do Couto Nora, Fernando Henrique do Vale, Giovana Costa Carvalho, Iracema Kian Dantas, Lucimara do Carmo Aparecido, Maria Cristina de Souza Faria e Suzana Costa Coutinho, com o encargo de elaborar um programa de iniciativas comemorativas a serem promovidas na Arquidiocese de Pouso Alegre para memória do fato, bem como coordenar a realização das atividades programadas neste ano comemorativo.

Pedimos aos Revmos. Presbíteros que levem ao conhecimento de toda a Igreja Particular de Pouso Alegre este “tempo favorável por excelência” (2Cor 6,2) e, que com Maria, a Mãe de Jesus, cantemos “Minha alma engrandece o Senhor” (Lc 1,46) e sob o Guardião São José, Patrono da Igreja, cujo Ano Josefino estamos vivenciando, vejamos realizados os nossos sonhos de “Igreja em comunhão para a missão” e, nos auspícios de São Sebastião, nosso padroeiro, reafirmemos a certeza de que sempre “Ele se aproxima e se põe a caminhar conosco”(cf. Lc.24,15).

Dado e passado na Cúria Metropolitana, nesta Arquiepiscopal cidade de Pouso Alegre, aos 03 de junho, Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, sob o Nosso Sinal e o Selo de Nossas Armas.

E eu, Pe. Jésus Andrade Guimaraes, Chanceler do Arcebispado, o subscrevi em 03 vias originais.

Dom José Luiz Majella Delgado, C.Ss.R.
Arcebispo Metropolitano de Pouso Alegre

PC-CH 048/2021

 


#Reflexão: 10º Domingo do Tempo Comum (Ano B - 6 de junho)

A Igreja celebra neste domingo (6), o 10º domingo do tempo comum. O padre Dirlei Abércio da Rosa nos ajuda a refletir e rezar a liturgia deste dia.

Leituras:
Gn 3, 9-15
Sl 129(130), 1-2.3-4ab.4c-6.7-8 (R.7)
2Cor 4, 13-18-5,1
Mc 3, 20-35 (Jesus em casa ensinando)

ESCUTAR A PALAVRA DE DEUS PARA SE TORNAR DISCÍPULO

Retomando a Tempo Comum, temos o Evangelho de Marcos novamente que meditaremos nos próximos domingos até quase o final de novembro. Estamos no início da vida pública de Jesus e tudo ainda está incerto entre Jesus, seus discípulos, parentes e o povo. Mas, a rivalidade entre Jesus e os principais dirigentes da religião judaica será constante até a sua crucificação.

A 1ª leitura também retrata outro início, mas neste caso, do pecado presente no mundo. Os primeiros versículos da Bíblia nos mostram como Deus criou o mundo e, principalmente, o homem e a mulher: criados a imagem e a semelhança do próprio Criador. Mas, isto não era suficiente para eles, queriam ser iguais a Deus.

A primeira consequência após pecarem foi perceber que os dois estavam nus, isto é, que não tinham nada, nem roupas. Ao ouvir Deus que se aproximava como sempre fazia, eles se esconderam. Os passos de Deus se tornaram “barulhos” e a presença despertava “medo”. Deus não mudou seu modo de ser, o casal sim. A segunda consequência do pecado foi o abismo que se criou entre Deus Criador e os pecadores. Deus se tornara um juiz que pune, castiga e severo no julgamento.

Na realidade, foram os dois que mudaram em relação a Deus. O Criador se aproxima como sempre e oferece oportunidade ao homem para se explicar e pedir perdão. Mas, Adão preferiu jogar a culpa em Eva. Ele é que julga a Deus. O pecador não arrependido sempre procura alguém para jogar sua culpa: foi “a mulher que pusestes ao meu lado”. O erro de tudo estava em Deus e em Eva.

O espaço para o diálogo e a reconciliação é oferecido também a Eva que segue o exemplo do marido: joga a culpa na serpente. Ela afirma que foi “enganada” pela serpente. O mal em nossa vida sempre age desta forma: oferece algo que não pode dar, tudo com intuito de atrair as pessoas ao pecado e assim, romper com a comunhão com Deus. O castigo no relato de Adão e Eva acontece depois que Deus ofereceu condições para eles refazerem e recomeçarem tudo novamente, mas os dois demonstraram que não queriam reconhecer o erro e procuraram justificativas para aquilo que tinham feito. Sem perdão e reconciliação não é possível existir a comunhão. Mas, mesmo diante do pecado de Adão e Eva, a última palavra é de promessa e de Deus: Uma “Mulher” irá vencer e pisar na cabeça da serpente da tentação dos primeiros pais.

No Evangelho de Marcos deste domingo, os principais da religião dos judeus passam a ver Jesus como alguém perigoso, pois não respeitava as normas e as leis do sábado e da pureza. Por outro lado, a fama de Jesus se espalhou e Ele e seus discípulos não tinham nem tempo para comer. A notícia sobre o confronto com os fariseus, as curas que Jesus estava operando e as multidões que corriam até Ele, tudo isto chegou até seus familiares que estavam em Nazaré. Seus familiares ficaram preocupados e para evitar que Jesus fosse morto por seus opositores, eles decidiram levá-lo para longe de Cafarnaum alegando que estava fora de si (louco).

As autoridades religiosas não conseguindo dar uma resposta diante de tanta sabedoria e tantos sinais de Deus como curas, milagres e exorcismos, apelam para o extremo da rejeição: “Ele está possuído por Belzebu (príncipe dos demônios)”. Isto para que o povo deixasse de buscar e seguir a Jesus.

Mas, Jesus demonstrou a incoerência. O mal tem sempre o objetivo de distanciar as pessoas do bem e de Deus. Cristo estava exatamente fazendo o contrário: semeando o bem no meio do povo com palavras e ações. No pecado de Adão e Eva, o casal após o pecado se sentia longe de Deus; Jesus sempre procurou aproximar o povo de Deus. Ademais - como afirma Jesus - o mal é mestre para semear a divisão e fazer o mal e não o bem.

O pecado de Adão e Eva foi de querer se colocar no lugar de Deus. Os escribas queriam fazer a mesma coisa ao se sentirem no direito de afirmar que Jesus agia em nome do Mal e não de Deus. Eles estavam fechados em seus “esquemas religiosos” e cegos em relação ao modo de interpretar a ação de Deus. Para eles: Aqueles que não se “enquadravam” nos seus esquemas, eram julgados como endemoniados.

O erro dos mestres da lei foi de atribuir uma ação de Deus a Satanás (Belzebu), se fechando, assim, completamente a graça de Deus. Este é um pecado contra o Espírito Santo (como diz Jesus) que não tem perdão, pois é a radical renuncia à comunhão com Deus.

Marcos retoma a informação dos parentes de Jesus, colocando que também a “mãe de Jesus” estava entre eles. O detalhe quando eles chegam onde Jesus estava é significativo: eles ficam fora e mandam chamar Jesus. Ao redor de Jesus estava a multidão, Ele ensinava a todos e esses escutavam seus ensinamentos. Jesus cumpria sua principal missão que era formar discípulos (não tanto curar as doenças).

Seus parentes queriam que Ele abandonasse tudo e “saísse” para ir ao encontro deles. Mas, Jesus convida a fazerem o contrário: eles é que deveriam entrar e fazer parte da multidão que estava sendo instruída por Ele. O Evangelho termina sem nos dizer quem aderiu ao convite de Jesus e se tornou “verdadeiramente” parente de Jesus: “Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”. Podemos supor que, pelo menos, a sua mãe aderiu ao convite e deixou também Nazaré para ficar ao lado e acompanhar seu filho Jesus, completando a sua missão, não mais somente de mãe, mas também de discípula.

Sejamos nós hoje seus discípulos ouvindo sempre o Mestre Jesus e confiando em suas palavras. Vivendo como pessoas que buscam as coisas do alto e se colocam a serviço do próximo.


#Reflexão: Solenidade de Corpus Christi (3 de junho)

A Igreja celebra nesta quinta-feira (3), a Solenidade do Corpo e Sangue de Cristo, Corpus Christi. O padre Dirlei Abércio da Rosa nos ajuda a refletir e rezar a liturgia deste dia.

Leituras:
Ex 24,3-8
Sl 115(116), 12-13.15.16bc.17-18
Hb 9, 11-15
Mc 14,12-16.22-26

CORPUS CHRISTI (Corpo de Cristo)

Celebramos domingo passado o mistério da Santíssima Trindade. Hoje estamos diante de outro imenso oceano de amor que somos chamados a mergulhar: a Eucaristia. Não participamos de rito antigo que é somente repetido (rito nenhum nos dá salvação), mas sim da celebração da vida de Cristo e da nossa vida.

Nas espécies do pão e do vinho, dons que nós oferecemos, Jesus se torna presente, não como símbolo, mas presença viva e sacramental. Permanecem as espécies do pão e do vinho, mas após as palavras sagradas do sacerdote, Jesus está presente. Não há nada de mágico ou fantástico, mas palavras simples que tornam presente Jesus. Durante a última/primeira missa, Jesus afirma claramente que o pão “é meu corpo” e o vinho “é meu sangue”. São palavras que o próprio Jesus determina no final que fossem repetidas para que o seu corpo e o seu sangue, Cristo Jesus, seja sempre presente em sua Igreja. Gesto e palavras que os primeiros cristãos desde o início repetiram.

Marcos nos lembra como foi aquela noite especial em que Jesus criou a Santa Eucaristia. Tudo tem início na festa dos “Ázimos” dos judeus: pão sem fermento. A Páscoa era a festa do “novo”, por isso, tinham que jogar fora tudo que tivesse fermento (massa antiga que era usada para fazer nova). Os discípulos, como bons judeus, se preocupam com a preparação da Páscoa judaica, mas Jesus tem outros planos. Ele envia dois discípulos à cidade. Deveriam encontrar um homem com um “jarro d’água”, este era o sinal. Naquele tempo, carregar água era serviço humilde e feito somente pelas mulheres e escravos.

Deveriam segui-lo como um discípulo segue seu mestre. A Eucaristia começa com aqueles que se colocam a serviço e a humildade deve guiar a todos. O caminho da Ceia do Senhor é se colocar junto com os humildes e pequenos para se encontrar mais facilmente com Jesus e com a comunidade de seus seguidores.

O homem com o jarro d’água conduz ao dono da casa. “Casa” foi por séculos o primeiro espaço das celebrações dos discípulos de Jesus. Na casa, todos fazem parte da família e se colocam a mesa como iguais. Após o diálogo, o “dono da casa” acolhe a todos. A pergunta dos discípulos ecoa ainda: Onde está a sala para Jesus celebrar com seus discípulos?

Tudo estava combinado e acertado. O dono da casa já tinha preparado tudo para a celebração. As nossas Eucaristias não podem ser espaço para o improviso e algo feito para cumprir uma obrigação, mas algo que devemos nos preparar já quando saímos de casa. Tudo deve expressar um profundo desejo de comunhão com Jesus. O local preparado é espaço e bem cuidado. Nossas igrejas devem expressar todo o nosso desejo de receber sempre Jesus e a comunidade com alegria, sem distinção, pois todos que desejam se unir a Cristo tornam-se parte da família. É sempre Jesus que prepara tudo.

A sala encontra-se em um lugar no alto, no plano superior da residência. É necessário deixar o chão do dia a dia; é fundamental subir para entrar no lugar preparado por Jesus; deixar por um pouco a nossa realidade e entrar no espaço sagrado da Eucaristia. É tirar as sandálias como Moisés, pois o que celebramos é sagrado e especial. Não se deve entrar no local da Eucaristia como se entra em qualquer outro estabelecimento.

Na mesa como família e como irmãos, Jesus toma a iniciativa. Ele toma o “pão”. Para o povo da Bíblia, o pão era muito mais que um alimento. Ele representava tudo que era necessário (básico) para uma pessoa sobreviver. Era o alimento comum em todas as mesas. “Jesus toma o pão”, Ele quer dar um novo significado para o que é necessário para nós, mas o pão não fica em suas mãos: é distribuído entre os seus.

A primeira atitude de Jesus é bendizer, agradecer a Deus pelo alimento. Atitude de quem reconhece a benevolência e a bondade de Deus em tudo. Junto com o esforço de muitos, Deus tem sempre a precedência e sem Ele nada acontece. “Ele parte o pão”. O judeu jamais corta o pão com uma faca, mas sempre parte com as mãos. Mãos que labutaram para que ele chegasse à mesa e mãos que dividem com os demais. O pão representa ainda o trabalho humano que plantou a semente, colheu o trigo e depois transformou no pão. Tudo é apresentado em ação de graças diante de Deus. Jesus toma o pão que outros prepararam e doa um novo alimento, um “novo pão”. A Eucaristia é dom recebido que deve ser doado ao próximo.

A partir das palavras de Jesus, o pão ganha um novo significado. O pão que representa o que uma pessoa necessita para sobreviver, torna-se o próprio Jesus. Ele é o novo significado daquilo que é necessário para que qualquer pessoa não somente sobreviva, mas encontre sentido no mundo. Ele é o pão fundamental para nossa vida!

E Jesus ordena que este “pão diferente” - seu Corpo - seja ingerido, colocado dentro de si. É necessário assumir Jesus como o alimento fundamental para nossa vida. A Eucaristia é Jesus que renova sua disposição de fazer parte de nossa vida, de nos ajudar e nos tornarmos sua nova morada e presença no mundo.

Depois, Jesus repete o mesmo gesto com o vinho. O vinho representa a alegria na Bíblia. Jesus dá um novo significado para a felicidade e a alegria. O sangue antigo dos animais (como ouvimos na 1ª leitura) jamais conseguiria selar uma aliança eterna e definitiva; esta é nova aliança e por isso, nossa maior alegria. Se o sangue representava a vida que era ofertada, o sangue de Cristo derramado na Cruz purifica de modo perfeito e eterno toda humanidade.

Em cada missa, Jesus não derrama mais seu sangue (foi um sacrifício único e perfeito), mas o efeito daquele sacrifício é atualizado para nós hoje como nos lembra o autor da 2ª leitura: Jesus é verdadeiro e eterno sacerdote e vítima perfeita é única. Necessitamos participar sempre da Eucaristia, pois precisamos cada dia reformar em nós o firme desejo de nos transformar em discípulos de Jesus, fortalecidos pela sua palavra e pelo seu próprio Corpo e Sangue.

“Senhor, que nós sejamos hoje a sala para celebrar o seu amor numa mesa alegre e fraterna contigo e com todos os irmãos!”

 


"Sementes Catequéticas" surge como projeto formativo durante pandemia

Numa tentativa de manter a formação dos catequistas na paróquia na qual exerce seu ministério (paróquia São José, em Congonhal), padre Thiago Raymundo criou o projeto "Sementes Catequéticas", disponível no aplicativo de áudio Spotify. 

"O tempo de pandemia não nos impede de evangelizar. Os meios de comunicação nos permitem chegar até os corações, levando a Palavra de Deus, a esperança e a alegria do serviço ao Reino. Os meios de comunicação nos ajudam a formar e informar", disse.

Cada podcast traz uma tema específico sobre a fé católica e sobre a prática catequético, em comunhão com a Igreja e orientações da arquidiocese de Pouso Alegre.

Acesse o conteúdo aqui!

 


Clero da Província Eclesiástica se reúne para manhã de formação

O clero da Província Eclesiástica de Pouso Alegre (dioceses de Campanha, Guaxupé e Pouso Alegre) esteve reunido virtualmente na manhã desta quarta-feira (2) para uma manhã de formação e partilha da vida pastoral. O assessor foi o padre Vanildo de Paiva, que trabalhou a temática “Aprendizagem pastoral na pandemia”. 

Acolhendo a todos os padres, o arcebispo metropolitano de Pouso Alegre, dom José Luiz Majella Delgado-C.Ss.R., falou da importância de momentos como este. 

“Aprender deve ser sempre uma qualidade nossa. Estamos aprendendo tantas coisas com essa pandemia, e esse momento será uma aprendizagem pastoral”. 

Segundo padre Vanildo, é preciso ver a oportunidade que a pandemia oferece para crescimento e amadurecimento. Assim, a Igreja precisa ficar atenta aos sinais dos tempos e ter a coragem de se reinventar quantas vezes forem necessárias.

"Como em várias fases difíceis do cristianismo, hoje somos convidados a ouvir o Espírito Santo. É preciso praticar a conversão pastoral, saindo da pastoral da manutenção. É preciso sair da Síndrome de Nicodemos, da indisposição de sair das suas concepções velhas e arcaicas, não querendo nascer de novo (Jo 3)".

Ainda segundo o palestrante, a pandemia obriga a todos a não apenas pensar diferente, mas a agir diferente.

“A conversão pastoral não pode ser apenas metodológica, mas começa no nosso coração, na nossa mudança de mentalidade. Enquanto não mudamos o nosso 'ser pastores', o ser igreja, continuaremos com 'puxadinhos' aqui e ali, sem grandes resultados de acordo com as demandas de hoje. Há um equívoco que muitas vezes caímos, que é o de mudar apêndices, sem começar de nós mesmos". 

Padre Vanildo usou duas imagens para ilustrar o tempo que o mundo tem vivido: a do Êxodo e do Exílio.

"O êxodo nos traz a idéia de transição e passagem, que é o que estamos vivendo; nos traz a ideia de focar no essencial, vendo o que eles levaram para a viagem e travessia (sentimento de desapego); há um protagonismo de Deus na caminhada, ou seja, não confiarmos apenas nas nossas eficiências como projetistas pastorais, mas Deus que vai conduzindo; há uma reorganização da vida comunitária sobre base de justiça e fraternidade, isto é, a reorganização passa por uma ética de justiça social. Já o Exílio foi uma experiência drástica na história do Povo de Deus. Do Exílio aprendemos que na dificuldade a Glória de Deus deixa o templo, aprendemos a centralidade da Palavra de Deus e aprendemos a resistência e a força para a reconstrução".

Padre Vanildo apresentou alguns desafios do momento atual, que exigem seriedade, decisão e coragem. 

- o protagonismo dos leigos: sair de um modelo clericalizado. A pandemia colocou padres e leigos frente aos mesmos problemas e desafios existenciais e pastorais, onde é preciso fazer uma releitura da eclesiologia sob o prisma da cetegoria “povo de Deus”. 

- uma Igreja samaritana, à serviço da vida: a crise pandêmica expôs as vulnerabilidades existenciais e sociais. O perigo de morte está bem próximo de todos, onde há uma urgência em se privilegiar a defesa da vida.  

- A centralidade do essencial: de que estão servindo os excessos? Vive-se um colapso geral e um ativismo (Síndrome de Marta). A vida cristã tem se sustentado, em muitos casos, à revelia das complicadas estruturas pastorais. 

- O lugar preferencial dos pobres: há um empobrecimento da população, exigindo da Igreja uma nova consciência social e novas maneiras de conceber as relações humanas e o acesso de todos aos bens necessários. 

- força transformadora da Liturgia: o terreno da Liturgia foi um dos mais afetados nesse tempo de pandemia. A pandemia ajuda a pensar o lugar da Liturgia na vida cristã e a necessidade de haver uma fecunda interação entre oração, vida e cotidiano. 

- a sacramentalidade da Palavra de Deus: somos a Igreja da Palavra e do Pão. É preciso avançar na consciência da sacramentalidade da Palavra. 

- A missionariedade e a Igreja em saída: a missão define a essência da Igreja. Passar da concepção de missão como movimento, mas como jeito de ser Igreja. Igreja da presença, da acolhida, do cuidado, do afeto junto às famílias.

- A importância das novas mídias: há uma nova cultura, a digital, que muda a linguagem, mentalidade e hierarquia de valores. Estamos interligados continuamente. É preciso uma formação do clero e dos cristãos, não resumindo a Pastoral da Comunicação a uma pastoral da técnica. 


Seminário lança edição de número 114 do informativo "O Levita"

Lançado sempre em maio, o informativo "O Levita" é uma publicação do seminário arquidiocesano Nossa Senhora Auxiliadora, escrita pelos próprios seminaristas e pelos padres formadores.

"Vale recordar sempre a importância do nosso seminário na vida da Igreja Particular. O seminário é o lugar do cultivo da vocação. Temos certeza de que, desde a criação de nosso seminário, Nossa Senhora tem inspirado jovens com o seu 'sim' e amparado todos aqueles que aqui iniciam o processo de discernimento vocacional", disse o reitor, padre Heraldo José dos Reis.

Nesta edição, o leitor poderá conhecer um pouco mais sobre a formação dos seminaristas em tempos de pandemia da Covid-19. Padre José Francisco da Silva lembra que, no início da pandemia, em 2020, a dúvida era uma: permanecer com os jovens no seminário ou enviá-los para a casa de seus familiares . Em comunhão com o arcebispo, a decisão foi pela ida dos formandos para casa, onde permaneceram por aproximadamente seis meses.

"Nós, formadores, tivemos que nos reinventar e encontrar maneiras de acompanhar os seminaristas a distância. O meio mais eficaz para dar prosseguimento às conversas, orientações e orações foi de forma on-line, pelo aplicativo Zoom, uma grande descoberta, até então desconhecida por nós formadores e seminaristas. Assim conseguimos redimensionar a formação dos nossos seminaristas, sem a necessidade de interromper o processo formativo".

Mas chegou um momento do ano passado que a equipe formativa percebeu que o distanciamento da casa formativa estava prejudicando todo o processo de discernimento dos formandos.

"Os seminaristas estavam se distanciando cada vez mais do seu ideal vocacional, alguns chegaram a desistir do seminário, outros, devido às necessidades, pensavam procurar trabalho e ajudar os familiares nas despesas da casa. Diante de tais questionamentos dos formandos e formadores, chegamos à conclusão de que os seminaristas deveriam retornar ao seminário para prosseguir o itinerário como de costume. Ai, o desafio foi adequar o seminário conforme as exigências da Vigilância Sanitária de Pouso Alegre para que os seminaristas pudessem voltar com segurança".

Confira a matéria completa no jornal "O Levita" (Faça download aqui)

Confira também nesta edição: uma partilha sobre a Pastoral Vocacional da arquidiocese; a atual situação da Casa do Clero; homenagens ao padre Luiz Carlos e ao Maestro José Vilela, falecidos neste ano; uma entrevista sobre a Escola Diaconal Santa Dulce dos Pobres;


#Artigo: Qual a diferença entre Assembléia e Sínodo?

A arquidiocese de Pouso Alegre está se preparando para a realização do seu primeiro Sínodo Arquidiocesano, com início previsto para novembro desse ano. A data poderá ser alterada, dependendo da realidade de enfrentamento à Covid-19. Mas a Igreja Particular de Pouso Alegre já vive essa preparação, conhecendo os desafios e alegrias da sinodalidade, e se fortalecendo na oração.

A arquidiocese de Pouso Alegre possui uma caminhada de realização de assembleias pastorais, tendo finalizado, em 2016, sua 9ª assembleia. Então, qual a diferença entre Assembléia e Sínodo? É o que o padre Clemildes Francisco de Paiva, membro da comissão preparatória para o Sínodo, reflete neste artigo.

CONVERSANDO SOBRE ASSEMBLEIA E SÍNODO

Padre  Clemildes Francisco de Paiva

1. O significado do termo “Assembleia”

O termo assembleia remonta a sua origem a partir do verbo latino assimulare, o qual significa juntar. Do francês, o termo provém de assemblée, o qual significa encontro, reunião. Em seu bojo, o termo assembleia se refere a uma reunião de pessoas para um determinado fim. Pode ser associado a outros conceitos como sociedade, associação ou corporação, parlamento e clube.

O significado de assembleia é o de reunião de pessoas para discutir determinadas questões e, de forma conjunta, deliberar acerca dos objetivos a serem firmados. Na Assembleia, os assuntos geralmente são submetidos à deliberação de seus membros, prevalecendo o consenso obtido pela maioria.

Sob o prisma político, no séc. V, de acordo com a cultura grega, a cidade de Atenas introduziu uma nova forma de governo, tendo peculiar importância as assembleias populares. Para que alguém se tornasse membro destas assembleias eram necessários dois requisitos: primeiro, possuir pais atenienses e, segundo, ser maior de idade. Excepcionalmente, uma pessoa estrangeira poderia adquirir a condição de cidadão e, por consequência, se tornar membro da assembleia do povo. Contudo, nesta época, as mulheres não podiam participar das assembleias.

Deixando de lado o conceito pragmático de assembleia, é interessante observar outro termo que possui um sentido etimológico igualmente relevante. Trata-se do vocábulo grego ekklesia, o qual significava uma assembleia de cidadãos livres. Em latim o mesmo vocábulo que define a Igreja (ecclesia), significava assembleia do povo, Igreja.

Há uma grande proximidade entre os termos assembleia e Igreja, de modo que a Igreja era definida como assembleia de pessoas. Já no Antigo Testamento, compreendia-se que o povo era a assembleia (qahal) convocada pelo Senhor e no Novo Testamento, a Igreja (ecclesía) era a convocação escatológica do povo de Deus em Cristo Jesus.

À luz da Sagrada Escritura pode se conceber a existência da ekklesia, ao lado de outras duas essenciais instituições de Israel: o templo e a sinagoga. Estas duas últimas tinham um caráter eminentemente religioso e estavam ligadas a uma construção (edifício). Graças ao Novo Testamento, o termo ekklesia foi adotado para se referir à comunidade de pessoas que seguiam Jesus. Foi no tempo em que os cristãos ainda não tinham templo e se reuniam nas casas, que tal reunião era designada pelo termo ekklesia, no sentido de assembleia.

Mais tarde com o passar dos séculos, houve uma identificação entre o termo ekklesia com o termo Igreja (templo), em detrimento do sentido da palavra Assembleia. Pode-se inferir, portanto, que o termo assembleia resgata o seu aspecto dinâmico e o verdadeiro sentido de ser Igreja, enquanto povo reunido em nome da Trindade, assembleia de fiéis batizados.

2. A caminhada de Assembleia Arquidiocesana nos últimos tempos

Assembleia Pastoral 2016// Foto: arquivo

A Arquidiocese de Pouso Alegre possui uma sólida caminhada de realização de Assembleias, a nível comunitário, setorial e arquidiocesano. Como fruto desse processo, no tocante à evangelização, obteve-se, em grande parte, a compilação de um projeto ou de um Plano de Pastoral, o qual oferecia algumas diretrizes e prioridades específicas para a ação evangelizadora de todo o povo de Deus desta Igreja particular.

As assembleias geralmente eram preparadas por uma equipe de Coordenação de Pastoral, seguindo uma metodologia participativa que se iniciava a partir das bases, ou seja, nas comunidades com suas lideranças (CCP’s). Em seguida, nas paróquias com suas forças vivas (CCP’s), nos setores de Pastoral (COSEPAs) e em nível arquidiocesano (com representantes de comunidades, pastorais, conselhos que eram escolhidos mediante votação ou por indicação/designação e com a participação de todo o clero).

As primeiras experiências de assembleias em nossa Arquidiocese ocorreram nos anos de 1977, 1979, 1983, 1987 e 1992 sob o influxo da renovação protagonizada pelo Concílio Vaticano II e também pelas assembleias promovidas pela Conferência Episcopal Latino-americana (CELAM) e pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Nos últimos vinte anos, a Igreja Particular de Pouso Alegre tem realizado uma singular caminhada pastoral. É muito salutar recordar do Projeto Formamos a Igreja Viva, fruto da Assembleia de Pastoral de 1999, que resultou nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Pouso Alegre 2000-2004 (Doc. 01). Esta Assembleia trouxe como objetivo formar comunidades participativas, acolhedoras e solidárias, ministeriais e missionárias, celebrativas e ecumênicas e, tendo como prioridade, a formação permanente e a dimensão sócio-transformadora, frente aos apelos do Evangelho e da realidade atual.

A Assembleia Arquidiocesana de Pastoral de 2004 culminou com a elaboração do Plano de Ação Pastoral de Pouso Alegre 2005-2008 (Doc. 02), tendo dois objetivos específicos: despertar e formar a consciência de uma Igreja missionária e acolhedora e reforçar a dimensão sócio-transformadora. O texto inspirador desta sétima assembleia arquidiocesana foi extraído do Evangelho de Lucas, a respeito do Caminho de Emaús (Lc 24,13-35), como também serviu de base para a estruturação dos capítulos do referido plano.

A oitava Assembleia Arquidiocesana ocorrida no ano de 2010 levou à elaboração do Plano da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Pouso Alegre 2010-2014 (Doc. 04) e ao desejo de ser uma Igreja samaritana que experimenta o amor de Cristo e se torna discípula e missionária do Senhor. O texto iluminador foi extraído do Evangelho de João (Jo 4,1-30.39-42), sobre o encontro de Jesus com a samaritana, enfatizando a necessidade de adesão ao novo modo de ser “Igreja Viva”, incentivando e criando uma rede de comunidades missionárias, conforme as prioridades assumidas: 1) Comunidade e Missão; 2) Família e Juventude nas suas diversidades; 3) Compromisso sócio-transformador.

A última Assembleia Arquidiocesana iniciou-se em 2015, com o Jubileu Extraordinário da Misericórdia e atingiu o seu clímax no ano de 2016. O grande fruto desta caminhada está expresso no Plano da Ação Evangelizadora 2017-2020: À mesa da Palavra e do Pão, somos alimentados e enviados em missão. Nesta empreitada, o objetivo traçado como horizonte foi o de formar uma Igreja Viva, sendo uma Igreja de discípulos missionários, acolhedores, proféticos e misericordiosos a serviço da construção de uma sociedade mais justa e fraterna. Não obstante à penúltima assembleia, também foram escolhidas três prioridades pastorais: 1) Comunidade de fé em estado permanente de missão; 2) Comunidade de Fé a serviço das Famílias; 3) Comunidade de Fé a serviço da Vida Plena para todos. E as condições fundamentais para a ação evangelizadora: Pastoral Orgânica e Formação Permanente.

Esta é a valiosa herança ou o precioso patrimônio da evangelização da porção do Povo de Deus desta Igreja Local que pretendeu, em cada época, responder corajosamente aos apelos do Senhor e às necessidades mais prementes do povo de Deus.

3. Um estilo peculiar e um novo jeito de caminhar como Igreja: sinodal (sínodo)

A palavra sínodo faz jus à sua origem etimológica grega que significa “caminhar juntos” ou então “o caminho feito conjuntamente pelo povo de Deus”. No grego eclesiástico, exprime “o ser convocados em assembleia dos discípulos de Jesus e, em alguns casos, é sinônimo da comunidade eclesial”.

O termo sínodo em grego equivale ao vocábulo latino sýnodus ou concilium. Este último, no uso profano, consiste numa “assembleia convocada por uma legítima autoridade”. Apesar de serem, hoje, palavras distintas pelo próprio direito eclesiástico, sínodo e concílio possuem um significado muito próximo. Isso igualmente ocorre entre assembleia e sínodo de modo que, assembleia possui um conceito mais amplo e sínodo uma compreensão mais restrita. Em outras palavras, todo sínodo é assembleia, porém nem toda assembleia é sínodo, mas pode designar, por exemplo, um concílio ou até mesmo uma simples reunião comunitária.

Nos primeiros séculos da história da Igreja o termo sínodo era empregado para designar as assembleias eclesiais em diversos níveis. Por meio dele se buscava discernir à luz da Palavra de Deus e por meio da escuta do Espírito Santo as questões de natureza dogmática, celebrativa ou disciplinar seja a nível local, provincial, regional ou universal.

Graças à caminhada histórica de renovação e de transformação (“aggiornamento”) proporcionada pelo Concílio Vaticano II, a Igreja pôde se debruçar nesta dimensão importantíssima para a sua ação evangelizadora, que não surgiu após o Vaticano II, mas desde às suas origens, na era apostólica: a sinodalidade. Inúmeros teólogos passaram a refletir sobre esta dimensão constitutiva da Igreja, a qual indica o modo de ser e de agir de toda a Igreja.

Tal intento enceta a importância de caminhar juntos, reunir-se em assembleia e estimular que todos os fiéis cristãos participem ativamente da missão evangelizadora da Igreja de modo que se verifique a sinodalidade não como um acessório ou uma vestimenta externa da Igreja, mas como uma dimensão constitutiva do seu modus vivendi et operandi.

O estudo conduzido pela Comissao Teológica Internacional acerca da sinodalidade na vida e na missão da Igreja salienta que a “sinodalidade exprime o ser sujeito de toda Igreja e de todos na Igreja” (n. 55). Enquanto membros sinodais da Igreja, os fiéis são companheiros de caminho, não são obrigados a caminhar, mas livres para viver e testemunhar a fé, unidos entre si e em comunhão com toda a Igreja. A fé compartilhada por todos leva à comunhão de todo o gênero humano. Neste sentido, verifica-se que a “sinodalidade é uma expressão viva da catolicidade da Igreja comunhão” (n. 58).

Em seu discurso, por ocasião da comemoração dos 150 anos da instituição do Sínodo dos Bispos, em 17 de outubro de 2015, o Santo Padre, o Papa Francisco, afirmou: “O caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do Terceiro Milênio” (n. 1).
Os tempos atuais com seus inúmeros desafios interpelam a Igreja, a se colocar numa atitude humilde de escuta e de discernimento, para forjar novas respostas ao homem contemporâneo, afligido pela crise sanitária e multifacetária provocada pela Pandemia. A grave e delicada situação atual espera de todos os cristãos católicos uma nova postura e a compreensão do exercício incessante desta dimensão primordial que é o rosto e a missão da Igreja: a sinodalidade.

4. Pistas para a vivência da sinodalidade na Igreja Particular (Diocese)

O primeiro nível de exercício da sinodalidade se concretiza na Igreja particular: “Na Igreja particular o testemunho se encarna em situações humanas e sociais especificas permitindo uma incisiva ativação das estruturas sinodais a serviço da missão” (n. 77). Na diocese, os fiéis são chamados a intensificar a vivência da fé de forma dialogal e solícita, pois “uma igreja sinodal é uma Igreja participativa e corresponsável” (n. 67).

Deste modo, apresentamos de forma bastante simples e suscinta, algumas pistas a serem levadas em conta para que o sínodo não seja apenas visto como um evento transitório, mas enquanto o despertar para a vocação sinodal de todo o povo de Deus:

a) Fomentar na vida comunitária e paroquial a prática da escuta comunitária da Palavra, da participação ativa e frutuosa da celebração da Eucaristia e dos demais sacramentos: sem a Palavra que une e congrega não há comunhão, o que impossibilita a vivência da sinodalidade. Além disso, os sacramentos nutrem os fiéis a permanecerem em Cristo (tronco) e à sua Igreja (ramos da videira);

b) Criar ou revitalizar os espaços de comunhão e de fraternidade, para a participação de todos, sem exclusão (segregação), reclusão (afastamento) ou oclusão (fechamento) nos diversos âmbitos eclesiais: é o que o Papa Francisco tem alertado sobre o risco de uma Igreja autorreferencial, autocentrada em si mesma, em sua própria subsistência e que se esquece de criar vínculos, unir forças, partilhar experiências e ir ao encontro, sobretudo, dos mais afastados;

c) Não descuidar da importância da natureza sinodal da Igreja que se exprime a nível organizacional (institucional): tal preocupação, porém, não deve matar o Espírito, no sentido de conduzir a um excessivo rigorismo ou formalismo, mas deve levar a uma profunda “conversão pastoral”;

d) Educar para o discernimento, de modo que os fiéis aprendam a seguir na escuta do Espírito: aprender a ouvir, antes de querer tomar a iniciativa de sempre falar. Ouvir com atenção, ouvir com o coração, ouvir o que a Igreja precisa escutar, o que implica em auscultar, para que ela possa seguir fielmente no caminho do anúncio e do testemunho do Evangelho;

e) Revigorar o modus operandi da Igreja diocesana por meio de suas estruturas institucionais, tais como: Cúria diocesana e Coordenação de Pastoral, Colégio dos Consultores e Cabido Diocesano, Conselho Presbiteral e para Assuntos Econômicos e outros: tais elementos constituem âmbitos permanentes de exercício de promoção da comunhão e da sinodalidade; Além disso, valorizar e promover os leigos nos diversos âmbitos, onde sua presença não é apenas necessária, mas eficaz;

f) Estimular a vivência da sinodalidade na vida da paróquia por meio do fortalecimento da rede de relações fraternas e na autonomia dos conselhos paroquiais de pastorais e para Assuntos Econômicos, com a participação laical na consulta e no planejamento pastoral: a mútua colaboração entre clérigos e leigos na corresponsabilidade pela comunhão na diversidade de vocações, carismas, ministérios e competências evitando, porém, qualquer intransigência, negligência ou omissão que leve a uma clericalização dos leigos ou a uma laicização dos clérigos;

g) Busca de uma maior colaboração e parcimônia nas foranias ou setores pastorais da diocese, de modo que haja uma economia solidária, para suprir não apenas momentaneamente, mas de modo efetivo as necessidades fundamentais de cada paróquia, evitando a disparidade econômica e as desigualdades entre as comunidades paroquiais: a sinodalidade se verifica também além das reflexões e cogitações, na tomada de decisões que visam assegurar a promoção da comunhão e da fraternidade entre todas as paróquias, como também no presbitério diocesano, de modo semelhante às primeiras comunidades cristãs, entre as quais não havia cristãos que passavam necessidade.

Estas pistas, longe de serem exaustivas, visam favorecer o aprofundamento acerca da relevância do Sínodo e mais que isso, da vivência da sinodalidade em nossa caminhada enquanto povo de Deus. Necessitamos de responder continuamente à convocação do Senhor, a escutar comunitariamente o que o Espírito diz à Igreja de Pouso Alegre e, por meio da Palavra de Deus que ressoa na atualidade, interpretá-la com os olhos da fé, a fim de discernir os sinais dos tempos.

Há múltiplos desafios pastorais à nossa volta, tal como os discípulos de Emaús ensejamos procurar juntos os caminhos a percorrer na missão eclesial, conclamando a todos a exercer a corresponsabilidade por meio do diálogo e da mútua colaboração. O tema para a celebração do primeiro Sínodo da Igreja Particular de Pouso Alegre se apresenta como uma bússola nesse longo caminho a percorrer: “Igreja, caminho de comunhão para a missão”. Aproximemo-nos mais uns dos outros, apesar de vivermos tempos de distanciamento social. Aproximemo-nos com o coração e deixemos que a Solenidade de Pentecostes, que ora estamos celebrando, nos leve ao diálogo e à escuta: “Uma Igreja sinodal é uma Igreja que escuta (...) cada um na escuta dos outros; e todos na escuta do Espírito Santo” (Papa Francisco).

OBS: As citações literais foram extraídas do Doc. 48 da Comissão Teológica Internacional, conforme consta na Bibliografia.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ARQUIDIOCESE DE POUSO ALEGRE. Diretrizes da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Pouso Alegre 2000-2004 - Formamos a Igreja Viva (Doc. 01).

ARQUIDIOCESE DE POUSO ALEGRE. Plano de Ação Pastoral da Arquidiocese de Pouso Alegre 2005-2008 - Formamos a Igreja Viva (Doc. 02).

ARQUIDIOCESE DE POUSO ALEGRE. Plano da Ação Evangelizadora da Arquidiocese de Pouso Alegre 2010-2014 - Formamos a Igreja Viva (Doc. 04).

ARQUIDIOCESE DE POUSO ALEGRE. Plano da Ação Evangelizadora 2017-2020 - Formamos a Igreja Viva (Doc. 02).

COMISSÃO TEOLÓGICA INTERNACIONAL. A sinodalidade na vida e na missão da Igreja (Doc. 48). Brasília: Edições CNBB, 2018.

 

 

 


Conselho de Leigos do Leste 2 se prepara para assembleia do CNLB

O Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) do Regional Leste 2 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) realizou  nos dias 21 e 22 de maio, uma pré-assembleia em preparação para a Assembleia Geral Ordinária do Organismo que foi adiada para outubro deste ano. Pela arquidiocese de Pouso Alegre participaram do encontro: Rosemeire Grego, José Alcides Dias, Dalva Rangel da Veiga Neri e Patrícia Oliveira. A reunião foi virtual.

Entre os temas discutidos, abordou-se o chamado da CNBB para a escuta em preparação a Assembleia Latino Americana do Celam, a organização do novo Regional Leste 3, questões de Mineração e Barragens, povos negros e indígenas e o Pacto pela Vida e pelo Brasil.

Entre os assessores, o grupo contou com a participação de dom Messias dos Reis Silveira, bispo diocesano de Teófilo Otoni (MG) e Referencial da Comissão para o Laicato; Dom Vicente de Paula Ferreira CSSR, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG); e Sônia Gomes, presidente do CNLB Nacional.

Sobre a Assembleia Geral Ordinária do CNLB

A 39ª Assembleia Geral dos Cristãos Leigos que integram o Conselho Nacional do Laicato do Brasil (CNLB) acontecerá, de modo virtual em razão da pandemia, de 3 a 5 de junho, organizada pelo organismo do povo de Deus.

O encontro é caracterizado como um espaço para animar os cristãos leigos e leigas a celebrar sua vocação, missão e protagonismo na Igreja, além de aprofundar o tema que escolhido para a caminhada de 2021: “Cristãos leigos e leigas em missão: respondendo aos novos desafios”.

São convidados a participar do evento, os cristãos leigos e leigas representantes dos CNLBs regionais, as organizações filiadas, além do Colegiado deliberativo e das comissões de assessoria de trabalho do organismo do povo de Deus.

Na programação da assembleia, estão previstos formação com o padre Alfredinho, reflexão com a presidente do CNLB, Sônia Gomes de Oliveira, e do bispo referencial da Comissão Episcopal para o Laicato da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e bispo de Tocantinópolis (TO), dom Giovane Pereira de Melo.

Será possível acompanhar a programação da Assembleia por meio dos boletins do CNLB, podcasts, informativos, coletivas de imprensa e flashs durante toda a Assembleia Geral Ordinária 2021. As informações também serão divulgadas nas redes sociais do CNLB.

 

 

Com informações da CNBB